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Após assaltos, governo põe viatura no Jaracaty; mas só de dia?!?

Viatura da PM amanheceu hoje na região do Jaracaty; mas, e à noite?!?

Viatura da PM amanheceu hoje na região do Jaracaty; mas, e à noite?!?

Após os episódios de assaltos deste domingo, 4, na região do Jaracaty, por trás do Ceuma, o local amanheceu ncom uma viatura parada.

Dino: blabláblá retórico

Dino: blabláblá retórico

Mas é preciso entender que os assaltos ali, ocorrem, geralmente, na parte da noite, quando a área fica completamente desguarnecida. E são fundamentais as rondas policiais.

Nas redes sociais, os membros do governo tentam justificar a onda de violência e, principalmente o ato de a população estar a mercê de bandidos.

Em seu perfil no Twitter, o governador Flávio Dino (PCdoB) disse que vai corrigir o que chamou de “degraus” nas pontes da avenida Ferreira Gular, segundo ele, um dos fatores que facilitam os assaltos.

Portela: eles sempre sabem quem são...

Portela: eles sempre sabem quem são…

Dino também tenta se explicar que ainda não chamou os novos policiais, para aumentar o efetivo, por que “só tem nove meses de mandato”.

Mas foi o próprio Dino quem tentou dar a impressão, desde o início do governo, de que os PMs já estavam atuando, fato criticado várias vezes por este blog. (Relembre aqui, aqui e aqui)

O secretário de Segurança Jefferson Portela também se manifestou nas redes sociais.

Segundo ele, “um criminoso identificado como ‘pai ou orelha de rã’ é o líder do grupo de assaltantes do Jaracaty”. E garantiu: “serão todos presos”.

Enquanto o governo se justifica nas redes sociais, a população vai vivendo assustada, com medo até de sair de casa.

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Imagem do dia: guerra urbana…

Policiais militares ordenados pelo governador Flávio Dino (PCdoB) voltaram hoje a entrar em confronto com moradores da Vila Nestor II, que querem ser recebidos em Palácio dos Leões. Há três semanas estes moradores fazem manifestação no Centro, mas são recebidos desta maneira pela polícia – com balas de borracha, bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Na edição de hoje da guerra urbana, várias pessoas saíram feridas

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Oficiais entram em contradição em depoimento do caso Fagner…

Major Anderson Maciel afirmou ao delegado Guilherme Sousa que prendeu o cabo Monteiro por que este confessou ter atirado, mas o sub-tenente Bernardo Reis da Costa revelou que alertou o major de que outros PMs haviam disparado

 

A desocupação que resultou na morte de Fagner

A desocupação que resultou na morte de Fagner

exclusivo2Há pelo menos uma contradição no depoimento dos oficiais que comandaram a operação de retirada de invasores de um terreno na região do Turu, em 13 de agosto.

Este blog teve acesso aos depoimentos do major Anderson Fernando Holanda Maciel e o do sub-tenente Bernardo Reis da Costa, ouvidos pelo delegado de homicídios Guilherme de Sousa Filho.

Os autos mostram que será preciso muito boa vontade para não ver que houve açodamento por parte dos comandantes da ação – e da própria polícia civil – na prisão dos cabos Marcelo Monteiro e Janilson Santos.

Em seu depoimento, o major Anderson disse ter chegado ao seu conhecimento que os disparos teriam partido do cabo Monteiro, embora não tenha revelado quem o informou sobre isso.

– Que antes de entrar em contato com as autoridades superiores o depoente contactou com o Cabo Monteiro perguntando se era verídico se o mesmo tinha efetuado o disparo de arma de fogo no manifestante ora ferido; Que cabo Monteiro respondeu: “senhor, a multidão veio enfurecida em direção à tropa e eu fui obrigado a utilizar a arma de fogo” – declarou major Anderson ao delegado.

Segundo no depoimento, foi a partir de constatar a morte de Fagner Santos que o major recebeu determinação dos superiores (ele também não informa que superiores foram estes) para conduzir o cabo Monteiro à Delegacia de Homicídios.

Leia também:

Um grave deslize…

Caso Fagner: polícia vai periciar mais de 80 armas…

Perícia desmente versão para morte de jovem no Turu...

