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Rafael mostra força em primeiro evento de pré-campanha em Timon

Líder do governo Flávio Dino na Assembleia Legislativa, que deixou o grupo Leitoa no final de 2020, reuniu milhares e lançou desafio aos adversários no município e região

 

Rafael mostrou que tem liderança no município de Timon e força para contrapor seu ex-grupo político

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Rafael (que retirou o Leitoa do sobrenome político) deu uma demonstração de força política em Timon, nesta sexta-feria, 15.

O parlamentar reuniu milhares de pessoas em uma casa de show, em seu primeiro evento de campanha.

– Realizada na casa de shows Mega Hall, no bairro Formosa, a atividade lotou o espaço obrigando muita gente a ficar em pé porque todas as cadeiras ficaram ocupadas – contou o Portal Elias Lacerda. (Leia a íntegra aqui)

Rafael separou-se do grupo leitoa após as eleições de 2020 e reagrupou-se em um novo grupo no município e região.

No palanque, o presidente da Câmara Municipal de Timon, vereador Uilma Resende, um dos mais eloquentes no discurso, além do secretário de infraestrutura, Cleyton Noleto (PCdoB).

O evento mostrou que Rafael deve mesmo ser o principal líder da oposição aos eu ex-grupo, que detém o poder em Timon.

E impõe tanto as outras forças oposicionistas quanto aos Leitoa a responsabilidade de mostrar a mesma força política na cidade…

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Flávio Dino deve adiar decisão sobre candidato da base ao governo

Entrada do secretário Felipe Camarão no páreo e a indefinição quanto às alianças partidárias de sua candidatura ao Senado levam o governador a ganhar tempo para escolha do nome que ele vai apoiar, embora tenha que rasgar os termos da carta-compromisso de julho

 

Felipe Camarão assinou a carta-compromisso de julho, mas nesta foto, da época, ele ainda não se apresentava como candidato a governador, o que pode influenciar a decisão de Flávio Dino

O governador Flávio Dino (PSB) já pensa em adiar de novembro para março sua decisão sobre o candidato que irá apoiar nas eleições para o Governo do Estado, em 2022.

Segundo contaram ao blog Marco Aurélio D’Eça membros do grupo mais próximo de Dino no Palácio dos Leões, dois fatores levam o governador a repensar a data de anúncio do seu candidato:

1 – a entrada do secretário de Educação Felipe Camarão (PT) no páreo precisa ser medida mais claramente pelas pesquisas de intenção de votos, o que só deve ocorrer em dezembro;

2 – Dino negocia mesmo alianças com PV e MDB para sua candidatura ao Senado, o que deve interferir na formação de alianças também para o candidato da base ao governo.

Mas o adiamento do compromisso firmado em julho não agrada nem o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), nem o senador Weverton Rocha (PDT), principais candidatos da base dinista.

Com índices baixos de intenção de votos, Brandão espera uma decisão ainda em 2021 para fortalecer sua articulação e atrair partidos, antes mesmo de sua posse como governador, o que ocorrerá em abril.

Líder nas pesquisas, Weverton Rocha, por sua vez, já tem agendado para São Luís o encontro “Maranhão Mais Feliz”, onde espera anunciar, de forma irreversível sua candidatura, já com a posição do governador tomada.

Embora tente manter a aparência de controle do processo eleitoral, os movimentos de Flávio Dino denunciam sua falta de rumo, que ele tenta corrigir com investidas em várias frentes.

E o adiamento da decisão que anunciou para novembro também é uma tentativa de colocar as coisas no prumo do seu projeto.

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Edivaldo Júnior vai agora ao Baixo Parnaíba…

Ex-prefeito de São Luís e pré-candidato do PSD ao Governo do Estado retoma suas viagens ao interior, acompanhado das lideranças do partido e apoiadores de sua campanha

 

 

Edivaldo e Edilázio já prepararam nova viagem ao interior, esta vez ao Baixo Parnaíba

O pré-candidato do PSD ao Governo do Estado, Edivaldo Júnior, já tem programado nova agenda de visitas ao interior maranhense.

Ele agora vai à região do Baixo Parnaíba.

