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Flávio Dino pagou três vezes mais por respirador que não recebeu

Custo do equipamento que deveria ser usado contra a coVìd-19 foi de R$ 163 mil, mas o governo maranhense diz ter pago apenas R$ 49,5 mil; o calote total no estado chegou a R$ 4,9 milhões, já que a encomenda nunca foi entregue

 

Os nove governadores do Nordeste, entre eles o maranhense Flávio Dino, estão sendo investigados pelo pagamento antecipado de respiradores que não receberam

O governo Flávio Dino (PCdoB) pagou três vezes mais caro por respiradores comprados na China, pagos adiantados e que nunca foram recebidos.

O custo total por equipamento pago pelo Maranhão foi revelado nesta quarta-feira, 17, pelo blog de Gilberto Léda.

A compra, feita por intermédio do Consórcio Nordeste, custou R$ 4,9 milhões ao povo maranhense, mas os equipamentos nunca foram entregues.

A compra superfaturada já está sendo investigada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas é alvo também da Controladoria-Geral da União (CGU).

– Quando as compras chegam de R$ 135 mil pra cima [por respirador], já se levanta um aviso de que a gente tem que atuar e estamos trabalhando no Brasil inteiro com essa pegada – afirmou o ministro da CGU, Wagner Rosário. (Leia aqui)

O governo Flávio Dino chegou a dizer que pagou apenas R$ 49,5 mil por equipamento, mas a simples divisão do valor pago pela quantidade de respiradores (30 unidades) eleva este preço para R$ 163 mil, mais de três vezes o anunciado.

O calote recebido pelo Consórcio Nordeste tem repercutido em toda a região e chamado atenção dos órgãos de investigação e de controle.

E pode se transformar em mais um escândalo da pandemia de coronavírus…

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Mais um início de semana com reaberturas…

Shoppings centers voltam a funcionar nesta segunda-feira, com restrições de lotação; Câmara Municipal também reabre forma gradual a atividades; e a Sedel inicia discussão para retomada do calendário esportivo no estado

 

O comércio da Rua Grande e outros centros começar já está praticamente todo de volta; e tende a reabrir gradualmente nos próximos dias

 

Esta segunda-feira, 15 marca mais uma etapa da reabertura gradual das atividades econômicas no Maranhão.

A partir de hoje, os shoppings centres voltam a funcionar, com restrição de horário e de lotação; e com regras rígidas de proteção e higienização – à exceção das praças de alimentação e cinemas, que continuarão fechados.

O governo Flavio Dino (PCdoB) já havia autorizado a reabertura de igrejas católicas e evangélicas, que voltaram a funcionar neste fim de semana – também com regras de lotação e higienização.

A partir de hoje, a Câmara Municipal também começa a funcionar com atividades presenciais, de forma gradual, até retomar todas as suas ações.

E a Secretaria de Esportes e Lazer (Sedel) já definiu agenda com federações e associações esportivas para retomada de treinos, campeonatos e eventos esportivos.

O Maranhão tem hoje quase 60 mil casos de coVID-19 e quase 1,5 mil óbitos.

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Fim de semana com igrejas abertas no Maranhão…

Governo Flávio Dino liberou a realização de cultos e missas, seguindo regras de higienização, aglomeração e distanciamento; a partir de segunda-feira, shoppings center’s também poderão funcionar, sem as praças de alimentação

 

As igrejas terão que manter regras de distanciamento, lotação e higienização para voltar a funcionar neste fim de semana

O final de semana que se inicia nesta sexta-feira, 12, será o primeiro em quase 90 dias a ter liberado a realização de cultos e missas no Maranhão.

O governo Flávio Dino impôs uma série de restrições, mas decidiu liberar a abertura dos templos evangélicos, católicos e de outras religiões.

Para abrir, as igrejas terão que reduzir em 50% o total de lugares, para manter o distanciamento; promover higienização antes, depois e entre as cerimônias; e evitar aglomerações.

A partir de segunda-feira, 15, os shoppings centers também poderão reabrir, mas sem o funcionamento das praças de alimentação.

No centros de compras também serão seguidas regras rígidas, como redução no números de pessoas circulando, uso de máscaras e higienização total de lojas e quiosques.

Restaurantes e lanchonetes continuam funcionando apenas com serviços de drive thru e delivery.

