Promotoria especializada na Defesa do Consumidor quer garantir o cumprimento integral do acordo que garantiu R$ 3 milhões às vítimas vivas do incêndio no Cinesystem, em março de 2023 e mais R$ 1,5 milhão por danos coletivos, que serão revestidos em equipamentos para a Prefeitura de São Luís; famílias de jovens mortas ainda mantém processos
Estado em que ficou a sala 3 do Cinesystem após o incêndio que resultou na morte de duas jovens no dia 7 de março de 2023
No total, o shopping e suas parceiras vão pagar cerca de R$ 3 milhões a 12 vítimas: Deise Jéssica Costa Chagas, Alexandre Magno Alves de Moura, Carlos André Pinheiro Viana, Naara Marcela da Motta Tavares, Aristóteles Rodrigues dos Santos Neto, Thayara Rodrigues Pinheiro dos Santos, Eduardo Vinícius França de Sousa, Maria Eduarda Baquil do Carmo e Aminadabes Gomes Silva e Filhos.
Além dos cerca de R$ 3 milhões às vítimas vivas, o Rio Anil Shopping, a BR Malls e o Cinesystem se comprometeram a investir R$ 1,5 milhão em equipamentos para a Prefeitura de São Luís, por danos coletivos.
são cinco caminhonetes cabine dupla, no valor unitário de R$ 185 mil;
três bombas de UBV para controle do Aedes aegypti, no valor unitário de R$ 125 mil;
investimento nos programas da Unidade de Vigilância de Zoonoses, no valor de R$ 200 mil.
As família das duas jovens mortas ainda mantém processos na Justiça…
Local pertencente à empresa Moriá Transporte, onde estavam 34 veículos, no bairro Laranjal, foi atendido pela corporação em cerca de 10 minutos, o que evitou a propagação do fogo para casas e florestas ao redor da empresa, que teve perda total de 23 veículos por causa da posição lado a lado
A ação dos bombeiros dentro da garagem também evitou que o fogo se alastrasse para as casas próximas
O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão levou cerca de 10 minutos para chegar à garagem que pegou fogo nesta madrugada, no bairro laranjal, consumindo 23 ônibus; a propagação do fogo rapidamente se deu pela posição dos veículos, estacionados lado a lado.
O imóvel pertence à empresa Moriá Transporte, e está instalada no bairro Laranjal, na Região Metropolitana de São Luís.
Nada menos que três quarteis do CBMMA – com quatro viaturas de combate a incêndio – atenderam a ocorrência durante a madrugada desta quarta-feira, 13, evitando a propagação para outros nove ônibus e duas vans e evitando, também, que o fogo chegasse às casas e matas ao redor da garagem.
A posição dos ônibus facilitou a propagação do fogo na garagem, mas os bombeiros chegaram em tempo hábil para evitar tragédia maior
A rápida chegada dos bombeiros impediu que as chamas se alastrassem para as residências vizinhas. Também foram preservados nove ônibus e duas vans.
Ao final, 23 ônibus tiveram perda total; outros 11 veículos foram salvos pelo controle de incêndio do CBMMA
Não houve feridos. O incêndio foi controlado por volta das 6 horas.
Equipe do batalhão de Operações Especiais comandada pelo subtenente Passos e sargento Luciano passava pela região quando foi alertada pela mãe da criança sobre problemas em um botijão de gás; agiu rápido, debelou o fogo e impediu que o incêndio se alastrasse para outras residências. Acionada, equipe do Corpo de Bombeiros auxiliaram os PMs na finalização do procedimento
Equipes do Corpo de Bombeiros auxiliaram os PMs na fiscalização do serviço de controle do incêndio na residência do Coroadinho
Uma tragédia foi evitada na início da noite desta terça-feira, 25, no bairro Coroadinho, em São Luís. Uma casa pegou fogo devido a problemas com o botijão de gás.
Uma equipe da polícia militar, que passava pelo local, agiu rápido e evitou o alastramento do fogo.
