Os levantamentos da Econométrica, Exata e Prever sugerem pelo menos 81 possibilidades de cenários, aplicando-se a margem de erro de cada instituto; em apenas 30% deles o prefeito consegue chegar ao segundo turno em primeiro lugar
Prefeito melhorou, mas ainda precisa ampliar cenários
A análise estatística e criteriosa dos números já apresentados pelas últimas três pesquisas de intenção de votos em São Luís apontam um futuro nebuloso para o prefeito Edivaldo Júnior (PDT) na disputa pela Prefeitura de São Luís.
As margens de erro dos levantamentos – de 3,1 ponto para mais ou para menos na Econométrica e na Prever; e 4 pontos na Exata – sugerem que o prefeito só conseguiria chegar em primeiro lugar na disputa, se a eleição fosse hoje, em apenas três cenários possíveis.
Em outras 15% de possibilidades, ele passaria em segundo.
O prefeito ficaria, no entanto, fora da própria sucessão em nada menos que 30% dos 81 cenários possíveis, a partir dos números já divulgados.
Para efeito de comparação, a situação e Holandinha é inversa à da deputada Eliziane Gama (PPS). Ela ficaria fora do segundo turno em apenas três possíveis cenários. Em todos os demais ela estaria garantida, seja em primeiro ou em segundo lugar.
E vence todos os adversários em segundo turno.
Os institutos utilizam a margem de erro como uma espécie de tolerância para eventuais equívocos dos índices nominais (aqueles que são divulgados).
Um exemplo: o Instituto Exata disse que seu levantamento tem margem de erro de 4 pontos. Ou seja, se a pesquisa mostrou Edivaldo com 23%, empatado com Eliziane, isso quer dizer que ele – ou ela – pode estar em patamar de 27% ou de apenas 19% dos votos.
Os três cenários possíveis das pesquisas implicam em uma infinidade de outras possibilidades
Neste caso específico, o prefeito poderia estar em primeiro lugar em apenas uma situação: se sua margem de erro fosse aplicada para cima e tanto a de Eliziane quanto a de Wellington do Curso (PP) se mantivessem ou fossem aplicadas para baixo.
Na maioria dos demais cenários – de cada um dos três institutos – o prefeito ficaria fora do 2º turno.
Para fazer leitura de pesquisas, é preciso levar em conta todas estas variáveis. Analisar apenas os índices nominais é um equívoco que leva a análises precipitadas, embora seja o mais comum nesta altura da campanha.
Além da margem de erro, os institutos utilizam o chamado “Intervalo de Confiança”, geralmente na casa dos 95%.
O que isso significa?
Significa que, de cada 10 levantamentos realizados é certeza que mais de 9 darão exatamente o resultado divulgado.
E isto é científico, incontestável.
Neste caso, o que se avalia da situação do prefeito é que seu índice de rejeição pode estar fazendo com que ele perca a chance de ir ao segundo turno em pelo menos 70% dos possíveis cenários eleitorais.
E a taxa de rejeição é a mais difícil de superar em uma eleição municipal.
Mas esta é uma outra história…
Curtir isso:
Curtir Carregando...