CNJ não vê necessidade de Iphones-Pro a desembargadores do MA

Corregedor Nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell não aceitou as justificativas e proibiu o Tribunal de Justiça de comprar os aparelhos com dinheiro do contribuinte maranhense

 

DESEMBARGADORES DE IPHONE. TJ-MA queria gastar com seus seus membros quase R$ 600 mil em aparelhos de última geração

O corregedor-nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell, proibiu o Tribunal de Justiça do Maranhão a fazer qualquer movimento para compra de aparelhos Iphone 16-Pro para os desembargadores maranhenses; para o ministro, não há qualquer necessidade de se gastar dinheiro público com os equipamentos.

“Não há qualquer comprovação da necessidade específica de tais aparelhos para o exercício das atividades jurisdicionais”, descartou Campbell, ao analisar o caso, que ganhou forte repercussão negativa em todo o país na semana passada.

  • A direção do TJ-MA abriu licitação para compra de 50 aparelhos, ao custod e R$11,4 mil cada;
  • o Tribunal de Justiça tem, no máximo, 37 desembargadores com todas as cadeiras ocupadas;
  • para Mauro Campbell não faz sentido a compra em número maior que o total de magistrados.

O gasto de quase R$ 600 mil em uma Casa conhecida pelo custo exorbitante ao erário público chamou a atenção da imprensa nacional e de órgãos de controle, o que gerou mais um constrangimento ao Judiciário maranhense.

“A cautela recomenda uma análise da discricionariedade administrativa envolta no procedimento de compra mencionado”, ponerou o minsiro do CNJ.

A compra já havia sido suspensa pela cúpula do TJ-MA, após forte repercussão negativa…

Más notícias sobre o TJ-MA envergonham o Maranhão…

Não bastasse a corrupção pura e simples de desembargadores já afastados – que deram prejuízo aos cofres públicos  de R$ 50 milhões, segundo o MPF – comando do tribunal parece não entender o momento e anuncia gasto milionário com celulares de última geração

 

UM JUDICIÁRIO DE CABVEÇA BAIXA. Para o cidadão comum,. com tanta notícia de corrupção no Judiciário, ele perde a referência

Editorial

O Tribunal de Justiça do Maranhão não cansa de gerar notícia negativa.

No mesmo dia em que anuncia a compra milionária de celulares de última geração para os desembargadores, a imprensa traz a informação de que, refeito o cálculo, o rombo da corrupção envolvendo desembargadores e juízes chega a R$ 50 milhões na “Operação 18 Minutos”. (Leia aqui)

E as notícias negativas não param de chegar:

“A pedido da Associação de Magistrados, presidente do tribunal determinou cálculos para ‘recompor o patrimônio dos magistrados lesados”, por “cumulativo de jurisdição, funções administrativas ou acúmulo de acervo processual’, que poderiam ser compensados com simples folgas”, diz o texto deste blog.

Mas não é de hoje que o judiciário do Maranhão envergonha o cidadão maranhense.

Entre janeiro e dezembro de 2024, este blog Marco Aurélio d’Eça publicou nada menos que oito matérias falando de corrupção no Judiciário maranhense em diversos níveis. (Leia aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui)

Um dos clássicos deste blog Marco Aurélio d’Eça é o post publicado pela primeira vez em 2014, com o título “A mãe de todas as corrupções é a corrupção no Judiciário…”.

Os magistrados de maneira geral parecem se ver como deuses, acima de qualquer cidadão e imune às normas que regem a sociedade.

Pelo volume de coisas do TJ-MA, os magistrados maranhenses parecem se ver acima dos deuses…

Ministro volta atrás e mantém retidos bens de envolvidos na máfia do TJ-MA

João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça, viu risco de perda de provas com a devolução de aparelhos celulares, computadores e tablets apreendidos pela Polícia Federal na Operação 18 Minutos

 

PARTE DOS BENS APREENDIOS NA “18 MINUTOS”. Celulares, computadores, tablets e pendrive’s permanecem sob perícia da Polícia Federal

O ministro do Superior Tribunal de Justiça João Otávio de Noronha recuou em sua decisão e determinou a manutenção da custódia de aparelhos celulares, computadores, tablets e outros dispositivos eletrônicos aprendidos pela Polícia Federal na Operação 18 Minutos, que desbaratou quadrilha de venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Maranhão.

