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Avanço da oposição incomoda Flávio Dino em Timon e Imperatriz…

Estratégia do governo de usar o velho chavão de “sarneysista” aos que ameaçarem seu projeto de poder tem se mostrado ineficaz

 

Alexandre Almeida, em Timon: taxá-lo de "sarneysista" tem pouca importância na disputa...

Alexandre Almeida, em Timon: taxá-lo de “sarneysista” tem pouca importância na disputa…

Duas notícias dando conta de ações da oposição nos municípios de Timon e Imperatriz deixaram em pânico o governador Flávio Dino (PCdoB) e os partidos aliados ao seu governo.

Em Timon, pesquisa mostrou o deputado estadual Alexandre Almeida (PSD) bem à frente do prefeito Luciano Leitoa (PSB); Em Imperatriz, o PMDB oficializou a pré-candidatura do delegado Assis Ramos. (Leia aqui)

O problema é que a resposta dos aliados de Flávio Dino se mostra tão equivocada quanto suas articulações para o pleito: taxar os dois adversários de “sarneysistas”, para tentar tirar-lhe votos, não tem funcionado em nenhum dos colégios eleitorais maranhenses.

Esta estratégia até funcionou quando Dino era oposição e os sarneysistas governo; mas, hoje, a situação se inverteu e usar o mesmo argumento demonstra apenas insegurança quanto à própria capacidade política.

Asiss Ramos no PMDB, ao lado de João Alberto e João Marcelo; precisa dizer mais?

Asiss Ramos no PMDB, ao lado de João Alberto e João Marcelo; precisa dizer mais?

O que tem levado riscos de derrota para o governo é, na verdade, a divisão na própria base governista.

O PCdoB, partido do próprio governador, por exemplo, não abre mão de ter candidato próprio em Imperatriz, o que divide a própria base. Naquele município, hoje administrado pelo PSDB, a candidatura governista mais forte é a de Rosângela Curado, do PDT, antipatizada pelo governo.

Em Timon, o problema é mesmo de gestão.

Luciano Leitoa não conseguiu mostrar à população capacidade para administrar a cidade; e Alexandre Almeida representa hoje, exatamente, a renovação que a população espera.

O governo precisa unificar sua base se quiser vencer nos principais colégios eleitorais.

E taxar adversários de “sarneysistas” apenas mostra a fragilidade de sua articulação…

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Todos juntos…

Na nova articulação dos partidos oposicionistas no Maranhão, a ideia é buscar a unificação dos discurso; e quem sabe um projeto conjunto de alternativa de poder

 

João Alberto, Paulinha, Lobão e Roseana são opções claras para qualquer disputa

João Alberto, Paulinha, Lobão e Roseana são opções claras para qualquer disputa

Embora tenha aparentado – e ainda aparente – uma desgastante autofagia nos últimos meses, o PMDB maranhense já trabalha um projeto de reunificação de sua base política.

E esta reunificação inclui também um realinhamento com os partidos aliados, que ficaram á deriva – muitos acéfalos, inclusive – desde o fim das eleições de 2014.

Rose Sales é hoje a principal opção para uma coligação de peso na capital

Rose Sales é hoje a principal opção para uma coligação de peso na capital

Este projeto inclui a eleição de 2016, em que PMDB, PV, PSD, DEM e outros pequenos partidos podem ter uma agenda comum.

Nomes já há neste grupo capazes de capitanear candidatura fora da órbita do governador Flávio Dino (PCdoB) e longe da oposição que  formar em sua base.

Com João Alberto e  Roberto Costa, Fábio tem potencial de crescimento

Com João Alberto e Roberto Costa, Fábio tem potencial de crescimento

Ricardo Murad (PMDB), Rose Sales (PV), Gastão Vieira (Pros), Fábio Câmara (PMDB), Roseana Sarney (PMDB), Paulinha Lobão (PMDB), e Edinho Lobão (PMDB) são algumas das lideranças prontas para este projeto.

O assunto ainda está nos bastidores das legendas, mas pode ganhar força na virada do ano.

É aguardar e conferir…

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Holandinha bem mais próximo dos Sarney do que Eliziane…

Enquanto a deputada federal é patrulhada por aliados em suas tentativas de aliança, o prefeito fica livre para negociar o palanque de 2016 da forma que quiser; e com quem quiser…

 

Edivaldo Júnior feliz da ida com possibilidades irrestritas de alianças

Edivaldo Júnior feliz da ida com possibilidades irrestritas de alianças

O prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior (PTC) praticamente já tem certo o PMDB em seu palanque de 2016 – a menos que o partido decida lançar a ex-governadora Roseana Sarney como candidata.

