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A demência alcoólica de Rodrigo Janot na visão de Roseana…

Em artigo publicado neste fim de semana, ex-governadora diz que ex-procurador-geral da República perseguiu o Maranhão para “satisfazer seus delírios etílicos”

 

Em duro artigo publicado neste fim de semana, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) chamou de “delírios etílicos” a perseguição contra o seu governo, levada a cabo pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

No livro “Nada menos que tudo” – que vem causando polêmica no país antes mesmo do lançamento – Janot confessa algumas atitudes nada lisonjeiras durante sua passagem pela PGR, entre elas o pedido de intervenção federal no Maranhão, que ele mesmo classificou de “blefe”.

– [Ele] Revela sua obsessão pelo Maranhão e pelo inferno em que transformou os meus dois últimos anos de governo, com denúncias permanentes, inspeções montadas, chegando mesmo a utilizar o instrumento do blefe, como chantagem, a fim de pressionar-me. Foi incapaz de manter um diálogo construtivo em busca de soluções para os problemas que enfrentávamos – afirmou a ex-governadora.

No livro, Janot revela que usou o blefe da intervenção para pressionar Roseana.

– Joguei a carta da intervenção federal na mesa para pressionar o governo do Maranhão a tomar medidas fortes para melhorar as condições do presídio”. Com o “blefe”, ele alega ter conseguido, por exemplo, a troca da comida servida no presídio de Pedrinhas – contou Janot, no livro.

Para Roseana, a atitude de Janot foi covarde porque baseada apenas em delírios etílicos.

– As referências que ele me fez são acusações caluniosas, nunca provadas, e mandadas arquivar pelos tribunais superiores após exaustivos e longos processos investigatórios. Apenas mostram o quanto este homem foi capaz de utilizar suas funções para dar vazão às suas alucinações e delírios, cometer tantas injustiças, provocar tantas lágrimas, atingir tantas famílias, deixando de lado os verdadeiros corruptos, isentando-os nos biombos das delações falsas, muitos impunes e usufruindo dos valores roubados – frisou a ex-governadora.

Abaixo, a íntegra do seu artigo:

O país ficou estarrecido com o perigo que correu após as irresponsáveis confissões do Sr. Rodrigo Janot à frente de instituição tão fundamental à sociedade, como o Ministério Público Federal. Todos buscam entender do que se trata: podridão moral; doença psiquiátrica; loucura; demência alcoólica ou simplesmente um patológico processo midiático e comercial.

Revela sua obsessão pelo Maranhão e pelo inferno em que transformou os meus dois últimos anos de governo, com denúncias permanentes, inspeções montadas, chegando mesmo a utilizar o instrumento do blefe, como chantagem, a fim de pressionar-me. Foi incapaz de manter um diálogo construtivo em busca de soluções para os problemas que enfrentávamos.

Tudo isso nada tinha de bom desempenho de funções ou idealismo. Era simplesmente motivação política, originada em seu autoritarismo, incompetência, maus modos e influências circunstanciais.

Chegou mesmo à insanidade de pedir intervenção federal no Estado, baseado na rebelião de facções criminosas na Penitenciária de Pedrinhas, onde ele confessa ter espiões, um juiz e um padre mexicano da Pastoral Carcerária. E exalta como seu grande feito ter substituído as quentinhas servidas aos presos, igualando-as às servidas aos agentes penitenciários e ao diretor do presídio.

Ninguém mais do que eu procurei enfrentar o problema penitenciário. Para isso, aumentei em 75% a verba para o orçamento da Secretaria de Estado, Justiça e Administração Penitenciária, criada no meu governo, e contraí empréstimo no BNDES de R$ 224 milhões para o Sistema de Segurança do Maranhão.

Promovi a construção, na capital e no interior do Estado, dos presídios de Pinheiro, Santa Inês, Timon, Riachão, São Luís Gonzaga, Brejo, Coroatá e Imperatriz, além do Presídio de Regime Disciplinar Diferenciado, em São Luís. Fizemos a reforma e ampliação de estabelecimentos penais em Balsas, Pedreiras, Açailândia e Codó. Concluímos o centro de detenção de Pedrinhas. Aparelhamos o sistema de segurança com esteiras de raio-X, rádios receptores móveis, coletes balísticos, portais e detectores de metais, além de armamentos, fuzis, carabinas, espingardas e pistolas para reforço do trabalho dos agentes. Instalamos unidades prisionais de ressocialização em Santa Inês, Davinópolis, Chapadinha, Bacabal e também no bairro de Monte Castelo, em São Luís, serviços que já estavam sendo prestados pelas unidades regionais de custódia de Timon, Pedreiras, Imperatriz e Caxias.

