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Vice de Maura Jorge conclama “bolsonarianos” a votar no 17 no Maranhão…

Horas depois da divulgação deste blog, dando conta de que Flávio Dino quer se aproveitar dos eleitores do presidenciável, coronel Roberto Filho gravou vídeo em que alerta aos aliados: “Maura Jorge é a representante do nosso presidente no Maranhão”

 

O coronel PM Roberto Filho, vice na chapa da candidata Maura Jorge, conclamou hoje, em vídeo, todos os bolsonarianos do Maranhão a cerrar fileira em torno do 17.

– Temos o dever, temos a missão, temos a obrigação de eleger Maura Jorge governadora do Maranhão. Maura Jorge é 17, assim como nosso presidente é 17, Jair Bolsonaro – afirmou o vice.

Na manhã desta quinta-feira, 4, este blog revelou a estratégia do governador Flávio Dino (PCdoB) de tentar se aproveitar do eleitorado de Bolsonaro no Maranhão.

O comunista silenciou sobre a campanha presidencial porque espera obter, ao menos, 50% dos votos daqueles que apoiam o candidato presidencial do PSL. (Releia aqui)

De acordo com Roberto Filho, o próprio Bolsonaro escolheu Maura Jorge para ser a governadora do Maranhão.

– Por isso conclamo toda a nação bolsonariana do Maranhão para eleger Maura Jorge, 17, ao governo do Maranhão – concluiu. (Veja o vídeo acima)

 

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De olho nos votos de Bolsonaro, Flávio Dino silencia sobre eleição presidencial…

Governador que diz apoiar o candidato do ex-presidente Lula decidiu parar de bater no capitão do PSL – que o considera um atraso no Maranhão – para tentar manter os eleitores bolsonaristas

 

VIROU AS COSTAS. Com Haddad no início da campanha, Flávio Dino nem toca mais no nome do companheiro de esquerda

Cínico do ponto de vista político – a ponto de se abraçar com Aécio Neves (PSDB) e beijar Dilma Rousseff (PT) na mesma eleição – o governador Flávio Dino (PCdoB) está executando o seu estilo furta-cor de alianças neste primeiro turno.

De uma hora para outra, o comunista parou de se referir ao candidato do PSL a presidência Jair Bolsonaro.

Deixou de dar entrevistas na imprensa nacional, tirou a corrida presidencial de seu programa eleitoral e determinou aos seus aliados na imprensa que silenciem sobre a polarização entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro.

Objetivo: manter os votos dos bolsonaristas, que, em sua maioria, apoiam sua candidatura.

ANTICOMUNISTA. Bolsonaro usa a camisa do Sampaio Corrêa, mas já deixou claro que o Maranhão tem que se livrar de Flávio Dino

Até semana passada, Flávio Dino usava Lula diariamente em sua campanha, apresentava-se como aliado de Haddad e classificava Bolsonaro de atraso para o Brasil.

Mas desde que seus analistas passaram a apontar o risco de que a candidata Maura Jorge poderia se beneficiar da ascensão do capitão da reserva do Exército, Dino simplesmente virou as costas para Haddad e passou a ignorar a sucessão presidencial.

Ele sabe, no entanto, que dificilmente terá vida fácil num eventual governo Bolsonaro.

O candidato do PSL odeia a esquerda e, sobretudo, o comunismo.

E já defendeu que o Maranhão “precisa se livrar do comunista Flávio Dino”…

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O fator Maura Jorge…

Candidata do PSL surfa na onda de crescimento do candidato a presidente Jair Bolsonaro e tem perspectiva de crescimento até domingo, alcançando os dois dígitos  na votação do primeiro turno

 

A candidata do PSL, Maura Jorge, experimentou nos últimos dias uma sensação de crescimento no volume de sua campanha, nas ruas e nas redes sociais, sobretudo vinculada também ao crescimento do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). E ela pode ser um fator fundamental para definir a ida da disputa no Maranhão para um segundo turno.

Principal adversária do governador Flávio Dino (PCdoB), a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) polarizou a campanha contra o comunista durante todo o período eleitoral. E alcançou um patamar de votos que gira entre 35% e 40% das intenções de votos.

É um potencial gigantesco para uma disputa contra um governador que não tem a menor cerimônia em usar todos os instrumentos à disposição para se manter no poder, inclusive a própria máquina do governo.

