1

O paradoxo de Flávio Dino…

Bem posicionado na disputa pela vaga de senador – por absoluta falta de adversários com o mínimo de competitividade – ex-governador não consegue alavancar, mesmo assim, a campanha do seu preposto Carlos Brandão, que será obrigado a enfrentar um arriscado segundo turno na disputa pelo governo

 

Flávio Dino tem votação alta para o Senado, mas não consegue transferir esta votação ao seu preposto, que carrega pra cima e pra baixo como retrato do seu governo

Ensaio

O blog Marco Aurélio d’Eça sempre viu o ex-governador Flávio Dino como uma farsa política, que construiu a sua “liderança” à base de ameaças, uso aberto do Judiciário e das estruturas de segurança e de controle do governo. (Entenda também aqui, aqui e aqui)

E foi esta base forjada com a manipulação da máquina pública que deu a Dino ampla vantagem na disputa pelo Senado.

Mas esta vantagem só é maior, sobretudo, pela absoluta falta de um adversário capaz de fazer frente ao comunista; o atual ocupante da vaga no Senado, Roberto Rocha (PTB), não tem vocação para a articulação política e pouco se importa com a formação de grupos.

Flávio Dino, portanto, tem amplas condições de vencer a disputa de senador, mas vive um paradoxo nestas eleições. Embora figure como favoritíssimo ao Senado, o comunista não consegue transferir este favoritismo para o seu candidato a governador, Carlos Brandão (PSB).

Mesmo forçando a manipulação de pesquisas, mesmo usando a máquina para aliciar lideranças, ameaçar outras e chantagear outras mais, o candidato de Dino segue amargando uma acirrada disputa pela liderança no primeiro turno e vai vendo-se obrigado a disputar um arriscado segundo turno contra o senador Weverton Rocha (PDT).

O segundo turno – cada vez mais confirmado – já é uma primeira vitória de Weverton na disputa, não contra Brandão, mas contra Flávio Dino. (Entenda aqui)

Flávio Dino não consegue transferir votos para Brandão exatamente pela característica da sua própria base: forjada na pressão e na chantagem política. Como seu candidato é ainda mais ruim de voto, o esforço que Dino faz por si não surte efeito quando o foco é o seu poste.

As últimas semanas de campanha será de um esforço hercúleo do Palácio dos Leões para tentar unificar as candidaturas de Flávio Dino e Brandão, igualar a margem de votos dos dois e tentar, de qualquer forma, vencer em primeiro turno com ampla margem.

Se não conseguir, ainda que Flávio Dino se eleja senador com votação estratosférica, terá dificuldades para convencer, de novo, e com os mesmos métodos, os mesmos eleitores a votar em seu preposto.

Será uma tarefa árdua para o comunista…

4

Flávio Dino usa Lula para tentar quebrar recorde de votação ao Senado

Obcecado por superar a histórica marca de quase 2 milhões de votos obtida pelo senador Weverton Rocha, em 2018, comunista maranhense pede e o ex-presidente revela em vídeo ser necessário que se consiga “eleger com muito voto o nosso querido companheiro”

 

Flávio Dino, Brandão e Flávio Dino observando a fala de Lula em telão: “imprescindível eleger Flávio Dino com muitos votos”, disse o ex-presidente

O blog Marco  Aurélio D’Eça já mostrou por diversas vezes a principal obsessão do ex-governador comunista Flávio Dino (PSB) nas eleições de outubro: superar a marca histórica de quase 2 milhões de votos obtida pelo senador Weverton Rocha nas eleições de 2018.

Dino trabalha com isso na cabeça há quatro anos, quando se viu, mesmo na reeleição, alcançando menos votos que o pedetista.

A obsessão ficou ainda mais explícita em abril, quando o blog mostrou os movimentos de Dino com este objetivo, no post “Flávio Dino vive uma obsessão: ter mais votos que os 2 milhões de Weverton em 2018”.

Para superar o recorde de Weverton, Dino usa toda a força de sua estrutura de poder; e vai além, apelando até mesmo para o ex-presidente Lula (PT).

A declaração de Lula na convenção que homologou a chapa Carlos Brandão/Flávio Dino mostra o quanto o comunista está obcecado pelos mais de 2 milhões de votos.

– Eu queria pedir para vocês, olha, é imprescindível e muito importante que a gente consiga eleger com muito voto o nosso querido companheiro Flávio Dino – diz Lula.

O que seria muito voto para Flávio Dino?!?

A ele só interessa superar os 2 milhões de votos que Weverton quase alcançou em 2018.

