A histórica relação de Lula com Weverton exposta em uma imagem…

Em meio à crise com a bancada do PDT na Câmara Federal, presidente dá lugar de destaque ao senador maranhense durante solenidade no Palácio do Planalto, com direito a conversas de pé-de-ouvido

 

SÓ PARA OS ÍNTIMOS. Poucas lideranças têm o privilégio de sentar-se junto ao presidente Lula em uma solenidade; e menos ainda de ouvir um cochicho desses

Só os íntimos conseguem com o presidente Lula (PT) conversas de pé-de-ouvido.

Só os íntimos conseguem dele atenção em meio a crises com seus partidos.

Esta Imagem do Dia mostra que o senador maranhense Weverton Rocha, líder do  PDT no Senado, tem esta intimidade com o presidente, construída ao longo de quase três décadas de relações políticas, disputas eleitorais e lutas ideológicas no Brasil; sempre do mesmo lado.

O cochicho de pé-de-ouvido do presidente com o senador mostra que essa relação está mais sólida do que nunca, mesmo em meio à crise da bancada pedetista na Câmara Federal e a polêmica que resultou na queda do ministro da Previdência Social Carlos Lupi.

Weverton Rocha é hoje o político maranhense mais próximo de Lula, relação de amizade que é tão ou mais sólida que a do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino.

Essa Imagem do Dia é histórica tanto pela solidez do passado, quanto pela importância do presente.

E aponta significativamente para o futuro…

Em tempo: a solenidade em questão foi a assinatura das novas diretrizes do Ensino Superior na modalidade EAD

As críticas, alertas e advertências de José Reinaldo a Carlos Brandão…

Na pressa por publicar recorte em busca de clicks, mídia digital queimou a pauta ao ignorar os trechos mais significativos da conversa do ex-governador com o entrevistador Felipe Klamt

 

MAS BRANDÃO QUER OUVI-LO?!? Com a experiência de quem já passou pela mesma situação, Zé Reinaldo alerta e adverte o governador

Análise da Notícia

Ficou apenas no superficial o recorte feito pela mídia digital na entrevista do ex-governador José Reinaldo Tavares ao jornalista Felipe Klamt, no início da semana; mas ela é bem mais profunda e diz muito dos bastidores da relação do governador Carlos Brandão (PSB) com o seu entorno no Palácio dos Leões.

Este blog Marco Aurélio d’Eça faz nesta postagem – em dois vídeos – o resgate dessa conversa, que aponta de forma perfeita para 2026:

  • Para Zé Reinaldo, Brandão precisa avaliar se vale a pena sacrificar o mandato de senador;
  • em sua avaliação, o governador arrisca entregar o governo “a pessoas de fora do grupo”;
  • o ex-governador se incomoda com a maneira fechada como Brandão trata a sucessão. 

“Uma coisa que eu não consigo entender: que o Brandão não peça pra gente discutir. Ele não conversa e está resolvendo as coisas sozinho. Ao não conversar com ninguém, ele perde apoio porque ninguém sabe o que ele quer”, afirmou Zé Reinaldo, para reforçar, em outro trecho: “o negócio é que o processo é fechado. Quando Brandão fecha o processo, ele deixa de ouvir as pessoas, ele deixa de conversar com as pessoas”.

  • José Reinaldo Tavares foi governador de 2002 a 2006, quando rompeu com seu grupo;
  • e viveu a mesma situação que hoje vive o governador Brandão, à época, seu chefe de gabinete;
  • a relação entre a história de Zé Reinaldo e a de Brandão foi contada no post “20 anos depois…”.

Ao expor o isolamento do governador no Palácio dos Leões, o ex-governador também critica sua atenção desmedida a prefeitos – que, na opinião do experiente político ficam com o governo em qualquer circunstância por que precisam operar a própria gestão.

Na avaliação de José Reinaldo, Brandão se arrisca em apostar em projeto diferente do que se desenhou em 2022.

“O Brandão está se arriscando muito que pessoas de fora do grupo acabem entrando na disputa e ganhem a eleição para governador. E tem candidato pra isso”, afirmou.