O sub-tenente Reis acrescentou detalhes contraditórios ao delegado Guilherme Sousa.

Segundo ele, o major Anderson o chamou para informar-lhe que já havia conversado com o cabo Monteiro  e “este teria realmente atirado em direção à multidão que estava tentando avançar”. Ao ouvir a declaração do major Anderson, Reis ponderou, segundo depoimento à polícia:

– Que o depoente, ao falar com o major Anderson, informou a este que não só o Cabo PM Monteiro teria atirado, mas assim como outros policiais militares – diz o depoimento.

Na delegacia, Guilherme Sousa ratificou a voz de prisão do cabo Monteiro, e também prendeu o cabo Janilson, levando em consideração a declaração de uma testemunha, também ainda não revelada pela polícia.

Mais tarde, a perícia revelaria que não saiu das armas deles a bala que matou o jovem…

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Justiça com as próprias luvas…

Ao ter o celular roubado, a lutadora de jiu-jítsu do Maranhão correu atrás do assaltante e o imobilizou no chão com um golpe de luta. Até que a polícia chegasse, ela não deixou a multidão atacar o rapaz

 

alx_monique-bastos-mma_originalDa revista Veja

Qual é a sensação de bater num bandido que fez mal a você?

De dever cumprido. Minha reação foi motivada pela indignação. Foi a segunda vez que me assaltaram e que reagi. Da primeira, também tive o celular leva­do. Corri atrás de dois moleques e arranquei o aparelho da mão de um deles.

O que acha de quem é contra o ato de fazer justiça com as próprias mãos?

Acho correto. Não se deve pagar da mesma forma. Agi pelo instinto de defesa, mas esperei a polícia. O rapaz era mais magro que você e não estava armado. Se a situação não fosse essa, partiria para o ataque do mesmo jeito? Não.

Como conseguiu pegá-lo?

Derrubei a moto em que eles estavam; eram dois. Um conseguiu fugir, mas agarrei o que estava pilotando. Levei o sujeito para a calçada e o imobilizei com um estrangulamento. Depois, eu o derrubei no chão e apliquei um golpe do jiu-jítsu, o triângulo invertido, que é quando o lutador joga as pernas por cima do pescoço do oponente, trava o braço esquerdo dele e pressiona com as pernas até quebrar o braço do cara ou causar um desmaio.

Você estapeou o rosto dele várias vezes. Acha que se excedeu?

Só fiz isso porque ele estava rasgando minhas coxas com as unhas. Avisei que, se ele não parasse, eu o apagaria.

Por que não deixou a turba agredi-lo?

Quando vi aquelas pessoas xingando, tentando chutá-­lo e até com facão na mão, fiquei com o coração mole para o lado do meliante.

Teve dó?

Não sou boa bisca; sempre bati nos moleques folgados da escola. Mas não foi uma questão de ter dó: aquela situação só a polícia poderia resolver. O que fiz foi segu­rá-lo por vinte minutos. Chamou Jesus, a mãe, o pai e até a polícia.

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Antonio Pereira cobra ações do governo contra a violência

Parlamentar ressaltou assalto a banco em Carolina e falou em onda de violência espalhada pelo Maranhão na gestão de Flávio Dino

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O deputado Antônio Pereira (DEM) pediu providências do governador Flávio Dino e do secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, contra a onda de violência que tomou conta do Maranhão, especialmente dos municípios de Carolina e Imperatriz.

Falando em nome do prefeito Ubiratan Jucá (PMDB) e do povo de Carolina, Pereira lembrou que o efetivo da polícia em Carolina é insuficiente para uma população de 24 mil habitantes.

– O Governo precisa dar uma posição uma posição para conter a violência – cobrou.

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Caso Fagner: polícia vai periciar mais de 80 armas…

Imagens mostram que não foram apenas o cabos presos que atiraram na desocupação de área no Turu; e policiais de vários batalhões estavam usando armas letais durante a operação

 

Ocupantes durante a operação da PM: clima de terror

Ocupantes durante a operação da PM: clima de terror

A Polícia Civil já solicitou ao comando da Polícia Militar a apreensão de mais de 80 armas dos homens que participaram da desocupação de uma área no Turu, no dia 13 de agosto, operação que resultou na morte do jovem Fagner Barros, com um tiro na testa.