Qualquer coisa abaixo disso é vergonha para o comunista maranhense…

6

Flávio Dino vive uma obsessão: ter mais votos que os 2 milhões de Weverton em 2018

Ex-governador nunca se conformou com a histórica votação do senador pedetista – maior que a dele naquelas eleições – e trabalha com a ideia de superá-la em 2022, o que fica cada vez mais difícil, sobretudo com o rompimento do grupo do pedetista e com a possibilidade de palanques múltiplos para Roberto Rocha

A histórica votação de Weverton em 2018, superando a colega Eliziane Gama e derrotando as elites políticas tradicionais do estado

O ex-governador Flávio Dino convive há quatro anos com uma obsessão, fruto de uma estranha inveja: ele nunca superou o fato de o senador Weverton Rocha (PDT) ter tido mais votos do que ele nas eleições de 2018.

Weverton teve quase 2 milhões de votos, a maior votação da história do Maranhão; para ser mais preciso foram 1.997.443 votos.

Obcecado também em ser um líder hegemônico no estado, Dino nunca superou esta expressiva votação do ex-aliado pedetista; e trabalha desde então para ter mais votos nas eleições de 2022.

Mais do que ser eleito senador, Dino quer ter mais de 2 milhões de votos.

Mas este objetivo do comunista parece cada dia mais distante, sobretudo após o rompimento com o grupo do senador e o do deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL), que, juntos, lideram quase 70% dos prefeitos maranhenses.

O sonho de bater o recorde de Weverton Rocha também fica ainda mais difícil para Flávio Dino diante da possibilidade de o senador Roberto Rocha (PTB) receber o apoio de todos os candidatos a governador da oposição, garantindo os palanques múltiplos que o próprio Dino sonhou.

Weverton construiu agenda própria, independente de Flávio Dino, e construiu sólida base no interior maranhense, que pode garantir-lhe bater o próprio recorde em 2022

Autoritário e personalista, o ex-governador comunista não admite sombras de lideranças ao seu redor; tanto que quer fazer o governador, o senador e o vice de sua própria indicação nas eleições de outubro, sobrepujando líderes partidários e aliados.

Mas nunca conseguiu “controlar” a agenda de Weverton Rocha, que construiu trajetória própria desde 2006, quando ajudou a eleger Jackson Lago (PDT) governador, na mesma eleição em que Dino surgiu para a vida política.

Os 2 milhões de votos de Weverton estão presos na garganta de Flávio Dino desde 2018.

Mas é o próprio Weverton, e não Dino, quem pode superar esta marca nas eleições de outubro…

 

4

Weverton mantém força política em oito dos 10 maiores colégios eleitorais maranhenses

Pré-candidato do PDT tem apoio dos prefeitos de Imperatriz, Timon, Pinheiro e Balsas e atua com as segundas forças políticas nos municípios de Caxias, Barra do Corda, Açailândia e Bacabal; em São Luís, Açailândia e São José de Ribamar atua com a capilaridade do próprio partido

 

A presença de Weverton nos municípios reúne milhares de eleitorais, resultado direto da sua força eleitoral em todo o estado

Ensaio

Uma explicação dos especialistas em pesquisas eleitorais para a força eleitoral do senador  Weverton Rocha (PDT) – mesmo diante dos virulentos ataques do Palácio dos Leões, que ainda tenta consolidar a candidatura do governador-tampão Carlos Brandão (PSB) – é a capilaridade eleitoral do seu nome.

Eleito em 2018 com quase 2 milhões de votos – a maior votação da história do Maranhão – Weverton tem presença forte em todos os municípios maranhenses; e garante força política em pelo menos sete dos 10 maiores colégios eleitorais, que reúnem, juntos, nada menos que 1.486.736 eleitores, segundo dados de 2021.

Essa força garante a ele a liderança nas pesquisas de intenção de votos, ora isolado na frente, ora empatado tecnicamente com Brandão.

Weverton tem apoio direto dos prefeitos de Imperatriz, Assis Ramos (União Brasil), de Timon, Dinair Veloso (PDT), de Balsas, Dr. Erik (PDT), e de Pinheiro, Luciano Leitoa (PP); esses municípios reúnem 390.181 eleitores.

Além destes, o senador pedetista trem apoio das chamadas segundas forças políticas locais em Caxias, Barra do Corda, Açailândia e Bacabal, que somam 291.273 votos.

Em São Luís, onde espera o apoio do prefeito Eduardo Braide (Sem partido), e em Ribamar, onde apoiou grupo contrário ao do prefeito Julinho Matos (PL), Weverton aposta na força e na presença comunitária do PDT, que influencia diretamente toda a Região Metropolitana.

Esses dois colégios somam 805.182 eleitores.

Além da força nos principais colégios eleitorais, Weverton lidera a corrida na maioria dos médios e pequenos municípios; chega a ter o apoio de todos os prefeitos de uma determinada região, a exemplo do Baixo Parnaíba, região dos Cocais e Sertão.

Essa presença estadual deu ao senador a liderança nas pesquisas desde 2020, quando nem se sabia quem seriam os candidatos a governador; e agora, em 2022, ele mantém a liderança, já com todos os pré-candidatos praticamente definidos.

Essa força mostra que o bombardeio do Palácio dos Leões não funciona com Weverton.

Simples assim…