– Fechando os últimos detalhes para a nossa próxima viagem pelos municípios do Maranhão, onde iremos dialogar e apresentar o trabalho do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior, o nosso pré-candidato ao governo do estado! Estaremos na região do Baixo Parnaíba nos próximos dias! – anunciou o deputado federal Edilázio Júnior, presidente regional do PSD.

Segundo colocado nas pesquisas de intenção de votos – nos cenários sem a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) – Edivaldo é hoje um dos principais pré-candidatos ao governo.

Líder na Região Metropolitana de São Luís, ele busca ganhar capilaridade no interior, o que pode garantir presença no segundo turno das eleições 2022.

A data da viagem ao Baixo Parnaíba deve ser anunciada nos próximos dias…

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“Maranhão Mais Feliz” vai agora a Peritoró…

Movimento liderado pelo senador Weverton Rocha vai reunir dia 30 prefeitos, vice-prefeitos, ex-prefeitos, parlamentares e lideranças políticas de diversas regiões do estado para discutir as eleições de 2022

 

O “Maranhão Mais Feliz” já reuniu cerca de 90 prefeitos maranhenses com o senador Weverton Rocha, em quatro edições

O senador Weverton Rocha e o PDT vão realizar mais uma edição do movimento “Maranhão Mais Feliz”, desta vez em Peritoró, no próximo dia 30.

O encontro, que já foi realizado em Imperatriz, São Bernardo, Presidente Dutra e Pinheiro debate o processo eleitoral de 2022 com prefeitos, ex-prefeitos, vice-prefeitos, parlamentares e lideranças políticas.

Além de Peritoró, outros duas edições do “Maranhão Mais Feliz” já estão agendadas para Timon e São Luís.

O encontro de São Luís, marcado para dezembro, ocorrerá após decisão do governador Flávio Dino (PSB) sobre o candidato da base.

Será, portanto, a culminância da pré-campanha do senador…

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Flávio Dino oferece suplência do Senado aos Sarney; Roseana quer a vice

Em encontro semana passada com o ex-presidente José Sarney, governador do Maranhão conversou sobre a formação de uma aliança que envolva o MDB e o PV, que já vai estar em uma federação partidária com PSB e PCdoB, mas proposta esbarra na posição da ex-governadora

Flávio Dino quer ter um indicado pelo ex-presidente José Sarney em sua chapa de senador nas eleições de 2022

O governador  Flávio Dino dá cada vez mais sinais de que quer ser absoluto nas eleições de 2022; e para isso, pretende aliar-se até mesmo aos seus principais adversários, a família Sarney.

Em reunião semana passada com o ex-presidente José Sarney – encontro já divulgada em vários portais locais e nacionais – ele ofereceu pragmaticamente a vaga de primeiro suplente de sua candidatura a senador.

A ideia é ter um indicado do grupo Sarney, em troca do apoio do  MDB e do PV 

Segundo apurou o blog Marco  Aurélio D’Eça, Dino e seus operadores chegaram a sugerir o nome do neto de Sarney, o deputado estadual Adriano, que já vai estar em uma federação partidária com PSB, PCdoB, Rede e Cidadania.

Roseana prefere compor com o grupo de Flávio Dino indicando o vice na chapá de Carlos Brandão

A proposta de Dino esbarrou em uma posição da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), que prefere indicar o vice do candidato dinista ao governo.

Na conversa, ficou claro para os Sarney que o candidato de Flávio Dino é mesmo o vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

Flávio Dino deixou a reunião com o ex-presidente sem uma definição.

Mas com a porta aberta para novas investidas eleitorais…

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Enquanto isso, Weverton segue em frente…

Líder em todas as pesquisas de intenção de votos, com base partidária e estrutura consolidadas, pré-candidato do PDT acompanha em silêncio as últimas movimentações na base do governo Flávio Dino sobre as eleições de 2022

 

Weverton com Lula; o PT do maranhão pode se movimentar do jeito que quiser, mas a decisão é do ex-presidente e da cúpula nacional

Ensaio

Desde que se reuniu com o ex-presidente Lula (PT) em um hotel de Brasília, na semana passada, dois dias antes de inaugurar o Hospital de Amor – maior empreendimento de saúde já construído a partir da iniciativa de um parlamentar na história do Maranhão – o senador  Weverton Rocha (PDT) viu um turbilhão de idas e vindas surgir na base do governo Flávio Dino (PSB).