A perícia realizada nas cinco armas dos principais suspeitos deram negativo, mas o delegado  Guilherme Sousa insiste na tese de culpa dos cabos Janilson Santos e Marcelo Monteiro, baseado no depoimento do major Anderson, comandante da operação.

Mas o próprio major informou em seu depoimento qu comandada 84 homens na operação, todos com armas letais. E as imagens já de posse da polícia mostra que vários grupos atiraram naquele dia.

São homens do 8º Batalhão, do 6º Batalhão, da USC da Vila Luizão – onde Janilson Santos prestava serviço naquele dia, quando foi deslocado para a área – além da Cavalaria, do serviço motorizado e do Batalhão de Choque, único a usar amas não letais.

A perícia deve durar meses, razão pela qual o delegado deve pedir a prorrogação do inquérito.

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Sem segurança, população tenta novo linchamento em São Luís…

Enquanto a Segurança do governo Flávio Dino se mantém sob o comando de um militante do PCdoB, a população resolve fazer justiça com as próprias mãos, diante do aumento da violência dia após dia. Hoje, na praia do Araçagy aconteceu de novo. Veja o vídeo:

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A passagem da vingança para a matança…

Diogo Cabral*, Luís Antônio Pedrosa*, Wagner Cabral**, com ilustração do blog

Os linchamentos, geralmente, são mais frequentes em tempos de tensão social e econômica. Essa modalidade de extermínio também sempre esteve relacionada a preconceitos e práticas discriminatórias que condicionaram as sociedades a aceitar esse tipo de violência como prática normal de “justiçamento popular”.

Não é à toa que seu formato atual foi dado no contexto da opressão racial existente ao longo da colonização dos EUA.

Assim como existe uma certa aura de perdão em torno do agente da lei que pratica extermínios, os linchamentos invocam justificativas. A mais alegada atualmente é o aumento da criminalidade e a fragilidade do sistema de segurança pública e de justiça.

A palavra tem origem vinculada ao nome do Coronel Charles Lynch ou ao Capitão Willian Lynch, ambos coetâneos ao século XVIII. A lei de Lynch, a partir de 1837, designou o ódio racial contra índios e negros e consolidou práticas que deram origem ao grupo racista Ku Klux Klan.

Assim como ocorreu no sul dos Estados Unidos, o linchamento tem como mola propulsora a desconfiança da lei e a reivindicação de anarquia, terreno fértil para a proliferação da barbárie.

 

Linchamento ontem e hoje: novo pelourinho, mesmos personagens

Linchamento ontem e hoje: novo pelourinho, mesmos personagens

No Brasil, o linchamento se dirige basicamente à principal clientela do sistema penal: jovens, negros e pobres. O caldo de cultura para esse tipo de violência é alimentado por amplos setores da mídia policialesca, que vegeta na periferia da programação das grandes redes de televisão e rádio e, atualmente, até nos discursos religiosos fundamentalistas mais inflamados

 

Tal como o preconceito, quando flagrado geralmente é negado. E nenhum desses agenciadores diriam claramente que defendem o linchamento. O incentivo se dá por vias indiretas, fortalecendo noções do senso comum cuja lógica descamba para o mesmo lugar de sempre: a violência.

Os lugares comuns frequentemente invocados por esses grupos formadores de opinião podem ser facilmente perceptíveis:

a) A polícia prende mas a justiça solta;
b) Adolescentes infratores não são punidos;
c) O ECA protege “menores” bandidos;
d) Bandido bom é bandido morto;
e) Direitos humanos só defende bandido.

Essa cantilena, repetida infinitas vezes e das mais variadas formas, suscita o espírito de desamparo e de vingança na população. Os elevados índices de criminalidade são analisados a partir das suas consequências exclusivamente, exigindo soluções cada vez mais repressivas.

