0

Escritório de advocacia pode levar até R$ 600 milhões de prefeituras maranhenses…

João Azedo e Brasileiro Sociedade de Advogados firmou contratos idênticos com 93 municípios – todos com inexigibilidade de licitação – para tentar receber precatórios de R$ 3 bilhões do Fundeb

 

O escritório de Advocacia João Azêdo e Brasileiro, do Piauí, pode levar até R$ 600 milhões de prefeituras maranhenses, caso consiga recuperar créditos do Fundeb atrasados e cobrado por esses municípios.

O dinheiro é resultado de uma condenação de 2015, do Governo Federal, que ficou obrigado a repassar as perdas do fundo aos municípios.

Exemplo de um dos extratos de contrato de Bacabal com o escritório

Chama atenção os contratos firmados e já publicados nos Diários Oficiais entre 93 prefeituras e o escritório, com percentuais de honorários que variam de 10% a 20%.

Azêdo e Brasileiro se apresenta como o maior na área jurídica empresarial

Os contratos têm textos idênticos, e todos feitos por inexigibilidade de licitação, conforme publicou o blog do Filipe Mota, na última quarta-feira, 12. (Leia aqui)

Os contratos já publicados envolvem as prefeituras de Água Doce, Alcântara, Aldeias Altas, Alexandre Costa, Alto Alegre, Anajatuba, Anapurus, Apicum-Açu, Araguanã, Araioses, Bacabal, Bacuri, Bequimão, Boa Vista do Gurupi, Bom Jardim, Bom Jesus das Selvas, Bom Lugar, Buriti, Buriticupu, Cachoeira Grande, Cajapió, Cajari, Carutapera, Centro do Guilherme, Centro Novo, Chapadinha, Cidelândia, Nova Colinas, Davinópolis, Esperantinópolis, Fernando Falcão, Fortaleza dos Nogueiras, Godofredo Viana, Gonçalves Dias, Graça Aranha, Grajaú, Humberto de Campos, Icatu e Igarapé do Meio, Itaipava do Grajaú, Itapecuru, Itinga do Maranhão, Jatobá, Jenipapo dos Vieiras e Junco do Maranhão, Lago do Junco, Lagoa do Mato, Lajeado Novo, Lima Campos, Loreto e Governador Luiz Rocha, Magalhães de Almeida, Maranhãozinho e Mata Roma; Matinha, Mirador, Governador Newton Bello, Nina Rodrigues, Nova Colinas, Governador Nunes Freire, Olinda Nova, Paço do Lumiar e Parnarama; Paulino Neves, Pedro do Rosário e Penalva; Peritoró, Pindaré Mirim e Pinheiro; Porto Franco, Porto Rico, Presidente Juscelino, Presidente Vargas, Raposa e Riachão, Ribamar Fiquene, Santa Luzia do Paruá e Santa Quitéria; Santa Rita, São Benedito do Rio Preto e São Bento, São Domingos do Maranhão, São Francisco do Maranhão, São João Batista; São Pedro da Água Branca, Senador Alexandre Costa, São João do Sóter, Serrano do Maranhão, Sítio Novo, Sucupira do Riachão, Tufilândia, Vila Nova dos Martírios e Zé Doca.

1

OAB inspeciona sala onde advogado está preso em Pedrinhas…

A convite das Comissões de Política Criminal e Penitenciária, a Diretoria da OAB Maranhão com a Comissão de Defesa das Prerrogativas, visitaram nesta quarta-feira, 12, o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, com o objetivo de inspecionar as atuais condições da Sala de Estado Maior daquela Unidade Prisional.

O presidente da Seccional Maranhense da Ordem, Thiago Diaz, o vice-presidente da Ordem e presidente da Comissão de Defesa das Prerrogativas dos Advogados, Pedro Alencar, e a diretora tesoureira, Deborah Cartágenes, acompanhados da presidente da Comissão de Política Criminal e Penitenciária, Ana Karolina de Carvalho Nunes, e da Delegada das Prerrogativas da OAB/MA Subseção Bacabal, Érika Durans, e de outros advogados membros das duas comissões verificaram in loco as atuais condições do local que abriga o advogado preso no final do mês de junho no município de Açailândia, juntamente com uma equipe da Polícia Civil, durante ação policial conduzida pela Superintendência Estadual de Combate a Corrupção.