E ele acompanha em silêncio toda essa movimentação.

Weverton viu surgir – de uma hora para outra – a candidatura do secretário Felipe Camarão pelo PT, viu petistas lançarem esta candidatura em Pedreiras, o deputado Josimar de Maranhãozinho (PL) partir para cima de Flávio Dino e o vice-governador  Carlos Brandão (PSDB) mostrar insatisfação com a chegada de Camarão ao jogo eleitoral.

Viu também Flávio Dino demitir o titular da Agricultura – que, embora indicado por Maranhãozinho já havia declarado apoio a Brandão – para em seu lugar nomear um petista que já havia declarado a preferência do PT ao seu nome.

E Weverton acompanha em silêncio toda a movimentação.

O senador do PDT lidera todas as pesquisas de intenção de votos dentre os candidatos da base governista; tem em seu palanque o maior conjunto de partidos; e tem no movimento “Maranhão Mais Feliz” o maior número de prefeitos participantes.

Weverton Rocha também já sabe que, tanto Lula quanto a cúpula do PT nacional, já definiram que o apoio do partido no Maranhão é para sua candidatura; mas já disse ao próprio Lula que, político que é, saberá entender as contingências da política.

Por isso o pré-candidato do PDT acompanha em silêncio todo o turbilhão de idas e vindas do governo.

Weverton segue em pré-campanha com o movimento “Maranhão mais Feliz”, que tem sua próxima edição em Peritoró

Weverton Rocha é o único candidato a governador na base do governo Flávio Dino que depende apenas se si próprio para entrar ou não na disputa de 2022.

Por isso é que acompanha à distância o turbilhão de idas e vindas de Flávio Dino.

À distância e em silêncio…

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Carlos Brandão aposta no trunfo de assumir o governo em abril

Vice-governador entende que, após estar no comando do estado, a aglutinação de forças em torno de si será muito maior do que agora; e, segundo seus aliados, tem convicção de que terá o governador  Flávio Dino, PT, PSB e PCdoB em seu palanque

 

Em posição privilegiada no tabuleiro da sucessão, Brandão, por enquanto, só observa os movimentos, esperando o tempo passar

O vice-governador Carlos Brandão (PSDB) observa a intensa movimentação de pré-candidatos ao governo de uma posição privilegiada no tabuleiro da sucessão do governador Flávio Dino (PSB).

Nenhum outro pré-candidato tem o trunfo que o tucano tem: o fato de assumir o governo a partir de abril de 2022.

– Não se pode esquecer que Brandão se fortalece e ganha poder de fogo naturalmente quando sentar na cadeira de governador; e os leões do Palácio ainda são poderosos e ágeis – dizem aliados e adversários ouvidos pelo blog Marco Aurélio D’Eça.

Nem a liderança do senador Weverton Rocha (PDT) nas pesquisas de intenção de votos, nem o surgimento da pré-candidatura do secretário Felipe Camarão (PT) tiram o sono do vice-governador, segundo seus articuladores.

Brandão aposta que terá não apenas o governador Flávio Dino (PSB) em seu palanque, mas também o  PT e o PCdoB, coligação suficiente para embalar seu projeto governamental.

O objetivo inicial é chegar ao segundo turno; e a força do Palácio dos Leões, entende o vice-governador, é suficiente para garantir sua presença a disputa direta contra um dos adversários.

Com esta visão privilegiada do tabuleiro, Carlos Brandão segue demarcando seus espaços e administrando o tempo que falta para assumir de vez o governo.

E entende que, só a partir de então, o jogo começará a ser jogado…

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Com nomeação de petista na Agricultura, Flávio Dino assume apoio a Felipe Camarão

Luiz Henrique Souza tem sido o principal entusiasta da candidatura do secretário de Educação ao governo, e recebeu o comando da Secretaria de Agricultura, em substituição a um aliado do deputado Josimar de Maranhãozinho

 

Felipe Camarão recebeu apoio aberto de Luiz Henrique no PT; e agora o suplente ganha a Secretaria de Agricultura

O governador Flávio Dino (PSB) fará nesta quinta-feira, 14, um ato único que surtirá três efeitos imediatos.

