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Para Roberto Rocha, o Maranhão nunca teve o que merecia do PT…

Ao expor seu voto no impeachment da presidente Dilma, senador maranhense levantou um fato incontestável: em 13 anos de mandatos petistas, o estado nunca teve uma obra federal de vulto, mesmo sendo o que sempre deu a maior votação proporcional a Lula e Dilma

 

O senador maranhense Roberto Rocha (PSB) votou tecnicamente a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

Tecnicamente por que se baseou em estudo detalhado de sua assessoria, apontando os fundamentos da argumentação de crimes de responsabilidade cometidos por Dilma. (Releia aqui)

Mas Roberto Rocha deu um voto também político.

Ele mostrou, como liderança política do Maranhão, que os governos do PT – não só o de Dilma, mas também o de Lula, entre 2003 e 2010 – sempre tiveram apoio incondicional do povo maranhense, mas nunca honraram este apoio como deveriam.

 – Em 13 anos, nenhuma grande obra pública de infraestrutura foi inaugurada no estado do Maranhão – ponderou o senador.

E ele tem razão.

Tanto Lula – e principalmente Dilma – esnobaram o Maranhão em suas ações.

Enganaram o povo maranhense com a obra da refinaria que não aconteceu; e enganam o povo maranhense com a duplicação da BR-135, que se arrasta há pelo menos três anos. E está parada atualmente.

Não há nenhum investimento estruturante no Maranhão nestes 13 anos, tem razão Roberto Rocha.

E nem mesmo o governo Flávio Dino (PCdoB), que se expôs irremediavelmente em defesa do PT, foi merecedor de qualquer gratidão por parte dos governos petistas.

Agora é hora de mostrar que o Maranhão precisa ser reconhecido.

E o próprio Rocha pretende fazer esta interlocução…

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Waldir Maranhão negociou Ministério da Educação para votar contra o impeachment…

Avalizado pelo governador Flávio Dino, vice-presidente da Câmara apresentou fatura alta ao ex-presidente Lula, garantindo que daria mais 12 votos do PP a favor da presidente Dilma

 

Walir, entre Dino, Dilma e Márcio Jerry: negócio avalizado pelo governador maranhense

Waldir, entre Dino, Dilma e Márcio Jerry: negócio avalizado pelo governador maranhense

seloNem a candidatura ao Senado, muito menos  articulações por cargos e proteção no Maranhão.

O vice-presidente da Câmara Federal, Waldir Maranhão (PP), jogou muito mais alto nas negociações com o governador Flávio Dino (PCdoB), com o ex-presidente Lula e com a presidente Dilma Rousseff (PT), para votar contra o impeachment.

Ele pediu , simplesmente, o Ministério da Educação.

E mais: sua demanda – avalizada por Flávio Dino – foi acatada por Lula e pela própria Dilma, com a condição de que ele garantisse os 12 votos do PP prometidos.

Waldir reuniu-se primeiro com Lula, ainda na quinta-feira, em um hotel de Brasília, levado pelo governador Flávio Dino. (Veja o vídeo de sua chegada ao local)

O ex-presidente ouviu a proposta e recebeu as garantias de que o PP daria 12 votos contra o impeachment, apesar de a cúpula do partido ter fechado questão a favor do afastamento de Dilma.

Só na sexta-feira, após reunião com a própria Dilma, da qual participaram também Flávio Dino e seu fiel escudeiro, Márcio Jerry, Waldir confirmou a mudança de voto.

E entregou, pelo menos, parte do que prometeu, tenha ou não participação direta nisso: no total sete deputados do PP, além dele, votaram mesmo contra o impeachment ou se abstiveram na votação da Câmara. (Saiba aqui)

O problema é que a Câmara aprovou o impeachment e Dilma deve cair até meados de maio, com a confirmação do afastamento pelo Senado.

E Waldir ficará sem o ministério  sem o comando do PP…

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Derrotada na Câmara, Dilma vai, desgastada, tentar reverter o quadro no Senado…

Processo de impedimento recebeu os votos necessários dos deputados federais; para escapar de perder o cargo, presidente – já sem base política para governar – precisa convencer, ao menos, 41 senadores

 

Dilma caminha agora mais isolada para a votação no Senado

Dilma caminha agora mais isolada para a votação no Senado

A presidente Dilma Rousseff (PT) vai jogar no Senado a sua última cartada para impedir a perda do mandato.

Uma missão quase impossível, dado o desgaste que ela exibiu na Câmara.

