3

Sobre derrota de Bolsonaro e governadores do Nordeste…

Ausência de qualquer membro do futuro governo na reunião com os gestores em Brasília reforça o distanciamento que o presidente eleito demonstra com a região que o derrotou nas eleições

 

Governadores nordestinos reunidos em Brasília; ninguém do governo Bolsonaro compareceu

Ainda está mal explicada a ausência do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL – e de seus representantes – na reunião dos governadores do Nordeste, nesta quarta-feira, 21.

É bem verdade que não ficou claro também se a chamada para o encontro foi mesmo feita pelo governo Bolsonaro e se foi uma tentativa frustrada dos governantes.

Bolsonaro foi derrotado em todos os estados nordestinos e parece incomodado com a situação.

E como seu perfil é de represália – a julgar pela postura de perseguição a petistas, comunistas e esquerdistas em todos os setores do governo – muito provavelmente sua relação com os nordestinos deverá ser de desprezo.

Agora é esperar 12 de dezembro para amenizar a má impressão.

De lado a lado…

4

Quatro investigados e um justiceiro…

Ministério de Jair Bolsonaro vai iniciar com políticos denunciados pelos mesmos crimes que o presidente eleito condenou na campanha; e terão do lado um juiz que fez fama ao agir contra um partido específico

 

ONYX LORENZONI COM SÉRGIO MORO. Pedido de desculpas resolve problema da corrupção e caixa2?

O poderoso futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, é investigado por fraudes em negociações com Fundos de Pensão; mesmo assim foi confirmado no governo Jair Bolsonaro (PSL).

O futuro chefe da Casa Civil, Onys Lorenzoni (DEM), é investigado por recebimento de caixa 2 das empresas investigadas na operação Lava Jato; mesmo assim, foi confirmado por Bolsonaro.

MORO COM PAULO GUEDES. Corrupção em fundos de pensão e interlocução por ministério

A futura ministra da Agricultura, Teresa Cristina (DEM), é investigada por favorecer a JBS, empresa-símbolo da corrupção investigada na Lava Jato; mesmo assim, estará na equipe de Bolsonaro.

O ministro da Saúde anunciado nesta terça-feira, 20, Luiz Henrique Mandetta, é investigado por fraude em licitação, tráfico de influência e Caixa 2; e teve seu nome anunciado por Bolsonaro.

Todos estes investigados sentarão na mesma mesa do futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, o justiceiro do PT, que já até tem discurso para defender os colegas de ministério.

Este será o governo Bolsonaro…

1

Flávio Dino atribui interesse político às ações de Sérgio Moro…

Em entrevista ao portal Diário do Centro do Mundo, governador maranhense diz que o ex-juiz federal estava contaminado com propósitos políticos, o que se prova com a nomeação para o governo que tinha o ex-presidente Lula como adversário

 

GUERRA PESSOAL. Formados na mesma turma, Sérgio Moro e Flávio Dino travam guerra pessoal que pode virar pública m 2022

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) voltou a criticar a operação Lava Jato, a prisão do ex-presidente Lula e a postura do ex-juiz federal Sérgio Moro.

Para Dino, que concedeu entrevista ao portal Diário do Centro do Mundo, a indicação de Moro para o ministério de Jair Bolsonaro (PSL) é a prova cabal de que o ex-juiz tinha interesses políticos ao agir contra  Lula e contra o PT.

– O juiz que conduziu isto [a Operação Lava Jato] estava, infelizmente, contaminado com propósitos políticos e a prova cabal é a sua recente investidura na condição de ministro da Justiça do governo que tinha o presidente Lula como adversário. Então é uma prova irretorquível que havia uma contaminação pré-existente – afirma Flávio Dino.

A entrevista ocorreu um dia antes do encontro que os governadores do Nordeste – incluindo o comunista maranhense – têm nesta quarta-feira, 21, com o representante do governo Bolsonaro.

Que vem a ser o próprio Sérgio Moro…

2

“Flávio Dino é o Tiririca maranhense”…

Para professor e comentarista do blog, ao tentar antecipar o debate presidencial de 2022, governador maranhense – ignorando os problemas do Maranhão – disputa com o deputado federal paulista o titulo de maior circense do Brasil

Por Enésio Matos*

 

Acho muito prematuro o Governador do Estado do Maranhão dar início às discussões acerca da sucessão presidencial em 2022.

Se ele não fosse tão empolgado e falastrão estaria era preocupado com a melhoria dos nossos indicadores sociais – que infelizmente estão tangenciando o zero.

Mas não – no alto de sua arrogância e empolgação, prefere antecipar as discussões a realmente resolver os graves problemas que afligem a população maranhense.