A nossa meta foi cumprir o Termo de Compromisso celebrado junto ao Conselho Nacional de Justiça – CNJ. Aumentamos em cerca de 1.500 as vagas nas prisões. Este esforço foi concluído em grande parte e deixei os recursos necessários ao que faltava.

Trabalhamos sempre em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional – Depen e aplicamos novas rotinas penitenciárias, ministradas aos agentes em cursos da escola de gestão penitenciária.

A briga e o domínio de facções no Sistema Prisional Brasileiro é uma desgraça que até hoje não foi banida e, ao contrário, tem aumentado. Portanto, a rebelião de Pedrinhas, que tanto sensibilizou o desequilibrado Janot, foi uma ação política visando às eleições que se aproximavam. São muitos os Estados que enfrentam os mesmos problemas, ou até mais graves.

Muito mais do que Pedrinhas, mataram-se e matam-se até hoje, de São Paulo ao Rio Grande do Norte, do Rio de Janeiro ao Amazonas, do Ceará ao Pará, lamentavelmente com números cada vez mais elevados. O escândalo nacional que promoveu o Procurador Janot agora é revelado como sendo um blefe – blefe este que se revelou eficaz como abuso do poder público e facciosismo político.

As referências que ele me fez são acusações caluniosas, nunca provadas, e mandadas arquivar pelos tribunais superiores após exaustivos e longos processos investigatórios. Apenas mostram o quanto este homem foi capaz de utilizar suas funções para dar vazão às suas alucinações e delírios, cometer tantas injustiças, provocar tantas lágrimas, atingir tantas famílias, deixando de lado os verdadeiros corruptos, isentando-os nos biombos das delações falsas, muitos impunes e usufruindo dos valores roubados.

O que fez o Sr. Janot diante do aumento dos homicídios, do tráfico de drogas e armas, da violência contra as mulheres e do ódio de gênero? Que desfaçatez! Começar pelo Maranhão para satisfazer suas taras etílicas foi um ato de baixeza, achando que aqui não havia autoridade. Demonstrou não conhecer a fibra e a coragem das mulheres maranhenses.

Não acredito em coincidências. Também não espero que o ex-procurador se retrate do mal que fez a mim e a tanta gente. Nas poucas palavras que trocamos quando da crise penitenciária, eu considerei o então Procurador Geral da República apenas um homem insensível aos problemas que o povo do Maranhão enfrentava àquela época. Infelizmente, me enganei. Ele revela ser muito pior do que isso. Um blefe

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Livro de Janot é a prova final da perseguição da Lava Jato a Lula…

Ex-procurador-geral da República revela no capítulo 15 de “Nada Menos que Tudo”- com o sugestivo título de “O Objeto do Desejo Chamado Lula” – como a Força Tarefa da operação montou uma caçada para tirar o ex-presidente das eleições de 2018

 

DELTAN DALLAGNOL COM RODRIGO JANOT: conversas tensas de bastidores e obsessão doentia pelo ex-presidente Lula

Se já não havia dúvidas – diante do vazamento das conversas de Deltan Dallagnol e Sérgio Moro, reveladas pelo site The Intercept – de que a Lava Jato foi um golpe para tirar o ex-presidente Lula das eleições de 2018, isso se torna mais evidente ainda com o livro do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Janot conta no livro, intitulado “Nada Menos que Tudo”,  que a Força Tarefa de Curitiba, capitaneada por ninguém menos que Deltan Dallagnol, tentou forçar a barra com ele para dar consistência as denúncias contra o ex-presidente.

O próprio título do capítulo 15 do livro já deixa clara a intenção dos procuradores: “O objeto do desejo chamado Lula”.