Ao final da entrevista, ex-governador – por experiência própria – deu seu ensinamento mais importante:

“Eu acho que o Brandão teria o apoio do Lula para ser senador; e porque? por que o governo do Lula precisa de senadores. E isso seria o principal para ele [Brandão]“, afirmou Zé Reinaldo.

Isto foi o que de principal disse José Reinaldo a Felipe Klamt.

Simples assim…

Folha de S. Paulo destaca atuação de Iracema Vale no comando da Assembleia

Uma das três únicas mulheres à frente dos legislativos estaduais em todo o país, deputada é vista como liderança discreta no trato, que resiste ao preconceito de gênero

 

VITÓRIA CONTRA O MACHISMO. Iracema Vale enfrenta o preconceito, mas lidera com pulso a Assembleia Legislativa

O jornal Folha de S. Paulo trouxe em sua edição de segunda-feira, 5 do jornal reportagem que mostra apenas três mulheres à frente das Assembleias Legislativas nos 26 estados – no Distrito Federal há uma Câmara Legislativa. Entre elas, está Iracema Vale (PSB), presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão.

“Apesar do aumento progressivo da presença de mulheres na política brasileira, elas ainda são minoria sobretudo nos cargos de liderança”, diz a reportagem.

  • Para a Folha, Iracema atua com estilo discreto, liderando sem arroubos;
  • o jornal paulista trata apenas en passant sobre o machismo contra ela.

Eleita deputada estadual mais votada nas eleições de 2022, com 105 mil votos, ex-prefeita de Urbanos Santos, Iracema Vale é a primeira mulher a presidir a Assembleia maranhense em 200 anos de existência do Poder Legislativo no Maranhão.

  • a deputada foi eleita eleita por unanimidade para o biênio 2023/2025;
  • mas passou a enfrentar resistência dos homens no biênio 2025/2027;
  • tanto que a eleição acabou indo para o tapetão do Supremo Tribunal. 

Iracema sempre apontou o questionamento de sua nova eleição como uma ação machista.

A Folha de S. Paulo ouviu relatos das presidentes “sobre preconceito e falta de reconhecimento”, mas não aprofundou o texto nas “peculiaridades de ocupar lugar de liderança quando se é mulher”.

De qualquer forma, a reportagem da Folha de S. Paulo serve como documento histórico do atual momento de poder na  Assembleia Legislativa do Maranhão.

Sob o comando de filha de taxista e professora, mãe de dois filhos…

Eudes Barros faz história ao elevar Raposa na articulação institucional…

Articulado, prefeito implanta gestão moderna no município e o coloca em mesas de negociações importantes, tanto com o Governo do Estado quanto em Brasília
 

[caption id="attachment_149172" align="aligncenter" width="600"] PRESENÇA NACIONAL. Eudes Barros em homenagem

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Ponto final no debate sobre a miséria no Maranhão: Flávio Dino fracassou…

Se sabia das limitações históricas e culturais do estado em 2015 – e mesmo assim prometeu tirar “municípios maranhenses da lista dos 100 mais pobres” – o ex-governador falhou nesta questão específica

 

PROMESSA EM PRAÇA PÚBLICA. Flávio Dino no palanque, na posse de 2015: promessa retórica ou erro estratégico?!?

Editorial

Profundo e realista o artigo do deputado estadual Carlos Lula (PSB) – amplamente divulgado na mídia – sobre as questões históricas e culturais que envolvem a miséria do Maranhão. (Leia aqui)  

Este blog Marco Aurélio d’Eça entende, inclusive, tratar-se de um contraponto à análise publicada na terça-feira, 22, sob o título “Dados da pobreza expõem fracasso de Flávio Dino como governador…”.

Mas há um ponto tão óbvio que chega a ser simplório no debate sobre a participação pessoal do ex-governador Flávio Dino na linha do tempo desta da miséria do Maranhão. E qual é esse ponto fundamental no debate?!?

Foi Flávio Dino – e nenhum outro – quem prometeu, ipsis literis:

“Ao fim do meu mandato, nenhum município maranhense estará na lista dos 100 mais pobres”.