O fogo teve início na cozinha da casa e logo chegou ao quarto onde estava um bebê. A mãe desesperada buscou ajuda com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) que passavam pelo local.
Militar do Bope analisa situação da residência durante ação de combate a incêndio em residência no bairro do Coroadinho
Os policiais – subtenente Passos, sargento Luciano, o cabo Gutemberg e o soldado P. Oliveira – conseguiram entrar na casa e fazer os primeiros procedimentos para evitar que o fogo se alastrasse e alcançasse as casas vizinhas.
O Corpo de Bombeiros foi chamado, mas o fogo já havia sido debelado pelos policiais.
O bebê já havia sido retirado pela mãe antes do fogo aumentar.
Deputado estadual apresentou à Assembleia Legislativa requerimentos em que pede envio dos documentos elaborados pelo Instituto de Criminalística e pelo Corpo de Bombeiros, que apresentaram divergências entre si sobre as causas da tragédia que matou duas pessoas em São Luís
Zé Inácio quer acesso integral aos laudos sobre o incêndio do Rio Anil Shopping, ainda mantido em sigilo pela polícia
O deputado Zé Inácio (PT) apresentou dois requerimentos solicitando a disponibilização dos laudos da perícia técnica realizada pelo Instituto de Criminalística (Icrim) e pelo Corpo de Bombeiros do Maranhão referentes ao incêndio ocorrido no Shopping Rio Anil, que resultou na morte de duas pessoas.
O primeiro requerimento, de número 242/2023, direcionado à Perita Geral da Perícia Oficial do Maranhão, Anne Kelly Bastos Veiga, solicita que seja enviado à Assembleia Legislativa o laudo da perícia técnica realizada no local do incêndio. O objetivo é obter informações detalhadas sobre as causas e circunstâncias do trágico incidente.
O segundo requerimento, de número 243/2023, é endereçado ao Comandante do Corpo de Bombeiros do Maranhão, coronel Célio Roberto Araújo. O documento solicita que o Corpo de Bombeiros também disponibilize o laudo da perícia técnica realizada no Shopping Rio Anil. Essa solicitação tem como objetivo fornecer informações essenciais para a análise dos procedimentos de segurança adotados pelo estabelecimento.
O deputado Zé Inácio destaca a importância da transparência e do acesso à informação para a sociedade maranhense. “É fundamental que tenhamos conhecimento sobre as circunstâncias que levaram a esse trágico incêndio e as medidas de prevenção e segurança adotadas no shopping. Isso nos permitirá avaliar as responsabilidades e buscar medidas para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro”, afirmou o deputado.
A Assembleia Legislativa do Maranhão aguarda o envio dos laudos solicitados para dar prosseguimento às investigações sobre o incidente no Shopping Rio Anil. A população espera que esse processo contribua para a elucidação dos fatos e a adoção de medidas que garantam a segurança dos cidadãos em estabelecimentos comerciais do estado.
Ao contrário do Instituto de Criminalística – cujo laudo foi denunciado ao Conselho Nacional de Justiça, ao Ministério Público e ao Conselho Nacional do Ministério Público – atuação dos oficiais militares, com relatório circunstanciado sobre o incêndio que matou duas pessoas em 7 de março, foi apontada em documento da Rede Cinesystem como “justa e neutra”
Corpo de Bombeiros em atuação no Rio Anil Shopping; blindagem da corporação impediu interferências externas na investigação
Cercados por polêmicas e até hoje estranhamente mantidos em sigilo pela Polícia Civil maranhense, os laudos periciais do Instituto de Criminalística e do Corpo de Bombeiros Militar sobre o incêndio que vitimou duas adolescentes, no Rio Anil Shopping, têm avaliação distintas dos envolvidos.
O laudo do Icrim, que praticamente isenta o Rio Anil Shopping do ocorrido, já foi denunciado ao Conselho Nacional de Justiça, ao Ministério Público do Maranhão e ao Conselho Nacional do Ministério Público, pela Redecine BRA Cinematográfica S.A., empresa que administra o Cinesystem, cujas salas foram destruídas no incêndio.