Janot conta que recebeu Dallagnol e outros procuradores da Lava Jato com um pedido de inversão de pauta. À época, Janot estava com quatro denúncias para apresentar ao Supremo: uma contra o PP e outra contra o MDB da Câmara; em seguida uma contra o PT e outra contra o PMDB do Senado.

A parte abaixo Janot narra no livro:

– “Precisamos que você inverta a ordem das denúncias e coloque a do PT primeiro”, disse Dallagnol, logo no início da reunião. Ele já tinha feito uma sondagem sobre essa possibilidade de inversão de pauta numa conversa por telefone com um dos integrantes da minha equipe, e agora reafirmava o pedido pessoalmente. “Não, eu não vou inverter. Vou seguir o meu critério. A que estiver mais evoluída vai na frente. Não tem razão para eu mudar essa ordem. Por que eu deveria fazer isso?” , respondi – conta o ex-procurador.

O livro também revela a reação dos procuradores, segundo o autor:

– “Paludo disse, então, que eu teria que denunciar o PT e Lula logo, porque, se não fosse assim, a denúncia apresentada por eles contra o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro ficaria descoberta. Pela lei, a acusação por lavagem depende de um crime antecedente, no caso, organização criminosa. Ou seja, eu teria que acusar o ex-presidente e outros políticos do PT com foro no Supremo Tribunal Federal em Brasília para dar lastro à denúncia apresentada por eles ao juiz Sergio Moro em Curitiba. Isso era o que daria a base jurídica para o crime de lavagem imputado a Lula. “Sem a sua denúncia, a gente perde o crime por lavagem”, disse o procurador – revelou Rodrigo Janot em seu livro.

A partir daí, todos já conhecem a história, de exposição midiática, acusações sem lastro algum e  condenações sem nenhuma prova, até levarem Lula para a a cadeia.

Se o capítulo do livro de Janot que conta sua tentativa de matar o ministro Gilmar Mendes levou a uma manifestação dura do STF contra ele, de que forma o STF vai agir diante de mais esta revelação da manipulação do processo contra Lula?

Basta aos ministros que leiam o livro para por Lula em liberdade.

É simples assim…

Leia abaixo, a íntegra do capítulo “O Objeto de desejo chamado Lula”, do livro “Nada Menos que udo, de Rodrigo Janot:

No intervalo entre as superlativas delações dos executivos da Odebrecht e da J&F, quando os resultados da Lava Jato já eram evidentes, tivemos um forte embate com a força-tarefa de Curitiba. O choque não foi tão estridente quanto o quiproquó descrito na primeira parte deste livro, quando o impasse quase levou à renúncia coletiva deles e à minha, ou seja, ao presumível fim de uma nascente Lava Jato. Dessa vez não houve ameaças veladas, nem contorções verbais, mas o debate foi tenso. As divergências se deram no curso do processo do triplex, que levou à condenação do ex-presidente Lula e, depois, à exclusão de sua candidatura nas eleições presidenciais de 2018.

Em setembro de 2016, pouco depois de denunciar Lula, a quem classificou de chefe de organização criminosa, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Deltan Dallagnol pediu uma reunião comigo, em Brasília. Vieram ele e outros procuradores da força-tarefa, entre eles Januário Paludo, Roberson Pozzobon, Antônio Carlos Welter e Júlio Carlos Motta Noronha. Quando entraram na minha sala, eu disse para mim mesmo: Lá vem problema . Toda vez que vinham em grupo, e não um ou dois, era indicativo de algo grave. Daquela vez não foi diferente. Dallagnol e os demais colegas tinham vindo cobrar uma inversão da minha pauta de trabalho.

Eles queriam que eu denunciasse imediatamente o ex-presidente Lula por organização criminosa, nem que para isso tivesse que deixar em segundo plano outras denúncias em estágio mais avançado. Naquele momento, eu tinha quatro denúncias para formular: duas contra o PMDB (uma da Câmara, outra do Senado), uma contra o PT e outra contra o PP. Pelo nosso cronograma, faríamos as denúncias na seguinte ordem: primeiro a do PP, depois a do PMDB da Câmara, em seguida a do PT e, por último, a do PMDB do Senado. O critério era muito simples. Faríamos as acusações formais de acordo com o avanço das investigações. Como a do PP e a do PMDB da Câmara estavam mais adiantadas, elas dariam origem às duas primeiras denúncias. As outras duas, contra o PT e contra o PMDB do Senado, viriam depois.