  • O ex-governador disse isso no palanque, em sua posse;
  • reafirmou a mesma coisa ao lançar o programa “Mais IDH”;
  • E repetiu de forma categórica ao longo de todo primeiro mandato.

Este blog Marco Aurélio d’Eça foi um dos duros críticos em todo o mandato do agora ministro do Supremo Tribunal Federal, sobretudo neste aspecto específico do combate à miséria, como pode ser relembrado aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, mais aqui, também aqui e aqui.

Hoje, vendo em retrospectiva, é claro que reconhece avanços em vários setores do estado, tanto nos aspectos sociais, quanto culturais e, principalmente, políticos, como reverenciado no post de fevereiro de 2022, intitulado “Eleições devem consolidar transição de gerações no poder no Maranhão…”.

Mas este blog insiste na ideia de que o ex-governador fracassou nesse ponto do combate à miséria. 

  • se ele sabia haver pontos históricos e culturais que impediriam o combate à miséria, não deveria ter prometido em 2015;
  • se, por outro lado, não sabia desses aspectos, não estudou a história do Maranhão a ponto de fazer a promessa pública.

E se prometeu e não conseguiu, então fracassou.

Esse é o ponto inquestionável no debate sobre a participação de Flávio Dino no combate à miséria maranhense.

Ponto final!!!

Deputado comunista minimiza papel de Sarney na redemocratização…

Jornalista e ativista político, Márcio Jerry – que atuava no movimento estudantil em 1984 – afirma que o ex-presidente foi um dos articuladores contra a emenda Dante de Oliveira, que deveria estabelecer as eleições diretas para presidente já em 1985

 

SARNEY COM OS MILITARES NA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Versões de uma história de 40 anos no Brasil

História

Em postagem nas redes sociais, o deputado federal e presidente regional do PCdoB, Márcio Jerry, minimizou o papel do ex-presidente José Sarney (MDB) no processo de redemocratização do país.

  • para Márcio Jerry, os atores principais foram “Ulisses Guimaraes, Leonel Brizola, Lula, Franco Montoro, Miguel Arraes e Tancredo Neves”;
  • Sarney, segundo o parlamentar foi contra a emenda Dante de Oliveira, das “Diretas Já”, mas se beneficiou do processo chegando à presidência.

“Entre os que trabalhavam pela derrota da emenda estava o então senador José Sarney, que menos de um ano seria empossado presidente, após eleição da chapa liderada por Tancredo Neves no Colégio Eleitoral”, afirmou Márcio Jerry.(Leia aqui)

O senador José Sarney está sendo homenageado nesta terça-feira, 18, no Congresso Nacional, pela sua importância histórica no processo de redemocratização; o tema já foi abordado neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “O março da redemocratização é o mesmo do golpe militar…”.

.”Mas para Márcio Jerry, a liderança de Ulisses Guimarães e a força das mobilizações em todo o país foram fundamentais para a eleição de Tancredo Neves.

“Como militante do movimento estudantil secundarista participei ativamente da campanha das diretas; e depois do comitê em apoio a Tancredo Neves no Colégio Eleitoral. Com luta restabelecemos a democracia e com luta hoje a mantemos viva e cada vez mais forte”, afirmou o parlamentar comunista.

Entre as autoras da proposta de homenagem a Sarney no Congresso Nacional está a senadora Eliziane Gama (PSD)…

Jair Bolsonaro com os dias contados…

Procuradoria-Geral da República reafirma denúncias de tentativa de golpe e abre espaço para que o STF, pela primeira vez na história, torne um ex-presidente réu por tentar subverter a ordem democrática no país

 

A CAMINHO DA CONDENAÇÃO. Bolsonaro pode ser o primeiro ex-presidente da República no Brasil a ser réu por tentativa de golpe contra o próprio país

O procurador-geral da República Paulo Gonet contestou oficialmente nesta quinta-feira, 13, a defesa dos acusados de tentativa de golpe de estado no Brasil; com o parecer, o Supremo Tribunal Federal ganha tempo para decidir se torna réu os acusados, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

  • para Gonet, Bolsonaro liderava o núcleo central da trama de golpe no Brasil;
  • segundo ele, Bolsonaro agiu diretamente para impedir a posse de Lula (PT);
  • além do ex-presidente, foram denunciados generais e outros agentes políticos.

