As imagens abaixo são recordações compiladas da Internet para lembrar os colóquios entre o governador Flávio Dino e o presidente do PSDB, Aécio Neves, que estiveram juntos nas eleições de 2014 e caminham para continuar em 2018
Pelo menos dois partidos já entraram com pedido de cassação do mandato do senador Aécio Neves no Senado.
Rede Sustentabilidade e PSOL entendem que Aécio quebrou o decoro ao negociar – e receber – propina com o dono do Frigorífico JBS, Joesley Batista.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) disse que o pedido de cassação se apoia em três crimes: corrupção ativa, lavagem de dinheiro e obstrução da Justiça.
Em meio aos torpedos que atingem o seu derredor, e mesmo o seu núcleo central, o governador Flávio Dino (PCdoB) já começa a conviver com uma questão difícil para sua gestão: diante de tanta confusão envolvendo a si e aos seus, ainda é possível a governabilidade para o governador comunista?
São dezenas de escandalozinhos, escândalos e escandalões a marcar seu mandato. E cada vez mais ele parece mais preocupado com as coisas que os cerca do que com o governo propriamente dito.
Dino tem que explicar, por exemplo, a história da suposta propina de R$ 200 mil que um diretor da Odebrecht diz ter pago a ele na campanha de 2010. Também precisa explicar de que forma soube que sua acusação na operação Lava Jato referia-se exatamente à compra de apoio a um projeto específico de interesse da Odebrecht.
Além disso, o governador comunista agora está às voltas com a prisão, em São Luís, de um advogado com o qual mantinha estreita relação.
Se se incluir na lista as questões do aluguel camarada, dos gastos exorbitantes com jatinhos e helicópteros, do rompimento com aliados do naipe de Dedé Macedo e as pressões que sofrem para declarar apoio aos pré-candidatos a senador, a pergunta sobre a governabilidade torna-se cada vez mais significativa.
E essa governabilidade pode ser vista na falta de estrutura nas estradas, no abandono do setor de saúde e na falta de ações de desenvolvimento do governo. Afinal, Dino está às voltas com outras questões.
Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão
O deputado estadual Sousa Neto (PROS) fez uma grave denúncia nesta quinta-feira, 11, em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa.
De acordo com o parlamentar, há um esquema instalado no governo Flávio Dino para favorecer empresas e organizações não-governamentais (ONGs) ligadas ao PCdoB.
– É um dos maiores escândalos desse Governo. Isso é gravíssimo, PCdoB trazendo os camaradas para cá, mesmo como uma instituição que não tem nenhuma inidoneidade para trabalhar aqui. Uma verdadeira máfia que estamos denunciando nesta Casa – questionou o parlamentar.
Pelo menos duas delas, a Fundação Professor Carlos Augusto Bittencourt (Funcab) e o Instituto Brasileiro de Apoio e Desenvolvimento Executivo (Ibade), estão envolvidas.
A Funcab é alvo de denúncias, ações e processos judiciais nos Tribunais de Contas, Polícia Civil e Ministérios Públicos Estaduais e no Ministério Público Federal dos estados da Bahia, Acre, Goiás, Tocantins, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Sergipe.
As investigações vão desde fraudes e irregularidades em concursos e seletivos, contratos sob suspeitas, favorecimento de aprovados, entre outros crimes.
– Com tantos escândalos e denúncias, depois da Funcab aplicar provas no concurso da Saúde com quase 8 mil vagas, depois de fazer provas para Agentes Penitenciários, sob irregularidades, ela simplesmente fecha as portas em todo o Brasil, e passa a operar com o Ibade. As duas mantêm contrato com este Governo, por dispensa de licitação, e já fizeram dois seletivos para a Saúde, no Maranhão – afirmou.
A Funcab está entre as beneficiárias do Ministério dos Esportes, na época, comandando pelo comunista Orlando Silva. Segundo denúncias de ‘O Globo’, Ricardo Capelli, ex-presidente da UNE, candidato a vereador, também pelo Partido Comunista, no Rio de Janeiro, teria usado a ONG para fins eleitoreiros, por meio do Programa Segundo Tempo.
– Essa Funcab trabalhava para o ministro Orlando Silva do PCdoB, e foi denunciada como uso eleitoreiro do Ministério do Esportes, de onde recebeu o valor de R$ 2.599.034,83 de convênio pelo Programa Segundo Tempo – revelou.
Sousa Neto afirmou que solicitará ao Ministério Público que investigue as denúncias, e que se manifeste sobre o caso dos candidatos a agente penitenciário.
Ele já enviou ofício às secretarias de Gestão e Previdência (SEGEP) e de Saúde (SES), e a EMSERH, pedindo informações sobre todos os contratos celebrados com a Funcab e o Ibade no Maranhão.