– A Ordem assegura o direito a todos e com o advogado não poderia ser diferente. Estamos atentos e vigilantes para que todas as garantias inerentes ao exercício da profissão sejam respeitados, este foi o nosso objetivo aqui no Complexo Penitenciário de São Luís – afirmou Thiago Diaz.

Desde o início do mês, a OAB Maranhão, por intermédio de suas Comissões, tem acompanhando pessoalmente o caso no Complexo Penitenciário São Luís conversando com o advogado e também trabalhando para garantir todas as suas prerrogativas. Desde a prisão do causídico, a OAB, por meio da Comissão, assim como em qualquer caso de prisão de advogados, tem buscado assistir o profissional da melhor maneira possível para garantir sua integridade física durante sua permanência na Sala de Estado Maior.

A OAB também solicitou adaptações em relação à entrada específica e atendimento aos advogados, bem como o respeito às regras de acesso e permanência diferenciada, além da criação de uma Sala de Estado Maior também no Presídio Feminino.

Assim, a OAB Maranhão tem prestado toda assistência necessária ao profissional em advocacia que encontra-se detido na Sala de Estado Maior e continuará acompanhando o caso de perto por meio de suas condições, garantido ao advogado o respeito de todas as suas prerrogativas.

0

Disputa antecipada na OAB-MA…

Popular entre os advogados, Thiago Diaz já incomoda adversários na OAB-MA

Tem causado certo alvoroço no meio jurídico alguns ataques que um pequeno grupo tem feito ao presidente da OAB, Thiago Diaz, desde que este respondeu, em entrevista concedida ao jornalista Aquiles Emir, que poderá disputar a reeleição no ano que vem.

A gestão de Diaz vem sendo marcada pela aproximação com os advogados e com a sociedade, assim como pelo cumprimento da maioria das propostas de campanha já na primeira metade do mandato – redução da anuidade, criação de portal de transparência, aprovação do piso ético salarial, criação da procuradoria estadual de defesa das prerrogativas, criação do conselho da jovem advocacia e itinerância nos interiores.

Apesar de Diaz não ter afirmado que será candidato (apenas deixou aberta a possibilidade), um pequeno grupo, ao que parece preocupado com interesses próprios, tem insistido em afirmar que ele seria contra a reeleição, o que não soa verdadeiro, pois este blog, em contato com algumas pessoas próximas a Diaz, confirmou que ele nunca disse ser contra o instituto da reeleição, bem como nunca disse que não seria candidato.

E mais. Quando candidato, Diaz distribuiu aos meios de comunicação (inclusive a este blog) e advogados um documento, que registrou em cartório, com todas as suas propostas, e nele não se vê qualquer restrição à uma possível reeleição.

A verdade é que a popularidade de Diaz, cujo carisma e receptividade é reconhecido por todos, é enorme tanto na capital quanto no interior e levantar o debate eleitoral nesse momento só demonstra a preocupação dos possíveis opositores interessados na OAB-MA.

Pois sabem que se Diaz resolver realmente disputar as eleições do ano que vem dificilmente terão chances.

0

Advogados que fizeram história na Caama são homenageados…

Uma cerimônia histórica reuniu personalidades da advocacia maranhense, sexta-feira, 9, durante um café da manhã, na sede da OAB-MA.

O evento foi promovido pela Caixa de Assistência dos Advogados (CAAMA), que homenageou os seus ex-presidentes pelos relevantes serviços prestados à advocacia no estado.

A justa homenagem aos ex-presidentes que fizeram parte da história da CAAMA foi bastante prestigiada, contando com a presença também dos ex-presidentes da OAB Maranhão como Raimundo Marques, José Carlos Sousa e Silva, Caldas Góis e Carlos Nina, todos recebidos pelos presidentes da CAAMA, Diego Sá, e da OAB-MA, Thiago Diaz.

A cerimônia contou ainda com a presença dos conselheiros federais Luís Augusto Guterres, Charles Dias e Alex Murad; do vice-presidente da OAB-MA, Pedro Augusto Sousa de Alencar; da secretária da OAB-MA, Alice Salmito, além de dezenas de advogados, ex-diretores da CAAMA, funcionários, familiares e amigos dos homenageados.