Na verdade, ele é um brincante e estar disputando com Tiririca, ponto a ponto, qual o maior circense do Brasil.

É uma pena, porque nosso sofrido Estado precisa, mais do que nunca, que nossos governantes resolvam nossas demandas.

A educação caminha em passos de cágado;

A saúde é um escândalo atrás do outro;

O esporte continua patinando – vide rebaixamento do Sampaio Correa;

A cultura não dá nem pra falar;

A segurança é um verdadeiro vexame.

Assim, é bom nosso Tiririca maranhense começar solucionar os extremos problemas que nos afligem.

Isso é apenas uma sugestão, acho difícil nosso Tiririca, mais conhecido como professor de Deus acolher.

Todavia, fica a sugestão…

*Professor

1

Em reunião com Bolsonaro, Allan Garcês previu nomeação do ministro da Saúde…

Médico maranhense que participa da transição em Brasília chegou a sugerir ao próprio presidente eleito, ainda durante a campanha, o nome de Luiz Henrique Mandetta, confirmado ontem, para o comando do ministério

 

O médico maranhense e ex-candidato a deputado federal Allan Garcês previu com meses de antecipação a nomeação do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

Na verdade, Garcês chegou a fazer ele próprio a indicação do deputado democrata, quando teve a palavra em um encontro de médicos com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), ainda durante a campanha.

– Eu vou me atrever a sugerir um nome para próximo ministro da Saúde; Luiz Henrique Mandetta – disse Allan Garcês, para aplausos da plateia presente ao encontro, no dia 27 de junho.

Mandetta, que é deputado federal pelo DEM do Mato Grosso do Sul, foi confirmado na pasta nesta terça-feira, 20, pelo próprio Bolsonaro, em reunião com a bancada democrata.

Sinal de que Allan Garcês está, no mínimo, em sintonia fina com o governo Bolsonaro…

1

Novo ministro da Saúde fortalece Juscelino Filho…

Deputado federal maranhense elogiou a escola do democrata Luiz Henrique Mandetta para a pasta, fortalecendo ainda mais o DEM no futuro governo Jair Bolsonaro

 

Juscelino na reunião do DEM com Bolsonaro: três ministros assegurados

O deputado federal maranhense Juscelino Filho (DEM) comemorou a indicação do colega de bancada Luiz Henrique Mandetta para o Ministério da Saúde do governo Jair Bolsonaro (PSL).

Juscelino participou pessoalmente da reunião com Bolsonaro.

– Participei do anúncio feito pelo presidente Jair Bolsonaro, do próximo ministro da Saúde, nosso amigo, colega médico e de partido, o deputado federal Luiz Henrique Mandetta – afirmou Juscelino.

Com a indicação de Mandetta, o DEM mostra força no governo Bolsonaro já com três ministérios assegurados.

Além da Saúde, o partido de Juscelino vai comandar a Casa Civil, com Onyx Lorenzoni, a Agricultura, com a também deputada federal do DEM do Mato Grosso do Sul, Tereza Cristina Dias, como ministra da Agricultura.

O anúncio foi feito no Centro Cultura do Banco do Brasil, onde funciona o governo de transição…

1

Edilázio vê “novo caminho” com Jair Bolsonaro…

O deputado federal eleito Edilázio Júnior (PSD) foi o entrevistado desta segunda-feira (19), no Ponto Final, por Roberto Fernandes, na Rádio Mirante AM. Eleito com 106.576 votos, Edilázio será um dos 18 representantes do Maranhão nos próximos 4 anos na Câmara dos Deputados..

Edilázio disse que a expectativa é grande quanto ao novo governo e ele vislumbra um novo caminho para o país.

“Acredito que o presidente eleito já vem demonstrando que que acertar e nós acreditamos que a partir do próximo ano a economia do país deve voltar a crescer, a expectativa é de que o Brasil possa volta a gerar novos empregos, enfim, tem tudo para o Brasil trilhar um novo caminho agora e nós deputados precisamos apoiar aquilo que for bom para o Brasil e para o maranhão e é isso que eu vou fazer em Brasília na Câmara dos Deputados”.

O deputado disse que a reforma política deve ser revista, pois como está só beneficia os candidatos com mandato.

“A reforma eleitoral foi benéfica em alguns pontos, mas dificulta muito para quem não é conhecido e precisa ser revista. As redes sociais hoje é o grande curinga e ficou comprovado com a eleição do presidente Jair Bolsonaro, mas a reforma do jeito que passou ficou muito ruim para quem não é conhecido”.

