Dinistas silenciam sobre fala de Brandão…

Aliados do vice-governador Felipe Camarão – e o próprio PT – optaram por não passar recibo do discurso do governador que praticamente descartou a reunificação do grupo nas eleições de 2026

 

MOMENTO DE SILÊNCIO. Alguns dos dinistas que gravitam em torno da candidatura de Felipe Camarão: avaliando a situação

A pancada foi forte e atingiu o fígado; assim definiram alguns dos aliados do vice-governador Felipe Camarão (PT) diante do discurso do governador Carlos Brandão (PSB) que praticamente descartou a aliança com os dinistas nas eleições de 2026.

Mas todos os aliados do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino procurados pelo blog optaram por silenciar sobre o assunto.

  • ao lado de aliados de peso, como o presidente da Famem Roberto Costa (MDB) e a presidente da Alema Iracema Vale (PSB) Brandão sinalizou que não deixará o governo para Felipe Camarão (PT);
  • mesmo sem citar nomes, o governador reclamou abertamente de que há uma tendência de perseguição no grupo remanescente do dinismo, caso ele deixe o governo em abril de 2024. 

Formam o núcleo central do dinismo no Maranhão o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) e os estaduais Rodrigo Lago (PCdoB), Carlos Lula (PSB), Leandro Bello (Podemos) e Júlio Mendonça (PCdoB); todos eles fecham com a candidatura de Felipe Camarão e até o último fim de semana ainda esperavam um gesto de Brandão em favor do vice petista.

Partido de Felipe Camarão, o PT também, não se manifestou em nenhuma de suas instâncias políticas.

Nem mesmo o próprio Felipe Camarão comentou a fala de Brandão…

Pesquisa desfaz mito da rejeição de evangélicos a Eliziane…

Números do levantamento do instituto Prever mostra que a senadora lidera todos os cenários em que aparece quando analisado este segmento específico do eleitorado

 

EM SEU PÚBLICO. Num dos principais cenários em que se destaca o eleitorado evangélico, Eliziane lidera como primeiro voto e pontua bem como segundo voto

Nos últimos anos, um conjunto de fake news espalhadas por adversários internos tentaram criar uma realidade de rejeição da senadora Eliziane Gama no segmento evangélico.

  • esse mito é disseminado, sobretudo, por bolsonaristas ligados à própria igreja evangélica;
  • adversários políticos da senadora dentro da igreja revoltam-se com o apoio dela a Lula.

Mas a pesquisa do instituto Prever, contratada pelo deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB) e divulgada semana passada, destruiu o mito da rejeição dos evangélicos a Eliziane; a senadora lidera praticamente todos os cenários em que este segmento é isolado na pesquisa.

  • no cenário em que ela substitui o governador Carlos Brandão, por exemplo, Eliziane tem 22% como primeiro voto evangélico e mais 8,1% como segundo voto;
  • em outro cenário, que inclui o próprio Brnadão e mais seis candidatos, incluindo o próprio vice-governador Felipe Camarão, Eliziane tem o segundo maior índice.

NASCIDA E CRIADA NO EVANGELHO, Eliziane tem papel relevante na promoção do segmento na sociedade brasileira

Nascida e criada na  Igreja Evangélica Assembleia de Deus, Eliziane Gama sempre usou os mandatos para fortalecer este segmento religioso; e é autora de diversas proposições em favor da religião em seus 20 anos de vida pública, que serão completados em 2026.

A partir de 2018, outros atores cristãos mais ligados à extrema direita e ao bolsonarismo começaram a atuar como lideranças políticas nas igrejas, buscando minar Eliziane, que nunca foi afeita ao ex-presidente.

São estes atores que ainda insistem na construção de fake news contra a senadora no meio evangélico, mesmo depois do fim do bolsonarismo, com a derrota de Jair Bolsonaro (PL) em 2022; essas fakes news são agora descontruídas pelos números das pesquisas.

