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Apoio a Brandão pode por fim ao que restou do grupo Sarney…

Remanescentes da antiga política, derrotada pelo governador Flávio Dino em 2014, estão, em sua maioria, alinhados ao projeto de poder do vice-governador tucano, que tem o “apoio pessoal” do mesmo Dino, agora lado a lado com eles

 

 

Com Brandão, boa parte da velha guarda sarneysista, liderada pelo deputado Arnaldo Melo: tradicionalismo histórico em busca de sobrevivência na atualidade

Ensaio

Remanescentes do antigo grupo Sarney tentam uma jogada de risco para se manter ativo na política maranhense a partir de 2022: o apoio ao vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

O apoio a Brandão é natural para a maioria dos ex-sarneysistas pela identificação do tucano com as práticas adotadas pelo grupo até 2014, quando foi derrotado pelo governador Flávio Dino (PCdoB).

De família tradicional da política do sertão maranhense, o próprio Brandão sempre esteve com os Sarney, até o rompimento do ex-governador José Reinaldo Tavares, de quem é fiel escudeiro.

Tanto que com ele estão outros ícones da velha política, como o ex-presidente da Assembleia Arnaldo Melo, os ex-prefeitos Luiz Fernando Silva e Socorro Waquim (ambos do MDB) e figuras controversas, como os ex-deputados Marcone Farias e Aderson Lago.

É uma questão de sobrevivência para os sarneysistas, uma vez que já não dão as cartas partidárias, hoje sob controle de jovens lideranças mais arrojadas, a maior parte alinhada ao projeto do senador Weverton Rocha (PDT).

Será, portanto, um choque de gerações nas eleições de 2022.

Mas a aposta em Brandão pode levar o que restou do grupo do ex-presidente da República a um fim definitivo.

Uma eventual derrota de Brandão representará para os remanescentes sarneysistas um triplo revés, já que perderam para Flávio Dino em 2014 e 2018 e podem perder ao seu lado em 2022.

Resultado prático da escolha de que lado estar na história…

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Grupo Sarney começa a se aproximar de Edivaldo Júnior…

Sem opções na oposição e entre os nomes da base do governo Flávio Dino – apesar dos acenos de Carlos Brandão – aliados da ex-governadora Roseana Sarney veem no ex-prefeito de São Luís uma forma de contrapor o projeto de poder representado pelo atual governador

 

Roseana já conversou com os membros do PV e do PSD sobre alianças em torno de Edivaldo Júnior, como forma de contrapor Flávio Dino

Os aliados da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) e os remanescentes do grupo Sarney começaram a ver na candidatura do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PSD), a opção para contrapor o projeto de poder capitaneado pelo governador  Flávio Dino (PSB).

Edivaldo já está, inclusive, filiado a um partido da base sarneysista; e seus operadores já se reuniram com Roseana.

Para os sarneysistas – que são assediados também pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB) – Edivaldo representa a melhor opção para contrapor Flávio Dino.

Na avaliação dos principais aliados de Roseana, a soma de suas intenções de votos com as de Edivaldo garantem, no mínimo, a presença do ex-prefeito no segundo turno; para os roseanistas, a alta rejeição da ex-governadora tende a ser reduzida pelo carisma do próprio Edivaldo.

Mas Carlos Brandão também começa a fazer gestões para ter em seu palanque a estrutura sarneysista e os cerca de 30% do eleitorado que o grupo detém.

Luiz Fernando opera em favor de Carlos Brandão entre os sarneysistas; e já levou o ex-marqueteiro de Roseana para a campanha do vice-governador

Com Brandão já estão remanescentes de peso do grupo Sarney, como o secretário Luiz Fernando Silva, o ex-presidente da Assembleia Arnaldo Melo (MDB), o deputado federal Gastão Vieira (PROS), e o ex-secretário de Comunicação de São Luís, Joaquim Haickel, além de vários outros deputados estaduais e prefeitos.

Mas Haickel chegou a publicar artigo, neste fim de semana, em que acena para esta aliança sarneysista em torno do ex-prefeito de São Luís.