“Precisamos que você inverta a ordem das denúncias e coloque a do PT primeiro”, disse Dallagnol, logo no início da reunião.

Ele já tinha feito uma sondagem sobre essa possibilidade de inversão de pauta numa conversa por telefone com um dos integrantes da minha equipe, e agora reafirmava o pedido pessoalmente.

“Não, eu não vou inverter. Vou seguir o meu critério. A que estiver mais evoluída vai na frente. Não tem razão para eu mudar essa ordem. Por que eu deveria fazer isso?” , respondi.

Paludo disse, então, que eu teria que denunciar o PT e Lula logo, porque, se não fosse assim, a denúncia apresentada por eles contra o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro ficaria descoberta. Pela lei, a acusação por lavagem depende de um crime antecedente, no caso, organização criminosa. Ou seja, eu teria que acusar o ex-presidente e outros políticos do PT com foro no Supremo Tribunal Federal em Brasília para dar lastro à denúncia apresentada por eles ao juiz Sergio Moro em Curitiba. Isso era o que daria a base jurídica para o crime de lavagem imputado a Lula.

“Sem a sua denúncia, a gente perde o crime por lavagem” , disse o procurador.

O problema era delicado. Na fase inicial das investigações sobre Lula e o triplex, eu pedira ao ministro Teori Zavascki o compartilhamento dos documentos obtidos no nosso inquérito sobre organização criminosa relacionada ao PT com a força-tarefa. Eles haviam me pedido para ter acesso ao material e eu prontamente atendera. Na decisão, o ministro deixara bem claro que eles poderiam usar os documentos, mas não poderiam tratar de organização criminosa, porque o caso já era alvo de um inquérito no STF, o qual tinha como relator o próprio Teori Zavascki e cujas investigações eram conduzidas por mim.

Ora, e o que Dallagnol fez? Sem qualquer consulta prévia a mim ou à minha equipe, acusou Lula de lavar dinheiro desviado de uma organização criminosa por ele chefiada. Lula era o “grande general”, o “comandante máximo da organização criminosa”, como o procurador dizia na entrevista coletiva convocada para explicar, diante de um PowerPoint, a denúncia contra o ex-presidente. No PowerPoint, tudo convergia para Lula, que seria chefe de uma organização criminosa formada por deputados, senadores e outros políticos com foro no STF.

“Se você não fizer a denúncia, a gente perde a lavagem”, reforçou Dallagnol, logo depois da fala de Paludo.

“Eu não vou fazer isso!”, repeti.

“Você está querendo interferir no nosso trabalho!”, exclamou Dallagnol, aparentemente irritado.

“Eu não quero interferir no trabalho de vocês. Ao que parece, vocês é que querem interferir no meu. Quando houve o compartilhamento da prova, o ministro Teori excluiu expressamente a possibilidade de vocês investigarem e denunciarem o Lula por crime de organização criminosa, que seguia no Supremo. E vocês fizeram isso. Vocês desobedeceram à ordem do ministro e colocaram como crime precedente organização criminosa. Eu não tenho o que fazer com isso”, eu disse.

Eu estava bastante chateado com as pressões, diretas ou veladas, de Curitiba sobre nosso trabalho e, naquele momento, era hora de botar os pingos nos is. Enquanto falava, eu exibia uma cópia da decisão do ministro, a mesma decisão que já tinha sido encaminhada a eles no compartilhamento de provas.

“Não, Deltan, ele não está querendo interferir no nosso trabalho, como nunca interferiu”, tentou contemporizar Pozzobon.

“Mas, se não for assim, nós vamos perder a denúncia”, insistiu Paludo.

“O problema não é meu. O problema é de vocês. Vocês fizeram isso sem me consultar, sem obedecer à determinação do ministro Teori. E agora sou eu que tenho que resolver o problema de vocês? Não faço isso de forma alguma!”, eu disse.

Sem clima, a reunião foi encerrada, e eles voltaram para Curitiba.