E os números não mentem, jamais…

Em postagem com Lahésio, Mariana defende unidade da direita…

Respondendo a internautas em suas redes sociais, ex-candidata a prefeita de Imperatriz lembra que esteve com o candidato do Novo desde a pré-campanha de 2022

 

MARIANA COM LAHÉSIO. Ex-candidata prega unidade da direita horas depois de o ex-prefeito reafirmar candidatura em 2026

A ex-candidata a prefeita de Imperatriz e suplente de deputada federal Mariana Carvalho (PRB) postou neste domingo, 4, em suas redes sociais, imagem ao lado do pré-candidato do Novo a governador, Lahésio Bonfim.

Respondendo na enquete que ela chama de “Caixinha de Domingo”, ela ressaltou sua relação com Lahésio, disse que esteve junto com ele desde 2022 e defendeu a unidade da direita nas eleições de 20216.

“Quem me conhece sabe que em 2022, desde a pré-campanha caminhei e apoiei o Lahésio Bonfim para o Governo do Estado. Em 2026 teremos a oportunidade de tirar o nosso estado das mãos da esquerda com a união de todas s forças da direita”, declarou.

  • na semana passada, Mariana postou foto também com o prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD);
  • na opinião da suplente de deputada, Braide tem o mesmo pensamento de união das direitas no estado.

Único candidato já lançado pelo próprio partido, Lahésio Bonfim defendeu a unidade da direita em postagem nas redes sociais há três semanas, o que levou boa parte da mídia a especular uma união dele com Braide; neste fim de semana, no entanto, o ex-prefeito deixou claro que é candidato a governador.

A aparição, horas depois, ao lado de Mariana Carvalho – em uma postagem dela própria – reforça a ideia de que ele é quem deve liderar a direita.

Pelo menos no interior maranhense…

Alguma dúvida sobre o destino do recado de Brandão?!?

Não há nenhuma outra liderança política a quem o governador possa escolher entregar o governo a não ser ao seu vice, Felipe Camarão

 

CRISTALINO COMO ÁGUA. Em nenhuma outra fala sobre a sucessão, Brandão foi mais claro do que esta

Análise da Notícia

Ao declarar neste domingo, 4, que não pretende entregar o governo a alguém que – dentre outras coisas – vá perseguir seus aliados, o governador Carlos Brandão (PSB) deu um recado direto ao seu vice-governador Felipe Camarão (PT) e, principalmente, ao padrinho de Camarão, ministro do STF Flávio Dino.

  • ora, Brandão só pode entregar o governo ao seu vice; a todos os demais precisa eleição antes.
  • se diz que não vai entregar o governo, então deixa claro que ficará até o final do mandato.

Leia atentamente o que disse o governador neste domingo, 4, em vídeo que ganhou as páginas de toda a blogosfera maranhense:

“Não vou entregar para quem não pode fazer um bom governo. Tem que ser alguém afinado com os nossos amigos. Não adianta entregar o governo para quem vai perseguir nossos aliados, para quem não sabe tocar o governo. Eu preciso entregar o governo para quem realmente saiba tocar e tirar do papel”.

Agora leia a parte final do post “O futuro de Brandão e o interesse de seus aliados…”. publicado neste blog Marco Aurélio d’Eça uma semana atrás, em 28 de março:

“Se o governador ficar no governo até o final, ele será perseguido; se decidir entregar para Felipe Camarão, mesmo assim será perseguido; até mesmo se lançar parentes de Dino ao Senado, ainda assim será perseguido. Em outras palavras, se Flávio Dino for o que os brandonistas dizem que ele é, não tem jeito: Brandão será perseguido de qualquer maneira. Ele só precisa escolher de que forma quer sofrer esta perseguição: com ou sem mandato?!?”, apontava o post.

CONFIANÇA NO GRUPO. Cercado pelos principais aliados, Brandão fez discurso duro sobre a entrega do governo em 2026

Se ainda há dúvidas quanto ao desejo de apoio de Brandão ao próprio sobrinho Orleans Brandão (MDB), não há mais nenhuma quanto ao desinteresse do governador em seu vice.

Cabe agora ao grupo de Felipe Camarão dizer o que será do vice-governador.

Ele será candidato com ou sem Brandão na chapa?!?