O marqueteiro da campanha de Brandão é o jornalista Sérgio Macedo, ex-secretário de Roseana e ex-superintendente do Grupo Mirante.

Mesmo assim, expoentes do PSD, do MDB e do PV entendem que a maior parte do grupo estará mesmo no palanque de Edivaldo Júnior,

Por entender que esta é a melhor opção de sobrevivência do grupo…

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José Reinaldo quer reaproximar Brandão da velha guarda sarneysista

Ex-governador sabe que não terá a base do governo Flávio Dino na campanha do vice-governador; e tem usado a aproximação com o comunista para acenar a deputados, ex-deputados, prefeitos e ex-prefeitos de sua geração, como João Alberto, Hildo Rocha, Arnaldo Melo, Tatá Milhomem, Aderson Lago e Marcone Farias

 

A missão de José Reinaldo é criar uma base partidária para Brandão; como a de Dino está com a juventude, saída é buscar velha guarda, mas identificada com o vice

O vice-governador Carlos Brandão (PSDB) já sabe que não terá o apoio da base do governador Flávio Dino (PCdoB), formada em sua maioria por jovens deputados, prefeitos e vereadores, com dinâmica política diferente da sua.

Este grupo, que tem hoje o controle dos principais partidos no estado, se alinha ao projeto do senador Weverton Rocha (PDT) ou ao do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL); e deve influenciar diretamente a decisão de Dino sobre o candidato da base.

Foi o próprio Flávio Dino quem disse que iria ouvir os “14 ou 15 partidos da base” para decidir sobre candidaturas em 2022.

Brandão tem dificuldade de se aproximar da ala mais jovem dos aliados de Dino por que é, ele próprio, um político de outra geração. (Entenda aqui,  aqui e também aqui)

Para tentar fazer contraponto a esta força, o ex-governador José Reinaldo Tavares entrou em cena, para reaproximar antigas lideranças do chamado grupo Sarney – e a velha guarda da política sarneysista ainda em atividade – com os quais o próprio Brandão conviveu durante décadas.

Por isso buscou a reaproximação entre Flávio Dino e o ex-governador José Reinaldo Tavares.

O vice-governador já conversou com o ex-senador João Alberto, com o ex-secretário Ricardo Murad e já tentou, inclusive, aproximação com a ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Ele conta também com políticos da velha guarda sarneysista ainda em atividade, como os deputados Hildo Rocha (MDB), César Pires (PV) e Arnaldo Melo (MDB).

A todos, garante espaço de poder assim que assumir o governo, em abril de 2022.

José Reinaldo trabalha não apenas em aproximar Brandão de sarneysistas, mas busca também seus próprios aliados das antigas, como os ex-deputados Sebastião Madeira, Jaime Santana, Marcone Farias e Aderson Lago.

O próprio Brandão sempre foi mais próximo desses políticos, uma vez que fez parte do grupo Sarney durante anos.

E é com este pessoal que quer governar e viabilizar sua candidatura ao governo…

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Eleições 2020 marcam fim do ciclo sarneysista no Maranhão

Conceito de grupo político criado a partir da ascensão do ex-presidente José Sarney ao governo do Maranhão, em 1966, é encerrado neste processo eleitoral em que, pela primeira vez em 50 anos, não há uma candidatura que envergue oficialmente seus postulados

 

José Sarney ao tomar posse no governo, em 1966; ciclo que durou 50 anos chega oficialmente ao fim nestas eleições de 2020

Ensaio

As eleições de 2020 em São Luís vão encerrar, oficialmente, o ciclo do chamado “grupo Sarney” na história política do Maranhão.

Pela primeira vez em 50 anos, nenhum dos candidatos a prefeito enverga qualquer relação oficial com o conceito de grupo criado a partir da ascensão do ex-presidente ao poder, em 1966.

Nem mesmo o neto de José Sarney, o deputado estadual Adriano Sarney – que tem postura absolutamente independente em relação ao legado da família – pode ser apontado como sarneysista.