Assim, esse discurso conservador vai evoluindo para soluções cada vez mais drásticas e irracionais, mobilizando adeptos, como num efeito dominó, em atitude de manada, culminando no retrocesso da representação política atual, como é exemplo a bancada da “bala”, do “boi” e da “bíblia”.

 

O coronel Lynch, onde tudo começou

O coronel Lynch, onde tudo começou

O linchamento é estimulado pela nova pauta reacionária instalada. Ela quer que cada cidadão possua uma arma para se defender dos ditos criminosos; ela quer a pena de morte e a prisão perpétua; ela quer a tortura institucionalizada; ela quer a redução da maioridade penal; ela quer mais presídios e mais polícia; ela quer a criminalização dos grupos sociais que reivindicam direitos; ela quer a volta da ditadura militar e a satanização das identidades sexuais e religiosas

 

Enfim, essa pauta quer muito mais. A cena do linchamento no bairro São Cristóvão, periferia de São Luís, é a cópia de todas as outras. Até no poste se assemelha, como versão atual do Pelourinho.

A praça pública ou o palco do espetáculo sangrento são as redes sociais. Neste universo de compartilhamento de imagens, surgem dois homens, um morto, completamente desnudado e amarrado com cordas a um poste e outro espancado, também amarrado.

Do virtual para o real, a cena se desenrola em São Luís do Maranhão, uma das cidades mais violentas do Brasil, apontada como a 10a cidade mais violenta do mundo (pela ONG mexicana Seguridad, Justicia y Paz), capital de um Estado onde a desigualdade social detém indicadores alarmantes.

Aqui o “(in)justiçamento” possui a regularidade de uma vítima por mês, desde o ano de 2013, segundo levantamento da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos (SMDH).Trata-se de mais um caso de linchamento. Não por acaso, mais um jovem negro, suspeito da prática de assalto, trucidado por pauladas, garrafadas, facadas e enforcamento, em plena via pública.

De janeiro de 2013 até julho de 2015, houve 29 linchamentos com vítimas fatais, resultando em 30 mortes na Grande São Luís (houve um caso de linchamento duplo, de adolescentes de 16 e 17 anos). Além destes, houve pouco mais de uma dezena de linchamentos que não resultaram em morte. A média, portanto, é de um linchamento fatal por mês – medida da barbárie naturalizada no cotidiano urbano.

O mapa abaixo esclarece a incidência dos linchamentos na capital maranhense e ilustra esta forma de fazer ‘justiça’. Segundo os motivos atribuídos para os linchamentos com vítimas fatais, na parca cobertura da imprensa local ou nos sumários relatórios da SSP-MA, temos:

a) 4 casos envolvendo estupro ou violência doméstica;
b) 4 casos envolvendo assassinatos (ou tentativa de), inclusive um caso de linchamento de um policial (PM);
c) 4 casos em que não foi possível reunir informações suficientes para identificar os motivos;
d) 18 casos de linchamento de supostos assaltantes (60% do total).
O que impressiona não é somente a crueldade do linchamento de Cleidenilson Pereira da Silva, mas também a “invisibilidade” das outras 29 mortes por linchamento ocorridas nos últimos dois anos e meio, bem como a impunidade dos envolvidos e o silêncio do Estado. Nesse sentido, desde o início do ano, foi apresentada ao governo do Maranhão a proposta de criação de um Sistema Estadual de Informações sobre Violência e Segurança Pública, visando o monitoramento dos mais diversos tipos de violência, numa parceria Estado-Sociedade Civil, de modo a subsidiar a formulação de políticas públicas de prevenção social da violência e combate à impunidade. Continuamos aguardando a resposta do governo estadual…

George Sorel, em seu estudo no início do século XX, informa que a força bruta, o derramamento de sangue e a crueldade seriam interpretados usualmente como costumes de povos antigos, de sociedades atrasadas. José de Sousa Martins chama atenção para o fato de que no Brasil, no entanto, os linchamentos diferem profundamente do que a própria imprensa classifica como chacinas, praticadas por justiceiros ou, mesmo, policiais.

