3

Zé Reinaldo e Luiz Fernando dificultam apoio de Roseana a Brandão

Os dois principais aliados do vice-governador ao Governo do Estado têm histórico de traições à ex-governadora, o que torna difícil uma aproximação, embora buscada intensamente pelo Palácio dos Leões e pelo próprio governador Flávio Dino

 

Tendo Brandão como assessor, Zé Reinaldo foi algoz da maior traição já sofrida pelo grupo do ex-presidente José Sarney, em 2006

 

O grupo mais próximo ao governador Flávio Dino (PSB) tem buscado todas as formas de atrair para o palanque do vice-governador Carlos Brandão a ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Dino entende que os cerca de 30% de intenções de votos manifestados em Roseana seriam suficientes para garantir Brandão em um eventual segundo turno, mesmo levando em conta a rejeição a uma aliança.

Mas Roseana resiste a essa aproximação.

Embora a maior parte do Grupo Sarney já esteja alinhada à candidatura de Brandão, o grupo mais próximo da ex-governadora se incomoda com a onipresença do ex-governador José Reinaldo Tavares e do ex-prefeito de São Jose de Ribamar, Luiz Fernando Silva, na campanha do vice.

Tanto José Reinaldo quanto Luiz Fernando têm histórico de traição à ex-governadora.

O primeiro passou oito anos como vice de Roseana (entre 1995 e 2002) mas rompeu com ela apenas um ano depois de assumir o mandato e se reeleger, sendo o principal responsável pela derrocada do Grupo Sarney, que se iniciou a partir de 2006.

Luiz Fernando, por sua vez, é protagonista do maior “arregão” eleitoral da história política do Maranhão.

Ele passou quatro anos sendo incensado como o sucessor de Roseana, mas, às vésperas do fim do prazo de filiação partidária, em 2014, desistiu da candidatura, deixando o grupo sem rumo na disputa contra Flávio Dino; em seguida, bandeou-se para o próprio Flávio Dino.

Arregão compulsivo, Luiz Fernando foi responsável pela derrota de Roseana em 2014; e depois se bandeou para Flávio Dino

O histórico de traições no palanque de Brandão é um empecilho e tanto na relação do grupo Sarney com Flávio Dino, que vem fazendo gestos de aproximação desde 2018.

E é este histórico que deve fazer Roseana manter-se neutra.

Pelo menos no primeiro turno…

2

Edivaldo silencia sobre descarte de Pacheco e vice de Brandão

Ligado ao governador Flávio Dino, ex-prefeito de São Luís deixou apenas aos aliados as respostas ao presidente do Senado, que ignorou sua candidatura ao governo, e preferiu nem comentar sobre o interesse do Palácio dos Leões em tê-lo como companheiro de chapa do vice-governador tucano

 

Edivaldo voltou ao interior, mas preferiu calar-se diante de situações delicadas da sua candidatura

Até o fim da semana passada, a candidatura de governador do ex-prefeito de São Luís Edivaldo Júnior (PSD) se resumia a reuniões em seu apartamento com os deputados Edilázio Júnior (PSD) e César Pires (PV).

Esta letargia gerou dois movimentos importantes, que repercutiram no fim de semana.

E Edivaldo silenciou sobre os dois.

O primeiro movimento se deu em Imperatriz, ainda na sexta-feira, 25, quando o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD), ignorou a candidatura do ex-prefeito de São Luís.

O segundo movimento, que parece ser reflexo do primeiro, se deu no sábado, 26, quando aliados do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) passaram a revelar mais abertamente gestões de bastidores para ter Edivaldo como companheiro de chapa da escolha pessoal de Flávio Dino (PSB).

Coube a Edilázio Júnior, presidente regional do PSD, reafirmar a candidatura do ex-prefeito.

Historicamente vinculado a Flávio Dino, Edivaldo Júnior mostrou dependência política do governador até na hora do lançamento de sua candidatura, quando decidiu ir ao Palácio dos Leões – em encontro fora da agenda – para comunicar Dino de que faria campanha para ele ao Senado.

E agora, com uma candidatura a governador empurrada pelos aliados, o ex-prefeito se vê diante de duas situações delicadas neste início de campanha.

Mas prefere silenciar diante delas…  

1

Interesse de Roberto Rocha por reeleição ao Senado destrói previsão de auxiliar de Flávio Dino

Palácio dos Leões torce pela candidatura do senador ao governo para evitar dois confrontos diretos: o do vice Carlos Brandão contra o também senador Weverton e o de Flávio Dino contra o próprio Roberto Rocha

 

Roberto Rocha postou foto com a família em São Paulo e iro9nizou as previsões do Capelli sobre seu projeto eleitoral

As previsões do secretário de Comunicação Ricardo Capelli – atual principal articulador do governo Flávio Dino (PSB) – caíram por terra neste fim de semana, quando o senador Roberto Rocha (ainda PSDB) confirmou que seu interesse maior é disputar a reeleição ao Senado. 

