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Para encerrar greve, Braide quase dobrou valor do repasse às empresas de ônibus…

Valor do repasse da prefeitura por passagem – que era de R$ 0,70 – passou para R$ 1,35, o que representa um aumento de R$ 0,65 por passagem; levando em conta a Nota de Empenho de R$ 36 milhões de repasse já estabelecida para 2024, significa dizer que o contribuinte de São Luís arcará com mais de R$ 70 milhões para bancar o transporte público na capital este ano

 

A Nota de Empenho da prefeitura, com repasse de R$ 36 milhões para as empresas, terá que ser refeita com mais que o dobro do valor em 2024

O prefeito Eduardo Braide (PSD) foi obrigado a aceitar um aumento de R$ 0,65 no repasse mensal por passagem às empresas de ônibus de São Luís, para que a greve fosse suspensa nesta quinta-feira, 8; o subsídio, que era de R$ 0,70, passa para R$ 1,35 a partir de agora.

A Prefeitura de São Luís já tem uma Nota de Empenho de R$ 36 milhões para repasse às empresas do sistema de transporte em 2024, publicada por este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Em três anos, Braide deu R$ 66 milhões às empresas de ônibus…”.

Levando em conta esta Nota de Empenho – Número 19/2024 – é possível estabelecer que o contribuinte da capital maranhense arcará este ano com mais de R$ 70 milhões entregues para as empresas fazerem o transporte coletivo na cidade; é preciso dizer que boa parte deste mesmo contribuinte já arca com passagens diárias, que chegam a R$ 4,20.

Ou seja: pagam duas vezes pelo mesmo serviço.

As empresas de ônibus armaram o teatro manipulando trabalhadores para conseguir o seu objetivo: dobrar o subsídio repassado pela prefeitura

A imposição das empresas deixou claro também que são elas que controlam o sistema de transporte; mesmo após os rodoviários aceitarem o reajuste proposto pelo Sindicato das Empresas (SET), a greve só acabou quando a prefeitura e a Agência de Mobilidade Urbana (MOB) do Governo do Estado, aceitaram pagar o aumento de R$ 0,65 por passagem.

Exatamente como este blog Marco Aurélio d’Eça mostra há anos. (Relembre aqui,  aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui.)

Post alterado às 18h50 do dia 9/2/24 para correção de informação

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Confiando em compensação de Braide, donos de ônibus gastaram R$ 100 milhões em novos veículos

Empresários dos consórcios que operam o transporte coletivo de São Luís fecharam acordo com o prefeito no início de 2023 para renovar a frota em 128 novos ônibus – entregues pelo próprio prefeito em setembro e dezembro – em troca de aumento no subsídio repassado pela Prefeitura durante a data-base da categoria, por isso o impasse no fechamento do acordo com os motoristas para o fim da greve, só viabilizado na noite desta quinta-feira, 8

O prefeito Eduardo Braide com representantes dos dois sindicatos, em dezembro, comemorando a chegada de mais ônibus novos para o sistema

O prefeito Eduardo Braide (PSD) fechou com os empresários que operam o sistema de transporte coletivo de São Luís, em fevereiro de 2023, um acordo para renovação da frota de ônibus; em troca, os empresários teriam aumento no subsídio repassado pela prefeitura para a manutenção do sistema.

Por meio do Sindicato das Empresas de Transporte (SET), que coordena os consórcios das linhas urbanas na capital, foram investidos cerca de R$ 100 milhões, em 128 ônibus; este acordo foi confirmado pela própria prefeitura de São Luís, em matéria publicada na página da Secretaria de Trânsito e Transportes (SMTT) em 16 de setembro, durante a entrega dos primeiros 71 ônibus.

– No início do ano, um acordo com a prefeitura foi firmado, e nesse acordo estava vinculada a chegada desses ônibus novos, projetados para revitalizar o sistema – revelou a matéria da SMTT; o próprio Braide entregou os veículos.

 

Outros 57 ônibus foram entregues pelo prefeito em 20 de dezembro, fato também registrado na página da SMTT, sob o título “prefeito Eduardo Braide reforça transporte público de São Luís com entrega de 57 ônibus novos”.