Em relação aos Bombeiros, a empresa denunciante tem oura visão; para ela, os oficiais militares fizeram um trabalho integralizado, “ou seja, sem condutas que possam gerar questionamentos de parcialidade, sendo justo e agindo com total neutralidade”, segundo consta do item B.A.A.05. da Terceira Petição Intermediária apresentada pela Cinesystem.
É preciso deixar claro que o relatório dos Bombeiros não apontam A ou B como culpados, mas apenas mostra as possibilidades de causas do incêndio, ao contrário do Icrim, que deixou claro em seu lado a impossibilidade de que o incêndio tenha ocorrido durante a implantação de manta asfáltica na cobertura do shopping.
Entregues desde o final de maio às autoridades policiais responsáveis pelas investigações, tanto o laudo dos Bombeiros quanto o do Icrim são mantidos em sigilo pela Secretaria de Segurança, embora o Ministério Público já tenha derrubado este sigilo, conforme revelado no post “Ministério Público derruba sigilo na investigação do incêndio do Rio Anil Shopping…”.
A pedido do deputado estadual Carlos Lula (PSB), o Corpo de Bombeiros e o Icrim serão chamados para apresentar os laudos na Assembleia Legislativa, em audiência pública.
Ocasião em que deverão ser esclarecidas todas as dúvidas – e suspeitas – do incêndio no Rio Anil Shopping.
Promotora de Defesa do Consumidor Litia Teresa Cavalcanti usou os artigos 4º, IV e art. 6º, II e III da Lei nº 8.078/90, para tornar público o inquérito e seus resultados, incluindo laudos do Icrim e dos Bombeiros, “tendo em vista o interesse da coletividade na elucidação dos fatos objeto da apuração”
Recorte do Despacho de Litia Cavalcanti sobre o sigilo das investigações do incêndio do Rio Anil Shopping
A promotora de Defesa do Consumidor do Termo Judiciário de São Luís Litia Teresa Cavalcanti, determinou em despacho no último dia 5 de junho, o fim do sigilo nas investigações do incêndio do Rio Anil Shopping, ocorrido no dia 7 de março, com duas vítimas fatais.
No DESPACHO-11ªPJESPSLS – 242023, Litia Cavalcanti argumenta que os laudos do Instituto de Criminalística e do Corpo de Bombeiros Militar indicam responsabilidade do Rio Anil Shopping e da fabricante do projeto utilizado no Cinesystem, reação pela qual tomou as providências.
Independentemente do despacho de Litia Cavalcanti, este blog Marco Aurélio d’Eça já havia divulgado, desde a terça-feira, 13, as conclusões dos laudos do Icrim e dos Bombeiros, apontando divergências entre eles, por entender que a informação – ainda “guardada” pelas autoridades policiais – é de absoluto interesse público.
Em seu despacho, a promotora de Defesa do Consumidor encaminha também à Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor a informação do acidente, já que o projetor utilizado no Rio Anil Shopping, fabricado pela Barco LTDA., com sede em São Paulo, pode estar sendo usado em outras salas de cinema pelo Brasil
A decisão da promotora traz para a investigação também a fabricante do projeto, que precisará se defender das acusações da polícia civil maranhense, já contestadas pelo próprio Cinesystem.