A informação foi dada em primeira mão pelo site Direito e Ordem, nesta quinta-feira, 6.

A operação “18 Minutos” – que envolve desembargadores, juízes, advogados e políticos maranhenses – foi tema de série de postagens deste blog Marco Aurélio d’Eça. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui e aqui)

  • João Otávio de Noronha entendeu que a devolução dos bens prejudicaria a coleta de provas na investigação;
  • ele acatou pedido do Ministério Público Federal, sob argumento de que alguns itens não haviam sido periciados

“A produção probatória deve ser resguardada e a restituição de bens essenciais para a continuidade das investigações poderia comprometer a instrução processual. Assim, impõe-se a necessária cautela para evitar qualquer prejuízo à coleta da prova”, despachou o ministro. (Veja a íntegra da decisão aqui)

O ministro manteve a decisão de devolução de bens como joias, relógios e veículos de alguns dos envolvidos.

TJ-MA confirma Daniel Itapary no TCE-MA…

Câmara de Direito Público reformou decisão do juiz Douglas de Mello Martins – que havia mandado anular a nomeação do conselheiro – e confirmou a legalidade de sua eleição na  Assembleia Legislativa

 

QUESTÃO ENCERRADA NO TJ-MA. Sobrinho do governador Carlos Brnadão, Daniel Itapary teve a eleição para o TCE-MA confirmada na Justiça

A 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Maranhão reformou nesta quinta-feira, 27, a sentença do juiz Douglas de Mello Martins e confirmou a escolha do conselheiro Daniel Brandão Itapary para ao Tribunal de  Contas do Estado.

Titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, Douglas Martins havia mandado anular a eleição de Itapary, alegando irregularidades, o que foi derrubado, por unanimidade, pelos desembargadores Jamil de Miranda Gedeon Neto (Relator), Cleones Cunha e Lourival Serejo.

  • Daniel Itapary foi eleito para o TCE-MA em setembro de 2023;
  • sua eleição foi anulada por Douglas Martins em outubro daquele ano;
  • Jamil Gedeon suspendeu os efeitos desta anulação até julgamento do mérito.

Do julgamento do caso pela Câmara do TJ-MA cabe recurso.

Daniel Brandão Itapary é o atual presidente do TCE-MA…

STJ manda devolver bens apreendidos na “Operação 18 Minutos”…

Ministro João Otávio de Noronha entendeu que os valores apreendidos com os indiciados – de cerca de R$ 29 milhões – já são suficientes para eventualmente cobrir o total arrancado do BNB nos processos de venda de sentença

 

LUXO E DINHEIRO A RODO. Parte dos bens apreendidos na Operação 18 Minutos, que será devolvidos aos indicados por venda de sentenças no TJ-MA

O ministro João Otávio de  Noronha, do Superior Tribunal de Justiça, mandou a Polícia Federal devolver os bens apreendidos com os indiciados na Operação 18 Minutos, que  desbaratou uma Organização Criminosa acusada de manipular sentenças no Tribunal de Justiça do Maranhão.

A Orcrim envolve desembargadores, juízes, advogados e políticos, acusados de arrancar mais de R$ 17 milhões em duas decisões contra o Banco do Nordeste do Brasil. 

Entre os bens apreendidos estão:

  • veículo Porsche modelo Macan e relógio Rolex, de Lúcio Ferreira, assessor do des. Guerreiro Jr.; 
  • dois relógios de luxo, marcas Mont Blanc e Tissot, apreendidos na casa do juiz Cristiano Simas;
  • relógios e canetas de luxo apreendidos na residência do advogado José Helias Sekeff do Lago;
  • uma joia avaliada em R$ 40 mil, parte paga por Helias Sekeff, parte paga por Edilázio Júnior.

“A devolução dos bens é medida adequada e necessária, preservando, contudo, a possibilidade de futura utilização probatória, caso venha a ser requerida”, afirmou o ministro Noronha.

Os indiciados terão a posse dos bens na condição de fieis depositários, sendo obrigados a apresentá-los sempre que a o inquérito e o processo tiverem necessidade de seu acautelamento.