Os primeiros 71 ônibus chegaram em setembro, fruto de acordo entre Braide e os empresários firmado ainda em janeiro de 2023

Nenhuma das matérias institucionais fala dos termos do acordo, mas este blog Marco Aurélio d’Eça apurou que caberia à prefeitura compensar o gasto das empresas com aportes ao subsídio que garante a manutenção do sistema; coincidência ou não, o subsídio repassado ao SET subiu significativamente na gestão de Braide, como mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Em três anos, Braide repassou R$ 66 milhões às empresas de ônibus…”.

  • foram R$ 7,5 milhões em 2021;
  • mais R$ 16 milhões em 2022;
  • pulou para R$ 42,4 milhões em 2023;
  • e será de R$ 36 milhões em 2024.

Mesmo assim, os empresários esperam recursos maiores para compensar o investimento em 128 novos ônibus em apenas um ano; cobraram – e conseguiram – aumento de R$ 0,80 por passagem subsidiada no sistema.

O que eleva este repasse de R$ 0,70 para R$ 1,50 por passagem…

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Em três anos, Braide deu R$ 66 milhões às empresas de ônibus

Dinheiro serviria para fazer a manutenção do sistema de transporte e garantir o congelamento das passagens, além de bancar as gratuidades; outros R$ 36 milhões já estão garantidos ao SET em 2024

 

Dinheiro já garantido às empresas pela prefeitura, fora o que arrecadarão com passagens

O prefeito Eduardo Braide (PSD) distribuiu em três anos de mandato nada menos que R$ 66 milhões às empresas que operam o transporte urbano em São Luís.

Foram R$ 7,5 milhões em 2021, mais R$ 16 milhões em 2022 e outros R$ 42,4 milhões em 2023, segundo balanços de orçamento da própria prefeitura.

O salto de R$ 26 milhões entre 2022 e 2023 serviria para impedir o reajuste de passagem; mesmo assim, o aumento veio em pleno carnaval do ano passado.

Só para 2024, Braide já reservou nada menos que R$ 36 milhões para as empresas de ônibus, segundo consta da Nota de Empenho N° 19/2024. (Veja Acima)

A greve de ônibus entra em seu segundo dia, mesmo após Braide liberar R$ 3,7 milhões às empresas

Segundo o blog de Isaias Rocha, nesta terça-feira, 6 – primeiro dia de greve dos motoristas, que cobram reajuste de salários – o prefeito fez um pix de R$ 3,7 milhões ao SET, na tentativa de impedir a paralisação. (Leia aqui)

Com todo este dinheiro dado aos empresários, Eduardo Braide poderia, se quisesse, oferecer ônibus de graça à população, situação que já ocorre em diversas cidades brasileiras.

Quando encerrar este primeiro mandato, em dezembro, o prefeito terá distribuído às empresas de ônibus nada menos que R$ 102 milhões em quatro anos, fortuna que deveria servir para garantir transporte de qualidade e a preço justo à população.

No final das contas, no entanto, o usuário de ônibus acaba é por pagar duas vezes pelo mesmo serviço.

Bancando o financiamento das empresas e ainda tendo que pagar passagem.

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Após anúncio do fim da greve, Braide anuncia aumento de passagem em 30 centavos…

A tarifa que era R$ 3,90 passou para R$ 4,20, o que garantiu aos empresários subsídios para pagar os motoristas, que na eterna jogada armada entre as duas categorias forçam a prefeitura a reajustar o preço da passagem dos ônibus na capital maranhense

 

O prefeito Eduardo Braide (PSD) anunciou na noite desta quarta-feira, 15, um aumento de R$ 0,30 nas tarifas do transporte coletivo de São Luís; a passagem que custava R$ 3,90 vai apara R$ 4,20.

Segundo Braide, o reajuste é uma vitória para a população, por que os empresários queriam aumento de R$ 5,70.

O prefeito disse quer esse reajuste garantiu o cancelamento do estado de greve dos motoristas, que estava prevista para esta quinta-feira, 16, ás vésperas do Carnaval.

Braide disse que o reajuste de 30 centavos foi melhor para a população, que não experimentará greve de ônibus

O curioso é que era os motoristas que estavam mobilizando a greve, mas quem foram beneficiados num primeiro momento foram os empresários.

Estranho, não?!?