Nesta reta final, no entanto, Roseana necessita do crescimento dos dois outros principais adversários de Flávio Dino – a própria Maura Jorge e o senador Roberto Rocha (PSDB).

Com a pouca movimentação eleitoral de Rocha – impactado também por um tratamento de saúde de um dos seus filhos, o que praticamente o tirou do dia dia da campanha – a expectativa se voltou para Maura Jorge, que tem sabido surfar na onda do bolsonarismo.

A pesquisa Real Time Big Data, divulgada ontem, mostra que Maura Jorge já registra até 8% dos votos válidos, dependendo do cenário. A esse percentual soma-se os votos de Roseana, Roberto Rocha, Odívio Netto (PSOL) e Ramon Zapatta (PSTU), o que torna o cenário das eleições maranhenses indefinido até domingo.

E até lá, o campo bolsonarista está aberto para o crescimento da candidata…

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão

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Assessores de Flávio Dino tentam impedir Maura Jorge de usar camisa de Bolsonaro…

Comunistas reclamaram que a candidata do PSL iria beneficiar seu candidato a presidente, mas as regras do debate garantiram o acessório, uma vez que o número é o mesmo para o governo e para presidente

 

CENSURA. Ao lado de Fábio Câmara e da filha, Thayanne, Maura chega à Mirante com a camisa que Dino queria proibi-la de usar

Um incidente se deu nesta terça-feira, 2, na entrada dos candidatos a governador para o debate da TV Mirante.

Um dos assessores do comunista Flávio Dino incomodou-se com a camiseta que a candidata do PSL, Maura Jorge, usava por baixo do terninho: uma blusa preta com o número 17, que representa sua campanha e a do presidenciável Jair Bolsonaro.

Assessores e aliados de Flávio Dino tentaram inclusive, forçar a candidata a tirar a camisa.

Só depois da intervenção dos coordenadores da Mirante – que garantiram o uso da camiseta, já que prevista nas regras – a candidata pode entrar no estúdio.

A campanha de Flávio Dino não leu e se recusou a assinar as regras do debate.

Já no estúdio, Maura Jorge frisou aos espectadores que Flávio Dino e seu grupo tentaram impedir que ela usasse a camiseta de Bolsonaro porque temem a eleição do capital do Exército.

– Flávio Dino não gosta de Bolsonaro. Eu gosto, e vamos governar o Maranhão ao lado do Bolsonaro – ressaltou, em uma de suas intervenções.

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Maura Jorge é a fiadora do segundo turno no Maranhão…

Volume de campanha da candidata do PSL cresceu nas ruas e nas redes sociais e a sensação de que ela agregou eleitores de Jair Bolsonaro já é perceptível até mesmo nos municípios onde ela sequer fez campanha eleitoral

 

Ainda que de forma tardia, Maura Jorge conseguiu colar sua imagem à de Bolsonaro, ampliando sua votação até mesmo entre quem não a conheceu durante a campanha

A candidata do PSL, Maura Jorge, passou a ser a grande fiadora de um eventual segundo turno na disputa pelo governo do Maranhão.

A polarização entre Flávio Dino (PCdoB) e Roseana Sarney (MDB) estagnou ambos em seus índices-teto de intenção de votos – algo como 48% para ele e 38% para ela, respectivamente, segundo no último Ibope, levando em consideração a margem de erro.

Diante disto, Maura passou a gerar grande expectativa de desempenho.

A ex-prefeita se beneficia direta e indiretamente do crescimento de Jair Bolsonaro (PSL) na disputa presidencial, e já é mencionada como sua candidata até em cidades onde ela não apareceu na campanha.

Diante do fracasso retumbante da campanha do senador Roberto Rocha (PSDB) – que pode amargar índices menores que os principais candidatos a deputado federal e estadual – Maura Jorge se consolidou como terceira via nestas eleições.

Sua participação no debate da TV Mirante, nesta terça-feira, 2 – e a consequente repercussão do programa nos próximos dias, poderá fortalecer ainda mais os laços com Bolsonaro e ampliar a sua votação no domingo, garantindo o segundo turno no processo eleitoral maranhense.