Noronha justificou a liberação com o argumento de que os R$ 29 milhões apreendidos com os indiciados já garante a eventual cobertura do valor levado do BNB.

O processo da Operação 18 Minutos segue tramitando no STJ…

De como três desembargadores se beneficiaram da venda de sentenças no TJ-MA…

Relatório da Polícia Federal descreve como o dinheiro arrancado de duas operações no BNB chegou a Antonio Guerreiro Júnior, Nelma Sarney e Luiz Gonzaga de Almeida Filho

 

VIDA DE LUXO. Desembargadores indiciados pela Polícia Federal curtiram a vida com dinheiro arrancado do BNB, segundo relatório

O relatório da “Operação 18 Minutos”, que investigou o destino de mais de R$ 17 milhões arrancados do Banco do Nordeste do Brasil em duas operações de uma Organização Criminosa, descreve como o dinheiro chegou às mãos de dois juízes e três desembargadores do Tribunal de Justiça.

Esses magistrados receberam propina em mãos, por meios de depósitos não identificados, por intermédio de assessores e até em presentes milionários. O maior beneficiário do esquema, segundo o relatório, foi o desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho, espécie de operador-mor da Orcrim no TJ-MA.

“O Des. LUIZ GONZAGA teve participação de grande relevância nos dois eventos investigados”, afirma a Polícia Federal, para concluir, sobre o magistrado: Assim, para além da participação do Des. LUIZ GONZAGA na organização criminosa responsável por favorecer os processos judiciais movidos por FRANCISCO XAVIER contra o BNB, verificou-se o seu possível beneficiamento por meio de pagamentos em espécie (conforme a apreensão, no seu gabinete, de envelopes para depósito de dinheiro em espécie), além do cometimento do crime de lavagem de dinheiro por meio de aquisição de imóveis incompatíveis com a sua renda lícita”.

  • entre recebimento direto e compra de imóveis sem lastro, o desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho foi beneficiado com R$ 4.851.162,63;
  • a desembargadora Nelma Celeste Sarney recebeu em sua conta, “111 depósitos sem identificação de origem, no total de R$ 412.679,21”;
  • contra o desembargador Guerreiro Júnior, a Polícia Federal encontrou depósito de R$ 169.500 na conta do assessor Lúcio Ferreira;
  • a Polícia Federal investigou também o desembargador Marcelino Ewerton, mas não encontrou motivos para indiciá-lo no relatório.

“De acordo com a Informação de Polícia Judiciária nº 4321825/2024, não foram identificados, na análise do celular apreendido na posse do Des. MARCELINO, elementos que confirmem a sua participação no esquema criminoso. Em relação aos atos referentes aos eventos 1 e 2, não foi possível, a princípio, associar as transações observadas em suas contas com os eventos narrados”, diz o relatório da PF, para deixar claro.

VINDOS DE TODAS AS PARTES. Diagrama mostra como o dinheiro chegava às contas do desembargador Luiz Gonzaga Almeida Filho

Nas 174 páginas do relatório da Operação 18 Minutos, a Polícia Federal identificou que Nelma Sarney e Luiz Gonzaga tinham maior relação com os operadores do esquema, sobretudo no escritório “Maranhão Advogados Associados”, já tratado neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “O escritório Maranhão Advogados e o esquema de venda de sentenças no TJ-MA”.

Ambos os desembargadores, segundo a PF, mantinham movimentação financeira e vida social incompatível com seus ganhos; Nelma Sarney, por exemplo, gastou em seus cartões de crédito no período dos saques do BNB, nada menos que R$ 1.792.039,80

  • Luiz Gonzaga, por sua vez, comprou apartamento no Rio de Janeiro, por R$ 850 mil, outro, em São Luís, por R$ 290 mil e mais um, na planta, por R$ 1,2 milhão.

VÁRIOS ARTIGOS DO CÓDIGO PENAL. A Polícia Federal entendeu que os desembargadores cometeram uma série de crimes na Orcrim da 18 Minutos

No final do relatório, a Polícia Federal indiciou Nelma Sarney, Antonio Guerreiro Júnior e Luiz Gonzaga Almeida Filho.