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Adversários tentam chamar Braide para briga; ele ignora…

Usando o debate sobre o aumento da passagem de ônibus em São Luís, no fim de semana, Dr. Yglésio e Duarte Júnior responderam com provocações a uma sugestão do deputado federal, que não deu continuidade à questão

 

Duarte e Yglésio responderam a Braide nas redes sociais; ele não alimentou a polarização

Os deputados estaduais  Dr. Yglésio (Pros) e  Duarte Júnior (Republicanos) tentaram polarizar debate com o deputado federal Eduardo Braide (Poemos) nas redes socais, no fim de semana.

Ao criticar o aumento das tarifas, Braide sugeriu que o governador Flávio Dino (PCdoB) reduzisse o ICMS do óleo diesel, reduzindo os custos das empresas de ônibus.

– A retirada dos cobradores, zerar os créditos de passagens e aumentar em 12,5% a tarifa de ônibus é um absurdo! Já que a Prefeitura não teve a capacidade de resolver a situação, é hora de mostrar à população de São Luís que ela e o Governo são parceiros. Basta o governador reduzir o ICMS sobre o diesel do transporte público para diminuir o percentual do reajuste como foi feito em 2015. E aí, vão fazer? – provocou o candidato do Podemos

Tanto Yglésio quanto Duarte Júnior usaram o mesmo argumento,s egundo o qual, Dino já havia reduzido o ICMS do Diesel, desde 2015, primeiro ano de governo.

Yglésio chamou a solução de Braide de Ctlr+C, Ctrl+V.

– Na verdade, já fizeram essa redução há tempos. Antes era de 18%, hoje é de 2%. na dúvida, encaminhe pedido de informações à Sefaz. Melhor procurar outra solução; essa é ctrlc+ctrlv – provocou Yglésio.

Duarte foi ainda mais duro.

– Antes de criticar é preciso estudar para novamente não frustrar e iludir as pessoas com falsas promessas. Eduardo Braide demostra seu total despreparo ao desafiar Flávio Dino a reduzir o ICMS no diesel para empresas de ônibus. Redução já foi realizada em 2015, de 18% para 2% – disse.

Eduardo Braide  não respondeu a nenhum dos dois…

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“Reajuste não contempla as necessidades das empresas de ônibus”, diz dirigente do SET…

Em entrevista exclusiva a este blog, superintendente do sindicato que representa as empresas de ônibus defende tarifas entre R$ 3,85 e R$ 4,16, diz que o transporte urbano está à beira do colapso e alerta que o sistema pode parar

 

Luis Cláudio reclama do arrocho sofrido pelos empresários de ônibus em São Luís

O superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luis, Luis Claudio Siqueira, afirmou que o Contrato de Concessão das Empresas de Transporte Coletivo com a Prefeitura de São Luis completou um ano dia 1º de Setembro, e, desde lá, não houve qualquer posicionamento por parte da gestão municipal sobre o reequilíbrio econômico do Sistema.

Para Luis Cláudio, esse reajuste dado neste sábado, 20 – de R$ 0,20 – não contempla as necessidades das empresas, que vêm sofrendo com reajustes de combustíveis e aumento de salário de funcionários. Abaixo, a entrevista completa com Luis Claudio Siqueira:

Marco Aurélio D’Eça: O sistema de transporte de São Luis pode parar?

Luis Claudio: Infelizmente, pode parar sim. As empresas estão pagando os salários dos funcionários com atraso, e a insatisfação dos trabalhadores é crescente. No último dia 10, três empresas foram paralisadas, e este número tende a aumentar com o agravamento da crise do Sistema de Transporte.

Blog: O que fez com que o sistema de transporte entrasse nesta crise citada por você?

Luis Claudio: Com a licitação do transporte foi feito um investimento gigantesco em ônibus novos, com ar condicionado. Além disso, foram contratados e pagos pelas empresas os serviços de Bilhetagem Eletrônica e de GPS (rastreamento dos ônibus). Soma-se a isso dois aumentos dos motoristas (2016 e 2017), e o diesel, que teve mais de 100 reajustes nos últimos 12 meses. Todos sabem e reconhecem que o sistema de transporte melhorou, e isto tudo tem um preço a ser pago, sob o risco de perdermos todos estes avanços.

Blog: Um site especializado em transporte divulgou que o sistema de São Luis perdeu mais de 10% de passageiros e de receita. Até onde isto é verdade?

