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Artigo: imoral e leviano?

Espera-se do Congresso Nacional uma forma que corte também os seus próprios privilégios, sob pena de aprovar uma proposta insana do ponto de vista social

 

Por Renato Dionísio*

Estamos vendo e assistindo, a todo instante, o debate acerca da reforma da previdência nacional. Sabe-se que o presidente Bolsonaro terá que submeter a matéria como emenda constitucional, portanto, com exigência do quórum de 308 votos, não da maioria, como é praxe em matérias comuns.

O que se espera, pelo menos eu, é que o projeto seja de uma REFORMA UNIVERSAL, IGUALITÁRIA E ANTI PRIVILÉGIOS.

Entenda-se como universal, o fato dela sujeitar todos os trabalhadores, sejam civis ou militares, da iniciativa privada ou servidor público, temporários ou eventuais e ainda incorpore os membros das forças armadas nacionais.

Por IGUALITÁRIA o fato de cobrara a mesma contribuição para o mesmo futuro benefício.

E como ANTI PRIVILEGIOS, a premissa de que ponha fim a todas as pensões e aposentadorias especiais, que ainda restam estabelecidas país afora, tais como, as de ex-governadores e as concedidas a filhas de membros das forças armadas não casadas.

Por final, para que tenha autoridade moral de votar este dispositivo, necessário e urgente, nosso Congresso precisa dar exemplo, fazer um gesto, se colocar no nível do que dele espera o trabalhador

Para tanto, precisa pôr um fim a imoral aposentaria de seus membros, que se dá com oito anos de contribuição. 

E assim não procedendo, outro adjetivo não merece, diferente de insano e imoral.

*Poeta, Compositor e Produtor Cultural

 

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O fim do discurso de Flávio Dino…

Ao vencer segunda eleição seguida, em primeiro turno, governador encerra debate Sarney X Anti-Sarney, que dominou a política do Maranhão nos últimos 50 anos; comunista agora recebe a herança de si próprio e precisa provar que não está apenas a montar outra oligarquia

 

SEM DESCULPAS. Vencendo do jeito que quis vencer, Flávio Dino chama para si a responsabilidade de de provar que não quer apenas emendar um novo ciclo oligárquico no Maranhão

Editorial

Assunto encerrado.

Não há mais grupo Sarney no Maranhão.

Pelo menos não no sentido político da palavra, que dominou  o debate eleitoral desde que o então deputado José Sarney elegeu-se governador, em 1966. 

De lá para cá, todas as as eleições maranhenses se dão em meio a expressões como oligarquia, “grupo Sarney”, “família Sarney”.

E essas expressões alimentam o discurso de oposicionistas de toda espécie.

Agora acabou.

O grupo Sarney não vence há oito anos uma eleição no Maranhão; a última foi vencida em 2010, do próprio Flávio Dino, quando foram eleitos tanto a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) quanto os senadores João Alberto de Sousa e Edison Lobão (MDB).

Desde então, só deu Flávio Dino.

Além de eleger em 2012 – e reeleger, em 2016 – o prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PDT), o comunista venceu em primeiro turno as eleições de 2014 e de 2018, garantindo também os dois senadores.

Venceu, portanto, não apenas os Sarney, mas os Lobão e os Murad.

Agora é hora de acabar com este discurso.

Simbolicamente, o grupo Sarney se restringirá a uma única vaga na Assembleia Legislativa, sem representação no Congresso Nacional e sem interlocução com os candidatos a presidente.

A responsabilidade agora é de Flávio Dino.

E insistir no discurso de que luta contra uma oligarquia não vai mais funcionar para o povo maranhense.

O que o comunista precisa é melhorar os indicadores sociais, elevar o desenvolvimento do estado, coisa que, a rigor, ainda não fez no estado.

E agora não tem mais o grupo Sarney para servir de desculpa.

Simples assim…

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Presidente do PDT de Brasília pede “todo mundo armado” contra o imepachment…

Ex-candidato a deputado federal, José Sílvio dos Santos orienta militantes a “avançar em direção ao Congresso Nacional, atirando para matar” em quem ele chama de golpistas

 

O perfil de José Sílvio; atitudes insanas...

O perfil de José Sílvio: insanas apologias…

Há loucos para todos os gostos na guerra do impeachment que movimenta Brasília.

Presidente regional do PDT na capital federal, o ex-candidato a deputado federal José Sílvio dos Santos, postou ontem uma espécie de ordem para a guerra, em seu perfil no Facebook.

– Minha ordem é ocupar os dois lados da Esplanada dos Ministérios. E quero todo mundo armado – determinou o pedetista, que inclui em seu perfil o título de presidente da Associação Brasileira de Oficiais Anistiados da Força Aérea Brasileira.

– No dia da votação do golpe, minha ordem é avançar em direção ao Congresso Nacional, Câmara e Senado. Atirando para matar – prega ele, que também pede cordas aos seus seguidores, para enforcar deputados e senadores golpistas.

É óbvio que José Sílvio é apenas mais um louco radical, daqueles que proliferam de lado a lado nesta batalha que parou o país.

O problema é que suas pregações foram encaminhadas a gente tão boçal quanto ele, como os pastores Marcos Feliciano e Silas Malafaia, além do deputado Jair Bolsonaro e seus filhos.