“Na espécie, a denúncia descreve de forma pormenorizada os fatos delituosos e as suas circunstâncias”, relata o chefe da PGR em sua manifestação.

Neste mesma quinta-feira, 13, o ministro Cristiano Zanin, presidente da 1ª Turma do STF – marcou para as 9h30 do dia 25 de março o início da análise do processo.

Caberá à turma – formada por Zanin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Carmem Lúcia e Flávio Dino – decidir se Bolsonaro e os seus viram réus por golpe de estado…

O março da redemocratização é o mesmo do golpe militar…

Enquanto o Brasil se prepara para festejar os 40 anos do fim da ditadura, ainda há os que preferem lembrar o último dia do atual mês de 1964, que pode ter seu significado mudado se Jair Bolsonaro for tornado réu no STF

 

 

TRÊS MARÇOS PARA LEMBRAR. O Congresso ocupado pela ditadura, a redemocratização com Sarney e Tancredo e Bolsonaro na sombra do golpe

Ensaio

O Brasil comemora 4o anos da redemocratização no próximo sábado, 15,  período em que – bem ou mal – a população acostumou-se a escolher seus governantes de forma livre, embora muitos, nos últimos 9 anos, tentem devolver o país a um outro período, mais obscuro, que chega aos seus 61 anos no próximo dia 31.

  • quando o maranhense José Sarney (MDB) recebeu a faixa de presidente da República pôs fim à ditadura militar;
  • de lá para cá, foram oito presidentes eleitos diretamente pelo povo, o maior período de liberdade já experimentado;
  • a democracia é tão plena que, nestes 40 anos, tivemos dois presidentes depostos, um de forma justa, outra injustamente. 

“No campo político, Sarney foi responsável por medidas que consolidaram o processo de redemocratização, como o apoio à Assembleia Nacional Constituinte, que resultou na promulgação da Constituição de 1988. Outra medida importante foi a descentralização do poder, com o fortalecimento das administrações estaduais e municipais, o que foi fundamental para o processo de democratização do país”, conta o portal Mundo Educação, em  artigo sobre “O Governo Sarney”. (Leia aqui) 

A posse de Sarney já teve a sua história ressignificada e hoje ele paira acima do bem e do mal na política, como mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Sarney 9.4: a política brasileira nunca precisou tanto…”.

O ex-presidente garantiu a transição pacífica, o que resultou na eleição de Fernando Collor de Mello (1989), Fernando Henrique Cardoso (1994 e 1998), Lula (2002 e 2006), Dilma Rousseff (2010 e 1014), Jair Bolsonaro (2018) e novamente Lula, em 2022.

E foi exatamente a ascensão de Bolsonaro – um obscuro deputado federal do baixíssimo clero, oriundo do Exército e com viés autoritário – que trouxe de volta a sombra da ditadura, lembrada, mas não celebrada, na outra data histórica que marca este mês, o 31 de março.

  • o golpe militar de 1964 é um dos piores e mais obscuros períodos da história do Brasil;
  • nos seus 21 anos, a ditadura teve os mesmos aspectos dos quatro anos de bolsonarismo.
  • calcula-se que cerca de 20 mil pessoas foram torturadas pela ditadura neste período.

A atual Constituição garante a intervenção das Forças Armadas para a manutenção da lei e da ordem. Sou a favor, sim, de uma ditadura, de um regime de exceção, desde que este Congresso dê mais um passo rumo ao abismo, que no meu entender está muito próximo”, declarou Bolsonaro, ainda em 1999, quando nem mesmo o pior pesadelo apontaria sua chegada ao poder no Brasil. (Relembre aqui)

  • não por acaso, Bolsonaro elegeu-se apenas dois anos depois do golpe contra a presidente Dilma Rousseff (PT);
  • não por acaso, Bolsonaro se vê prestes a ser tornado réu em processo por tentativa de golpe militar no Brasil.