Edilázio destacou a vitória de Flávio Dino e disse que é muito difícil fazer Oposição no Maranhão. “O governador Flávio Dino teve uma vitória maiúscula. Ele conseguiu eleger seus dois senadores. Ele fez na Câmara 35 deputados, mas pode chegar a 38. Na Câmara Federal ele deve ter 13 a 14 deputados. Se já era complicada fazer Oposição ao governo do Estado, imagina agora com a vitória que foi grande do governador Flávio Dino. Fazer Oposição no estado do Maranhão é algo bastante dificultoso por conta do governador que a gente tem”, afirmou.

Segundo Edilázio, o governador Flávio Dino (PCdoB) utilizou os recursos do FEPA para fins eleitoreiros.

“O governador utilizou boa parte dos recursos dos aposentados e hoje corre o sério risco dos aposentados ficar sem salário. Ele utilizou para outros fins o fundo dos aposentados e hoje ele tem que utilizar uma outra forma para buscar meios para pagar os aposentados. Ele utilizou, por exemplo os recursos nesse asfalto eleitoreiro na campanha”.

O parlamentar comentou sobre a polêmica do Mais Médicos e defendeu o presidente Jair Bolsonaro quanto à realização do revalida.

“Eu tive a oportunidade nas andanças pelo Maranhão afora e chegar às diversas comunidade e lá tem vários médicos cubanos e para a população é de extrema importância. E o presidente Jair Bolsonaro não tirou os médicos cubanos, ele está querendo trazer as famílias dos médicos e fazer o revalida e eu não sou contra. Eu tenho vários amigos fazendo medicina lá fora porque é mais em conta e eu não vejo nenhum problema. Porque os brasileiros podem fazer o revalida e os cubanos não podem?”, disse.

Edilázio Júnior disse que a postura do governador Flávio Dino em relação a Jair Bolsonaro não ajuda e pode prejudicar o Maranhão. Ele aproveitou para criticar o decreto do governador que instituiu o “Escola Sem Censura” em contraponto ao “Escola Sem Partido”, defendido pelo presidente eleito.

“Ajudar não ajuda. O nome já diz “escola sem partido”. Não é “escola com direita” ou “escola com esquerda”. O meu filho vai para escola aprender matemática, português, biologia, química.. É difícil teu filho ir para a escola e ser educado por um professor da extrema direita ou da extrema esquerda. A esquerda tanto bateu para acabar com as aulas de Moral e Cívica e o OSPB que tanto tiraram do currículo. Cada um tem que ter o seu discernimento e escolher o que quer para o seu filho sem qualquer tipo de doutrinamento. O decreto é inócuo e inconstitucuinal porque a Constituição já garante isso e só mostra o oportunismo do governador. Porque ele não apresentou isso durante o período eleitoral? Se tivesse apresentado teria perdido os votos do evangélicos e faz agora apenas para se contrapor ao presidente Jair Bolsonaro. Veja que ele fala dos médicos cubanos, mas não explica a situação dos médicos daqui que estão com salário atrasados”, finalizou.

Do blog de Zeca Soares

1

A oposição está dispensada; Bolsonaro joga ele próprio contra seu governo…

Despreparado, presidente eleito cuida ele mesmo de formular as propostas de seu futuro governo e opor-se a elas; e mostra-se reticente e desconfiado diante das ideias dos seus próprios indicados para o Ministério

 

VAI E VOLTA. Bolsonaro não precisa de ninguém para contestar o que diz; ele mesmo se desmente depois

A oposição está dispensada, por ora.

Bolsonaro cuida de ele mesmo formular as propostas de seu futuro governo e opor-se a elas. 

A transferência da embaixada brasileira em Israel para Jerusalém estava decidida e foi até confirmada pelo presidente eleito ao jornal israelense Hayon.

Quando o Egito suspendeu uma visita ao Cairo do chanceler Aloysio Nunes Ferreira, porém, Bolsonaro contestou que a medida pudesse ser uma retaliação dos árabes:

– O martelo nem foi batido ainda… – disse.

O famoso martelo está custando a cair em outros assuntos.

A fusão entre os ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente foi anunciada e desmentida repetidas vezes.

E, sobretudo, o martelo mantém-se preguiçosamente suspenso na questão da Previdência.

Na entrevista ao apresentador Datena, Bolsonaro opôs-se à proposta de mudança para o sistema de capitalização, esposada pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes:

– Quem vai garantir que essa nova Previdência vai dar certo?.

Feito presidente, Bolsonaro experimenta, como Pilatos, quanto é duro procurar a verdade.

O juiz Moro reforça a tendência de, dentro do futuro governo, opor-se a ele, ou corrigi-lo. Ele não concorda em classificar o MST como organização terrorista, como quer Bolsonaro.

– Não é consistente – definiu Moro

Diminuir a maioridade penal acha aceitável, mas só para poucos crimes: homicídio, lesão grave e estupro. E proibir saídas da prisão, só em caso de membros de facções do tráfico.