Essa postura de Rocha já havia sido revelada pelo próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), durante visita a Imperatriz, na sexta-feira, 25.

Capelli manifestou o interesse do Palácio dos Leões em ter Roberto Rocha como candidato a governador por dois motivos que interessam diretamente ao grupo de Flávio Dino:

1 – O governo teme um confronto direto do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) com o senador Weverton Rocha (PDT) e tenta insuflar uma candidatura bolsonarista para ajudar a “escolha pessoal” de Flávio Dino;

2 – A candidatura de Roberto Rocha ao governo tiraria do páreo um adversário de peso para o projeto do próprio Flávio Dino, de chegar ao Senado com votação histórica.

Em suas postagens de fim de semana, Roberto Rocha deixou bem claro que sua preferência é concorrer à reeleição ao Senado, embora não descarte uma candidatura ao governo “dependendo das circunstâncias”.

Com Weverton Rocha como principal candidato a governador e Roberto Rocha como principal adversário de Dino ao Senado, o Palácio dos Leões terá que dividir a atenção nas eleições de outubro, para evitar uma derrota retumbante.

Por isso as previsões do Capelli foram tratadas como “análise” pela mídia palaciana.

Embora fossem meras expressões de desejo…

0

Após críticas por letargia, Edivaldo retoma campanha no interior…

Ex-prefeito volta a reunir aliados e possíveis apoiadores em vários municípios, apenas um dia depois de o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco – presidenciável do PSD – ignorar sua candidatura ao governo em visita ao Maranhão

 

De volta ao interior, Edivaldo Júnior reuniu-se com evangélicos em Codó

Após fortes críticas – inclusive do blog Marco Aurélio D’Eça – à paralisação de sua campanha eleitoral pelo Governo do Estado, o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PSD), retomou neste fim de semana sua agenda de visitas ao interior do estado.

Acompanhado dos coordenadores de sua campanha, Edivaldo esteve em Timon e em Codó, onde se reuniu com bases eleitorais do PSD e movimentos sociais e religiosos.

O Ex-prefeito conseguiu furar o bloqueio político em Codó – onde praticamente todos os grupos apoiam o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), mas o eleitorado dá a liderança nas pesquisas ao senador  Weverton Rocha (PDT).

Edivaldo reuniu-se com grupo de evangélicos.

A retomada da movimentação de Edivaldo Júnior ocorre também um dia depois de o presidente do Congresso Nacional Rodrigo Pacheco – pré-candidato a presidente pelo PSD – ignorar sua candidatura ao governo durante visita a Imperatriz.

Edivaldo disputa a segunda colocação – e uma eventual vaga em segundo turno – com o vice-governador Carlos Brandão e com o senador Roberto Rocha (PSDB). 

0

Simplício consolida candidatura ao governo com grupos sólidos no interior…

Em todas as cidades em que tem apoio político – seja de prefeitos ou da oposição – o pré-candidato do Solidariedade reúne grupos integrais, enquanto outros candidatos veem suas bases rachadas entre diversas candidaturas

 

O pré-candidato do Solidariedade ao Governo do Estado, Simplício Araújo, tem consolidado sua base de apoios no interior com grupos fechados integralmente com ele.

Seja com prefeitos aliados – a exemplo de Galego Mota, de Dom Pedro – seja em grupos de oposição nos municípios, Simplício reúne base sólida em quase todos os municípios maranhenses.

Em Bacabal, por exemplo, sua candidatura é apoiada por Expedito Júnior, líder da oposição; já o grupo do prefeito Edivan Brandão se divide entre as candidaturas de Carlos Brandão (PSDB), Weverton Rocha (PDT) e Josimar Maranhãozinho (PL).

Em Buriticupu é também a oposição, liderada por Arnoldo do Frango, que dá sustentação à candidatura de Simplício.

Além das alianças políticas, Simplício viabiliza apoios da sociedade civil, que garantem a liderança nas pesquisas em cidades como Pedreiras e Trizidela do Vale, por exemplo.