Com a palavra os dinistas e o PT…

Roberto Rocha anuncia início de sua pré-campanha…

Embora ainda não definido quanto à candidatura que pretende disputar em 2026, ex-senador diz em suas redes sociais que vai começar a visitar suas obras e anuncias novas

 

AÇÕES PELO MARANHÃO. Roberto Rocha garante ter diversas obras a ser implantadas ou em andamento no maranhão por força de seus projetos e ações

Em um domingo pródigo de notícias sobre a sucessão estadual – que culminou comum recado direto do governador Carlos Brandão (PSB) sobre o perfil do seu candidato – o ex-senador  Roberto Rocha (sem partido) também protagonizou informação importante de pré-campanha. 

“Após quase seis anos, retomo neste mês de maio minhas andanças pelo estado do Maranhão. Não quero falar de ninguém, quero apenas visitar minhas obras e anunciar novas, que estão sendo projetadas… Vou em todas as regiões do Maranhão, porque temos projetos e obras em todo estado”, anunciou Rocha em suas redes sociais.

  • o ex-senador aparece nas pesquisas como candidato, tanto a governador quanto a Senador;
  • Rocha afirma ser o único político maranhense com projeto para o Maranhão. (Leia aqui)

Senador eleito em 2014, Roberto Rocha praticamente desistiu da campanha pela reeleição em 2022, após a morte do filho; mesmo assim, ele superou a casa dos 1,2 milhão de votos.

“Na minha campanha nem eu nem minha família votamos em mim. Meu filho morreu durante a campanha. Foram mais votos que os candidatos a presidente. E só votos de oposição. Em raras exceções tive apoio político. 126 prefeitos participavam da minha coligação, 120 largaram para apoiar meu oponente, o Flávio Dino. Eu sei a razão, mas não é o caso de tratar disso agora”, declarou Roberto, em maio de 2024, no post “Roberto Rocha quer disputar governo ou Senado em 2026…”. 

Nesta nova etapa de campanha, o ex-senador pretende visitar todos os municípios do Maranhão onde tenha obra em andamento ou a ser implantada com projetos de sua autoria.

E vai começar por Timon e Caxias…

Lahésio reafirma candidatura: “desistir é coisa de covarde”…

Com mais de 20% de intenções de votos em todas as pesquisas, ex-prefeito de São Pedro dos Crentes marcou posição em mais um evento de pré-campanha, em Timon

 

OUVINDO O DOUTOR. Lideranças do Novo de todo o Maranhão lotaram o espaço em Timon para acompanhar Lahésio Bonfim

 

O pré-candidato do partido Novo a governador, Dr. Lahésio Bonfim, encerrou neste sábado, 3, todas as especulações contra sua candidatura, ao reafirmar, em evento de campanha em Timon, que pretende mesmo disputar as eleições de 2026.

“Desistir é coisa de covarde. Nós não desistimos do Maranhão nunca”, disse Lahésio, em, entrevista ao Chumbo Grosso, durante o evento, que reuniu aliados políticos e lideranças do Novo em todo o Maranhão.

REAFIRMANDO CANDIDATURA. Candidato do Novo disse que está pronto para mais uma disputa majoritária no Maranhão

Recentemente, uma outra entrevista do ex-candidato a governador levou a imprensa, equivocadamente – incluindo este blog Marco  Aurélio d’Eça – a interpretar sua fala como a admissão de uma possível aliança com o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), o que nem foi cogitado pelo candidato do Novo.

  • na ocasião, Lahésio disse que, apesar de se ver como a melhor opção, poderia abrir mão em favor da unidade da direita; 
  • mas o próprio ex-prefeito de São Pedro dos Crentes já havia afirmado que não vê Braide como um homem de direita.

“Desmerecer o que nós fizemos aqui, desmerecer a nossa pré-campanha, é desmerecer o povo do Maranhão”, declarou o candidato.

Lahésio tem índices que giram em torno de 20% a 25% das intenções de votos, segundo as pesquisas, praticamente mantendo a votação que quase o levou ao segundo turno nas eleições de 2022.

Sua performance mostra força do seu recall eleitoral.