Supremo Tribunal Federal decidiu que o STJ não precisa mais pedir autorização das Assembleias Legislativas para processar governadores em ações penais; decisão deixa o governador maranhense sem a proteção dos seus deputados estaduais, caso seja mesmo denunciado por recebimento de caixa 2 da Construtora Odebrecht, conforme citação da Operação Lava Jato
Desde o início do mandato de Flávio Dino (PCdoB) pelo menos três membros do governo ligados ao comunismo (lembra de Simone Limeira?) foram flagrados em prática de corrupção.
Mas eles também se envolvem em crimes outros, como Danilo dos Santos Silva, ex-adjunto da Secretaria de Administração Penitenciária preso na Operação Turing por corrupção no exercício do cargo. (Relembre aqui)
Além dele, o vice-presidente do PCdoB de Timon foi preso sob acusação de estupro. (Releia aqui)
Na seara eleitoral, o partido que chegou ao poder no Maranhão como esperança da mudança tem o maior número de prefeitos envolvidos em crimes para se eleger.
São prefeitos eleitos em 2016 com práticas criminosas investigadas pela Justiça Eleitoral; dos 67 com processos no TRE, nada menos que 23 pertencem ao partido do governador Flávio Dino, segundo levantamento do blog do Diego Emir. (Leia aqui)
Só para lembrar: o PCdoB elegeu 46 prefeitos em 2016. Ou seja: metade deles está denunciada.
Os dinistas e comunistas podem argumentar que é natural que partidos tenham membros investigados por uma ou outra questão.
Mas fica a pergunta: o PCdoB não seria diferente?!?
Ah, se só para não esquecer: o próprio governador comunista Flávio Dino também foi denunciado por corrupção na Operação Lava Jato…
O vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, voltou a comparar o caixa 2 eleitoral à corrupção e pregou punições mais severas contra a prática.
Nicolao é irmão do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), delatado na Operação Lava Jato por ter recebido R$ 200 mil em Caixa 2, na campanha de 2010.
Pelo raciocínio do irmão procurador, Flávio Dino está “na antessala da corrupção”.
– O caixa dois favorece em muito o abuso de poder econômico e as práticas de corrupção eleitoral. E pode escamotear uma relação de troca de favores. É destinação a uma campanha mas, na realidade, se trata de uma retribuição por favor já feito ou a ser feito – disse Nicolao Dino, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
O irmão do governador maranhense propõe regras claras para evitar a corrupção eleitoral…
O governador Flávio Dino (PCdoB) tem declarado que, na operação Lava Jato, há contra ele apenas “uma mera declaração de um delator”.
É sua tentativa de minimizar a acusação de recebimento de Caixa 2 da construtora Odebrecht.
Mas a Procuradoria-Geral da República tem contra Dino muito mais do que meras declarações de delatores. Há, por exemplo, registros de telefonemas e até viagens feitas por Dino e pelos delatores para atender aos interesses da construtora.
O inquérito contra o governador Flávio Dino é chamado de “Campanha Flávio Dino”.
Além do depoimento de José de Carvalho Filho, que declarou ter negociado com Dino pagamento de R$ 400 mil pelo seu empenho na aprovação de um projeto de interesse da Odebrecht, há registros de telefonemas, viagens e outros documentos contra o governador.
Todos os dados estão catalogados na “Manifestação 52196/2017-GTLJ/PGR”.
Chama atenção no calhamaço o registro de uma viagem de Flávio Dino a Alcântara, logo no início de seu governo, vista anunciada como redenção na própria página do governo. (Leia aqui)
Em Alcântara funcionava uma empresa binacional de tecnologia espacial – cooperação entre Brasil e Ucrânia – que a Odebrecht tinha interesse.
Mas esta é uma outra história…
O governador Flávio Dino (PCdoB) foi descoberto como recebedor de caixa 2 da Construtora Odebrecht na última terça-feira, 11, quando o Supremo Tribunal Federal levou o conteúdo das delações premiadas da Lava Jato.
São oito dias de impacto na mídia maranhense.
Mas nenhuma pesquisa – embora algumas já tenham sido divulgadas nos últimos dias – mediu esse impacto na imagem do comunista.
Na segunda-feira, 17, alguns blogs divulgaram levantamento do Instituto Perfil, que aponta um empate técnico entre Flávio Dino (31%) e a ex-governadora Roseana Sarney, do PMDB (27%) na disputa pelo governo.
Essa pesquisa foi realizada entre os dias 4 e 10 de abril; um dia antes, portanto, da divulgação da Lava Jato. (Saiba mais aqui)
Nesta terça-feira, 18, outro levantamento foi divulgado, mas desta vez pelo próprio Palácio dos Leões. São números do Instituto Exata, contratado pelo próprio governo Flávio Dino, que aponta o comunista com 59% de intenção de votos, contra 26% de Roseana.
Mas esta pesquisa foi feita entre os dias 23 e 26 de março, quase 15 dias antes da delação da Lava Jato. (Leia aqui)
Flávio Dino continua na mídia sobre o impacto da delação da Lava Jato.
Mas ainda não há para dizer qual a força desse impacto na imagem do governador.
Simplesmente porque não há pesquisas sobre o assunto…