Já os abres e casas de show não têm previsão de reabertura…

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Assembleia vai suspender por 90 dias descontos de consignados…

Medida, que se baseia na Lei 11.724/2020 e começa já neste mês de junho, atinge todos os servidores; e quem pretender manter o desconto deve encaminhar pedido formal à Diretoria de Recursos humanos da Casa

 

A Assembleia Legislativa suspenderá, pelo prazo de 90 dias, a partir deste mês de junho, os descontos referentes aos empréstimos consignados em folha dos seus servidores, conforme está previsto na Lei 11.274/2020.

A Lei, de autoria dos deputados Adriano Sarney (PV) e Helena Duailibe (Solidariedade) – com emenda do deputado César Pires (PV) – foi promulgada pelo presidente da Casa, Othelino Neto (PCdoB).

Os servidores que desejarem manter os descontos de seus empréstimos consignados em folha deverão encaminhar, via e-mail, a solicitação à Diretoria de Recursos Humanos da AL-MA impreterivelmente até o dia 15 de junho.

A iniciativa integra as ações da Assembleia no combate à coVID-19 e o esforço para garantir condições à população de superar as dificuldades da crise sanitária causada pelo novo coronavírus. 

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Saúde teve recursos extras de R$ 13,6 milhões em São Luís

Dinheiro repassado por membros da bancada federal maranhense (R$ 7,4 milhões) e por vereadores (R$ 6,2 milhões) foram usados exclusivamente no custeio de unidades de saúde, nas ações de combate ao coronavírus e na compra de equipamentos de proteção individual, como as máscaras, agora sob investigação da Polícia Federal

 

Lula Fylho (primeiro no alto, à esquerda) na audiência pública da Câmara Municipal em que declarou usar R$ 3,1 milhões das emendas parlamentares na compra de EPIs

Reportagem Especial 

A Secretaria de Saúde de São Luís movimentou – exclusivamente no combate ao coronavírus – nada menos que R$ 13,6 milhões em recursos extras, repassados por membros da bancada federal maranhense e por vereadores.

Segundo levantamento do blog Marco Aurélio D’Eça, foram R$ 7,4 milhões destinados por três parlamentares e outros R$ 6,2 milhões em emendas da Câmara Municipal.  

A Semus efetivou, entre março e maio, a compra de máscaras descartáveis superfaturadas em mais de R$ 2,3 milhões, segundo investigação da Polícia Federal. A compra culminou na prisão de empresários e na quebra do sigilo bancário do secretário Lula Fylho. (Relembre aqui, aqui e aqui)

No dia 20 de março, quando havia sido registrado o primeiro caso de coVID-19 em São Luís, os vereadores aprovaram emenda coletiva de R$ 3,1 milhões (cada um participando com R$ 100 mil) para ajudar no combate ao coronavírus.

Quatro dias depois, em 24 de março – em “inédita audiência pública virtual”, segundo o próprio release do Parlamento – o secretário Lula Fylho anunciou que os recursos destinados pelos vereadores seriam usados na aquisição de insumos e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para as unidades de Saúde.

Disse textualmente o secretário:

– Agradeço o apoio da Câmara e gostaria de afirmar que os R$ 3,1 milhões serão usados na compra de EPIs e insumos para ações de combate à expansão do vírus. (Veja a íntegra da audiência aqui)

 

Vereadores em visita ao almoxarifado da Semus, após as primeiras denúncias de suspeitas na compra de equipamentos contra a coVID-19

No dia 31 de março, a Câmara voltou a aprovar nova emenda coletiva de R$ 3,1 milhões, desta feita para “a Secretaria da Criança e Assistência Social usar no benefício a famílias carentes inscritas nos seus programas sociais e em situação de extrema vulnerabilidade”. (Entenda aqui)

No dia 16 de abril, a própria Prefeitura de São Luís publicou em sua página oficial notícia dando conta de que usaria os R$ 3,1 milhões dos vereadores para comprar EPIs.

R$ 7,4 milhões em recursos extras da bancada federal

Além dos recursos locais para uso contra a coVID-19, a prefeitura também teve recursos federais extras abastecendo sua conta para o combate à coVID-19.

Levantamento do blog Marco Aurélio D’Eça confirmou três fontes distintas de repasses, totalizando R$ 7,4 milhões a mais, exclusivamente para uso no combate ao coronavírus. 

No dia 30 de março, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) anunciou recursos da ordem de R$ 5,3 milhões, divididos entre o Governo do Estado e a prefeitura, exclusivamente no custeio da rede de saúde. (Entenda aqui)

No dia 1º de maio, o senador Roberto Rocha anunciou que destinou R$ 1,4 milhão para uso no Hospital da Mulher, usado como referência da prefeitura no atendimento a pacientes de coVID-19.