 

Protesto de 'bem nascidos": é no preconceito que tudo começa

Protesto de ‘bem nascidos”: é no preconceito que tudo começa

Nos debates a respeito dos linchamentos, é possível perceber que muitos confundem a ação dos linchadores com a ação dos chamados justiceiros, apesar da enorme diferença entre as motivações de uns e outros. Boa parte das pesquisas sociológicas colocaram grande ênfase nas orientações positivas dos agentes da luta pela cidadania, dando ênfase ao estudo dos movimentos sociais, orientados por objetivos sociais evidentes e modernizadores, isto é, de algum modo politizados

 

Evidentemente, estamos diante de um fenônemo novo e distinto, inserido dentro de um conjunto de práticas elaboradas pelo pensamento conservador, em tudo diferente das práticas de gestação da cidadania onde a chamada “justiça popular” poderia ter lugar.

Para os grupos vulnerabilizados, a conjuntura de fortalecimento do ódio e do preconceito leva a situações extremas, emergindo o linchamento como um dos mecanismos desse ideal de justiça, seletivo, emocional, permeado de rituais súbitos, irracional e refratário aos procedimentos formais dos julgamentos reconhecidos pelo Estado de Direito.

Jean Améry, sobrevivente do campo de concentração de Bergen-Belsen, em seus escritos testemunhais, nos esclarece que o prisioneiro do lager nazista denominado de Muselmann era um cadáver ambulante, um feixe de funções físicas já em agonia e que deveria ser excluído da consideração humana, ou, notadamente, conforme Primo Levi, em seu livro É isto um homem?, o Muselmann é o não-homem que habita e ameaça todo ser humano, a redução sinistra da vida humana à vida nua e que não pode nem ser chamado de vivo nem ter uma morte que mereça esse nome.

 

Famílias em fuga no Coroadinho: ausência do Estado

Famílias em fuga no Coroadinho: ausência do Estado

A passagem de uma vingança ordinária para a matança transforma os homens em objetos e os redefine e insere em dois grupos racionalizados, notadamente aqueles que devem viver e aqueles que devem morrer. O primeiro, o grupo dos bons, dos intocáveis, que também são diferenciados internamente por representações classistas, e o segundo, daqueles que representam o mal, a feiura, a imundice, os negros e pobres da periferia que cometem os delitos contra o patrimônio dos bons e que deixaram de ser homens e viraram feras

Estas redefinições e rearranjos não encontram guarida no ordenamento jurídico nacional, no entanto, constituem-se como regra padrão, como nomos que, contraditoriamente, são utilizadas em larga escala pelo próprio Estado, que, teoricamente, as repele.

Assim, de acordo com Hannah Arendt, “grandes massas de pessoas constantemente se tornam supérfluas se continuamos a pensar em nosso mundo em termos utilitários. […] Os acontecimentos políticos, sociais e econômicos de toda parte conspiram silenciosamente com os instrumentos totalitários para tornar os homens supérfluos”.

Decapitações, torturas, linchamentos e chacinas não podem ser explicados como uma fatalidade, mas sim caracterizados como um mecanismo eficaz de controle absoluto sobre a vida humana, induzido por ações/omissões estatais que, cada mais vez, golpeiam, como punhal, à traição, o corpo do inimigo declarado e marcam o fim e a ruína de qualquer ética da dignidade humana.

* Advogados da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos.
** Historiador, Prof. Ms. do Curso de História da UFMA, membro do Conselho Diretor da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos e do Observatório da Violência
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Reflexões sobre a barbárie…

A deputada Andrea Murad (PMDB) avalia que a situação de violência no estado – em todos o seus aspectos – é sinal claro de ausência do estado e falta de capacidade gerencial no setor da Segurança Pública

 

andreanova2Será que é normal as pessoas saírem de suas casas para os bandidos assumirem o seu lugar? É normal agora a população linchar as pessoas no meio da rua porque o governo do estado, através da Segurança Pública do Maranhão, não cumpre com seu papel? Ora! O que as pessoas devem estar pensando? Eu vou me defender, defender os meus, defender minha vida, já que não podemos contar com a segurança do Governo do Estado. É errado? É errado! Se eu concordo? Eu não concordo! Mas isso é revolta e a polícia do Maranhão precisa agir para dar segurança às pessoas para isso não acontecer”

Andrea Murad, deputada estadual