Essas e outras questões foram expostas em entrevista coletiva em que o juiz da La­va-Jato se apresentou tão claro e seguro quanto o presidente eleito se mostra reticente e desconfiado em semelhantes ocasiões. 

Bolsonaro nutre um sentimento de aversão aos principais órgãos da imprensa, Rede Globo inclusive e Folha de S.Paulo na primeira linha de tiro (“Por si só esse jornal acabou”). 

Moro foi só carinhos à imprensa, no fim de sua entrevista:

– A coletiva foi a forma que reputei apropriada para prestar esclarecimentos necessários, mas também em homenagem ao trabalho que a imprensa realizou durante toda a Operação Lava-Jato.

Texto de Roberto Pompeu de Toledo, publicado na edição de Veja de 14 de novembro de 2018 sob o título “Qual a verdade?”

7

Ultradireita maranhense ainda tenta acesso a Bolsonaro…

Formado por militares das Forças Armadas e da PM – e por conservadores de todos os tipos no interior – movimento de ultradireita mostra rejeição a Maura Jorge e tenta fazer do coronel Monteiro o interlocutor do novo governo no Maranhão

 

EM BUSCA DE INTERLOCUÇÃO. Coronel Monteiro com Jair Bolsonaro ainda na pré-campanha; falta de acesso isola direita maranhense

Um grupo de ultradireita que gira em torno do coronel reformado do Exército José Ribamar Monteiro Segundo (PHS) resolveu reforçar suas posições na Internet para tentar forçar uma interlocução direta com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Este grupo, que tem desde militares das Forças Armadas e da PM, conservadores católicos e evangélicos, políticos que agora se assumem de extrema direita – e até monarquistas – não reconhece a interlocução da  ex-candidata Maura Jorge (PSL) e tenta construir um projeto de poder em torno de Monteiro.

Mas, por enquanto, não tem tido sucesso na aproximação com Bolsonaro.

Entre os membros da União da Direita Maranhense (UDM), apenas o médico Allan Garcês conseguiu chegar até o núcleo central do novo governo; e isso por uma articulação política dele próprio, e não do grupo. (Entenda aqui)

O próprio Garcês enfrenta certa resistência no grupo monteirista.

Desde a campanha, a ultradireita em torno do coronel Monteiro se reunia em diversos grupos de WhatsApp – “QG Bolsonaro”, “Maranhão é Bolsonaro”, “Endireita Imperatriz” e “Viva a Direita”, dentre outros – que agora decidiram se unificar no “Endireita Maranhão”.

– Temos como referência o “Endireita Maranhão” o qual tem por finalidade introduzir na política maranhense pessoas novas, com ideologia de direita de modo a potencializar a evolução cultural, social e econômica do Maranhão – disse um dos comunicados, embora a cultura e o social sejam dois dos alvos do governo Bolsonaro.

VIVA O REI!!! Monarquistas também se alinham ao projeto da ultradireita maranhense em busca de interlocução com Bolsonaro

Nos grupos, é dura a crítica ao governo Flávio Dino (PCdoB) e ao grupo Sarney; e agressiva a reação a qualquer menção a Maura Jorge, que foi candidata a governadora pelo partido de Bolsonaro.

O coronel Monteiro chegou a ser pré-candidato a governador, mas teve a candidatura rechaçada pelo PHS, que optou por aliança com o senador Roberto Rocha (PSDB). (Relembre aqui)

O projeto do grupo é fazer de Monteiro o principal interlocutor do presidente eleito no Maranhão.

Por enquanto, no entanto, estão apenas nas adjacências do poder…

2

Maura Jorge cumpre agenda política na transição de Bolsonaro em Brasília..

Ex-candidata a governadora participa de reuniões com representantes do novo governo e trata de demandas próprias para o estado do Maranhão, além de estratégias para fortalecer a direita no estado

 

Maura Jorge em quatro momentos com membros da equipe de transição

A ex-candidata a a governadora Maura Jorge (PSL) está em Brasília desde a quarta-feira, 14, em contato direto com a equipe de transição do governo Jair Bolsonaro (PSL).

Em reuniões diretas com as equipes que discutem os vários aspectos do novo governo, Maura recebe coordenadas específicas para o Maranhão e discute com membros da equipe e futuros ministros.

– Agora, sim, tenho certeza que o Nordeste e o Maranhão terão voz e vez – disse Maura Jorge.

Ela já conversou com o futuro ministro de Segurança Institucional, general Heleno; com o coordenador da transição governamental, Gustavo Bebiano, e com o deputado federal Hélio Bolsonaro, além de Julian Lemos, que coordena as ações para a região Nordeste.