E no dia 8 e maio o também senador Weverton Rocha (PDT) destinou mais R$ 1 milhão, para “ações de combate e prevenção à coVID-19”.

Policiais Federais no mesmo almoxarifado da Prefeitura de São Luís, constatando que a visita dos vereadores apenas chancelou a irregularidade da Semus

Outros milhões foram repassados voluntariamente pelo Governo Federal, e também por emendas parlamentares, à conta da Prefeitura de São Luís, para o combate ao coVID-19. (Entenda aqui)

Mas estes R$ 13,6 milhões são mais significativos para o atual momento por que podem estar no bolo da compra superfaturada de máscaras descartáveis, que resultou na operação “Cobiça Fatal”, da Polícia Federal.

E podem levar a novas investigações…

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Prefeituras negam compra de máscaras do esquema que vendeu em SLZ

As gestões de Imperatriz e de Arame disseram não ter tido contato com as empresas acusadas de superfaturar o produto na capital maranhense em mais de R$ 2,3 milhões; PF lista municípios em que a quadrilha apresentou proposta

 

Polícia Federal, que começou a investigação por São Luís, investiga outras 10 prefeituras que mantiveram contato com o grupo acusado de fraude

As prefeituras de Imperatriz e de Arame informaram nesta quarta-feira, 10, que não contrataram nenhum tipo de negócios com as empresas da quadrilha comandada pelo empresário Alexandre Chuairy, preso nesta terça-feira, 9, sob acusação de faturar em mais de R$ 2,3 milhões a venda de máscaras descartáveis para a Prefeitura de São Luís.

Tanto Imperatriz quanto Arame aparecem nas investigações como municípios que tiveram algum tipo de contato com alguma das empresas do grupo – Precision Soluções, CJ Comércio Saneantes, Global Diagnósticos e Pleno Distribuidora. (Releia aqui)

Por intermédio de assessoria de imprensa, a Prefeitura de Imperatriz informou que as empresas ligadas a Alexandre Chuairy chegaram a apresentar propostas, mas não foi fechado nenhum contrato com nenhuma delas.

Já a Prefeitura de Arame se manifestou em Nota Oficial.

Declarando se pautar pelas regras da gestão pública, etc, etc, e etc…, a prefeita Jully Menezes também afirmou não ter fechado contrato com o grupo investigado pela PF.

– A Prefeitura Municipal de Arame/MA vem a público esclarecer à sua população e a todos que não adquiriu nenhum tipo de material ou insumo hospitalar, durante o período de enfrentamento do COVID-19, de nenhuma das empresas que são alvos da investigação da Polícia Federal – diz a nota, assinada pela prefeita.

A Polícia Federal cumpriu nesta etapa da operação “Cobiça Fatal” 14 Mandados de Busca e Apreensão e três prisões, exatamente a dos três empresários acusados.

Mas o delegado responsável pela investigação garantiu que há outras 11 prefeituras investigadas.

E novas operações serão efetivadas no próximo mês…

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Esquema de máscaras superfaturadas envolve quatro empresas

Polícia Federal suspeita que os CNPJs – alguns com os mesmos sócios – são usados  para fraudar licitações em todo o Maranhão, com venda de insumos a preços até três vezes maiores que os praticados no mercado

 

Empresários que comandariam o esquema de fraudes em licitação e venda superfaturada para prefeituras foram presos hoje pela PF

O núcleo do esquema que fraudou licitação na Secretaria de Saúde de São Luís e vendeu máscaras para coVID-19 com preços três vezes maior que o de mercado, segundo a Polícia Federal, envolve quatro empresas: Precision Soluções, CJ Comércio Saneantes, Global Diagnósticos e Pleno Distribuidora.

Segundo a PF, alguns destes CNPJs só existem no papel, e servem para fraudar as licitações nas prefeituras e garantir a venda de produtos com preços superfaturados.

Apenas em São Luís, a Precision Soluções, que tem Alexandre Chouary Cunha como dono, superfaturou um contrato em mais de R$ 2,3 milhões.

Mas a C.J. Comércio Saneantes também tem contrato com a Secretaria de Saúde da apital maranhense, no valor de R$ 495 mil.

Policiais Federais aprenderam centena de documentos e equipamentos na Polícia Federal, o que servirá para definir culpados

Além de São Luís, as empresas do esquema operam também nos municípios de Timbiras, Santa Inês, Arame, Feira Nova do Maranhão, Imperatriz, Paço do Lumiar, Matinha,  Lago do Junco, Icatu, Porto Rico e Cajapió.