Como reconhecimento, a CAAMA homenageou seus ex-presidentes com uma placa para José de Ribamar Silva Bastos, Maria Francisca de Assis Machado, Luís Fernando Dominici Castelo Branco, Francisco Gomes Feitosa, José Olívio de Sá Cardoso Rosa, Carlos Roberto Feitosa, Gerson Silva Nascimento, Raimundo de Castro Meneses Neto, Roque Pires Macatrão e José Moanezer Ribeiro Calado e Fernando José Machado Castro (in memorian), tendo este último, recebido em seu lugar o seu neto, Fernando Castro Neto.

– No último ano tivemos diversas realizações na Caixa, mas cada realização e cada conquista, tem a mão a e experiência de cada um de vossas excelências e, é por isso, que o sentimento de gratidão de todos nós da diretoria da CAAMA e dos funcionários permanece em nossos corações – disse o presidente da CAAMA, Diego Sá.

Ao parabenizar os homenageados, o presidente da OAB-MA, Thiago Diaz, ressaltou a parceria e cooperação entre a Caixa e OAB-MA, que nunca andaram tão irmanadas quanto no momento atual.

– Esta homenagem aqui é um reconhecimento da Caixa de Assistência dos Advogados e da OAB Maranhão. A advocacia se fortalece com a presença dos ex-presidentes nesta casa, o que leva à troca de experiência já que todos prestaram relevantes serviços à advocacia – disse Thiago Diaz.

Antes de ser agraciado com uma placa, o advogado Gerson Nascimento, antecessor de Diego Sá, também foi homenageado com a fixação de sua foto na galeria dos ex-presidentes da CAAMA.

– Quero falar da minha grande alegria em rever os amigos e poder confraternizar com todos. Agradeço este momento de encontro e também fico muito feliz em ver a continuação do trabalho com o crescimento da Caixa de Assistência dos Advogados.

Durante a cerimônia, a CAAMA também homenageou a sua funcionária mais antiga pelos serviços prestados à entidade, Josefa Noleto de Sousa. Na ocasião, foi exibido ainda um vídeo com as ações realizadas pela CAAMA pela atual diretoria.

Entre as ações, foram mencionados os números de atendimentos, a ampliação e reforma dos consultórios odontológicos e, mais recentemente, a estruturação das salas dos advogados nos fóruns e de subseções. Após a cerimônia, os advogados e convidados confraternizaram-se em um café da manhã.

4

Falta de estrutura no fórum causa transtorno a advogados e usuários da Justiça…

Estacionamento do prédio é insuficiente para abrigar tantos veículos, que se amontoam até nos acostamentos da avenida Carlos Cunha; enquanto isso, espaço ocioso e inútil poderia abrigar dezenas de automóveis

 

ESTRANGULAMENTO. Com poucas vagas, advogados e jurisdicionais perdem horas no estacionamento, prejudicando audiências

Desde a entrega da reforma do Fórum Desembargador Sarney Costa, há alguns anos, era nítida a impressão de que o prédio não teria condições de abrigar tanta gente em atendimento.

Os primeiros problemas se deram com os elevadores, pequenos e em número insuficiente para atender a demanda de advogados, promotores, serventuários e jurisdicionais.

Agora, o problema se dá com o estacionamento do fórum.

O número de vagas é absolutamente insuficiente para atender juízes, promotores, advogados e todas as pessoas que ali vão em busca de Justiça. Advogados já estão utilizando o estacionamento da OAB-MA quando precisam ir ao local.

Enquanto isso…

ESPAÇO OCIOSO.Pracinha fica assim o dia inteiro, vazio, quando poderia abrigar pelo menos 100 automóveis

Mas os problemas poderiam ser facilmente resolvidos – ou pelo menos amenizado – se áreas como essa acima, ociosa e inútil, fosse transformado em estacionamento.

Esta espécie de praça interna, com chafariz e banquinhos abandonados abrigaria, facilmente, uma centena de carros se fosse replanejada.

Enquanto isso não ocorre, há quem ocupe as beiradas da avenida em frente ao fórum.