Rede de cinemas cujas salas foram atingidas pelo incêndio do dia 7 de março – resultando na morte de duas pessoas – encaminhou petição administrativa ao CNJ, ao Conselho Nacional do Ministério Público e aos promotores responsáveis pela investigação em que relata – e apresenta provas – de uma série de ações dos delegados Jeffrey Paula Furtado, George Antônio da Silveira Marques e Clarismar de Oliveira Campos Filho e dos peritos do Instituto de Criminalística, reforçando a suspeita de uma rede de proteção pública em favor do shopping, já denunciada neste blog Marco Aurélio d’Eça
Peritos oficiais almoçam com funcionários do Rio Anil Shopping numa relação indevida durante uma investigação de um possível crime que resultou em morte
A Redecine BRA Cinematográfica S.A. , dona do Cinesystem São Luís, que teve as salas de exibição destruídas pelo incêndio do dia 7 de março, no Rio Anil Shopping – fato que resultou na morte de duas pessoas – denunciou ao Conselho Nacional de Justiça, ao Conselho Nacional do Ministério Público e aos promotores de Justiça que acompanham às investigações uma série de ações dos delegados da Polícia Civil e dos peritos do Instituto de Criminalística que podem levar à nulidade do laudo e do inquérito que investiga as causas do fatal incidente.
Assinado pelo advogado Alex Ferreira Borralho, a petição Administrativa cita nominalmente os delegados Jeffrey Paula Furtado, George Antônio da Silveira Marques e Clarismar de Oliveira Campos Filho e apresenta imagens, vídeos, trocas de mensagens telefônicas e até almoços conjuntos de peritos com funcionários do Rio Anil Shopping durante os trabalhos realizados no local.
Apresentado às autoridades no dia 11 de maio, antes mesmo do fim das investigações, o documento da Cinesystem reconhece o trabalho realizado pelo Corpo de Bombeiros – que também elaborou laudo sobre o incêndio – mas põe dúvidas no trabalho do Icrim, segundo a Petição, fortemente contaminado por ações de agentes do próprio shopping e até mesmo de autoridades públicas interessadas na proteção da empresa maranhense.
Conjunto de fotos mostra acesso de funcionários do Rio Anil Shopping liberado em áreainterditada; e a mensagem do Whatsapp orienta como proceder
Uma das mais graves acusações recaem sobre o perito Cláudio José Sousa da Silva, que, segundo a empresa de cinemas, entregou as chaves da área interditada na investigação a funcionários graduados do Shopping Rio Anil, tornando o local vulnerável.
– Essencial detalhar que as áreas que ficaram acessíveis por força da atitude do perito Cláudio José Sousa da Silva, são as seguintes: sala que os peritos estavam utilizando, o corredor com equipamentos retirados das cabines de projeção, o corredor de acesso as salas e bomboniere, as salas de exibição e a cabine de projeção. Aliás, ratificamos mesmo antes da referida data já existiam facilidades de entrada de funcionários do Rio Anil Shopping, como relatado no item “B.C.A.01 – diz o documento.
A partir deste episódio, relata o documento encaminhado às autoridades, começaram a sumir objetos alvos de perícia.
Com relação aos delegados, dentre outras coisas, a Cinesystem acusa a todos de agir parcialmente em favor do Rio Anil Shopping, inclusive liberado a e entrada de peritos particulares contratados pela própria empresa maranhense, mas indeferindo pedidos da empresa denunciante.
O fato é que, independente do mérito da empresa de cinemas, a investigação do poder público maranhense resta-se comprometida por influências externas, o que deve levar exatamente às calendas gregas o processo contra o Rio Anil Shopping, como já havia alertado este blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Famílias de vítimas de incêndio temem esquecimento após reabertura do Rio Anil Shopping…”.
E só quem perdeu nisso tudo foram exatamente as famílias das vítimas fatais…
Laudo do Instituto de Criminalística descarta que a colocação de manta asfáltica na cobertura do prédio tenha causado o sinistro e diz que uma explosão no projetor da sala 3 do Cinsystem seria a origem do fogo; CBMMA não descarta o uso do maçarico como causa e põe dúvidas sobre explosão na sala 3, que continuou a exibir filmes mesmo após o início da tragédia, que matou duas jovens e feriu outras 21 pessoas no dia 7 de março
Projetor do Cinesystem que o Icrim aponta como causado do Incêndio que resultou na tragédia do Rio Anil Shopping; Bombeiros divergem
O Laudo pericial do Icrim, nº 0022097/2023/PO, com 97 páginas – assinado pelos peritos criminais Aristoneide Costa Coelho, Antônio Fernando Barros, Cláudio José Sousa da Silva e Cássio Marques Freitas – aponta como local do início do incêndio a cabine de projeção da sala 3 do Cinesystem, “mais precisamente no projetor de filmes desta sala”.