E eu segui com o meu trabalho. Fiz as denúncias conforme os critérios estabelecidos inicialmente, embora a ordem das acusações tenha sofrido uma ligeira alteração. Em 1º de setembro de 2017, denunciamos o quadrilhão do PP. Quatro dias depois, fizemos uma denúncia por organização criminosa contra Lula e outros do PT, ou seja, quase um ano após a denúncia da força-tarefa de Curitiba. Em 8 e 14 de setembro, protocolizamos as denúncias contra o PMDB do Senado e da Câmara. A troca da ordem, uma diferença de poucos dias, se deveu tão somente ao andamento natural das investigações.

Em suma, eu não poderia corrigir uma falha de Curitiba colocando em risco meu trabalho e, mais do que isso, quebrando a máxima de nunca tomar qualquer decisão que não fosse amparada na regra geral, técnica e impessoal.

“Faça a coisa certa!”, costumava dizer Douglas Fischer, o primeiro coordenador do grupo de trabalho da Lava Jato.

“Faça a coisa certa, e tudo que vier depois será certo, mesmo que o resultado não seja do seu agrado. Faça sempre a coisa certa, e tudo estará certo”, eu diria agora. A objetividade do “sarrafo”, ou seja, das regras do jogo, é um poderoso antídoto contra a acusação de seletividade nas investigações.

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“Muito mais será revelado”, diz Flávio Dino, sobre esquemas da Lava Jato…

Governador comunista comentou no Twitter sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de anular sentenças de Sérgio Moro que desrespeitaram o direito de defesa, no mesmo dia que vem à tona escândalo com o ex-procurador Rodrigo Janot

 

O governador Flávio Dino (PCdoB) comentou nesta sexta-feira, 27, em seu perfil no Twitter, a decisão do Supremo Tribunal Federal, que anulou sentença proferida pelo ex-juiz Sérgio Moro, por desrespeito ao direito de defesa.

Para Dino, ao agir assim, o STF reafirma que, no Brasil, ainda está preservado o Estado Democrático de Direito.

– Supremo declarou hoje (ontem) que o artigo 5º, inciso LV, da Constituição continua a valer, ao determinar o respeito ao princípio do contraditório e da AMPLA defesa. Nenhum processo judicial deve ser conduzido como uma mera filigrana, como se ao réu só coubesse a condenação inexorável – comentou o governador maranhense.

No mesmo dia em que o Supremo mostrou que pode corrigir os abusos praticados pela Lava Jato, o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, revelou em entrevista à revista Veja que chegou a entrar armado no Supremo para matar o ministro Gilmar Mendes – e depois se matar.

Motivo do ato tresloucado: a imprensa revelou que a filha de Janot atuava como advogada das empreiteiras OAS e Odebrecht, o que o colocava sob suspeição para atuar na Lava jato.

Sem fazer referência se se referia ao estado de coisas envolvendo Sérgio Moro e Rodrigo Janot, Flávio Dino comentou não haver mais nada para se concluir que se vive no período mais esdrúxulo da história do Direito no Brasil. Mas adiantou:

– Muito mais será revelado nos próximos anos.

 

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Criminosos da Lava Jato vão aos poucos se penitenciando….

Revelações do The Intercept, inconfidências dos procuradores, ascensão política de Sérgio Moro e agora o delírio assassino de Rodrigo Janot publicado em livro começam a mostrar, finalmente, a que tipo de gente se entregou os destinos do país

 

DALLAGNOL E JANOT: UM FICOU RICO COM PALESTRAS; O OUTRO VAI VIRAR BEST SELLER; efeitos colaterais ou diretos da Lava Jato?

No mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal decidiu revisar sentenças claramente parciais dadas pelo ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, o ex-procurador Rodrigo Janot revela em entrevista que chegou a carregar arma em plena reunião do STF para matar o ministro Gilmar Mendes.

Foi a este tipo de gente – Moro, Janot, Deltan Dallagnol – que se entregou os destino do país.

O STF decidiu anular sentença de Moro por ele ter cerceado a defesa de um dos condenados da Lava Jato; e assim o fez em vários outros casos, incluindo o do ex-presidente Lula, como já revelou o blog Marco Aurélio D’Eça. (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui)

Rodrigo Janot, por sua vez, decidiu entrar de arma em punho no Supremo após revelação do jornalista Reinaldo Azevedo segundo a qual sua filha atuava na defesa das empreiteiras OAS e Odebrecht, o que o colocava em condição de suspeito para comandar a força tarefa do Ministério Público.