Correndo risco de causar ou sofrer acidentes…

1

OAB-MA é destaque na reunião da comissão nacional dos Direitos Humanos…

 

A reunião do conselho com a participação dos representantes maranhenses

A Seccional Maranhense esteve representada através de sua Comissão de Direitos Humanos, por meio do presidente Rafael Silva e pela presidente da Comissão de Política Criminal e Penitenciária e integrante da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal da OAB, Ana Karolina Sousa de Carvalho Nunes.

Em reunião na Comissão Nacional de Direitos Humanos, em Brasília, ocorrida no último dia 30/05, em atendimento a requerimento promovido pela Seccional Maranhense da Ordem dos Advogados do Brasil, foi criado o Grupo de Trabalho para acompanhamento de situações paradigmáticas de violência no campo contra povos e comunidades tradicionais.

A sugestão do pedido partiu da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA e foi aprovado por unanimidade. O grupo vai trabalhar de maneira articulada com fins de construir de uma agenda de atividades, ressaltando que, para o Maranhão, já existe a construção de uma agenda de trabalho para averiguar os casos de violência no Estado.

A delegação do Maranhão

O encontro contou com a presença de presidentes e representantes das Comissões de Direitos Humanos do Conselho Federal da Ordem que levou em conta o cenário de sistemática violência no campo contra povos indígenas e comunidades tradicionais que vem acontecendo em diversos estados do país, a exemplo dos índios Gamela e os camponeses do muncípio de Redenção, no sudeste do Pará.

Direitos Humanos dos Presidiários

Ao longo do encontro, o presidente do Conselho Federal da OAB esteve presente e destacou também a preocupação da instituição acerca dos direitos humanos dos presidiários.

A Comissão de Política Criminal e Penitenciário da OAB-MA, criada em 2016 para tratar de forma mais aprofundada as questões prisionais, foi destaque ao cumprir sua atividade de maneira profícua, trazendo diversos benefícios para a advocacia criminal como obtendo a reforma e instalação de parlatórios, sala de atendimento, sala para o advogado, instalada no Complexo Penitenciário de São Luís dentre outras ações, além do monitoramento do Sistema Prisional.

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, destacou a preocupação do Conselho em relação aos direitos humanos dos presidiários. Segundo ele, há uma abordagem equivocada da questão ao imaginar que a defesa dos direitos humanos de presidiários seja algo que possa conflitar com os interesses da sociedade ou ser uma coisa que só possa ser conquistada em detrimento das vítimas de criminosos.

O sistema carcerário é conflituoso para quem vive está realidade, tanto para o estado, para advocacia e o apenado, pois peca no sustento de direitos básicos e durante a reunião da Comissão Nacional de Direitos Humanos, Lamachia pontuou que a atual calmaria no sistema não é sinônimo de paz nos presídios e tão pouco de solução do problema.

– O sistema prisional brasileiro hoje é uma tragédia anunciada. Os governos estaduais e federal acham que isso acalmou, mas acho que não acalmou. Portanto, temos de ter uma atenção muito especial nesta área porque temos visto que em diversos presídios a desrespeito aos direitos humanos dos presos – finalizou.

Da Ascom/OAB-MA

5

Advogados vão à Justiça para proibir apreensão de veículo com IPVA pendente…

Ação Civil Popular assinada por Américo Lobato Neto, Luiz Djalma Neves e Aristóteles Duarte Ribeiro aponta que o recolhimento do bem particular afronta os princípios constitucionais

 

CONTRA O CONFISCO
Projetos e ações visam impedir uma arbitrariedade da polícia contra os bens privados

Os advogados Américo Lobato Neto, Luiz Djalma Cruz Neves e Aristóteles Duarte Ribeiro protocolaram segunda-feira, 15, Ação Popular contraVA, Advogados,  o recolhimento do veículo por atraso no pagamento do IPVA.

Para os autores da ação, este tipo de confisco viola princípios constitucionais.

A ação dos advogados é a terceira manifestação pública contra a apreensão de veículos por atraso de IPVA no Maranhão em menos de uma semana.