– A causa foi um fenômemo elétrico na fonte de alimentação da lâmpada do projetor da cabine 3, não sendo possível identificar o elemento ignitor do evento – determina o laudo do Icrim.
Os peritos do Icrim deixam claro a distância de 34,25 metros entre a área de colocação da manta asfáltica e as salas de cinema.
Já o Laudo Pericial de Incêndio nº 005, de 30 de maio de 2023, do Corpo de Bombeiros, não descarta a origem do incêndio como resultante do que denomina “chama aberta”, oriunda de maçarico, equipamento que estava sendo usado por operários na cobertura do shopping.
– O uso de chama aberta oriunda do maçarico, na presença de um comburente presente no local (dutos elétricos, papel cartão proveniente do gesso acartonado, plástico de revestimento das placas acústicas depositadas sobre o forro e etc…) são elementos capazes de formar a reação em cadeia e iniciar uma combustão. Soma-se a isto um ambiente de alta temperatura devido aos vapores acumulados pelas máquinas de projeção – diz, em sua página 11, o laudo do CBMMA, assinado pelos oficiais-peritos Antonio Eliberto Mendes, João Luís Gonçalves Lima, Leno Romeu Coelho Costa, Paulo Henrique Fernandes Oliveira e Léo Anderson Diniz Pereira.
Estado da sala 3 do Cinesystem após incêndio do Rino Anil Shopping; mas as duas jovens mortas estavam na sala 2, menos atingida pelas chamas
Ao contrário do Icrim, o Corpo de Bombeiros não estabeleceu dado conclusivo para a causa do incêndio na sala 3 do Cinesystem, apesar de reconhecer que foi esta a área mais degradada pelo incêndio.
Os bombeiros estabeleceram uma hipótese de o incêndio ter-se originado no entreforro da sala 3, “onde foi verificado resto de material de impermeabilização semelhante ao utilizado na impermeabilização do telhado metálico, cuja aplicação pode ser feita com colagem de asfalto quente, com ajuda de chama aberta de um maçarico ou por colagem de manta fria.”
Ainda contrariando o laudo do Icrim, o relatório do CBMMA, diz que há na cabine de projeção da Sala 3 do Cinesystem dispositivos do tipo Sprinkler (espécie de chuveirinhos acionados pelo calor em caso de incêndio).
O laudo deixa claro: o acionamento [do Sprinkler] se inicia a partir de 68° C.
– Sendo assim, é possível e muito provável depreender que, caso o incêndio se iniciasse a partir da máquina de projeção da Sala 3, o acionamento do Sprinkler seria automático e suficiente para conter as chamas, evitando o alastramento do incêndio – diz o laudo, em sua página 14.
Esse acionamento do Sprinkler, explica o documento dos Bombeiros, “seria tardio se o incêndio se iniciasse acima do chuveiro automático, na região do entreforro, por exemplo, avançando, só a posteriori, para a área de projeção da sala 3.
O blog Marco Aurélio d’Eça teve acesso não apenas a estes, mais a todos os documentos envolvidos na investigação, que deverão ser tornados públicos em posts subsequentes a este.
O blog entende que esta publicização da história do incêndio no rio Anil Shopping a fará devidamente esclarecida.
Hospital garante ter “brigadistas treinados” e que foram os membros de sua equipe – e não o PM Felipe Sales – os responsáveis por controlar “o início de incêndio em ar-condicionado” nesta sexta-feira, 19, contrariando também testemunhas que acompanharam o incidente
O aparelho de ar-condicionado ficou destruído pelo curto-circuito que provocou o incêndio
A diretoria do Hospital do Servidor do Estado (HSE) encaminhou nota a este blog Marco Aurélio d’Eça em que dá outra versão para a atuação no princípio de incêndio ocorrido no Centro Cirúrgico na manhã desta sexta-feira, 19.