Que pode ser decisivo em 2026…

Flávio Dino versus Silas Malafaia…

Enfrentamento do deputado federal Sóstenes Cavalcante – que peitou o ministro ao negar-se dar informações sobre emendas – segue a dinâmica do seu tutor, que é pastor evangélico, espécie de empresário da fé

 

GUERRA SANTA. Flávio Dino comprou briga com deputado que tem Silas Malafaia como espécie de tutor

O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) resolveu peitar o ministro do Supremo tribunal federal Flávio Dino ao recursar-se dar informações sobre emendas parlamentares.

  • Cavalcante é uma espécie de alter ego do pastor-empresário Silas Malafaia;
  • extremista de direita, ele também pé ligado ao ex-deputado Eduardo Cunha.

“Na qualidade de deputado federal e líder do Partido Liberal (PL), amparado no disposto no art. 53 da Constituição Federal, consigno que fico eximido de apresentar quaisquer explicações sobre o conteúdo da referida entrevista, concedida exclusivamente no âmbito do exercício do mandato parlamentar”, respondeu o parlamentar ao ministro.

Flávio Dino havia dado prazo para Sóstenes Cavalcante explicar a ameaça de romper acordo sobre distribuição de emendas de comissão. 

O próprio Silas Malafaia gravou vídeo em suas redes sociais dizendo ser a resposta do deputado:

“O deputado Sóstenes, que é macho, dá a resposta e diz ‘não devo satisfação”‘, afirmou o pastor. (Veja aqui)

Dino apenas lembrou que a imunidade parlamentar não abrange o que Sóstenes argumentou.

Sobre Malafaia, o ministro silenciou…

Futuro do governador ainda divide a família Brandão…

Um lado dos parentes defende a renúncia em abril de 2026 para concorrer ao Senado; outra parte quer a permanência do governador no cargo e no comando da sucessão estadual

 

OS IRMÃSO BRANDÃO. Do lado esquerdo Zé Henrique; do direito, Marcus Brandão; influência direta sobre o governador

Faltando menos de um ano para que o governador Carlos Brandão (PSB) decida se deixa ou não o governo para concorrer ao Senado nas eleições de 2026, o assunto ainda divide seus familiares; este blog Marco Aurélio d’Eça apurou que, no atual momento, há duas posições distintas na parentela brandonista, liderados pelos dois irmãos:

  • o irmão do meio, José Henrique, hoje defende a saída do govenador;
  • mas o caçula Marcus Brandão ainda mostra resistência a esta ideia.

Nas últimas semanas, os irmãos têm conversado mais sobre o assunto, sobretudo após avanço do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), que caminha para se consolidar como favorito nas eleições de 2026.

2026 EM 2026. Governador  discursou no interior sobre a sucessão estadual

Talvez até por isso o governador decidiu falar sobre o tema no interior maranhense nesta sexta-feira, 2, como mostrou o portal Marrapá.

“O povo não tá querendo saber de eleição agora. Eleição é em 26”, afirmou Brandão, para opinar: “A gente precisa eleger alguém que dê continuidade ao nosso trabalho. O Maranhão não pode retroceder, tem que continuar avançando”.

Político de posições firmes, Zé Henrique Brandão busca, ao mesmo tempo, conciliação em suas relações; é diferente do irmão caçula, Marcus, mais duro na relação política.

A posição de cada um dos irmãos também aglutina em torno deles os políticos mais alinhados à cada projeto brandonista:

  • os que pregam a permanência do governador no cargo se aglutinam em torno de Marcus;
  • já os que acham que está passando da hora de anunciar o futuro, são próximos a Henrique.

Independentemente da posição de cada irmão, a história vai passando na frente do governador; e chegará um momento em que a opinião de cada um dos Brandão já não terá importância.

Por que depois da hora, já passou da hora…

Weverton é o preferido entre eleitores de Lula na Grande São Luís, diz Prever…

Na comparação com os também pré-candidatos lulistas Carlos Brandão e André Fufuca, senador pedetista é citado como opção pela maioria do eleitorado do presidente da República

 

LULISTAS RECONHECEM o senador Weverton Rocha como candidato mais identificado com o presidente da República

Líder na maioria dos cenários na disputa pelo Senado em 2026, o atual senador Weverton Rocha (PDT) é também o preferido quando ao eleitorado é dada a informação de que ele “é apoiado pelo presidente Lula (PT)”.