  • Luiz Gonzaga Almeida Filho está indiciado nos termos do Art. 317, CP, Art. 2º, Lei n. 12.850/13 e Art. 1º, Lei n. 9.613/98 (2015 e 2023)
  • Nelma Sarney foi incursa nas pensas dos artigos Art. 317, CP, Art. 2º, Lei n. 12.850/13 e Art. 1º, Lei n. 9.613/98 (2015 e 2023);
  • Guerreiro Júnior foi indiciado por crimes previstos nos artigos 317 do CP e no Art. 2º da Lei n. 12.850/13 (2023).

Nos bastidores do Tribunal de Justiça, entre advogados e nos meios políticos já há quem diga que esses crimes todos jká estariam prescritos e que, portanto, nenhum dos acusados pagarão por eles. 

Mas esta é uma outra história…

O escritório Maranhão Advogados e o esquema da venda de sentenças no TJ-MA

Banca comandada por Sebastião Moreira Maranhão Neto tinha como sócios José Helias Sekeff do Lago e Carlos José Luna dos Santos Pinheiro, apontados na investigação da Polícia Federal como responsáveis pela corrupção de desembargadores e juízes investigados na Operação 18 Minutos

 

CABEÇAS DA ORCRIM. Para a Polícia Federal, Carlos Luna e Helias Sekeff conduziram a máfia da venda de sentenças no TJ-MA

Os advogados investigados na “Operação 18 Minutos” – que desbaratou Organização Criminosa formada por juízes, desembargadores e servidores públicos – estão divididos em dois grupos no relatório da Polícia Federal encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça e obtido com exclusividade por este blog Marco Aurélio d’Eça.

  • o “Núcleo Causídico” tem sede no escritório Maranhão Advogados Associados e tem como principais membros os advogados Helias Sekeff e Carlos Luna;
  • o “Núcleo Operacional” envolve gente da relação dos magistrados, como o ex-deputado federal Edilázio Júnior e o prefeito de Paço do Lumiar, Fred Campos.

Embora tenha dividido com Carlos Luna cerca de R$ 33 mil oriundos do processo de 2015 – que resultou no saque de R$ 14 milhões do BNB – a PF tem Sebastião Maranhão Neto como “aparentemente alheio ao esquema processual fraudulento”; já em relação a Carlos Luna, o documento é implacável:

“Recebeu R$ 550.397,62 (quinhentos e cinquenta mil, trezentos e noventa e sete reais e sessenta e dois centavos) em 36 (trinta e seis) depósitos em espécie, sem identificação do depositante, em datas próximas às decisões e atos processuais suspeitos do evento 1; Adquiriu 20 (vinte imóveis) em 04/02/2016, meses após o levantamento do alvará (evento 1); Realizou diversas transações (crédito e débito), em período próximo aos fatos que envolvem o levantamento do segundo alvará (evento 2), com FELIPE ANTÔNIO SOUSA RAMOS”, diz o relatório da Polícia Federal.

A Polícia Federal vê Carlos Luna com “grande poder dentro da Orcrim, sendo responsável pelos “contatos” com o judiciário, tendo recebido
grande parte dos honorários fraudulentos expedidos por meio de alvarás judiciais”.

  • a outra cabeça criminosa no escritório Maranhão Associados é José Helias Sekeff do Lago;
  • Helias foi advogado da desembargadora Nelma Sarney e do ex-deputado Edilázio Júnior;
  • o irmão, dele, Arnaldo Sekeff, esteve no BNB no dia do saque de R$ 14 milhões, em 2015.

“Durante a investigação, foi possível identificar a participação de HELIAS SEKEFF como membro da organização criminosa, desempenhando o importante papel de repartição dos valores ilicitamente conquistados mediante decisões judiciais corrompidas, além de participar da lavagem dos referidos valores”, afirma o documento da PF.

Além de se apropriar de recursos dos dois saques milionários do BNB, Helias Sekeff e Carlos Luna usaram em sua empreitada outros advogados do escritório, que acabaram também investigados pela Polícia Federal; nessas relações eles se cruzam com o ex-deputado Edilázio Júnior e com a família do prefeito Fred Campos.