A presença de Bolsonaro na política reforça a certeza de que a data de 31 de março é para ser lembrada apenas como período nefasto da história do Brasil; mas a redenção desta data pode estar no Supremo Tribunal Federal.

Quem sabe o STF não torna Bolsonaro réu por golpe de estado exatamente em 31 de março?!?

A história do Brasil iria agradecer…

A verdade sobre os números do carnaval de São Luís…

Governador e prefeito gastaram, juntos, nada menos que R$ 90 milhões para tentar fazer frente a Bahia e Pernambuco; a capital maranhense porém, não apareceu nem entre as 10 mais visitadas do país no período carnavalesco

 

A VERDADE DOS NÚMEROS. Site Decolar.com desmente a megalomania do governo e mostra o fracasso do turismo de São Luís no carnaval

Editorial

A mídia alinhada ao Palácio dos Leões apresentou números gigantes do carnaval nesta quarta-feira de cinzas, 5:

  • segundo release da Secretaria de Comunicação, estima-se 3 milhões de pessoas durante os seis dias de folia;
  • outro release, também megalomaníaco, diz que foram 700 mil pessoas apenas no show de Wesley Safadão;
  • a prefeitura de São Luís preferiu – ainda – não estimar o público do seu espaço, mas também gastou muito.

O site decolar.com divulgou na mesma quarta-feira de cinzas a lista com as cidades mais visitadas durante o carnaval. São Luís não aparece sequer no top 10; Salvador (BA) marcou posição como a segunda e Recife (PE) como a quinta. Para efeito de comparação, São Luís perdeu até mesmo para Fortaleza (CE), que nem tem força no carnaval. (Leia aqui)

“Dinheiro pago a produtores de eventos e artistas nas festas pré-carnavalescas consumiu quase 90% de todo o orçamento da Secretaria de Cultura disponível para o ano todo”, revelou este blog.

Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Recife se transformaram nos maiores carnavais do Brasil com muito investimento em suas identidades culturais; turista que vai ao carnaval dessas cidades sabe o que vai ver:

  • no Rio, as atrações são as escolas de samba e os blocos de rua, gigantes;
  • em São Paulo, a mesma identidade – escola de samba e blocão de rua;
  • em Salvador, o axé domina exatos 12 dias de carnaval, com artistas locais;
  • e em Recife o frevo e os cortejos dia e noite recebem nativos e turistas.

“A principal característica entre eles é a valorização das atrações regionais. Basta observar a programação e constatar que a multidão está consumindo a cultura local daquele Estado, fruto de um trabalho que não começou da noite para o dia, até porque não basta apenas mudar a logomarca de um governo e bradar que tem o maior carnaval do Brasil, é preciso apresentar resultados concretos”, aponta o site “Os Analistas”, em artigo crítico sobre o carnaval maranhense. (Leia a íntegra aqui)

BRANDÃO E BRAIDE COM SUAS RESPECTIVAS CARAS-METADE. Pão e circo para as massas, sem identidade cultural

Até o início dos anos 80, havia o mito de que São Luís detinha o terceiro maior carnaval do país, perdendo apenas para Rio e Recife; naquela época, Salvador já investia pesado em seus trios elétricos enquanto os guetos da cidade formavam aristas dia e noite.

São estes artistas que vêm hoje para São Luís, a custos milionários, em detrimento da cultura local; não mais se vê no carnaval de São Luís os tradicionais blocos de rua, as bandas e fanfarras que se espalhavam por todos os bairros e culminavam com os cortejos no Centro Histórico.

  • No governo Roseana Sarney houve essa tentativa de resgaste, com valorização da cultura local e surgimento de blocos e bandas icônicas;
  • Bicho Terra, JegueFolia, Bandida, Esbandalha, Cordão do PontoCom são exemplos desta época pujante de imagens em âmbito nacional;
  • o governo Flávio Dino também tentou revitalizar esta história, com o circuito Beira-Mar, onde brilhavam estrelas da música maranhense.