Ao nomear o suplente de deputado estadual Luiz Henrique Souza para a Secretaria de Agricultura, Dino fortalece a pretensão do secretário de Educação Felipe Camarão (PT) de disputar o governo, encolhe ainda mais o vice-governador  Carlos Brandão (PSDB) e se livra de um aliado do deputado Josimar de Maranhãozinho (PL).

Luiz Henrique foi o primeiro a defender o nome de Camarão, logo após a última pesquisa do Instituto Escutec. Ele também articulou a aprovação do nome do secretário como pré-candidato pelo PT.

O curioso é que o secretário Sérgio Delmiro, embora ligado a Josimar, já havia até se bandeado para as fileiras de Carlos Brandão, na tentativa de preservar o cargo.

Mais do que o PT, Flávio Dino fortalece exatamente Felipe Camarão com a nomeação de Henrique na Agricultura.

O titular da Educação tem aliados em pelo menos cinco secretarias do governo Flávio Dino, se constituindo o mais forte auxiliar do governador.

Entra, portanto, com força total na corrida pelo Palácio dos Leões.

E agora, ao que se vê, com apoio declarado do próprio Flávio Dino…

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Candidatura de Felipe Camarão é construída por Márcio Jerry e Ricardo Capelli

Secretários de Cidades e de Comunicação do governo Flávio Dino disseram ao chefe que não iriam “morrer abraçados com Carlos Brandão” e decidiram construir a pauta que levou ao PT o projeto do colega da Educação

 

Capelli e Jerry convenceram Flávio Dino a apostar em Felipe Camarão, com o aval dos aliados do PT, Luiz Henrique e Zé Inácio

Análise de Conjuntura

 

Tem quatro mãos as cordas que articulam os movimentos do secretário de Educação Felipe Camarão como pré-candidato do PT ao Governo do Estado.

Toda concepção, montagem e execução do projeto passa pelos secretários de Cidades, Márcio Jerry, e de Comunicação, Ricardo Capelli.

E já deveria ter sido posto em prática desde julho.

Quem não se lembra do vídeo em que Felipe Camarão se apresenta ao eleitor maranhense, ainda em agosto, em uma produção digna de candidato a governador?

O blog Marco Aurélio D’Eça registrou este fato no post “Felipe Camarão fala com peso de candidato a governador” 

Naquele momento, o nome do secretário de Educação só não foi efetivado na base por que ele, recém-filiado ao PT, se sentiu inseguro em se apresentar como tal.

Vídeo em que Felipe Camarão fala com peso de candidato ao governo; produção de Ricardo Capelli para convencer Flávio Dino

É fato que, antes de Camarão, Flávio Dino – e, principalmente, Márcio Jerry – tentaram articular aproximação com o ex-prefeito Edivaldo Júnior (PSD), movimento contado no blog Marco Aurélio D’Eça. (Relembre aqui)

A articulação com Edivaldo não deu certo, e a cúpula do Palácio dos Leões voltou a pensar no projeto Camarão.

Mas foi na semana passada, influenciados pela pesquisa Escutec consolidando o nome do senador Weverton Rocha (PDT) como principal candidato da base dinista – além do encontro do pedetista com o ex-presidente Lula – que Capelli e Jerry voltaram a conversar com Flávio Dino.

– Não vamos morrer abraçados com Brandão – disseram eles, segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça.

Felipe Camarão é lançado ao governo em ato em Pedreiras, apenas dois dias depois de ter pedido legenda ao PT

Foi então que nasceu o nome de Felipe Camarão candidato a governador, em atos sistemáticos de apresentação do pedido, aceitação pela direção estadual e lançamento da pré-candidatura em Pedreiras.

A Brandão e seus aliados, Flávio Dino encarregou-se de vender a ideia de que a candidatura do secretário de Educação é para ajudar o próprio vice-governador.

Mas o fato é que Felipe Camarão é agora o Plano A do Palácio dos Leões.