  • neste quesito específico, o pedetista tem índices entre 26,7% e 33%, dependendo do cenário;
  • também na base do governo Lula, Carlos Brandão (PSB) tem entre 24,5% e 29,5% entre lulistas;
  • o ministro dos Esportes André Fufuca (PP) aparece com 17% nos dois cenários da pesquisa Prever; 
  • a senadora Eliziane Gama (PSD) não foi incluída nestes cenários específicos do levantamento Prever.

 

No estudo encomendado pelo deputado estadual Dr. Yglésio Moyses (PRTB), o Instituto Prever montou dois cenários nos quais quis saber a influência do presidente Lula e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entre os eleitores da região metropolitana.

RELAÇÃO HISTÓRICA. Weverton é próximo de Lula desde os tempos de movimento estudantil e sempre esteve na base do presidente

Ao eleitor foi pedido que ele se manifestasse sobre as opções para o Senado em dois cenários:

  • no primeiro cenário, foi pedida a manifestação de voto em Dr. Yglésio e no ex-senador Roberto Rocha caso “apoiados por Bolsonaro”; (Veja quadro)
  • na relação dos “apoiados por Lula” foram listados o senador Weverton Rocha, o governador Carlos Brandão e o ministro  André Fufuca.

Entre os bolsonaristas, Yglésio e Roberto Rocha aparecem tecnicamente empatados, com 14,9% e 17%, respectivamente; quando Rocha é retirado do cenário, Yglésio vai a 20,5% em caso de apoiamento do ex-presidente.

Entre os lulistas, é pouco provável que os quatro pré-candidatos ligados ao ex-presidente – incluindo Eliziane Gama, que não foi incluída no levantamento – saiam todos candidatos, afinal são apenas duas vagas na eventual chapa; a menos que alguns decidam buscar chapas alternativas.

Mas esta é uma outra história…

Fernando Braide e Wellington do Curso podem concorrer normalmente em 2026….

Mesmo com a decisão do ministro André Mendonça, de confirmar a anulação do votos do PSC nas eleições de 2022 – o que resultará na perda dos seus mandatos – parlamentares mantêm direitos políticos preservados

 

PRONTOS PARA 2026. Wellington e Fernando Braide podem ter os votos anulados, mas disputarão normalmente as eleições do ano que vem

A decisão do ministro André Mendonça, do Tribunal Superior Eleitoral, que confirmou a anulação dos votos do PSC nas eleições para deputado estadual de 2022, gerou um forte debate nas redes sociais e grupos de WhatsApp sobre o risco de inelegibilidade dos deputados Fernando Braide (PSD) e Wellington do Curso (Novo).

Para esclarecer o assunto este blog Marco Aurélio d’Eça consultou advogados especialistas em Direito Eleitoral e professores do Curso de Direito: a resposta básica foi: “Braide e Wellington – apesar de perder os mandatos em consequência da anulação dos votos do partido – poderão concorrer normalmente às eleições de 2026.”

  • o primeiro ponto favorável aos parlamentares é que a decisão de Mendonça nem trata de inelegibilidade;
  • um segundo ponto, mais interpretativo: a decisão não é de cassação dos mandatos, mas de anulação de votos.

Nas conversas com os advogados – que pediram preservação dos nomes nesta questão específica – até surgiu o texto da Súmula nº 73, que ordenou as causas e consequências no julgamento dos processos por fraude em cota de gênero; essa súmula prevê a inelegibilidade como consequência do julgamento.

O texto do TSE diz claramente:

“O reconhecimento do ilícito acarretará as seguintes consequências:

  • (…)
  • inelegibilidade daqueles que praticaram ou anuíram com a conduta, nas hipóteses de Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE);
  • (…)”.

Mas, segundo os advogados, esta regra não pode ser aplicada ao caso do PSC, por que o julgamento do partido iniciou-se antes da edição da Súmula nº 73 – e a lei não retroage para prejudicar.

Fernando Braide e Wellington do  Curso ainda têm direitos a embargos no próprio TSE e podem recorrer até mesmo ao Supremo Tribunal Federal, alegando tratar-se de matéria constitucional.

Até lá, seguirão normalmente no exercício do mandato.

E já preparando a campanha de 2026…