Desde 2023, o governador Carlos Brandão (PSB) e o prefeito Eduardo Braide (PSD) decidiram entrar em uma guerra por público sem levar em conta a identidade cultural do carnaval de São Luís, transformando a festa em uma espécie de Marafolia, cópia do carnaval de Salvador.

Em 2025 foram R$ 90 milhões para trazer para cá figuras que marcam o carnaval de Salvador e Recife, além de estrelas da música sertaneja oferecidas em pacotes por agências do setor.

O resultado prático foi apenas o esvaziamento do carnaval do interior. A massa sedenta e alienada até vai aos circuitos, e nem liga para esta identidade, preocupação que as autoridades deveriam ter.

Afinal, tanto Brandão quanto Braide vão passar, mais cedo ou mais tarde.

O carnaval, por outro lado, volta sempre, a cada ano…

Histórias de advogados que surgem, do nada, em ações no Maranhão…

O pedido de ingresso de Clara Alcântara Botelho Machado no processo que trata da indicação de Flávio Costa para o TCE-MA não é o primeiro caso de “forasteiros” tentando intervir no cotidiano político maranhense

 

A MÃO POR TRÁS DA ESCRITA. Em dois casos históricos no Maranhão advogados forasteiros surgem como que se conduzidos a escrever

O ano era 2013. Reeleita em 2010 para o quarto mandato – em primeiro turno – a então governadora Roseana Sarney (MDB) buscava no BNDES empréstimo de quase R$ 4 bilhões para diversos projetos estruturantes no Maranhão; a oposição era liderada pelo então presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), que havia suplantado Jackson Lago (PDT) nas eleições de 2010 e se preparava para o embate com o grupo Sarney em 2014.

  • mas eis que surge uma Ação Popular tentando barrar o empréstimo, assinada por um advogado do Rio de Janeiro – de nome Eduardo Valente Freitas – que nada tinha a ver com o Maranhão;
  • o caso é muito parecido com a de Clara Alcântara Botelho Machado, de Minas Gerais, que pediu entrada no processo sobre o TCE-MA, que tramita no Supremo Tribunal Federal.

A entrada, do nada, do advogado Eduardo Valente tentando impedir o empréstimo do BNDES chamou a atenção da defesa de Roseana, que levantou, nos próprios autos, suspeitas de haver sujeito oculto por trás da ação.

“É bem verdade que o Requerente faz menção a autores ocultos [“(…) os autores, todos eles, são cidadãos brasileiros, e em pleno gozo de seus direitos políticos, estando legitimados (…)”], que poderiam ser os deputados, mas tal circunstância também não sana a irregularidade porque não se admite autor oculto ou presumido em processos”, provocou a contestação de Roseana, assinada pelo advogado Marcos Coutinho Lobo. (acesse aqui a íntegra)

  • note – como destacou Marcos Lobo – que o tal Valente comete o mesmo ato falho de Ana Botelho, e refere-se a si mesmo como “autores (…) cidadãos brasileiros”, como se a peça devesse ter sido assinada por vários autores e não apenas por ele;
  • no caso envolvendo Clara Botelho, ela também comete o ato falho ao não se atentar aos termos masculinos usados na ação que assinou, o que leva a crer que a peça deveria ter sido assinado por um advogado, e não por uma advogada. 

A história conta que, assim como surgiu do nada, o advogado Eduardo Valente Freitas também desapareceu do nada. O suposto sujeito oculto da ação ainda tentou recrutar um jornalista no Maranhão com o mesmo intento, mas o empréstimo foi aprovado e usado, como se pode perceber aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui.

Flávio Dino elegeu-se em 2014 e passou a gerencia a maior parte dos recursos obtidos por Roseana – quase R$ 3 bilhões – como se pode comprovar no post “O que Flávio Dino fez com R$ 6 bilhões dos cofres maranhenses?!?”

Passados doze anos, um novo caso de advogado-fantasma surge a assombrar maranhenses.

E os sujeitos ocultos nunca se revelaram…