E assim vai construindo sua base de apoios…

1

Andrea Murad anuncia candidatura de Ricardo Murad e se põe à disposição “para outros projetos”

Ex-deputada estadual diz que a atual situação do Maranhão necessita da presença do ex-secretário de Saúde e ex-presidente da Assembleia; ela pode também concorrer a governadora, senadora ou vice-governadora

 

Andrea abre mão de disputar vaga na Assembleia em favor do pai, Ricardo; e pode concorrer a um cargo majoritário

Em nota divulgada neste sábado, 26, a ex-deputada estadual Andrea Murad anunciou a candidatura do pai, Ricardo Murad, a uma vaga na Assembleia Legislativa.

– A situação em que vive o estado, bem como a necessidade de encontrarmos a saída e a solução para, de uma vez por todas, inverter o rumo de incompetência, desgoverno e irresponsabilidade que vivemos me levou, após um período de grande reflexão, chamar o meu pai para se candidatar a deputado estadual – disse Andrea, que vinha sendo cotada ela própria para concorrer à vaga.

Na avaliação da ex-parlamentar, o Maranhão necessita da experiência política e da competência já comprovada de Ricardo Murad.

Andrea Murad também disse estar á disposição do partido ou de grupos para assumir novos desafios eleitorais e políticos; embora não tenha citado cargos, a declaração implica dizer que ela pode concorrer ao Senado, ao governo ou a vice-governadora.

– Estarei onde necessitarem de mim, disponível pra travar o combate a que não me viro as costas, e coma  coerência necessária para somar meu esforço e vontade ao desejo de tantos em devolver a dignidade ao nosso estado. É isso que a partir de hoje me move – disse a ex-deputada estadual.

Tanto Andrea quanto Ricardo Murad estão filiados ao PSDB…

2

Forte articulação nacional de Weverton impõe dificuldades a adversários…

Pela primeira vez na história política do Maranhão um candidato do Palácio dos Leões tem menos contatos com as lideranças de Brasília que o seu principal concorrente, o que  torna praticamente irreversível a presença do senador pedetista em um eventual segundo turno

 

Weverton entre Rodrigo Pacheco, Othelino Neto e aliados: anúncio de obras e serviços dá vantagem competitiva em relação ao candidato do Palácio dos Leões

Nunca antes na história política do Maranhão um candidato do Palácio dos Leões – e sentado no cargo de governador – enfrentou um adversário tão articulado nacionalmente como nestas eleições, na disputa polarizada entre o senador Weverton Rocha (PDT) e o vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

Weverton é hoje em Brasília o político maranhense com maior trânsito entre todas as correntes partidárias; tem o apoio das principais lideranças do Congresso Nacional e se relaciona com todos os presidentes de partido.

Esta vantagem política dá a ele um amplo leque de articulação, que garante o apoio partidário necessário à sua candidatura ao governo; e se reflete diretamente na preferência do eleitorado, o que faz do senador o líder em todas as pesquisas de intenção de votos.

Candidato do Palácio dos Leões, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) – mesmo sentado na cadeira de governador – não tem qualquer tipo de articulação nacional e depende exclusivamente do padrinho Flávio Dino (PSB) para se movimentar partidariamente.

Mas o próprio Dino é restrito ao campo das esquerdas; e nem entre os esquerdista tem tanta mobilidade quanto Weverton.

A forte articulação nacional de Weverton Rocha impõe restrições também aos adversários de outros campos políticos; a recente visita do senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional e pré-candidato a presidente da República, mostrou esta força.

Pacheco não apenas afirmou apoio do PSD ao senador do PDT como descartou a candidatura do senador Roberto Rocha (PSDB) ao governo.

Além de Rodrigo Pacheco, Weverton tem relações próximas com o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP), com ministros do governo Bolsonaro e com a maior parte das lideranças de partido na Câmara.

Estes trunfos são inéditos para um candidato sem apoio do Palácio dos Leões no Maranhão.

E pode produzir resultados também inéditos nas eleições de outubro…

9

O acordo de Lula com Weverton Rocha….

Ex-presidente já manifestou publicamente sua preferência pelo apoio do PT ao senador pedetista, mas, mesmo se a federação partidária com o PSB for aprovada, autorizou o aliado a usar imagens já captadas na campanha

 

Imagens como esta, espalhadas no Maranhão, reforçam a certeza da preferência de Lula pelo senador Weverton Rocha no governo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem interesse público e aberto em apoiar o senador Weverton Rocha (PPDT) para o Governo do Maranhão.

Esta preferência já foi manifestada por Lula publicamente em diversas ocasiões, mesmo diante de todas as artimanhas usadas pelo governador Flávio Dino na tentativa de convencer o petista de que o vice tucano Carlos Brandão é a melhor opção do PT no estado.

