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Deputados se sujeitam a “representante nacional” de cabos e soldados…

Grevistas tomam de assalto a Assembléia

Não passou de um espetáculo personalista a tentativa de reunião dos deputados estaduais com os “líderes” do movimento grevista de policiais e bombeiros militares, hoje, na Assembléia Legislativa.

Um representante da Federação Nacional de Cabos e Soldados, que veio da Bahia, danou-se a falar sem parar e praticamente não deu espaços para que os deputados se posicionassem.

Pior: apenas se submeteram a cantilena teórica do pracinha

De tudo entendia o homem: tentava vender a idéia de conhecimento absoluto dos supostos direitos dos militares e fez questão de ressaltar as credenciais de experiente participante de movimentos parecidos, em vários estados do Brasil.

– Jamais aceitaria tratar de greve de policial maranhense com alguém “da União Soviética” – comentou o deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD), irritado com a abertura dada ao “estrangeiro”.

Com a desenvoltura do insuflador grevista, os deputados só tiveram a chance de garantir a permanência dos militares na Assembléia, que se transformou no acampamento do movimento.

Se o governo não agir rápido, seja para o que for, a coisa pode degringolar – alertou Milhomem.

E que o tiver se der feito, tem que ser feito logo.

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Assim já é deboche…

Militares desrespeitam a bandeira, amarrando redes em seus mastros

Os policiais militares extrapolaram todos os limites do bom-senso em seu acampamento na Assembléia Legislativa.

As imagens que ilustram estes textos – publicadas originalmente por Matias Marinho e Gilberto Léda – mostram o desrespeito e a falta de valor que os militares dão a símbolos que lhe deveriam ser caros.

Desde ontem, eles agridem a própria imagem da PM com atitudes que nada têm a ver com a greve, que deveria ser levada em clima de serenidade e respeito.

Primeiro, armaram redes nos mastros em frente ao prédio da Assembléia, uma agressão ao principal alvo de respeito na vida militar: a bandeira brasileira.

Como se vê na imagem, a bandeira do Maranhão está a meio-mastro, outra agressão à liturgia institucional, já que não têm autoridade para manipulá-la.

Pela manhã, deixaram indevidamente a bandeira maranhense a meio-mastro

Pior: com a complacência letárgica do comando da Assembléia Legislativa.

Na Assembléia, nenhum cidadão pode entrar se estiver trajando bermudas. Militares circulavam hoje pela manhã – inclusive na área interna da Casa – de bermudas, chinelos e até camisetas.

Na Assembléia, também é proibida a entrada de carros de som. Os seguranças da casa, é bom que se diga, ainda tentaram impedir a circulação deste tipo de carro, mas foram ameaçados pelos grevistas.

Outra demonstração de falta de autoridade do comando da Assembléia.

O hall da Assembléia se transformou em palco para partidas de damas e dominó; bancos e cadeiras são usados como camas e palanques.

Para tentar amenizar a situação, a única ação do comando da Casa foi evacuar o prédio… mas da presença dos funcionários – como se os grevistas precisassem ficar mais à vontade. 

E assim segue o movimento paredista dos bombeiros e policiais militares.

Que eles mesmos vão transformando em deboche…

 

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“É preciso serenidade”, diz Zé Carlos, sobre greve da PM…

Zé Carlos: diálogo é a melhor solução

O presidente da Comissão de Segurança da Asssembléia Legislativa, deputado Zé Carlos da Caixa (PT), pregou “serenidade de ambos os lados” para a solução do conflito entre o Governo do Estado e os militares em greve.

O deputado petista tem o mesmo entendimento deste blog em relação ao movimento.

– Não há dúvidas de que, como categoria diferenciada, os militares não têm direito à greve. Mas, também por serem diferenciados, eles não podem ser tratados como qualquer funcionário público – declarou Zé Carlos.

A crise entre PM e governo se acirrou por causa da proposta governista de incluir os benefícios reivindicados pela categoria no bojo de um projeto generalista, para todo o funcionalismo.

Este blog já defendeu que os militares não podem ser tratados de forma generalista, apesar de não poderem fazer greve. (Releia aqui)

Para encontrar a solução, segundo Zé Carlos da Caixa, é preciso o equílibiro, tanto do governo quanto dos líderes dos policiais militares.