O Brasil se transformou para pior após a Lava Jato.

MORO COM BOLSONARO: BENEFICIÁRIO DIRETO DA LAVA JATO PREMIOU O ALGOZ DOS ADVERSÁRIOS com o posto de ministro

E ao longo dos últimos meses começou a se revelar as tramas, tramoias e traquitanas utilizadas por Moro, Janot, Dallagnol e seus auxiliares para alcançar este Brasil que só beneficiaria a eles próprios.

Moro virou ministro de Jair Bolsonaro; Dallagnol ficou milionário com palestras sobre a força tarefa; e Rodrigo Janot, agora, deve virar autor de best seller.

Foi este o Brasil construído por eles, com eles e para eles.

Felizmente, a história não deixa nada para trás…

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Rodrigo Janot: a vingança…

Em seus últimos dias no cargo, procurador-geral da República explicita sua veia revanchista, livrando amigos e encaminhando questões contra adversários que não escolheram o seu afilhado na sucessão do Ministério Público

 

Nicolao Dino é irmão de Flávio Dino e foi candidato a procurador-geral preterido por Michel Temer, decisão que Rodrigo Janot põe na conta dos seus adversários no governo

Os últimos movimentos do procurador Rodrigo Janot como procurador-geral da República é uma síntese pura do que foi o Ministério Público Federal durante sua gestão.

A mesma instituição que relutou até não poder mais em acionar tucanos como Aécio neves (MG), devassou a vida de petistas como Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rouseff.

Prestes a deixar o posto de chefe da PGR, Janot deixa evidente em seus gestos ações de vingança contra adversários e proteção clara a aliados.

A denúncia contra o ex-presidente José Sarney – baseada unicamente nas afirmações de um delator que sequer conseguiu provar o que disse – tem o mesmo peso do pedido de arquivamento da denúncia contra o governador Flávio Dino (PCdoB), também feita por um delator que não conseguiu confirmar o que disse.

Ora, se as afirmações do delator que apontou Flávio Dino não servem para Janot, porquê a afirmações do delator que apontou Sarney – nas mesmas circunstâncias – servem?

Mas Flávio Dino é irmão do principal assessor de Rodrigo Janot, o procurador Nicolao Dino.

Sarney, pelo contrário, é posto na conta do procurador como um dos que teriam influenciado para evitar que Nicolao assumisse o seu cargo.

Janot deixa o comando do Ministério Público com as marcas da vingança.

Simples assim…

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Antes de sair, Rodrigo Janot livra Flávio Dino da Lava Jato…

Procurador-geral a República – que tem irmão do governador como principal assessor – pediu ao STJ que fosse desconsiderada acusação do delator da Odebrecht, José de Carvalho Filho

 

Janot preferiu não esperar que o caso de Flávio Dino fosse encaminhado ao STJ pela sucessora, Raquel Dodge

Como era esperado na oposição e, principalmente, no governo maranhense, o procurador-geral de Justiça Rodrigo Janot decidiu – antes de deixar o comando do Ministério Público –  pedir o arquivamento da delação da Odebrecht contra o governador Flávio Dino (PCdoB).

Janot tem como principal assessor na PGR o irmão do próprio Flávio Dino, Nicolado Dino.

No pedido encaminhado ao ministro Félix Fischer em 24 de agosto, o Ministério Público alegou que as acusações do delator José de Carvalho Filho não servem “nem à deflagração de uma investigação criminal, nem muito menos, à uma ação penal”.

Flávio Dino conseguiu decisão favorável da PGR antes do fim da gestão que tem o irmão como assessor principal

No seu despacho, Fischer entendeu que, como o próprio MPF é o autor da ação, cabe ao STJ apenas atender ao pedido dos procuradores, que atuam por delegação do procurador-geral.

Rodrigo Janot deixa a chefia do Ministério Público no próximo dia 17 de setembro…

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Procurador Rodrigo Janot deve apresentar terça-feira denúncia contra Michel Temer…

Presidente é acusado de envolvimento em esquema de corrupção patrocinado pela empresa JBS, cujo dono, empresário Joesley Batista, confessou crimes em pleno Palácio do Jaburu

 

TRIUNVIRATO. Rodrigo Janot vai encaminhar ao STF, de Carmem Dulce, a renúncia contra Michel Temer

 

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar, na próxima terça-feira, 20, a denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB), por envolvimento em esquema de corrupção.