Dilma terá que enfrentar os senadores, na próxima etapa do processo. E terá que convencer pelo menos 41 deles se quiser se manter na presidência.

Mas Dilma chega à votação no Senado já desgastada pela derrota na Câmara e pela flagrante perda da base parlamentar necessária para continuar governando.

O processo de impeachment chega ao Senado nesta segunda-feira, 18.

E deve ser votado em plenário provavelmente no dia 10 de maio…

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Flávio Dino ironiza percentual de Michel Temer em pesquisa presidencial..

Para governador do Maranhão, levantamento do Data Folha mostra que o vice-presidente não tem apoio popular o que, em sua opinião, levaria a um governo fraco, em caso de impeachment de Dilma Rousseff

Flávio Dino ironiza Michel Temer

Flávio Dino ironiza Michel Temer

O governador Flávio Dino (PCdoB) desqualificou em sua página no Facebook a classificação do vice-presidente Michel Temer (PMDB) em pesquisa do Instituto DataFolha, divulgada neste fim de semana.

Para o comunista, o resultado mostra que Temer – um dos defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) – não tem apoio popular.

– Como fazer um impeachment sem base política e entregar o governo a um político que só tem 1% na pesquisa para presidente? Insensatez – estabelece o governador, referindo-se ao percentual de Temer que, na verdade, tem 2%.

A pesquisa DataFolha mostrou que o ex-presidente Lula e a ex-ministra Marina Silva lideram a corrida presidencial de 2018.

De acordo com o levantamento, os tucanos também perderam força popular…

Veja a íntegra da pesquisa aqui

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Zé Inácio em ato com Lula em Fortaleza…

Ex-presidente esteve na cidade na manhã de hoje, em comício contra o impeachment, mesmo debaixo de muita chuva na capital cearense

 

Zé Inácio com Lula e as demais lideranças de esquerda que foram recepcionar o ex-presidente...

Zé Inácio com Lula e as demais lideranças de esquerda que foram recepcionar o ex-presidente…

O deputado estadual maranhense Zé Inácio foi um dos participantes do ato pró-Lula e contra o impeachment, neste sábado, 2, em Fortaleza.

– Fiz questão de ir recebê-lo no aeroporto para mostrar a unidade do PT. E a festa, na praça do Ferreira, mobilizou milhares de pessoas contra o impeachment, mesmo debaixo de chuva – destacou o deputado maranhense.

Lula chegou por voltadas 10h na capital cearense.  Foi recebido pelas lideranças petistas e seguiu direto para a Praça do Ferreira.

A forte chuva serviu para dar um colorido a mais com os guarda-chuva na Praça do Ferreira

A forte chuva serviu para dar um colorido a mais com os guarda-chuva na Praça do Ferreira

Tanto o ex-presidente quanto o o governador do Ceará, Camilo Santana, rechaçaram a ideia de golpe.

– Não vamos ouvir nunca mais de golpe no Brasil. Não vai ter golpe – disse Lula.

O ato em Fortaleza conseguiu reunir no mesmo palanque adversários como o ex-governador Cid Gomes e a ex-prefeita de Fortaleza, Luiziane Lins.

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Lula pressiona Dilma a lotear ministérios do PMDB…

Articulador político informal do Palácio do Planalto, ex-presidente quer definir nova base ainda nesta sexta-feira, 1º, para evitar nova debandada de aliados; pastas devem ir para PP, PR, PSD e também o PRB

 

Lula tem orientado Dilma a se livrar logo dos apêndices do PMDB para abrir repactuação na base3

Lula tem orientado Dilma a se livrar logo dos apêndices do PMDB para abrir repactuação na base

A cúpula do Palácio do Planalto decidiu que a presidente Dilma Rousseff precisa ter pressa para demitir o maior número de ministros do PMDB, a fim de redistribuir as pastas entre outros partidos que se mantenham na base.

O PMDB rompeu com o governo no início da semana, mas seus ministros ainda não deixaram os cargos.

Segundo o blog de Gerson Camarotti, a articulação para redistribuir os cargos é feita pelo ex-presidente Lula, que pressiona Dilma a demitir os peemedebistas ainda nesta sexta-feira, 1º de abril.

O PP deve ganhar o Ministério da Saúde, enquanto PR negocia Minas e Energia ou Agricultura.

O PRB pode voltar a ocupar o Ministério do Esporte ou fica com Turismo.

Já o PSD pode ficar com a Secretaria de Aviação Civil ou com o Turismo, caso o PRB não fique com a pasta.