Holandinha deve também abrir espaços em sua gestão para o DEM, o que garantirá a legenda na coligação. E já tem o apoio, mesmo que ainda informal, do PTB, do PV e do PSD.

São todos partidos que os próprios aliados de Edivaldo rotulam de pertencentes ao chamado grupo Sarney no Maranhão.

Mas ninguém – nem blogs, nem jornais, nem rádios, nem políticos – aponta Holandinha como sarneysista.

Temendo a patrulha comunista, Eliziane restringe o diálogo e vai ficando isolada

Temendo a patrulha comunista, Eliziane restringe o diálogo e vai ficando isolada

Por outro lado, a deputada Eliziane Gama (PPS) sofre uma patrulha intensa dos próprios aliados por que tenta negociar alianças com estes mesmos partidos.

Basta que a parlamentar abra conversas com qualquer uma das legendas ditas sarneysistas para que seja taxada de sarneysista. E pra se justificar, equivocadamente, ela passa a criticar os Sarney, gerando antipatia nos próprios sarneysistas.

A estratégia de demonizar alianças eleitorais é pensada no Palácio dos Leões, principal fiador da reeleição do prefeito de São Luís.

Para o governo, Edivaldo pode tudo, mas Eliziane não.

Amarrada a conceitos dogmáticos, a deputada vai perdendo a batalha das alianças por que não consegue driblar a covardia dos aliados.

E deixa Holandinha bem mais perto do grupo Sarney do que ela, garantindo ainda mais estrutura partidária para 2016.

E com as bênçãos de Flávio Dino…

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Ricardo Murad toma posição…

“O esvaziamento do partido, com a saída de grandes e importantes quadros […], se deve à insatisfação de todos pela maneira como o PMDB vem sendo dirigido no Estado”

Do ex-secretário de Saúde, após a crise envolvendo os deputados Roberto Costa, Andrea Murad e Sousa Neto na Assembleia Legislativa

 

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É preciso compreender o momento…

Com a aposentadoria do senador José Sarney e da ex-governadora Roseana Sarney, o grupo político que ambos lideravam no estado foi extinto. E só com a compreensão desta sentença, governistas e oposicionistas – atuais e futuros – poderão seguir em frente

 

Editorial

 

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Sarney e Roseana: distantes da política

O debate público travado entre a deputada eleita Andrea Murad e o líder do bloco Pelo Maranhão na Assembleia Legislativa, deputado Roberto Costa (ambos do PMDB), mobilizou lideranças peemedebistas e deputados de outras legendas – e até do grupo que ora chega ao poder.

Mas o debate, em si, apenas encerra uma sentença: o grupo Sarney, continuará a existir como ideologia política ou conceito, mas não como agrupamento. Este, encerrou-se com a aposentadoria do senador José Sarney e da governadora Roseana Sarney.

E isso antes mesmo do início da campanha eleitoral.

O que Costa e Andrea fazem agora, é tentar ocupar um vácuo, que outras lideranças ou candidatos a liderança deveriam também estar fazendo.

Manter a ideia de sarneysismo viva – ou ressentir-se da falta de liderança no grupo que o senador e ex-presidente comandou nas últimas décadas – é jogar a própria responsabilidade para o passado.

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O espaço vazio sempre será ocupado

E isso vale tanto para o grupo do próprio senador quanto para aquele liderado pelo governador eleito Flávio Dino (PCdoB).

Não há mais grupo Sarney.

O que há, ou está prestes a existir, é um novo governo, que inaugurará um novo ciclo. E este novo ciclo terá não só Dino como liderança, mas muitos outros que apostaram em sua ascensão e saberão esperar o momento.

Mas há também a necessidade de oposição, condição precípua para a existência de um governo. E aqueles que perceberem a importância de ser oposição – e sobreviver a ela – também terão lugar no futuro panteão.

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Na política, o rei sempre estará de pé

É um erro de Flávio Dino continuar a invocar o sarneysismo como um espectro a rondar o seu futuro governo. Também é um erro dos ex-sarneysistas ressentirem-se da ausência de liderança quando, na verdade, o que há é um vácuo de poder, pronto a ser ocupado.