Luis Claudio: Perdemos 10,2% da receita, e este fato pode ser confirmado pela própria Prefeitura de São Luis. O grave desequilíbrio vem principalmente dos investimentos feitos pelas empresas que estão descobertos com riscos de apreensões por parte dos credores e devoluções por falta de capacidade de pagamento. A situação é desesperadora.

A frota de São Lujís foi toda modernizada por determinação da licitação

Blog: A prefeitura concedeu reajuste de R$ 0,20. Têm-se comentado que as empresas queriam R$ 0,40…

Luis Claudio: Isso não procede. Um realinhamento de R$ 0,40 não irá equilibrar o sistema de transporte de São Luís. E esse reajuste de R$ 0,20 não contempla as empresas. O que defendemos é uma tarifa ou um subsídio que traga o equilíbrio econômico para as empresas continuarem a prestar um bom serviço.

Blog: E qual seria o valor dessa tarifa?

Luis Claudio: R$ 3,85 para custeio do sistema atual; e R$ 4,16 para manter os investimentos previstos na licitação.

Blog: Mas este valor é inviável para os usuários de transporte… Como chegar a um valor consensual?

Luis Claudio: Infelizmente, algumas atitudes fizeram com que chegássemos ao fundo do poço. Diversas linhas de fora de São Luis foram criadas, muitas delas sem a menor necessidade ou critério técnico, e prejudicaram o sistema de transporte local, que foi licitado sem prever que perderia passageiros. A Prefeitura de São Luis nada fez para impedir este predadorismo; além disso, não foi combatido o transporte clandestino, que há anos vem prejudicando o sistema de transporte, que está transportando, basicamente, as gratuidades e os estudantes. Nem o Bilhete Único teve estudo de impacto econômico, já que foi lançado depois do levantamento de passageiros feito para a Licitação ocorrida em 2016.

Blog: Se as tarifas não forem reajustadas em um percentual pleiteado pelas empresas, o que pode ocorrer?

Luis Claudio: O cenário é o pior possível. Por mais que tentemos, até o último suspiro, manter o transporte em funcionamento, as empresas estão asfixiadas, e o colapso é iminente. Desde 1º de setembro, temos avisado, quase que semanalmente, que a situação tinha se agravado, e que uma atitude rápida precisava ser tomada. Quase todas as capitais reajustaram suas tarifas no início do ano, e, aqui no Maranhão, Imperatriz também o fez, justamente para evitar o colapso do sistema e manter os investimentos, que é exatamente o caso de São Luis.

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Holandinha mentiu à população sobre aumento de passagem…

Em debate da campanha eleitoral, já no segundo turno, prefeito garantiu que não haveria reajuste da tarifa em 2017, mesmo depois de já ter assinado contrato com a Primor garantindo o aumento para julho

 

Além dos crimes eleitorais já relacionados em processos que tramitam na Justiça Eleitoral, o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT) cometeu pelo menos um estelionato contra a população.

Em debate da TV Mirante, no segundo turno, contra o então adversário Eduardo Braide (PMN), Holandinha foi categórico ao afirmar que não haveria aumento de passagem em 2017.

O prefeito respondeu ipsis literis, em uma resposta a Braide:

– A nossa gestão é para a população, Eduardo, é para os usuários de transporte. E quero aqui dizer e assegurar para você que está me ouvindo, que no próximo ano nós não teremos o reajuste da tarifa. (Veja o vídeo acima)

Nesta época, Edivaldo já havia assinado o contrato que garantia ao Consórcio vencedor do Lote 4 da Licitação o reajuste de tarifa – ou do subsídio – a partir de 22 de julho de 2017. (Saiba mais aqui)

Mentiu, portanto, à população de São Luís para se reeleger prefeito.

Um estelionato eleitoral…

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Verde se posiciona contra aumento de passagens…

Júnior Verde criticou tarifas de ônibus em São Luís

Júnior Verde criticou tarifas de ônibus em São Luís

O deputado estadual Júnior Verde (PRB) se posicionou contra o aumento das passagens de transporte coletivo.

O parlamentar fez um aparte durante pronunciamento do deputado Edivaldo Holanda (PTC), nesta terça (29), e defendeu celeridade no processo de licitação para contratação das novas empresas.