O balcão de negociações do governo inclui cargos estratégicos nas estatais…

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Teori Zavascki e o desarme de um golpe…

Decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, enquadrando o juiz Sérgio Moro, jogou por terra a estratégia golpista do mercado, da mídia e dos partidos paulistas, de desmoralizar Lula para implodir o governo Dilma

 

Lula e o juiz Moro: será que a Lava jato continua sem o ex-presidente ao alcance do magistrado?

Lula e o juiz Moro: será que a Lava Jato continua sem o ex-presidente ao alcance do magistrado?

Este blog diz desde o início das ações do juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula que tudo se tratava de uma tentativa de golpe, para ferir de morte o PT, acabar com o governo Dilma e impedir a volta do ex-presidente Lula ao poder.

Estratégia montada pelos barões da indústria paulista, pela mídia quatrocentona capitaneada pela Rede Globo, e pelo PSDB ávido pela retomada do poder no país.

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, de dar um freio nos abusos de Moro contra Lula implodiu não o governo, mas o golpe.

Não que este blog veja em Lula um santo, e ele não é mesmo.

Leia também:

O risco iminente de um golpe do Judiciário…

O risco da lógica política no Judiciário…

Flávio Dino e a ameaça de golpe do Judiciário…

Mas, desde que começaram as investigações da Lava Jato, nem a Rede Globo, nem a Fiesp, muito menos o juiz Sérgio Moro e a parte golpista do Judiciário estavam preocupados com a moralização do Brasil. Nada disso.

O único objetivo – e que continua na pauta deles – é a derrubada do governo do PT.

E só o governo do PT.

Agora, no entanto, esta guerra terá que ser travada apenas no campo adequado, o da Política.

E com Lula como protagonista…

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Já está na hora de prender Lula, seu Moro…

O raciocínio é simples: se o juiz da Lava Jato diz que o ex-presidente deveria ser preso se tentasse obstruir as investigações, e o ministro Gilmar Mendes deixou claro em sua decisão que a posse dada pela presidente Dilma teria este propósito, não faz mais sentido que ele permaneça solto; a menos que a jogada jurídica tenha apenas o objetivo de desmoralizar o petista midiaticamente

 

Agora é hora de tomar a decisão, juiz Moro: contra Lula e contra Dilma...

Agora é hora de tomar a decisão, juiz Moro: contra Lula e contra Dilma…

Se o juiz Sérgio Moro tem tanta convicção de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem envolvimento nos crimes da Lava Jato – e o ministro do STF, Gilmar Mendes, deixa claro que ele tentou atrapalhar as investigações – já não há saída para o petista.

Prenda Lula agora, juiz Moro.

Não há outra decisão a ser tomada pelo juiz da lava Jato, que ficou famoso por ações contra o PT – contra o PT.

Se a nomeação de Lula para a Casa Civil tinha o objetivo de obstruir a Justiça – como afirmou um ministro do STF, seja ele quem for – então Lula tem que ser preso.

E até a presidente Dilma tem que ser responsabilizada pelo ato, um crime de responsabilidade.

Então, o que espera o juiz?!?

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Deputado petista quer ação da OAB contra ato de Sérgio Moro…

Para Zé Inácio, quebra de sigilo telefônico do ex-presidente Lula não tem qualquer fundamentação jurídica ou respaldo legal

 

Zé Inácio, em discurso na Assembleia

Zé Inácio, em discurso na Assembleia

O deputado estadual Zé Inácio, voltou a se pronunciar na Assembleia Legislativa em defesa do ex-presidente Lula, do governo Dilma e do PT.

Para o parlamentar, o juiz Sérgio Moro fez uma fundamentação sem nenhum respaldo legal ou constitucional ao divulgar para a imprensa a quebra de sigilo telefônico do ex-presidente.

Estamos à beira de sepultar a nossa Constituição Federal, o Estado Democrático de Direito e o reconhecimento às nossas instituições, porque agora entramos no ‘vale tudo’. Nesse vale tudo prevalece um total desrespeito às Leis. É bom que se destaque que há fortes indícios que o grampo não se deu no telefone do presidente Lula, e sim no telefone presidencial, o que é mais grave. Ou seja, tudo aquilo que Sérgio Moro fazia, aparentemente, de forma isenta, embora tendo muitos questionamentos, ele jogou por terra. No meu entender, ele decretou a sua própria suspeição, na medida em que ele comete aquele ato simplesmente para dar resposta a uma oposição ao Governo Dilma, com uma fundamentação subjetiva, sem o amparo na lei e nenhum respaldo legal ou constitucional. Por isso ele quebrou o sigilo e divulgou para a imprensa noticiar e fazer todo aquele show pirotécnico para incendiar e convulsionar a população do nosso país”, ressaltou.