Segundo o documento do HSE, “houve um curto-circuito em um aparelho de ar-condicionado na ala da Enfermaria da Clínica Cirúrgica da unidade”. A partir daí, o hospital dá outra versão para o incidente, difertente da publicada – com imagens – no blog Marco Aurpelio d’Eça.
– Ao perceber o curto-circuito e a fumaça no aparelho, a enfermeira da ala chamou o plantonista da manutenção, o eletricista Valderi Ferreira, que prontamente compareceu ao local e tomou as seguintes medidas: Isolou a área, desligou o disjuntor, cortou a alimentação de energia do aparelho e com uso do extintor do hospital, debelou as chamas, que não se espalharam pelo ambiente – disse o documento do hospital.
No post “PM age e evita tragédia em incêncio no Hospital do Servidor”, o blog Marco Aurélio d’Eça publicou imagens e ouviu testemunhas que garantem a ação ter sido feita pelo policial militar Felipe Sales, que estava acompanhando uma apciente no local.
Neste novo post, o blog publica novos vídeos e novas imagens da hora do incêndio.
No vídeo, não é possível detectar nenhum brigadista ou mesmo profissionais da área de segurança do hospital. As fotos das alas, mostram corredores inteiros sem extintores de incêndio ou, ao menos, marcações que indicassem existir ali um desses equipamentos, ainda que não no memnto do incêndio.
Outra foto aponta um sistema de esguicho de água nos leitos, que deveria funcionar automaticamente no momento do incêndio; não funcionou.
O esguicho que deveria funcionar durante a fumaceira e o fogo, simplesmente não funcionou
É uma obviedade que um hospital do porte do HSE conte com equipes de brigada, equipamentos contra incêndio e outros tipos de medidas de segurança.
Mas o que mostram as imagens é que nada parecido com estas coisas estavam presente no momento do incêndio; e o HSE pode emitir um milhão de notas para negar.
Por que, contra fatos, não há argumentos.
Abaixo, a íntegra da nota do Hospital do Servidor do Estado:
HSE ATESTA QUE POSSUI EQUIPE DE MANUTENÇÃO PERMANENTE COM BRIGADISTAS TREINADOS E QUE FOI SUA EQUIPE QUE ATUOU PARA DEBELAR O INÍCIO DE INCÊNCIO EM AR – CONDICIONADO
O CASO FOI ISOLADO E NÃO HOUVE NENHUM DANO FÍSICOS NEM MATERIAL, ALÉM DO PREJUÍZO NO APARELHO EM QUESTÃO
A Diretoria do Hospital dos Servidores Estaduais / HSE esclareceu o que de fato aconteceu na manhã dessa sexta – feira (19.05) quando houve um curto – circuito em um aparelho de ar-condicionado na ala da Enfermaria da Clínica Cirúrgica da unidade; e diferente do que foi reportado, o Hospital estava sim preparado, e atuou de forma rápida e eficaz, com suas próprias equipes e equipamentos na satisfatória resolução do problema.
Assim sendo, vale esclarecer que: O fato se deu por entre 5h e 6h da manhã, motivo pelo qual a Diretoria não estava presente, mas foi informada, e até chegar ao local, acompanhou e deu suporte a todas as ações realizadas.
O HSE conta com uma equipe de manutenção própria, onde todos são brigadistas treinados. Ao perceber o curto-circuito e a fumaça no aparelho, a enfermeira da ala chamou o plantonista da manutenção, o eletricista Valderi Ferreira, que prontamente compareceu ao local e tomou as seguintes medidas: Isolou a área, desligou o disjuntor, cortou a alimentação de energia do aparelho e com uso do extintor do hospital, debelou as chamas, que não se espalharam pelo ambiente. Os pacientes dessa unidade já haviam sido retirados do quarto, e não houve nenhum dano físico ou material, além do prejuízo no aparelho de ar-condicionado. O fogo localizado no aparelho foi rapidamente contido.