A partir daí, a Câmara Federal precisará admitir a denúncia para que o STF julgue se abre ou não processo.

É a partir da aceitação da denúncia pelo STF que o presidente é afastado.

Mas o processo ainda deve demorar, apesar da pressão que o govenro faz para que seja analisada no calor dos acordos políticos firmados por Temer com o PSDB e com governadores, em troca de liberação de recursos para os estados.

Para escapar do julgamento no Supremo, Temer precisa obter 172 votos no plenário da Câmara.

Veja abaixo como funciona o processo:

 

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ABI e STF reprovam atitude do Ministério Público contra a imprensa…

Vazamento covarde de conversas do jornalista Reinaldo Azevedo com Andrea Neves – que nada tinham a ver com a operação Lava Jato – foi considerado uma tentativa de intimidação a quem critica as ações dos procuradores

 

COVARDIA
Reinaldo Azevedo foi vítima do autoritarismo de Janot e sua turma

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmem Lúcia, criticaram hoje o que consideraram agressão do Ministério Público Federal à liberdade de imprensa e ao sigilo da fonte.

Sob o comando do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a força-tarefa da Operação Lava Jato fez vazar áudios de conversas grampeadas entre o jornalista Reinaldo Azevedo e a irmã do senador Aécio Neves, Andrea Neves.

Apesar de as conversas nada terem a ver com os crimes investigados pela Lava Jato, o Ministério Público operacionalizou seu vazamento, causando constrangimento ao jornalista, que criticara a revista Veja em uma das conversas.

A divulgação das conversas levou ao pedido de demissão de Azevedo.

O jornalista é um dos principais críticos da atuação de Rodrigo Janot e seus companheiros; para ele, o vazamento teve o objetivo de intimidá-lo.

A ABI condenou a atitude da PGR.

A ministra Carmem Lúcia disse que a liberdade de expressão e o sigilo da fonte são pilares da democracia e da constituição.

O Ministro Edson Fachin determinou o desentranhamento da conversa de Azevedo dos áudios que compõem a delação da JBS.

Mas o estrago causado pelos autoritários procuradores já está feito…

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Rodrigo Janot quer irmão de Flávio Dino no comando do Ministério Público…

Procurador-geral da República tem o auxiliar Nicolao Dino como amigo de longas datas, e pretende fazer dele o seu sucessor

 

PREFERIDO, SQN
Apesar do apoio do atual procurador, Nicolao Dino pode ser vetado pelo presidente Michel Temer

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve mesmo apoiar o vice-procurador eleitoral Nicolao Dino para sua sucessão no comando do Ministério Público Federal.

Irmão do governador Flávio Dino, Nicolao é amigo de longas datas de Janot.

O maranhense é um dos seis procuradores que já manifestaram interesse em ocupar o cargo.

Além dele, são candidatos  Mário Bonsaglia, Raquel Dodge, Ela Wiecko, Carlos Frederico e Sandra Cureau.

As inscrições terminam na próxima sexta-feira, 19…

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Polícia Federal sugeriu arquivamento de inquérito também contra Edison Lobão…

Pedido dos delegados que investigam participação do senador em supostos esquemas da Lava Jato chegou à Procuradoria-Geral da República no último dia 14, mas, assim como no caso de Roseana Sarney, ainda não foi despachado pelo procurador Rodrigo Janot

 

lobaoA Polícia Federal encaminhou Ofício à Procuradoria-Geral da República, no último dia 14, sugerindo o arquivamento do inquérito nº 3986, do Supremo Tribunal Federal, contra o senador e ex-ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB).

A informação é da coluna Rada on-Line, da revista Veja. (Leia aqui)

Lobão também era investigado no inquérito 3977, em que figurava também a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), e que também teve pedido de arquivamento da PF, conforme revelado, com exclusividade neste blog (Reveja aqui).

– No dois casos, a Polícia Federal não conseguiu reunir provas das acusações – diz a Veja.

Resta agora o procurador-geral Rodrigo Janot tomar a decisão sobre o caso…