Sem serenidade, as coisas não se resolverão – pregou o parlamentar…

 

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Globo chama de “baderna” movimento dos PMs…

Grevistas ocupam Assembléia

O programa “Bom Dia Brasil”, da Rede Globo, classificou hoje de “baderna insuflada por radicalismos” a inusitada greve dos policiais e bombeiros militares, iniciada desde ontem à noite, no Maranhão.

O comentaria de Segurança da emissora, Rodrigo Pimentel, ex-capitão do Bope-RJ, usou o mesmo argumento já usado por este blog para falar sobre a paralisação.

 – É muito justa a reivindicação salarial da PM. Mas os militares não podem se sindicalizar. Sem isso, caem nas mãos de radicais. Lidera o movimento, aquele que grita mais no carro de som. É lamentável a opção pela baderna – afirmou Pimentel.

Ele lembrou que movimentos de intimidação como estes já ocorreram em Minas Gerais, Ceará e Rio de Janeirio, mas todos foram sufocados pelo governo.

Na tentativa de garantir a segurança da população, o governo maranhense convocou a Força Nacional e o Exército, que estão nas ruas desde ontem.

Os grevistas estão desde ontem na área externa da Assembléia Legislativa e ameçam ocupar o plenarinho da Casa.

E ameaçam só sair de lá quando os deputados incluirem suas reivindicações na proposta orçamentária…

 

 

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Vereadores devem convocar secretário municipal de Fazenda para esclarecer destino dos R$ 73,5 milhões desaparecidos…

Em breve, Mário Bitencourt deve voltar à Câmara...

Os vereadores deverão convocar para esclrecer sobre o destino dos R$ 73,5 milhões desparecidos das contas da Prefeitura de São Luís o secretário municipal de Fazenda, José Mário Bitencourt.

Além dele, devem chamar também a controladora-geral do município, Maria Marphisa Frota.

Para os vereadores, os dois têm condições de dizer onde foi parar o dinheiro, sumido desde 2009, quando deveria ter sido devolvido ao Governo do Estado. 

Mas a convocação dos auxiliares não desobriga a Câmara de chamar também o prefeito João Castelo (PSDB).

A diferença é que Castelo só pode ser convidado, enquanto os secretários serão convocados.

Mas as regras da etiqueta social ensinam:

Quem recusa convite, tem algo a esconder…

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Líder oposicionista força a barra por outra CPI na Assembléia…

Marcelo Tavares quer porque quer desviar o foco de Castelo

Mesmo com a CPI dos R$ 73,5 milhões prestes a ser instalada na Assembléia Legislativa, o líder da Oposição, Marcelo Tavares (PSB), insiste na coleta de assinaturas para uma outra, que investigaria todos os convênios entre governo e prefeituras.

– Já temos 12 assinaturas. A gente está tentando conseguir a outra CPI – afirmou Tavares, hoje à tarde, ao blog.

Ele ameaça, inclusive, nem indicar o nome da bancada para compor a CPI criada por Requerimento do governista Roberto Costa (PMDB).

Alguns deputados, no entanto, consideram que a insistência de Tavares-sobrinho visa criar embaraços para o funcionamento da CPI dos R$ 73,5 milhões.

Ele tenta desviar o foco de Castelo – acusa o vice-líder governista Magno Bacelar (PV).

Para insistir com o seu projeto, o socialista argumenta que a CPI criada por Costa seria limitada, por se restringi ao convênio da prefeitura.

Na semana passada, o argumento de Tavares foi contestado pela própria bancada oposicionista. O deputado Bira do Pindaré (PT) frisou que a dinâmica da investigação acabará abrindo espaços para apuração diversa à estabelecida no Requerimento original.

Outros parlamentares da oposição, como Rubens Pereira Júniro (PCdoB) e Eliziane Gama (PPS), já demosntraram, inclusive, interesse em participar da CPI dos R$ 73,5 milhões. 

Mesmo assim, Marcelo Tavares continua a colher assinaturas…

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Manoel Ribeiro em visita a Portugal…

Manoel Ribeiro: na Europa, até semana que vem...

O Diário da Assembléia Legislativa trouxe em sua edição de hoje o pedido de licença do líder do governo na Casa, Manoel Ribeiro (PTB), para uma viagem de uma semana à Europa.

O parlamentar viajou ontem para Portugal, onde deve permanecer até domingo.

Ribeiro participará na “Terra do Fado” de um encontro de afiliadas da rede Bandeirantes, da qual tem uma repetidora em São Luís.

A viagem do líder governista já estava pré-agendada, mas ele decidiu confirmá-la no início da semana.

O parlamentar participará normalmente das sessões da Assembléia Legislativa a partir de segunda-feira.