O deputado Wellington do Curso (PP) começou a discussão, semana passada, ao apresentar Projeto de Lei que proíbem as blitzen para confisco de carros com IPVA atrasado. (Relembre aqui)

Na mesma semana, o presidente da OAB-MA, Thiago Diaz, anunciou Ação Civil Pública contra este tipo de confisco, citando, inclusive, reconhecimento desta interpretação pelo Supremo Tribunal Federal (STF). (Releia aqui)

A ação dos três advogados deverá ser julgada pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos…

3

 Desacato: ainda há possibilidade de condenação por este crime?!?

NO CALOR DA HORA
Atitudes como esta de uma cidadã não pode mais ser entendida como crime

Por Wilson Sousa

O crime de desacato está descrito no artigo 331 do Código Penal Brasileiro; é praticado por particular contra a administração em geral. Desacatar significa menosprezar, menoscabar, desprezar e humilhar funcionário público no exercício de sua função ou em razão dela.

É exigido uma intenção especial por parte do autor em cometer o crime. Assim, em situações de extremo descontrole emocional ou ira, em que não existe no agente um ânimo refletido, no sentido de desrespeitar a Administração Pública, não configura o crime.

Não se pode admitir que em impropérios proferidos contra funcionário público, que executa ato ilegal, não exista um sentimento de repulsa, uma mera resistência passiva, algo que é inerente à própria natureza humana.

Dentro dessa tônica, para a configuração do delito de desacato, o desprezo ou a humilhação ao servidor público deve integrar a conduta descrita, não incidindo a sanção para os casos de mero desabafo, censura ou queixa, que não têm o objetivo finalístico previsto no tipo.

É necessário que o sujeito tenha agido com a vontade livre e consciente de desprestigiar a função pública exercida pelo ofendido.

FORÇA ESTATAL
Em outro aspecto, cena parecida pode ser entendida como mera opressão estatal, por meio de seus agentes

Os cidadãos têm o direito de criticar e examinar as ações e atitudes dos funcionários públicos no exercício de suas funções.

O ofício da função pública não se coaduna com melindres ou suscetibilidades por parte do agente estatal.

Nesse contexto, o agente público não deve ter a seu dispor o recurso ao arbítrio, mediante a utilização de um tipo penal, que possibilita largamente o autoritarismo com a indevida repressão às críticas à Administração Pública, à sua própria atuação, tolhendo e restringindo o direito fundamental das pessoas à livre manifestação de pensamento e, em consequência, violentando o cerne da democracia.

É bem verdade, que as leis de desacato proporcionam um maior nível de proteção aos funcionários públicos do que os cidadãos privados, em direta contravenção com o princípio fundamental de um sistema democrático, que sujeita o governo a controle popular para impedir e controlar o abuso de seus poderes coercitivos.

Os funcionários públicos estão sujeitos a maior escrutínio da sociedade.

TERROR DIÁRIO
O cidadão convive diariamente com a força do Estado; e apenas reage, indignado, vez por outra

Punir o cidadão por expressar sua opinião contra os agentes estatais fere de morte a liberdade de expressão e o direito à informação.

A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no julgamento do REsp 1.640.084, descriminalizou a conduta tipificada como crime de desacato a autoridade, por entender que a tipificação é incompatível com o artigo 13 da Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica).

Segundo o ministro relator do recurso no STJ, Ribeiro Dantas, “A criminalização do desacato está na contramão do humanismo, porque ressalta a preponderância do Estado – personificado em seus agentes – sobre o indivíduo”.

Por fim, ressalta o magistrado que a descriminalização da conduta não significa liberdade para as agressões verbais ilimitadas, já que o agente pode ser responsabilizado de outras formais pela agressão.

O que foi alterado é a impossibilidade de condenar alguém, em âmbito de ação penal, por desacato a autoridade.

*Advogado Especialista em Direito Constitucional e Direito Eleitoral

0

Documento do TSE implode lista tríplice de advogados para o TRE-MA…

Relação aprovada pelo Tribunal de Justiça em setembro de 2016 não se enquadra, em nenhum aspecto, às exigências da Resolução nº 23.517, publicada semana passada

 

Membros das duas listas aprovadas no ano passado: problemas para todos os gostos

A Resolução nº 23.517, do Tribunal Superior Eleitoral acaba com qualquer possibilidade de aprovação da lista de advogados encaminhada ainda em 2016 pelo Tribunal de Justiça do Maranhão para compor o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral.