Simples assim…

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Decifra-me ou te devoro, o enigma de 2022…

O ano eleitoral se apresenta ao atual governador como a Esfinge de Tebas, que perguntava a quem se aproximasse: “qual o animal que tem quatro patas pela manhã, duas pela tarde e, à noite, três patas?”

 

Flávio Dino precisa decifrar o enigma de 2022, caso contrário será engolido pela realidade que ele não consegue ver

 

Por Haroldo Sabóia*

Pelas redes sociais, tomo conhecimento que o governador Flávio Dino reafirma que cumprirá o acordo feito, em julho, com os pré-candidatos de “sua” base política à sua sucessão. E confirma para novembro o anúncio do escolhido.

Não é difícil prever como é complicada a resolução dessa delicada equação política. A primeira dificuldade – a meu ver – está em configurar o que Dino entende por “sua” base.

Sabemos que o atual ocupante dos Leões foi vitorioso, em 2014, apoiado por duas expressivas correntes da política maranhense.

Uma, representada pela forte dissidência do clã Sarney, liderada pelo ex-governador José Reinaldo que, antes, no segundo turno de 2006, já fora grande responsável pela vitória de Jackson Lago. Ao derrotar Roseana, Jackson torna-se o primeiro governador de oposição eleito, após décadas de domínio da oligarquia, estabelecida no pós-64.

A segunda poderosa corrente da política maranhense que viabilizou a eleição de Dino, em 2014, foi o PDT que, com o tempo, assumiu a direção das oposições e, com a morte de Lago, tem sido incontestavelmente dirigido pelo hoje senador Weverton Rocha.

Em resumo: a dissidência de José Reynaldo e o PDT liderado por Weverton Rocha foram as duas poderosas correntes políticas que constituíram a base eleitoral que elegeu Flávio Dino, em 2014, e o reelegeu, em 2018. Correntes que hoje disputam sua sucessão com os dois pré-candidatos Carlos Brandão (PSDB) e o próprio Weverton Rocha (PDT).

É notório que, ao longo de dois mandatos, Dino não logrou constituir uma base política para chamar de “sua”. Por mera ilustração, ao transferir-se para o PSB, levou uma dezena de secretários-candidatos (com desconhecidos pesos eleitorais) e apenas um parlamentar.

Assim, 2022 se apresenta ao atual governador como a Esfinge de Tebas, que perguntava a quem se aproximasse: “Qual o animal que tem quatro patas pela manhã, duas pela tarde e, à noite, três patas?”.

Aquele que não decifrasse o enigma seria devorado pela Esfinge.

Em 2022, se não souber decifrar o enigma da política, Flávio Dino poderá ser devorado por um tsunami eleitoral qualquer.

Deverá lembrar-se que, tal qual o homem da resposta ao enigma, quando se elegeu governador, em 2014, estava em sua juventude política. Como no “pela manhã” da Mitologia, era um bebê que engatinha com duas pernas e dois braços. No seu caso, as quatro patas eram partidos políticos, movimentos sociais, movimentos populares e um forte sentimento de oposição.

Em 2018, ao se reeleger (pela “tarde”, como o homem adulto do Enigma), Dino precisou tão somente de duas patas: a caneta de governador e a incontestável expectativa de poder por mais quatro ano.

Em abril de 2022, muito provavelmente veremos as duas fortes forças políticas (Weverton, de um lado, e José Reynaldo/Brandão, de outro) se engalfinharem numa incerta e acirradíssima disputa eleitoral.

E se Flávio Dino deixar de fato o Palácio dos Leões, correrá o risco de tornar-se o homem envelhecido do Mito da Esfinge.

Na “noite” do Enigma, o homem tem três patas, que são suas duas pernas e uma bengala. Sem o apoio daquelas duas forças (suas duas pernas) e sem a caneta do Leões (a bengala mágica), onde Flávio Dino encontrará os votos necessários para vencer uma imprevisível disputa para o Senado da República?

Poderá ser devorado pela Esfinge Eleitoral por não ter sido capaz de decifrar o Enigma da Política Maranhense.

*Ex-deputado federal constituinte