Em política não há espaços vazios.

O que Roberto Costa e Andrea Murad fazem, com absoluta maestria, é tentar ocupar os espaços mais próximos de si.

Reclamar ou ressentir-se, de nada adiantará.

Por que a história segue o seu rumo, agraciando aqueles que sabem acompanhá-la, no poder ou fora dele.

Mas ela também pune os que não sabem olhar pra frente.

É simples assim…

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O papel da futura oposição na Assembleia…

Os deputados estaduais Roberto Costa, Edilázio Júnior, Alexandre Almeida, Andrea Murad e Adriano Sarney falam do papel de oposicionistas na Assembleia

 

Política do Maranhão no pós-Sarney

Com a mãe, Roberto exibe diploma de futuro oposicionista

Deputados estaduais e federais eleitos, que ainda pertencem ao grupo governista, todos diplomados ontem pela Justiça Eleitoral, destacaram ontem o papel que terão na política maranhense a partir de fevereiro de 2015.

Eleito deputado estadual, Adriano Sarney (PV) afirmou que atuará numa linha de independência na Assembleia Legislativa e na fiscalização contínua das ações do Poder Executivo.

Não alinhado ao futuro Governo, ele disse que dedicará o seu mandato às causas sociais, mas sem se furtar de cobrar do governador eleito, a excelência na promoção de políticas públicas.

Edilázio Júnior (PV), reeleito deputado estadual, assegurou que irá cobrar do próximo gestor, o cumprimento das promessas que foram feitas no período da campanha eleitoral.

Política no maranhão no pós Sarney

A bela Andrea Murad vai estrear no parlamento como oposicionista

– Vamos fiscalizar o Governo do Estado, vamos fiscalizar o novo governador e policiar as promessas de campanha de forma responsável. Quando tiver que elogiar, elogiaremos, votaremos aquilo que for de interesse da população, mas permanecer vigilantes, para cobrar, assim como fez a oposição, de forma competente, diga-se de passagem, na atual legislatura – disse.

Andrea Murad (PMDB) afirmou que será os “olhos da população” no parlamento estadual.

– Vou representar a população do estado com muita coragem e determinação. Nosso compromisso é com o povo do Maranhão – destacou.

Alexandre Almeida (PTN) avaliou o seu desempenho na atual legislatura, e garantiu que continuará buscando legislar em prol do desenvolvimento do estado.

Roberto Costa (PMDB), também reeleito deputado estadual, também falou em cobrar do próximo gestor, as promessas feitas na campanha eleitoral.

Política no maranhão pós Sarney

Adriano Sarney também estreará na oposição

– Não vamos fazer, de forma alguma, oposição por oposição. Vamos cobrar as promessas de campanha e cobrar a tão falada mudança na gestão pública. Utilizaremos o nosso mandato para ser o porta-voz da população – concluiu.

Com reportagem  de Ronaldo Rocha

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A aposta eleitoral de José Reinaldo e Flávio Dino…

Enquanto José Reinaldo fica de um lado...

O ex-governador José Renaldo Tavares (PSB) não morre de amores por João Castelo (PSDB). Pelo contrário, tem mágoas profundas do prefeito.

Por isso, soou estranho quando Tavares decidiu anunciar aliança com Castelo já no primeiro turno das eleições municipais, quando todos o viam articulando o então “consórcio de candidatos” de Flávio Dino (PCdoB).

Mas a jogada do ex-governador tem uma lógica, combinada nos mínimos detalhes com o próprio Flávio Dino.

José Reinaldo não esconde de ninguém que aprendeu quase todas as táticas políticas com o senador José Sarney (PMDB), com quem conviveu por mais de 30 anos.

A jogada com Castelo é mais uma destas táticas que ele imagina ter aprendido com o ex-presidente. Com a adesão ao governo castelista, Tavares imagina ter blindado as duas alas da oposição ao grupo Sarney.

...Flávio Dino fica de outro, mas com o mesmo objetivo

Funciona assim, na cabeça da dupla: imagina o ex-governador que com sua presença no governo Castelo o grupo Sarney não teria como declarar apoio ao prefeito num eventual segundo turno.

E, como do outro lado – sendo Edivaldo Holanda (PTC) ou Tadeu Palácio o desafiante de Castelo  – Flávio Dino estará no palanque, os Sarney ficariam definitivamente fora da sucessão municipal.