A lista, formada pelos advogados Daniel Leite, Gabriel Ahid Costa e Gustavo Villas Boas, está sub judice por causa de pendências enfrentadas pelos dois primeiros.

Daniel Leite foi impugnado pelo colega Augusto Guterres, por, supostamente, ter atuado como advogado no mesmo período em que era juiz eleitoral. (Relembre aqui)

Gabriel Ahid teve o tempo de serviço questionado pelo relator do processo, Herman Benjamim, por não ter comprovado  o tempo exigido de serviços advocatícios. (Reveja aqui)

Do três, apenas Gustavo Vilas Boas não sofreu questionamento, apesar de ser sobrinho do desembargador Antonio Bayma Araújo, o que poderia ser caracterizado por nepotismo.

A Resolução 23.517 agora regulamenta definitivamente as escolhas das listas, o que poderá tirar do páreo, oficialmente, tanto Gabriel Ahid quanto Gustavo Vilas Boas.

Em seu artigo 5º, o documento estabelece:

– Na data em que forem indicados, os advogados deverão estar no exercício da advocacia e possuir 10 anos, consecutivos ou não, de prática profissional.

Já no Artigo 9º, a Resolução deixa claro:

– Aplica-se ao procedimento de formação da lista tríplice a disciplina na Resolução do Conselho Nacional de Justiça, que versa sobre nepotismo no âmbito do Poder Judiciário.

E no Parágrafo Único determina, expressamente:

– Por ocasião do preenchimento do formulário constante do Anexo, o advogado indicado deverá consignar eventual parentesco com membros do TJ ou do TRE.

A lista aprovada no TJ, portanto, está em discordância com a Resolução baixada pelo TSE…

0

Em seus 85 anos, OAB-MA homenageia grandes nomes da advocacia…

Thiago Diaz prestou homenagem a todos os advogados maranhenses

 

Ao celebrar 85 anos, a OAB-MA prestou homenagens a grandes nomes da advocacia.

A solenidade contou com as presenças dos advogados Raimundo Marques, Sebastião Carlos Nina e José Carlos Souza e Silva, que já passaram pela presidência da Ordem e hoje são integrantes vitalícios do Conselho Seccional.

Além desses ilustres profissionais, outros 10 advogados foram homenageados por terem as inscrições mais antigas na OAB-MA.

O presidente da OAB em seu discurso no Congresso

Homens e mulheres que contribuíram para a sociedade por meio do trabalho desenvolvido na advocacia.

Valeriano Américo de Oliveira (OAB/163),

José Maria Cabral Marques (OAB/238),

José Pereira Gomes (OAB/250),

Elimar Figueiredo de Almeida Silva (OAB),

Reginaldo Carvalho Telles de Sousa (OAB/292),

Kleber Moreira (OAB/296),

Ulysses Nunes Moreira (OAB/316),

Mário de Aguiar Pires Leal (OAB/331),

Antônio Austregésilo Moreira Fonseca (OAB/332)

Sálvio Jesus de Castro e Costa (OAB/360 ).

– Me senti muito feliz e estava muito emocionado por aquele reconhecimento que resgatou a dedicação e as conquistas de todos os presidentes que passaram pela OAB-MA – enfatizou José Carlos Sousa e Silva, presidente da OAB/MA de 1981 a 1983.

Autoridades perfiladas na solenidade de abertura

Outra homenageada foi Maria do Socorro Noleto, a mais antiga funcionária da Seccional Maranhão com 32 anos de colaboração e parceria com a instituição.

A recente celebração de 85 anos da OAB-MA consolidou ainda mais as boas práticas institucionais.

Atualmente, à frente dos trabalhos da OAB-MA, encontra-se uma jovem diretoria conduzida pelo advogado Thiago Diaz. Com pouco mais de um ano de gestão, e como a própria história demonstra, a OAB-MA segue firme na atuação das causas mais importantes para as quais foi acionada, não mede esforços na defesa dos advogados, das minorias, da sociedade como um todo o que a credencia deste então, como a mais atuante e respeitada entidade da sociedade Civil.