Além de nem sequer conhecer Brandão, Lula tem relação histórica com Weverton, consolidada em todas as campanhas que disputou desde 1989, quando o pedetista ainda era um adolescente do movimento estudantil.

O grande trunfo de Flávio Dino para ter Lula no palanque do seu vice é a transferência do tucano para o PSB, que  articula uma federação partidária com o PT e outros partidos.

Mas Lula já garantiu a Weverton Rocha: se a federação passar, a campanha no primeiro turno será feita de forma remota, sem a presença do ex-presidente; e Weverton terá a garantia de usar suas imagens em seu palanque no interior.

Nos vários encontros que já teve com Lula, Weverton captou importantes registros fotográficos e de vídeo, que já estão sendo usados na pré-campanha no interior.

Flávio Dino ainda tenta construir uma agenda de Brandão com o ex-presidente para tentar exatamente a mesma coisa.

Vai conseguir?!? 

1

Aliados de Brandão querem Edivaldo na vice…

Palácio dos Leões trabalha nos bastidores usando a relação do ex-prefeito com o governador Flávio Dino para montar uma chapa capaz de garantir – segundo análise de Ricardo Capelli – não apenas a liderança nas pesquisas, mas também a vitória em primeiro turno

 

Flávio Dino agora quer usar o ex-prefeito Edivaldo Júnior para catapultar a candidatura do vice tucano Carlos Brandão

Os articuladores da campanha do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) já começam a trabalhar nos bastidores com a ideia de ter o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PSD) como companheiro de chapa.

Para isso, usam a relação do ex-prefeito com o governador Flávio Dino (PSB).

Dino aposta em uma chapa com Brandão, Edivaldo e ele próprio, o que, na avaliação dos coordenadores de campanha – como os secretários Ricardo Capelli e Márcio Jerry – garantiria não apenas a consolidação do vice como líder nas pesquisas como, até mesmo, a possibilidade de uma vitória em segundo turno.

Historicamente, Edivaldo é visto como um político extremamente dependente de Flávio Dino; tanto que, logo após ser anunciado candidato, foi ao Palácio dos Leões para dizer que apoiará o governador em sua campanha pelo Senado.

Desde então, recolheu sua campanha, limitada hoje a reuniões com os deputados Edilázio Júnior (PSD) e César Pires (PV).

E são justamente os dois parlamentares o grande empecilho para uma composição entre Edivaldo e Brandão, a menos que o ex-prefeito busque novo rumo partidário.

Mas esta é uma outra história…

1

Com medo de enfrentar Weverton, Palácio dos Leões estimula candidatura bolsonarista…

Principais coordenadores da campanha do vice-governador torcem para que um dos candidatos ligados ao presidente da República alcance o segundo turno; mas o próprio tucano precisa consolidar sua vaga, que ainda disputa exatamente com os aliados de Bolsonaro

 

Flávio Dino, Márcio Jerry e Ricardo Capelli agora tentam estimular um candidato bolsonarista, mas precisam, primeiro, garantir a viabilidade do vice Brandão

Consolidado como líder nas pesquisas de intenções de votos e com uma ampla base de apoio partidário e de lideranças institucionais no governo Flávio Dino (PSB), o senador Weverton Rocha (PDT) é, para o Palácio dos Leões, o adversário mais difícil de ser batido em um eventual segundo turno para o Governo do Estado.

Por isso os principais coordenadores da campanha do vice tucano tentam estimular o crescimento de um candidato ligado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), na tentativa de criar um adversário mais fácil.

O problema, porém, é que o próprio Carlos Brandão ainda precisa consolidar sua vaga no segundo turno, que ainda disputa exatamente contra candidatos bolsonaristas, como o senador  Roberto Rocha (PSDB), o ex-prefeito Edivaldo Júnior (PSD) e o prefeito Lahésio Bonfim (AGIR).

Apesar da força da estrutura do Governo do  Estado – e de ser a “escolha pessoal” do governador Flávio Dino (PSB) – Brandão não tem, ainda, nenhuma garantia de que poderá chegar ao segundo turno; e se chegar, perde em todos os cenários para Weverton Rocha, com até o triplo dos votos, segundo as pesquisas.

O estímulo a um candidato bolsonarista interessa também ao próprio Flávio Dino, que teria mais condições de vender ao ex-presidente Lula a ideia de que Brandão é a melhor opção no Maranhão.

Mas se não abrir os olhos para consolidar seu candidato, Dino corre o risco de ver um bolsonarista enfrentando Weverton em um segundo turno.

E, neste caso, também terá que escolher de que lado da história vai ficar.

Simples assim…