São estas relações o tema do próximo post da série sobre a Operação 18 minutos”…

Marcelo Carvalho é o primeiro em produtividade no TJ-MA pelo terceiro ano seguido

Conselho Nacional de Justiça divulgou o ranking nesta segunda-feira, 17, mostrando que o desembargador cumpriu todas as metas estabelecidas e mantém o menor acervo de processos nas Câmaras de Direito Privado

 

PRODUTIVIDADE EM ALTA. Três vezes campeão de produtividade, o desembargador Marcelo Carvalho é estímulo aos colegas de TJ-MA

O desembargador Marcelo Carvalho Silva, do Tribunal de Justiça do Maranhão,  concluiu todas as metas exigidas pelo Conselho Nacional de Justiça, consolidando seu compromisso com a sociedade maranhense.

De acordo com os Mapas publicados pelo TJ-MA, Marcelo Carvalho Silva novamente sobressai, por atingir três vezes seguidas, todas as Metas do CNJ:

  • cumpriu 108,22% da Meta 1, 105,95% da Meta 2, 153,85% da Meta 4, além de alcançar 100% de cumprimento das Metas 10 e 11.
  • Em segundo lugar, o desembargador Raimundo Moraes Bogéa, Meta 1, 511,66, Meta 2, 111,00, Meta 4, 153,85 e 100% das Metas 10 e 11.
  • Em terceiro lugar, o desembargador José Gonçalo de Sousa Filho atingiu os índices Meta 1, 115,08%, Meta 2, 110,42%, Meta 4, 153,85 % e as Metas 10 e 11, 100%.
  • Em quarto lugar, o desembargador Raimundo José Barros de Sousa em que alcançou na Meta 1, 110,59, Meta 2, 110,72, Meta 4, 100 Meta 11.
  • Em quinto lugar, a desembargadora Maria Francisca Gualberto de Galiza produziu Meta 1, 105,50, Meta 2, 106,17, Meta 4, 153,85 e Metas 10 e 11, os índices de 100%.

Menor acervo em Câmaras de Direito Privado

Os números de movimentação processual também reforçam a atuação do magistrado que recebeu 5.681 processos no ano de 2024 e proferiu 6.150 decisões, resultando no menor acervo das Câmaras de Direito Privado no total de 2.610. E julgados no Colegiado no total de 2.728. Total de processos julgados 8.878/2024.

Em segundo lugar em termos numéricos, o desembargador Raimundo Moraes Bogéa no total de 8.337 de julgados. Em terceiro o desembargador José Gonçalo de Sousa Filho com 8.020. Em quarto lugar o desemb. Raimundo José Barros de Sousa com 7.906. Em quinto lugar desembargadora Maria Francisca Gualberto de Galiza com 7.842. De parabéns a Segunda Câmara de Direito Privado, por constar na lista dos cinco primeiros colocados, os desembargadores: Marcelo Carvalho Silva, José Gonçalo de Sousa Filho, Maria Francisca Gualberto de Galiza. Premiados, também, os assessores e servidores que contribuíram para o alcance das metas.(Veja aqui o Mapa Estatístico do CNJ em 2024)

O desembargador Antônio José Vieira Filho recebeu um acervo em mais de 10 mil processos. No item monocráticas julgou 6.851. Em Colegiado produziu 2. 981. Até dezembro de 2024 com o acervo de 9. 675.Perdeu o primeiro lugar pelo não cumprimento da Meta 1, chegando apenas 93,99. Os demais índices foram cumpridos. A juíza Maria de Fátima Almeida Duarte indicada para substituição da Desa. Nelma Sarney, foi excelente nos julgados. Julgou monocraticamente 3.517 e colegiado 785 totalizando 4.302 processos.

METAS CUMPRIDAS. Relação dos desembargadores que atingiram os objetivos definidos pelo Conselho Nacional de Justiça

Importância do Cumprimento das metas do CNJ

O CNJ estabelece metas estratégicas para o Poder Judiciário com o intuito de aprimorar a prestação jurisdicional em todo o país.

O cumprimento e, em muitos casos, a superação dos percentuais exigidos demonstram não apenas a capacidade técnica do magistrado, Marcelo Carvalho Silva, mas também sua dedicação em proporcionar maior eficiência no trâmite processual, beneficiando diretamente a sociedade com julgamentos céleres.

Reconhecimento e impacto no judiciário maranhense

A atuação do desembargador Marcelo Carvalho Silva  serviu com impulso ao time do outros desembargadores. Sua produtividade acima da média e seu compromisso com a eficiência processual, com uma visão moderna e proativa do Poder Judiciário.