É aguardar e conferir…

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Segundo turno no Maranhão…

Disputa entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad coloca no mesmo polo os candidatos Flávio Dino e Roseana Sarney que devem disputar novo duelo no estado

 

Flávio Dino e seu palanque furta-cor incomodou Lula, que pediu a Roseana também entrar na campanha

Um forte debate tem dominado as redes sociais e os grupos de troca de mensagens em torno do posicionamento dos candidatos a governador no eventual segundo turno das eleições presidenciais.

Ao que tudo indica, devem disputar o segundo turno nacional os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). No Maranhão, caminha-se para um embate entre Flávio Dino (PCdoB) e Roseana Sarney (MDB).

Até pela aliança que tem, natural seria que Flávio Dino se vinculasse ao candidato a presidente pelo PT, Fernando Haddad. Roseana, nesta questão, ficaria com Bolsonaro, certo? Errado.

Até pela postura furta-cor de Flávio Dino – que sempre tentou se beneficiar de tantos quantos presidenciáveis pudesse – a cúpula nacional do PT em geral, e o ex-presidente Lula, em particular, não confiam que o comunista maranhense possa levar Haddad a uma vitória tão inquestionável quanto a de Dilma, dada por Roseana, em 2014.

E o próprio Lula já determinou aos seus auxiliares mais próximos: “quero a família na campanha de Haddad. Roseana, portanto, até pela sua postura progressista, e pela relação que mantém com o PT, primeiro em âmbito nacional, depois no Maranhão, estará na linha de frente da campanha petista.

Jair Bolsonaro tem na candidatura de Maura Jorge ao Governo do Estado um palanque no Maranhão.

Mas independe disto para fazer sua campanha no estado, levada, em grande medida, por militantes da extrema direita, militares e toda sorte de pessoas avessas aos projetos da esquerda – de evangélicos a conservadores, passando por empresários e políticos.

E se dará dessa forma o embate de segundo turno no Maranhão.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão

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Eleitor de Bolsonaro finalmente entendeu aliança com Maura Jorge…

Maura , seu vice e a filha em meio aos bolsonaristas

Com a proximidade do dia 7 de outubro, e com a ameaça de que o pleito fique polarizado entre Flávio Dino e Roseana Sarney, o eleitor maranhense do presidenciável Jair Bolsonaro finalmente parece ter entendido que também precisa eleger Maura Jorge se quiser ver alguma mudança real no estado.

Prova disso foi a recepção dada a Maura Jorge neste domingo (30), em ato pró-Bolsonaro realizado em São Luís, e em outros diversos eventos de apoio ao presidenciável também realizados no interior do estado nos últimos dias.

A adesão ao nome de Maura Jorge em todas essas ocasiões foi unânime.

“Fico honrada em saber que o povo do meu estado entendeu que sou a representante de Bolsonaro no Maranhão. É o reconhecimento a um trabalho intenso, que me fez percorrer todo o estado levando a nossa mensagem de renovação. O nosso evento hoje em São Luís é uma prova de que, juntos, podemos derrotar aqueles que se julgam donos do Maranhão”, afirmou Maura Jorge.

A ex-deputada estadual também comentou sobre a importância de votar nos candidatos do PSL para a Assembleia Legislativa e a Câmara Federal.

“Por melhor que um presidente seja, ele pouco poderá fazer se não tiver ao seu lado pessoas alinhadas com a sua vontade de fazer a diferença. Precisamos dar governabilidade para o presidente Bolsonaro, elegendo deputados estaduais e federais do PSL. Fico feliz em perceber que o nosso povo entendeu isso”, finalizou a candidata a governadora.

Da assessoria

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Meu posicionamento nas eleições de 2018…

Por Ricardo Gondim

Todo líder religioso tem o dever de se antecipar à história antes que algum desastre aconteça. No jargão da teologia, isso se chama “ser profético” – já que profecia é um diagnóstico dos rumos que os eventos podem, ou não, tomar.

Portanto, se um pastor falha em avisar sobre o futuro, ele fracassa em sua vocação.

Por outro lado, por lidar com diversidade de pensamentos e com pessoas de diferentes perfis, o líder religioso deve proibir a si mesmo de querer influenciar os votos de sua comunidade. Ele, ou ela, não pode usar de suas prerrogativas para tentar gerar em seu auditório “comportamento de manada”. É sua obrigação jamais manipular com medo, falsos inimigos; e nunca identificar os que pensam diferente como aliados do Diabo.