Outro aspecto que demonstra o fim do ciclo sarneysista é o espalhamento de seus antigos membros por diversas candidaturas, tanto da oposição quanto da base do governo Flávio Dino (PCdoB).

Historicamente, o início do fim do sarneysismo pode ser apontado em 1994, com a chegada de Roseana Sarney ao governo, o que iniciou a era chamada roseanismo.

Desde então, começou um ciclo de decadência sarneysista – no conceito de grupo – que culminou com a derrota em 2014, para o atual governador Flávio Dino.

Adriano e Roseana são representantes de duas gerações do legado sarneysista, mas cada um tem conceitos, ideologias e visão política distintas

Aos 90 anos, José Sarney é hoje o símbolo de um período histórico no Maranhão que oferece material para leituras e releituras ao longo dos últimos 25 anos.

Mas o conceito de grupo já não existe mais.

Os três principais representantes da família – Roseana, Adriano e Sarney Filho – carregam o legado histórico, mas cada um segue o próprio rumo conceitual e ideológico na política.

O que ficará ainda mais evidente a partir de 2022, quando novos atores protagonizarão novos rumos políticos no Maranhão.

É aguardar e conferir…

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A encruzilhada política do grupo Sarney nas eleições de 2020

Acumulando derrotas desde as eleições de 2010, quando venceram pela última vez um pleito estadual, políticos que gravitam em torno do nome do ex-presidente da República discutem três opções neste processo eleitoral, que podem definir o seu futuro político

 

Membros do grupo Sarney – ou do que restou dele – ainda têm na governadora Roseana Sarney sua principal estrela eleitoral, mas têm a opção de Adriano nas eleições de 2020

Por Linhares Júnior   

Desde a vitória esmagadora da ex-governadora Roseana Sarney em 2010, o grupo político do ex-presidente José Sarney acumula derrotas.

Foram quatro eleições e quatro derrotas fragorosas. Agora em 2020, com a força de candidatos da oposição e a pré-candidatura de Adriano Sarney, o grupo tem sua primeira chance de, pelo menos, integrar um grupo vencedor dez anos após sua última vitória.

O leque de opções é simples: abandona o pleito na capital (como faz quase sempre), aposta na parceria com Eduardo Braide (Podemos) ou investe na candidatura de Adriano Sarney (PV).

A primeira opção talvez seja um dos grandes pontos que agilizaram o processo de decadência do grupo. Por décadas os sarneys não se preocupavam sequer em eleger uma bancada mínima e leal de vereadores.

Nas eleições municipais, a última grande aliança foi em 2008, quando apoiaram veladamente Flávio Dino contra João Castelo.

Optar pelo desprezo é manter o processo de decomposição. Continue lendo aqui…

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“Vivemos época diferente”, diz Adriano, sobre apoio de sarneysistas

Pré-candidato do PV a prefeito de São Luís confirmou análise do blog Marco Aurélio D’Eça sobre a falta de alianças em sua campanha, negou viver isolado na Assembleia e garante que apresentará o “melhor plano já visto para a capital maranhense”

 

Adriano garante não se sentir isolado na Assembleia, muito menos na campanha; e não pretende repetir a história da família

O deputado estadual Adriano Sarney, candidato do PV a prefeito de São Luís, encaminhou nota ao blog Marco Aurélio D’Eça na qual comenta conteúdo do post “No fim das contas, Adriano é o único sem apoio de sarneysistas…”

Em síntese, o texto de Adriano acaba por confirmar os três pontos básicos do post:

1 – que ele não tem apoio de sarneysistas, mesmo sendo legitimamente um Sarney;

2 – que pediu a supressão do sobrenome Sarney do seu nome parlamentar na Assembleia Legislativa, e;

3 – que sarneysistas estão hoje espalhados por toda a base do governo Flávio Dino (PCdoB).

O pré-candidato do PV contrapõe apenas a informação de que viva isolado na oposição na Assembleia Legislativa, por problemas de relacionamento.

– Sou líder do Bloco de Oposição da Assembleia Legislativa do Maranhão. Portanto, não vejo “problemas de relacionamento” como você afirma. Pelo contrário, respeito todos os meus pares e tenho uma boa relação com eles, inclusive com deputados(as) governistas – afirmou.