Pura tolice de alguém que acha pensar mais que os outros.

O grupo Sarney tem um candidato – Washington Luiz (PT) – com estrutura, apoio partidário e cacife eleitoral que lhe dão amplas chances de chegar ao segundo turno.

Mas, se Washington não estiver, o grupo apoiará aquele queachar melhor para o grupo, seja Castelo, Tadeu Palácio ou Edivaldo Holanda.

E não será a presença de José Reinaldo – e muito menos a de Flávio Dino – que impedirá este apoio…

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Edivaldo Júnior agrada a Flávio Dino e ao grupo Sarney…

Edivaldo Júnior: preferido de Flávio Dino e sem vetos no grupo Sarney

No final da primeira semana de março, o titular deste blog recebeu telefonema do deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD), um dos líderes do governo Roseana Sarney (PMDB), para tratar, exclusivamente, das eleições municipais.

– Por que vocês insistem com outros candidatos da oposição ? – perguntou o parlamentar.

– Mas o que o senhor tem a ver com o candidato da oposição? – provocou o jornalista.

– O nome já está definido. Tem que ser Edivaldo Holanda, o menino! – concluiu Milhomem, na conversa que durou mais alguns minutos.

Na mesma semana, o grupo do ex-deputado Flávio Dino (PCdoB) havia recebido pesquisas qualitativas que apontavam um crescimento na candidatura de Tadeu Palácio (PP), levando-o à polarização com o prefeito João Castelo (PSDB).

Para contrapor o avanço palacista, o PCdoB começou a reunir aliados para focar no deputado Edivaldo Júnior (PTC) – e forçou, em reuniões na capital federal, a definição também do PDT, em apoio ao preferido de Flávio Dino.

Já na semana passada, o senador João Alberto de Souza (PMDB), também em conversa eleitoral com o titular do blog, definiu Holanda Júnior como “um bom nome para a disputa”.

A movimentação de sarneysistas e aliados de Flávio Dino mostra que o deputado federal pode ser a opção dos dois grupos numa disputa com Castelo.

Tadeu Palácio e Washington Oliveira (PT) terão que trabalhar dobrado se quiserem ter a mesma deferência…

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O futuro eleitoral incerto de Roberto Rocha…

Ele dificilmente terá a chancela do grupo formado por PP, PCdoB, PTC e PPS para ser o candidato a prefeito da ala dinista da oposição maranhense.

Também não está à vontade o bastante para buscar uma composição com PT e PMDB, partidos da base de sustentação da presidente Dilma Rousseff (PT).

É assim, com absoluta insegurança em relação ao futuro eleitoral, que o ex-deputado Roberto Rocha (PSB) se movimenta no tabuleiro da sucessão municipal.

O ex-parlamentar aceitou trocar o PSDB pelo PSB por que foi convencido pelo deputado federal Ribamar Alves de que seria candidato a prefeito de São Luís. Ocorre que Alves não tem o controle do partido, hoje dividido entre o apoio a Flávio Dino (PCdoB) e João Castelo (PSDB).

Além disso, Rocha enfrenta a desconfiança dos próprios dinistas, de que estaria fazendo o jogo dos Sarney na sucessão, como exploram diariamente os blogs, jornais e rádios atrelados ao dinismo e ao reinaldismo.

É com todos estes problemas que ele ainda participa do grupo formado por PP, PSB, PPS, PTC, PP e PCdoB.

Mas sem saber até onde irá esta história…

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Afinal, existe oposição no Maranhão?…

Do blog do Professsor Caio

Desde que passei a acompanhar a política maranhense, em 1994, observei que aqui existiam apenas dois seguimentos (sic) – sem nenhuma ideologia partidária -, os sarneysistas e os anti-sarneys.

Diante dessa posição, vi que os partidos e suas ideologias não tinham consistência política para buscar o ideal republicano e democrático, apenas um emaranhado de pessoas e legendas contra um grupo que dominou a política local, sem que tenham mostrado de fato que oposição se faz com questionamentos e críticas econômicas e sociais, mas não contra pessoas.

 O certo é que essa tal “oposição”, que na verdade é uma balburdia partidária, nunca conseguiu se unir em prol de seus intentos como oposicionistas, visto que se constitui numa quantidade de pessoas com pensamentos e idéias diferentes, cujo resultado é o que vemos em todas as eleições. Continue lendo aqui…