Dito isso, a partir desses dois parágrafos, sinto pesar sobre os ombros o imperativo de prever: o que vem por aí se mostra tenebroso caso Bolsonaro prevaleça. Se não me compete afirmar em quem votar, aceito como mandamento aconselhar em quem não votar: #elenão.

Embora ainda esteja muito distante comparar Bolsonaro a Hitler, preciso esclarecer que nos primórdios do fascismo alemão, algumas atitudes serviram para suavizar a ascensão do partido nazista. O radicalismo da direita não chegou de forma abrupta.

Poucos judeus ricos consideraram os alarmes de antissemitismo exagerados – eles repetiam que o ódio aos judeus era secular e não devia criar pânico maior; jornais acalmaram os leitores com textos do tipo: “esses discursos de violência não passam de bravatas”; segmentos da academia, com filósofos de primeira linha como Heidegger, engenheiros, físicos e arquitetos, afirmaram total confiança no nazismo. Por último, não menos importante, inúmeros pastores e padres carimbaram os anseios do nacionalismo.

Todavia, muita gente falou, protestou, foi torturada e assassinada por prever o desastre.

Os protestantes Paul Tillich, Dietrich Bonhoeffer, Karl Barth não se calaram – Barth chegou a pegar em armas, Bonhoeffer participou de uma conspiração para assassinar Hitler e por isso foi enforcado em um campo de concentração. Entre os católicos romanos não se pode esquecer do jesuíta Rupert Mayer, cujo sofrimento terminou em um campo de concentração em Sachsenhausen – sua grandeza mereceu o reconhecimento da igreja e ele foi beatificado pelo Papa João Paulo II. Outro católico, feroz opositor do regime e membro da resistência, foi o jesuíta Alfred Delp, também executado em 1945.

As razões pelas quais denuncio a candidatura, bem como as pretensões políticas de Bolsonaro não são partidárias. Sim, já fui filiado ao PT. Porém, no dia em que Delúbio Soares compareceu à CPI que investigava desvios e compra de voto, o famoso mensalão, entendi como dever ético não mais associar meu nome ao partido. Portanto, não tenho qualquer interesse em defender ninguém ou qualquer bandeira partidária.

Entendo apenas que Bolsonaro representa uma ameaça à democracia e ao estado de direito. Ele põe em risco grupo minoritários como indígenas, homossexuais e imigrantes. Sua ideologia é confessadamente machista, já que tem as mulheres em um patamar inferior. O discurso de ódio que o ex-capitão repete, guarda o potencial de alavancar a agenda fascista.

Bolsonaro apela a grupos radicais e eles alimentam a intolerância. Suas ideias se baseiam na propaganda falsa de que armar o povo estanca a violência. Um argumento tão grotesco como dizer que gasolina apaga fogo.

Bolsonaro tem ambição totalitária; seu discurso contém as sementes do fascismo clássico. A viabilidade de um possível governo seu dependeria da suspensão dos direitos fundamentais dos cidadãos. A democracia falha e trôpega do Brasil corre sérios riscos.

Ele, entretanto, não é protagonista das próprias aspirações. Eu o percebo fantoche de grupos de extrema-direita, interessados em suspender a ordem em nome da segurança, e de meter o Brasil num perigoso fundamentalismo religioso.

Como cristão não posso me calar. Como pastor sinto que me omitir seria negar tudo o que já falei e escrevi. Também sei que tanto a história como Deus são implacáveis com os covardes, e não quero ser contado entre eles.

Soli Deo Gloria

Ricardo Gondim é teólogo e presidente do Instituto Cristão de Estudos Contemporâneos

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Algo de bom em Bolsonaro…

Impressiona que 1/4 da população vire as costas para a Democracia e aprecie a volta de doutrinas autoritárias e privativas de liberdades; mas o fato de essas pessoas estarem expostas – e não mais conspirando nas sombras, nos porões de entidades obscuras – é um remédio para a própria democracia

 

AO EXPOR À LUZ TIPOS COMO BOLSONARO, a Democracia dá a oportunidade de discutir sua própria história e tirar das sombras fantasmas que ainda aterrorizam

Editorial

O mundo democrático e civilizado tem se assustado com a onda que tomou conta do Brasil nestas eleições. Muita, mas muita gente boa – e até instruída – tem aumentado a voz para defender o voto no capitão do Exército Jair Bolsonaro (PSL), líder nas pesquisas de intenção de votos no primeiro turno das eleições.