Na nota encaminhada a este blog, Adriano reafirma sua candidatura a prefeito, “sem a mínima pretensão de repetir a história de meus familiares”, e diz que se defenderá na campanha, com “o melhor plano já visto para administrar São Luís”.

Abaixo, a íntegra da nota de Adriano Sarney:

Sobre o post “No fim das contas, Adriano é o único sem apoio de sarneysistas…” do dia 29/02/2020, esclareço os seguintes pontos:

1. Roseana Sarney foi lançada pré-candidata a prefeita de São Luís pelo MDB.
2. O PV me escolheu como pré-candidato a prefeito de São Luís.
3. O deputado Edilazio Jr, presidente do PSD, declarou apoio ao candidato do Podemos.
4. Esses três partidos, o PSC e o PMB foram os que se mantiveram fiéis à Roseana, Sarney Filho e Edson Lobão nas últimas eleições e hoje estão dispersos. Apesar de ter uma ótima relação com Roseana e Edilazio, cada um segue o seu caminho. Eu também.
5. Sobre não ter o apoio de partidos como o PP e o DC, vale ressaltar que o espectro de “ex-sarneisistas” abrange quase a totalidade dos políticos do Maranhão (assim como de alguns jornalistas). Não ter o apoio deles é natural, uma vez que a grande maioria se encontra na base comunista.
6. Sou líder do Bloco de Oposição da Assembleia Legislativa do Maranhao. Portanto, não vejo “problemas de relacionamento” como você afirma. Pelo contrário, respeito todos os meus pares e tenho uma boa relação com eles, inclusive com deputados(as) governistas.
7. No que tange meu sobrenome, tendo ele ou não no painel da Assembleia sou um Sarney com muito orgulho e não canso de defender o legado de José Sarney, Sarney Filho e Roseana. No entanto, também tenho ideias próprias, mas sem a mínima pretensão de repetir a história de meus familiares, vivemos em uma época diferente. Sobre os meus adversários usarem isso contra mim, estou acostumado, sempre usaram meu sobrenome para me atacar. Discurso velho.
8. Estou preparado para me defender como sempre e para mostrar o melhor plano já visto para administrar São Luís.

Seguimos na luta!

Cordialmente,
Adriano Sarney

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No fim das contas, Adriano é o único sem apoio de sarneysistas…

Remanescentes do grupo liderado por José Sarney se espalharam em candidaturas que vão do favorito Eduardo Braide até o comunista Rubens Pereira Júnior, mas nenhum, até agora, fechou com o neto do ex-presidente

 

Adriano é o primeiro sarneysista da história a entrar numa disputa em São Luís sem aliança com nenhum membro dos eu próprio grupo político

Tema obsoleto e já ultrapassado e sem sentido no Maranhão da era Flávio Dino (PCdoB), o debate sobre a presença de sarneysistas como candidatos – ou em apoio a candidatos – voltou à tona nesta campanha pela Prefeitura de São Luís.

E um fato curioso surgiu neste início de formação de alianças: legítimo representante do clã Sarney, o deputado estadual Adriano Sarney (PV) é o único dos nomes já postos à disputa que não tem – pelo menos até agora – apoio de nenhum representante do sarneysismo ou mesmo de ex-sarneysistas.

Sarneysista de quatro costados, Carioca do Povo é o principal destaque do DC no apoio ao comunista Rubens Júnior, afilhado de Flávio Dino

O apoio declarado do ex-vereador Carioca do Povo – aliado de primeira hora dos Sarney – ao comunista Rubens Pereira Júnior, afilhado de Flávio Dino, coloca sarneysistas também na candidatura do Palácio dos Leões.

Sem falar que Rubens – ele próprio um ex-sarneysista – já recebeu apoio também do deputado federal André Fufuca (PP), cujo pai, Fufuca Dantas, começou na política ao lado da ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Há sarneysistas também, como Edilázio Júnior (PSD), na candidatura de Eduardo Braide (Podemos),  e outros, como Roberto Costa (MDB), a caminho da candidatura de Neto Evangelista (DEM).