O deputado solicitou, ainda, providências à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Seccional do Maranhão, a fim de emitiir publicamente posicionamento em defesa do Estado Democrático de Direito.

“Não podemos nos calar mediante todos esses acontecimentos que vão de encontro à democracia. As entidades que têm e sempre tiveram a postura de defesa do Estado Democrático de Direito não podem se calar. Não só enquanto parlamentar e advogado, mas também como cidadão, faço um clamor para que a Ordem dos Advogados do Brasil tome uma providência em defesa do Estado Democrático de Direito. Que a Ordem dos Advogados Seccional do Maranhão também venha a público se manifestar em defesa da legalidade e da democracia, porque somos todos cidadãos que, com esse ato arbitrário do juiz Sérgio Moro, estamos com as nossas garantias constitucionais em xeque”, declarou o deputado.

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O risco iminente de um golpe do Judiciário…

Para um país que já viveu um golpe militar, a imposição dos “homens do Direito” –  desrespeitando prerrogativas individuais e a própria Constituição – gera convulsão social por que abre espaço para um Estado de Exceção

 

Na ditadura militar a repressão é exercida pelas armas...

Na ditadura militar a repressão é exercida pelas armas…

Durante muitos anos, conviveu-se no país com uma aberração que era vista apenas como um folclore dos palácios de Brasília: havia – e ainda há – no Supremo Tribunal Federal, a máxima Corte da Justiça Brasileira, a guardiã da Constituição, uma espécie de “líder do PSDB no judiciário”.

Trata-se do ministro Gilmar Mendes, indicado ao STF no governo Fernando Henrique Cardoso e absolutamente – repita-se absolutamente – identificado com as causas tucanas e do capital da Avenida Paulista.

Mas, até agora, tratava-se apenas de um folclore político.

Os movimentos das últimas semanas, no entanto, levaram o Judiciário brasileiro à condição de protagonista de um processo que deveria ser meramente político, situação que caminha para um golpe, o golpe do Judiciário.

E um golpe do Judiciário é muito mais grave, mais covarde e mais devastador que o golpe militar de 64.

Em qualquer país de democracia sólida, como os Estados Unidos ou nações europeias, um juiz de primeiro grau não ousaria fazer o que fez Sérgio Moro, o homem da Lava Jato, ao quebrar prerrogativas constitucionais de um chefe de Poder e expor grampos que nem deveriam existir, apenas por capricho pessoal ou ressentimento.

Se tivesse essa petulância nos EUA, Moro viria sua vida ser transformada em um inferno, até mesmo por aqueles que ele defende, para que a Constituição, a bússola mestra do Direito, pudesse ser preservada, e com ela os direitos individuais e o Estado Democrático de Direito.

Leia também:

A mãe de todas as corrupções é a corrupção no Judiciário…

Apenas o STF pode autorizar grampo em cidadãos com prerrogativa de foro…

 

...Na ditadura do Judiciário, a opressão vem pelo Direito

…Na ditadura do Judiciário, a opressão vem pelo Direito

O golpe do Judiciário se avizinha quando um juiz federal como Itagiba Catta Preta Neto – que nem deveria conhecer da ação – resolve impedir, por liminar, a posse de um ministro de estado legitimamente nomeado pela chefe do Executivo.

E quando se descobre que este mesmo juiz faz campanha pela deposição desta chefe do Executivo – e seus filhos ilustram seus perfis em redes sociais com banners do adversário desta presidente – aí o golpe é claro, e deveria ser banido nas cortes superiores.

O golpe do Judiciário leva ao “Estado de Exceção”, situação em que se usa o próprio Direito para justificar a violação, a usurpação dos direitos constitucionais do cidadão. (Entenda aqui)

O Brasil sofreu décadas com o golpe militar, quando o poder era exercido pela força, não se tinha garantias constitucionais e os direitos individuais eram violados a cada esquina.

Corre-se o risco agora de um novo golpe, o do Judiciário, em que o Direito é usado para cassar direitos, e a força da Lei serve apenas para oprimir, humilhar, vilipendiar e acossar os contrários.

O Judiciário tem o seu papel na construção da democracia brasileira, como guardião das leis e ordenação dos atos e ações dos cidadãos.

Espera-se que o seus membros voltem a atuar apenas dentro deste papel.

Caso contrário, será a barbárie…