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Polícia bandida…

Do blog de Gilberto Léda

É impressionante a velocidade com que se avolumam casos de crimes envolvendo policiais no Maranhão.

Quem é pago para proteger o cidadão está, cada vez mais, fazendo uso da sua facilidade de acesso a armas e da proximidade com a marginalidade para se misturar com o que há de pior no que diz respeito à criminalidade.

Esta semana, dois casos emblemáticos.

Em Paulo Ramos e Marajá do Sena, no interior do estado, policiais civis são acusados pelo Ministério Público de cobrar de donos de bares e similares um pagamento mensal de R$ 15, a título de uma tal “taxa de segurança pública”.

Além disso, os mesmos empresários são obrigados, ainda, a pagar R$ 60 cada vez que precisarem fazer algum evento de maior porte no estabelecimento. Uma seresta por exemplo.

Para desespero dos proprietários, nos dias de eventos ainda aparecem os policiais militares, cobrando para fazer a segurança das festas, num verdadeiro mercado negro da segurança que deveria ser pública.

O outro caso deu-se em São Luís.

Na última segunda-feira (22), o juiz titular da 2ª Vara Criminal de São José de Ribamar decretou as prisões preventivas de Júlio Cesar Pereira, sargento da PM, lotado no 8º BPM; e de Ivaldo Coelho, cabo reformado da PM.

Os dois são acusados do assassinato do traficante Robson Galvão, o Robica, em março deste ano, na Praia do Meio.

Segundo testemunhas, os dois policiais tinham envolvimento com o tráfico, e praticaram o crime como queima de arquivo.

São apenas dois casos, é verdade.

Mas reveladores de como, no seio da corporação, inda há muita polícia bandida…

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Militares decidirão hoje se vão parar amanhã…

Clima entre miltiares ainda é de tensão

As entidades representativas dos policiais e bombeiros militares se reúnem hoje à noite, na sede da Fetiema, para decidir se fazem nova paralisação, amanhã, ou se aguardam pela proposta salarial do governo, a ser encaminhada ainda este ano para a Assembléia Legislativa.

Há militares dispostos a tudo para pressionar o governo, mas as lideranças do movimento já ponderam alguns pontos em comparação com a “greve” do dia 8 de novembro.

1 – Ao contrário do início do mês, a paralisação não teria mais a seu favor o fator surpresa, uma vez que o governo já se preparou para garantir segurança à população;

2 – Apesar de a mídia apoiar a reivindicação salarial dos policiais, a categoria não tem apoio para um movimento paredista, considerado ilegal na vida militar.

Desta vez, deputados cdevem ter mais cautela como interlocutores

3 – um confronto aberto com as forças já acionadas pelo governo – Força Nacional, Exército e Polícia Federal – destruiria completamente a credibilidade dos PMs e bombeiros.

4 – alguns líderes do movimento militar já perceberam que os coronéis Ivaldo Barbosa e Francisco Melo estão sendo insuflados por políticos de oposição – e até alguns governistas – não em favor dos PMs, mas apenas para gerar o caos no governo.

Todos estes pontos devem ser analisados na reunião, hoje à noite.

Só então os PMs e Bombeiros decidirão se páram ou não…

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João Castelo encurralado…

É gravíssima, do ponto de vista político-eleitoral, a situação que se desenha para o prefeito João Castelo (PSDB), por causa dos R$ 73,5 milhões desaparecidos das contas do município.

O prefeito sabe que precisa dizer, urgentemente, onde foi parar o dinheiro.

Mas não pode.

E não pode por que estaria confessando Crime de Responsabilidade e Improbidade Administrativa ao revelar a transferência dos recursos, de uma instituição financeira pública para um banco privado – provavelmente o Banco BIC, como começam a mostrar as investigações.

A tomada de contas especial que o Ministério Público de Contas fará na prefeitura fatalmente levará o TCE a julgar irregulares as contas de Castelo referentes aos exercícios de 2009 e 2010.

Nestas contas não consta qualquer explicação sobre os R$ 73,5 milhões.

E o que isso significa?

Significa que, com as contas julgadas irregulares, o prefeito estará inelegível para as próximas eleições, já que a rejeição dos tribunais de contas provoca automaticamente a inelegibilidade.

O prefeito precisa, portanto, encontrar uma saída legal e rápida para o sumiço do dinheiro que deveria ter sido devolvido aos cofres estaduais.

Caso contrário, estará fora da própria sucessão…