Dr. Yglésio, por exemplo, está no Pros, comandando por ninguém menos que Gastão Vieira, um dos próceres do roseanismo.

Eduardo Braide recebeu o apoio de Edilázio Júnior, que tem laços não só políticos, mas familiares com o sarneysismo

Mas o próprio Adriano Sarney provoca o distanciamento do grupo que, mesmo esfacelado, ainda detém de 20% a 30% dos votos na capital maranhense.

Sua dificuldade de relacionamento o isolou na oposição desde que assumiu mandato na Assembleia Legislativa.

Além disso, decidiu, por vontade própria, suprimir o sobrenome Sarney do próprio nome parlamentar. (Entenda aqui e aqui)

É claro  que ainda há mais de cinco meses até o fim das convenções partidárias de agosto, quando Adriano pode ainda,m conseguir novas alianças para sua candidatura.

Se isso não ocorrer, porém, será a primeira vez que um candidato sarneysista irá para a disputa sem nenhum sarneysista em sua coligação.

Mas precisava ser exatamente o neto de Sarney?!?

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A difícil missão de Adriano Sarney…

A menos de 10 meses das eleições, deputado estadual não consegue agregar ao seu projeto de candidatura a prefeito nem mesmo partidos aliados ao seu grupo político; e pode deixar a disputa com cacife menor do que entrou

 

Lançado pelo PV desde novembro, Adriano Sarney não conseguiu até agora sinalização de apoio sequer dos partidos que compõem a base do seu grupo político

Faltando apenas 10 meses para as eleições de outubro, o pré-candidato do PV a prefeito de São Luís, deputado Adriano Sarney, vive um drama. 

Mesmo sem levar em consideração os números das pesquisas – e analisando apenas sob o aspecto das articulações político-partidárias – o parlamentar está em um patamar que pode diminuir seu cacife ao longo da campanha.

Adriano Sarney não conseguiu agregar nenhum dos partidos históricos da base do sarneysimo – como MDB e PSD –  e ainda teve que aturar o surgimento da ex-governadora Roseana Sarney (MDB) nas pequisas, o que ofuscou seu próprio nome, forçando-o a uma declaração de que será candidato com ou sem a presença da tia.

Em alguns momentos, declarações como a sua – a exemplo do que ocorre também com outro oposicionista, Wellington do Curso, em relação ao PSDB – são acusações de golpes e sintomas de desespero político.

Além, do aspecto eleitoral, o neto do ex-presidente José Sarney isolou-se na Assembleia; e nem na tribuna consegue abrir debate sobre São Luís, o que, a essas alturas, seria fundamental para sua candidatura. 

Adriano Sarney tem até agosto para consolidar seu nome; mas precisa ter a consciência de que, se decidir concorrer de qualquer jeito, pode sair do pleito bem menor do que entrou. 

Mas pode desistir e levar o seu PV a uma aliança que aponte para futuro crescimento partidário sem personalismo.

O candidato tem seis meses para esta reflexão…

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Gesto de Adriano busca unidade no grupo Sarney…

Deputado estadual acerta em esforço de diálogo com as forças que sobraram no sarneysismo após as eleições de 2018 – notadamente o MDB, o PV e o PSD – embora enfrente resistências pela dificuldade de relacionamento interno

 

ADRIANO SARNEY MOSTRA ESFORÇO DE ENTENDIMENTO COM AS FORÇAS REMANESCENTES DO SEU GRUPO, notadamente o MDB, o PV e o PSD

É preciso ser entendido como um esforço de diálogo o artigo em que o deputado Adriano Sarney conclama forças do MDB, do PV e do PSD a uma unidade nas eleições de 2020 que resulte na consolidação de uma vitória em 2022.