Além disso, sua adesão às Metas 10 e 11, voltadas para a resolução de conflitos e para a proteção das vítimas de violência doméstica, demonstra um olhar sensível para questões sociais de extrema relevância.

O homem que arrancou R$17,6 milhões do BNB para desembargadores, juízes e advogados

Francisco Xavier de Sousa Filho é o beneficiário dos dois Alvarás Judiciais que resultaram na “Operação 18 Minutos” da Polícia Federal, envolvendo quatro membros do TJ-MA, dois juízes, sete advogados e outros envolvidos

 

MALOTES MILIONÁRIOS. Flagrante de um dos envolvidos na Orcrim da venda de sentenças no TJ-MA saindo de agência com os milhões do BNB

O ex-advogado do Banco do Nordeste do Brasil Francisco Xavier de Sousa Filho conseguiu em 5/10/2015, nos autos do processo nº 217/1983, sentença contra seu empregador por honorários não pagos no valor de R$ 14.163.443,18. Oito anos depois, em 17/3/2023, o mesmo Francisco Xavier ganhou outra sentença do judiciário maranhense contra o mesmo BNB, agora no valor de R$ 3.439.473,53, resultante dos processos nº0840724-25.2021.8.10.001 e nº 0008181-37.2000.8.10.0001.

  • foram exatos R$ 17.602.916,71 arrancados do BNB em duas sentenças judiciais, uma delas proferida e executada em 18 minutos;
  • mas o ex-advogado ficou apenas com a menor parte dos recursos, que abasteceram contas de membros do TJ-MA e advogados.

“Apesar de ter recebido mais de R$ 17.000.000,00 (dezessete milhões de reais) apenas com os 2 (dois) eventos investigados, [Xavier] residia em uma casa simples em um bairro de classe média baixa em São Luís, não possui registro de viagens para o exterior, passaporte, veículos em seu nome etc…”, afirmou o relatório da Operação 18 Minutos da Polícia Federal, obtido com exclusividade por este blog Marco Aurélio d’Eça.

No documento, de 174 páginas, a PF mostra não ter dúvidas de que os milhões arrancados do BNB abasteceram as contas dos desembargadores Marcelino Chaves Ewerton, Luiz Gonzaga Almeida Filho, Antonio Guerreiro Júnior e Nelma Sarney; dos juízes Cristiano Simas de Sousa e Alice de Sousa Rocha, assessores dos magistrados, vários advogados e empresários maranhenses, todos eles indiciados e denunciados como Organização Criminosa ao Superior Tribunal de Justiça. 

VÁRIOS COMANDOS. Organograma de um dos núcleos da Organização Criminosa envolvendo desembargadores, juízes, advogados e empresários

A Operação 18 Minutos da Polícia Federal foca nos R$ 17,6 milhões sacados por Xavier e na quadrilha judicial no que chama de “Evento 1” e “Evento 2”; mas o ex-advogado do BNB conseguiu da Orcrim outras duas sentenças:

  • a primeira em 15/2/2024, fruto do processo nº 0000621-49.200008.10.0001, resultou no saque de R$ 2.822.428,12;
  • a outra, datada de 2/5/2024, do processo nº 0836302-36.2023.8.10.0001 pagou ao advogado exatos R$ 3.101.858,55.

“Apenas em 2024, depois do recebimento de outros alvarás milionários, [o investigado Francisco Xavier de Sousa Filho] mudou-se para um apartamento de classe média”, conta o relatório da PF, assinado e encaminhado ao STJ pela delegada Rebecca Diniz Alves Fonseca.

  • mas se não desfrutou dos saques criminosos, como Francisco Xavier repassou o dinheiro aos magistrados e advogados?!?
  • é aí que entram esposa, filhos e outros parentes do advogado do BNB, sobretudo Janaina Moreira Lobão Coelho, sua nora. 

Para a Polícia Federal, Janaina Coelho movimentou a maior parte do dinheiro, exatos R$ 12,1 milhões, que espalhou em nada menos que 41 operações para várias pessoas – incluindo uma criança de 8 anos – que fizeram os valores chegar à cúpula da quadrilha.

Mas esta é uma outra história…