O edital foi publicado pela Prefeitura de São Luís nesta segunda (28). As tarifas sofreram reajustes de 11,8%, em vigor desde sexta passada.

“Não acredito que seja justo a população pagar essa conta. Não podemos onerar o trabalhador. Hoje, os usuários não contam com um sistema de qualidade, por que têm que suportar um aumento dos serviços prestados, se não têm qualidade?”, questionou o parlamentar.

Verde aproveitou o pronunciamento do deputado Edivaldo Holanda (PTC) no Plenário para externar sua insatisfação com o reajuste, que causou impacto no orçamento de todos os usuários de transportes coletivos. Ele também destacou a importância da publicação do edital de licitação do sistema de transporte urbano em São Luís, nesta segunda-feira.

“Considero esse processo de licitação um grande avanço. Certamente vai permitir que os usuários de ônibus coletivos tenham um transporte de qualidade. Quando as novas empresas estiverem atuando, a população contará com uma frota atualizada e um serviço à altura do nosso povo”, finalizou Júnior Verde.

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E agora, Pedro Lucas e Roberto Júnior?!?

Vereadores que votaram contra ar-condicionado nos ônibus por entender que aumentaria passagem – e viraram símbolos das más condições do transporte público – agora veem a ameaça de aumento, mesmo com os serviços ruins oferecidos pelas empresas

 

Motoristas ameaçam parar a partir da 0h de domingo, 8...

Motoristas ameaçam parar a partir da 0h00 de domingo (8)…

A nota oficial do Sindicato dos Trabalhadores no Transporte de São Luís e clara: “Em Assembleia geral extraordinária, por unanimidade, deflagrar Greve Geral, em razão do descumprimento da convenção coletiva de trabalho”.

A razão da grave: o Sindicato das Empresas de Transporte alega falta de recursos e agravamento da crise financeira; e adiou o pagamento dos salários para depois do carnaval.

Traduzido: os rodoviários querem melhores salários e pagamento em dia; e as empresas só conseguirão pagar com reajuste no preço dos transportes.

Caso contrário, é greve geral.

Pedro Lucas e Roberto Júnior: defensores de um sistema já caro e ineficiente

Pedro Lucas e Roberto Júnior: defensores de um sistema já caro e ineficiente

E é aí que entram os vereadores Pedro Lucas Fernandes (PTB) e Roberto Rocha Júnior (PSB), dois filhos de políticos tradicionais de São Luís.

Aliados incondicionais do prefeito Edivaldo Júnior (PDT), Lucas e Rocha viraram símbolo do desinteresse da Câmara Municipal pela qualidade nos transportes ao votarem contra projeto do vereador Honorato Fernandes (PT), que obrigava as empresas a equipar pelo menos 50% a frota com ar-condicionado.

Para eles, a obrigatoriedade do equipamento forçaria, fatalmente, aumento nas passagens de ônibus. (Releia aqui)

Ocorre que o aumento das passagens é uma contingência do sistema, que já foi adotada em várias capitais, e terá que ser aceita pelo prefeito de São Luís se quiser evitar o colapso do setor.

E pouco importa se os ônibus tenham ou não ar-condicionado.

Usuário de ônibus praticamente toda a vida, Fábio Câmara sabe que reajustes independem de conforto

Usuário de ônibus praticamente toda a vida, Fábio Câmara sabe que reajustes independem de conforto

Tanto que, ainda em dezembro, o líder da oposição em São Luís, vereador Fábio Câmara (PMDB), deixou claro que o aumento das passagens, viria, com ou sem refrigeração nos ônibus.

– A alegação de que exigir ônibus com ar-condicionado ensejaria aumento de passagem é furada. Basta pensar que, para o ano que vem, com ou sem ar-condicionado, as passagens vão aumentar novamente – destacou Câmara, para provocar os colegas Lucas e Rocha:

– E se o povo for às ruas contra qualquer aumento alegando que lhe foi negado o direito a uma viagem mais confortável, o que alegarão os que sustentam tal tese?

Portanto, os vereadores Pedro Lucas e Roberto Júnior votaram contra um benefício à população usuária de ônibus e, agora, vão acompanhar “de camarote”, o aumento das passagens.

E a população que se dane…