Embora tenha envolvido no discurso, publicado no jornal O Estado no último domingo, 15,  também as forças oposicionistas vinculadas ao presidente Jair Bolsonaro – lideradas pelo senador Roberto Rocha (PSDB), pela ex-prefeita Maura Jorge (PSL) e pelo deputado estadual Wellington do Curso (PSDB) – Adriano mirou mesmo a base remanescente do sarneysismo, formada pela trinca PV/MDB e PSD. (Leia a íntegra aqui)

Tanto que, no artigo, ele não se põe como opção definitiva de candidato a prefeito em 2020, citando o deputado federal Edilázio Júnior (PSD) e nomes do MDB e da própria oposição bolsonarista.

Mas está exatamente na incapacidade de relacionamento a dificuldade de convencimento do neto do ex-presidente José Sarney.

De temperamento forte, Adriano é pouco afeito a relações de compadrio e acordos pontuais tão comuns na convivência política.

E com este perfil acabou-se isolando na Assembleia já a partir do primeiro mandato, em 2015, afastando-se exatamente das novas gerações do sarneysismo – notadamente os deputados Roberto Costa (MDB) e Edilázio Júnior (PSD), que hoje dão as cartas em seus partidos.

Mas o gesto do deputado encaminha um debate que precisa ser iniciado nas hostes sarneysistas o mais breve possível: de que forma o grupo quer se posicionar no processo de 2020 como porta de entrada para 2022?

Neste aspecto, Adriano ganha ainda mais estatura quando se recusa a ver-se como opção inarredável, abrindo espaço para uma candidatura única na trinca partidária sarneysista – para ganhar ou para perder.

E esta aliança passa, inclusive, pela ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Mas esta é uma uma história…

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O importante papel de Carlos Brandão na transição maranhense…

Vice-governador ganha cada vez mais importância no contexto histórico da política como provável sucessor do governo comunista de Flávio Dino, responsável pelo fim do ciclo sarneysista no estado

 

Carlos Brandão está no lugar histórico onde todos queriam estar no Maranhão

Muitos não deram importância ao seu papel histórico no início de mandato do governador Flávio Dino (PCdoB) – inclusive este blog. (Relembre aqui e aqui)

À medida que os anos avançaram e o comunista consolidou sobre o ciclo sarneysista no Maranhão – mantendo-o como companheiro de chapa – o vice-governador Carlos Brandão (PRB) passou a ser visto como o perfil ideal para o pós-Sarney e o pós-Dino.

A guerra aberta desde 2010, com a disputa entre Dino e os Sarney, gerou um clima de radicalismo no Maranhão que perdurou por oito anos, perpassando as eleições de 2012, 2014, 2016 e 2018.

No ano passado, a reeleição do comunista teve o condão de encerrar historicamente o ciclo sarneysista, com a saída do ex-presidente, dos seus filhos Zequinha e Roseana e as famílias aliadas Murad e Lobão.

A partir daí, abriu-se novas perspectivas de poder – mas, com elas, também a tensão de uma nova guerra, desta vez dentro do próprio grupo agora encastelado no Palácio dos Leões.

E o vice-governador Carlos Brandão surge como opção de transição tranquila para o ciclo que se iniciará após a saída de Flávio Dino do governo – independentemente do destino do comunista.

Nenhum outro aliado de Flávio Dino reúne, hoje, as condições que Brandão apresenta – de conciliação, reunião de grupos e interlocução com todas as correntes políticas, de esquerda e de direita, governistas e oposicionistas.

E tem a vantagem adicional de estar no cargo exatamente no momento em que se definirá os competidores da eleição de 2022, quando Dino deixará o mandato para buscar seus novos caminhos.

Brandão passa a ser o perfil ideal para a história política do Maranhão pós-dicotomia Sarneysismo X Dinismo também porque ficará no posto de governador por um máximo de cinco anos, caso reeleito em 22.

Ainda que em 2026 comece uma nova guerra, com as novas lideranças políticas surgidas a partir de 2014 e 2018 – incluindo o próprio Flávio Dino – se digladiando pelo comando absoluto do poder no Maranhão.

Mas esta história se deixa para o momento adequado…

Leia também:

A gestão ativa e operacional de Carlos Brandão…

Sem imposições, Weverton Rocha consolida grupo político…

Roberto Rocha e Flávio Dino oito anos depois…

2020 começa agora…