É preciso estudo sociológico profundo para entender como pode 1/4 da população ativa de um país recém-chegado à Democracia defender ideias antidemocráticas, autoritárias e privativas das liberdades individuais.

A análise das pesquisas qualitativas à disposição apontam, felizmente, ser pouco provável que Bolsonaro consiga seu intento de se eleger; e mesmo que consiga, é mais improvável ainda que consiga implementar uma política do ódio, divisionista, radical e perseguidora.

Mas não deixa de ser assustador que haja cada vez mais gente – já chegam a mais de 1/3 quando a análise é de segundo turno – pregando ideias da ditadura militar como solução para o país.

E é esse o lado bom no fenômeno Bolsonaro.

A presença de um representante do Exército entre os principais candidatos a presidente deu ao país a oportunidade de discutir a sua própria história.

O Brasil teve oito eleições democráticas sucessivas sem, sequer, cogitar a possibilidade da volta do regime militar.

Mas os simpatizantes da ditadura, skin reds e ultranacionalistas não estavam extintos.

Eles estavam ali, conspirando nas sombras, reunindo-se em porões, à espreita, prontos para o ataque à Democracia.

As conspirações políticas dos últimos anos, o jogo de interesses empresariais e a derrubada da classe política fizeram surgir um tipo como Bolsonaro.

Primeiro nas redes sociais, como mero fanfarrão; depois, como opção de poder ao país, coisa que  impossível até de ser cogitada há menos de quatro anos, por exemplo.

E esta possibilidade trouxe à luz seus admiradores, de todos as cores, de todas as vertentes: militares, religiosos, conservadores e nacionalistas.

E no campo aberto da Democracia, eles estão mais aparentes, obrigados a expor suas ideias publicamente e a se mostrar, em todo o seu radicalismo.

Para que possam ser derrotados no voto.

E a Democracia, esta jovem senhora de apenas 33 anos anos, vai agradecer em sua, espera-se, longa trajetória…

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A construção de um golpe de estado…

História do Brasil mostra que o enfraquecimento da classe política, a desmoralização do Judiciário e a aparente convulsão social são construções midiáticas preparatórias para intervenções militares que sempre acabaram em ditadura e perseguições

 

Tanques de guerra nas ruas com apoio popular; o povo foi levado a acreditar que seria bom

As duas declarações de generais do Exército – praticamente uma atrás da outra – sobre o momento político do Brasil, acenderam no fim de semana o sinal de alerta em todos os que lutaram para construir e ainda lutam pela consolidação da democracia no país.

O comandante do Exército, general Villas Boas, afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que, diante da crise política instalada no país, é possível que o próximo presidente não tenha a legitimidade necessária para governar. (Leia aqui)

Antes dele, o vice de Jair Bolsonaro (PSL), general Hamilton Mourão, admitiu que um eventual governo pode dar um autogolpe se considerar momento de anarquia no país. (Relembre aqui)

Os que viveram a época pré-ditadura militar no país, no início dos anos 60, testemunham que viveram clima parecido com o que atualmente existe no Brasil.

Os golpes de estado e as ditaduras são sempre antecedidas por três fatos correlacionados, todos construídos midiaticamente:

1 – A manipulação das massas com notícias de caos social e econômico, exatamente como ocorreu a partir de 2013, ainda no governo Dilma;

2 – O enfraquecimento da classe política, que se deu com o advento da Lava Jato e a sequência de líderes presos, denunciados ou processados na Justiça

2 – A desmoralização do Judiciário, com revelações na mídia de posições supostamente imorais ou análise crítica de votos ou do perfil de seus membros.

Lula sendo levado preso para Curitiba; líder popular impedido de disputar a presidência

Todos estes três pontos já ocorreram no Brasil pós-Lula, mas precisa outros fatores fundamentais: a envolvimento da mídia, o apoio do mercado e, sobretudo, do império americano.

É com a garantia destes três entes que o golpista se sente a vontade para dissolver o Congresso, destituir o Judiciário e assumir o comando supremo de um país.

E estes já se fizeram presentes no Brasil atual.

Está claro que a mídia quatrocentona, o mercado e o império, unidos, já se mobilizam para impedir a vitória da esquerda nas eleições de outubro.

Mas se não conseguirem, o golpe já está preparado…

Leia também:

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Golpe contra Lula caminha para o STF…