A Polícia Federal anunciou que outras operações serão deflagradas nas investigações do caso…

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PF afirma: “há servidores envolvidos” na compra de máscaras em SLZ

Delegados que comandam a operação entendem que os empresários responsáveis pela venda superfaturada de insumos para o combate a coVID-19 não agiram sozinhos na capital maranhense; foram apreendidos documentos e computadores da Secretaria Municipal de Saúde

 

Os policiais federais passaram a manhã em vários enderenços colhendo provas, inclusive na Secretaria Municipal de Saúde

O delegado Júlio Sombra, que participou desta terça-feira, 9, a ação da Polícia Federal disse acreditar, em entrevista coletiva no final da manhã que representantes da própria Secretaria de Saúde de São Luís têm participação no esquema de compra superfaturada de máscara para combate à coVID-19.

– A expertise policial indica que há servidores envolvidos; não sabemos neste momento quais, mas isso que a investigação tende a evoluir e identificar – disse Sombra.

A ação da PF foi comandada pelo delegado Sandro Jansen, da Delegacia de Combate aos Crimes contra o Patrimônio.

O esquema desbaratado nesta terça-feira pela Polícia Federal superfaturou em mais de R$ 2,3 milhões a venda de máscaras descartáveis.

O produto, que custa cerca de R$ 3,00, foi comprado por quase R$ 10,00 pela Saúde de São Luís.   

Pela convicção na participação de servidores da Semus é que a Polícia Federal apreendeu documentos e equipamentos na secretaria.

O delegado garantiu que as investigações irão continuar…

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Empresa que fraudou venda de máscaras em São Luís atua no interior

Precision Soluções tem contratos também nos municípios de Timbiras, Matinha, Icatu, Cajapió, Lago do Junco e Porto Rico do Maranhão; só com a venda de máscaras na capital maranhense, o superfaturamento foi de mais de R$ 2,3 milhões

 

Os empresários investigados pela Polícia Federal montaram um esquema que envolve não só a prefeitura de Sã Luís, mas diversas outras no interior

Assim como a coVID-19, a empresa Precision Soluções – que compõe, segundo a Polícia Federal, um esquema de corrupção envolvendo a venda de insumos para o combate ao coronavírus – espalhou-se feito praga pelo interior maranhense.

Pertencente ao empresário Alexandre Chuairy Cunha, a empresa é um dos braços do esquema, que apenas com a venda de máscaras para a Secretaria Municipal de Saúde de São Luís, superfaturou contratos em mais de R$ 2,3 milhões.

De acordo com a Polícia Federal, o esquema já tem contratos também nas prefeituras de Timbiras, Matinha, Icatu, Cajapió, Lago do Junco e Porto Rico do Maranhão.

Alexandre Chuairy Cunha teve mandado de prisão cumprido nesta terça-feira, 9, juntamente com os também empresários Sormane Silva Santana e João de Deus Souza Lima Júnior.

A PF também levou computadores e documentos da Semus para compor a investigação.

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“Fizemos tudo dentro das normas”, diz Lula Fylho…

Secretário municipal de Saúde de São Luís nega que tenha feito compras com todas as empresas quer estão sendo acusadas de superfaturamento pela Polícia Federal e diz que vai pedir vistas do processo para entender que documentos pretende a PF e a Controladoria-Geral da União

 

Lula Fylho teve a sede da sua pasta ocupada nesta terça-feria pela Polícia Federal, por suspeita de superfaturamento de mais de R$ 2 milhões

O secretário municipal de Saúde de São Luís, Lula Fylho, declarou ao blog “O Informante”, na manhã desta terça-feira, que ainda não tem conhecimento do inteiro teor do processo que apura fraude e superfaturamento na compra de máscaras em São Luís.

– Fizemos tudo dentro das normas – disse Lula Fylho.

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da Semus na manhã desta terça-feira, por suspeita de superfaturamento de mais de R$ 2,3 milhões na compra de máscaras descart´[aveis para uso contra a coVID-19.

De acordo com relatório da Controladoria-Geral da União, as máscaras que deveriam custar cerca de R$ 3,00 foram compradas pela Secretaria Municipal de Saúde por quase R$ 10.

Lula Fylho confirma a compra, mas diz que fez as compras, “mas não todas que estão sendo reveladas”.

De acordo com “O Informante”, o secretário pretende convocar coletiva para tratar do assunto…