Modesto Alves Filho, engenheiro de controle de automação que é responsável pela equipe de manutenção e elétrica do HSE, afirmou que o hospital mantém em seu quadro de colaboradores diretos uma equipe de manutenção; e que conta sim, com extintores de incêndio suficientes, a exemplo desse que foi usado nesse episódio.
“Apesar do susto para os pacientes, tecnicamente esse foi um caso isolado, de pequena complexidade e que foi rapidamente mitigado pelo nosso brigadista de plantão Valderi. O acompanhante de paciente que foi citado na reportagem apenas ajudou voluntariamente o nosso brigadista na hora de conter as chamas no aparelho” esclareceu ele.
O Diretor Geral do HSE/ HSLZ Plínio Tuzzolo ao ser avisado do ocorrido, convocou toda a equipe de manutenção e segurança do hospital para a análise do caso e já iniciou uma sindicância interna para apurar as possíveis causas do ocorrido.
“Pedimos desculpas aos pacientes dessa unidade pelo susto, e queremos tranquilizar nossas equipes, todos os pacientes e seus acompanhantes, de que este foi um fato isolado. O HSE está absolutamente preparado para resolver essas questões. Reafirmo que contamos com brigadistas experientes e bem treinados em prontidão no hospital. Mas, mesmo assim, mantendo o rigor da nossa gestão e os cuidados preventivos, acionamos nossa consultoria especializada em Segurança do Trabalho para conduzir uma perícia interna no aparelho, e apurar as possíveis causas e possibilidades de correção. Também solicitamos que seja feita uma inspeção em todos os aparelhos de ar-condicionado do hospital por medida preventiva” declarou o Diretor Geral do HSE.
Segundo o consultor do HSE/HSLZ Alexandrino Barbosa, engenheiro especializado em segurança do trabalho e elétrica, o aparelho que apresentou o problema será substituído por outro novo, e agora seguirá em estudo durante a perícia já instalada:
“Vamos investigar o que aconteceu no aparelho e porque isso aconteceu. Entre as possíveis causas, pode ter sido a má condensação da água dentro do mesmo, o motivo do curto-circuito. Mas só saberemos ao concluir a perícia, e gerar um relatório final. Já instalamos essa sindicância interna, assim como a revisão imediata dos demais aparelhos do hospital” disse o consultor que está conduzindo a perícia interna.
Sem infraestrutura adequada de combate a incêndio, unidade de Saúde teve um curto circuito grave em um dos leitos do Centro Cirúrgico, que só foi controlado por um policial militar que debelou as chamas com um único extintor encontrado no local
Incêndio começou no aparelho de ar condicionado, o que gerou pânico entre pacientes e servidores
O policial militar Felipe Salles, do Batalhão de Choque da PMMA evitou uma tragédia no Hospital do Servidor, na manhã desta sexta-feira, 19.
Acompanhante de uma das pacientes do centro cirúrgico, ele conseguiu debelar um incêndio causado, provavelmente, por um curto circuito em um ar condicionado entre os leitos 72 e 73.
Alguns equipamentos de incêndio não estão instalados na unidade de Saúde
A unidade de Saúde não conta com Brigada anti-incêndio e faltam diversos equipamentos de combate a fogo, como extintores e mangueiras.
O princípio de incêndio gerou pânico entre servidores e pacientes; um dos servidores encontrou um extintor, mas não sabia o que fazer com o equipamento.
O PM Felipe Sales tomou-lhe a peça e debelou as chamas, evitando a tragédia.
– Até agora, ninguém.da diretoria do hospital desceu para saber o que houve. Nem a assistente social esteve aqui – contou um outro policial, em contato com o blog Marco Aurélio d’Eça.
O Corpo de abombeiros já foi acionado pelos PMs.
A informação até o momento desta postagem é que a tentativa do Hospital do Servidor era evitar que a história viesse a público.