E a coisa pode não prestar…

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Ou o PT ou o PSDB, mas o objetivo é claro: jogar o PMDB contra Dilma…

Ação da Polícia Federal contra lideranças do PMDB ligados aos chefes do Congresso e ao vice-presidente Michel Temer levanta suspeitas às vésperas da decisão do STF sobre o impeachment

 

Renan, Temer e Eduardo Cunha: cúpula do PMDB no alvo da PF

Renan, Temer e Eduardo Cunha: cúpula do PMDB no alvo da PF

Não há como deixar de levantar estranhezas na ação da Polícia Federal contra alguns dos principais caciques do PMDB nesta terça-feira, 15.

Se foi uma ação orquestrada pelo próprio governo Dilma Rousseff (PT), para constranger o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o tiro pode ter saído pela culatra, por que atingiu aliados do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Mas pode ter a ver também com os aloprados do PT, para atingir Michel Temer e constranger o PMDB a se recompor com Dilma.

Mas a operação poder tido influência até do próprio PSDB, para jogar, Cunha, Temer, Calheiros e o PMDB contra Dilma e forçar a aceleração do impeachment.

O fato é que a operação da PF causou ainda mais estragos políticos na já combalida Brasília.

Agora, é aguardar o desfecho da situação…

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Weverton vai liderar bancada federal do PDT em 2016…

Parlamentar maranhense ganha mais força partidária na Câmara e, coordenador de 21 deputados, passa a ser uma das lideranças nacionais pedetistas

 

Weverton com Calors Lupi, Manoel Dias, André Figueiredo e o demais deputados

Weverton com Calors Lupi, Manoel Dias, André Figueiredo e o demais deputados

O deputado federal maranhense Weverton Rocha foi escolhido ontem para ser o líder do partido, na Câmara, em 2016.

Mesmo de licença do mandato, Rocha teve a unanimidade dos votos na reunião, dirigida pelo presidente da legenda, Carlos Lupi, e com a presença do ministro das Comunicações, André Figueiredo.

Weverton seria o sucessor natural de André Figueiredo, por ser o vice-líder da bancada, mas como está de licença, o posto ficará com o deputado Afonso Motta até o final do ano.

O PDT tem hoje 21 deputados, mas a expectativa, segundo Weverton Rocha, é que chegue a 35 com a abertura da janela partidária.

O pedetista maranhense agradeceu pelo reconhecimento do trabalho.

– Não é fácil ter o reconhecimento da maioria, em qualquer ambiente. Obrigado pela confiança de todos os companheiros de partido – disse.

Participaram, também, da reunião, os deputados Abel Mesquita, Damião Feliciano, Dagoberto, Felix Mendonça Junior, Flavia Moraes, Flavio Nogueira, Giovanni Cherine, Marcelo Matos, Márcio Rogério, Mário Heringer, Ronaldo Lessa, Rosângela Curado, Sérgio Vidigal, Subtenente Gonzaga e Wolney Queiroz.

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O peso de Sarney na estabilidade de Dilma…

Mesmo sem mandato, ex-presidente exerce forte influência em setores do Poder, em Brasília, e articula com chefes de poder, ministros de tribunais superiores e parlamentares a garantia da estabilidade política

 

No Planalto, o ex-presidente é uma espécie de eminência-parda, para garantir a governabilidade

No Planalto, o ex-presidente é uma espécie de eminência-parda, para garantir a governabilidade

O ex-presidente José Sarney é o mais ativo aliado da presidente Dilma Rouseff (PT) nos bastidores da política nacional.

Sereno e equilibrado, Sarney tem garantido, por exemplo, a postura republicana do vice-presidente Michel Temer, como revelou a colunista Tereza Cruvinel, há suas semanas. (Releia aqui)

Com Calheiros, a garantia do equilíbrio político no Congresso

Calheiros: equilíbrio no Congresso

Sarney também teve papel crucial na postura do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a quem orientou não romper com Dilma, segundo revelou o jornalita Ricardo Boechat no início da semana. (Reveja aqui)

A postura politicamente equilibrada, a serenidade e a experiência do ex-presidente tem garantido, inclusive, a diminuição dos riscos de uma explosão de ações contra Dilma na Câmara Federal.

Boas relações também nos tribunais superiores

Boas relações também nos tribunais superiores

Agora, as relações de Sarney no Tribunal de Contas da União são fundamentais para garantir a aprovação das contas de Dilma, impedindo que a oposição capitaneada pelo PSDB possa ter argumentos técnicos para abertura de um processo e impeachment da ex-presidente.

Os tucanos sonham afastar Dilma do poder agora, apostando em nova eleição, por que sabem que, a partir de 2018, o mandato presidencial será de apenas quatro anos. E querem por que querem o poder agora.

Por isso a importância política de José Sarney no cenário nacional.

Com ou sem mandato…

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Chiquinho Escórcio vai atuar na articulação com Michel Temer…

Ex-senador e ex-deputado federal, maranhense será um dos homens de confiança do vice-presidente e ministro de Articulação política no contato com parlamentares no Congresso Nacional

 

Escórcio é agora um dos principais assessores de Michel Temer

Escórcio é agora um dos principais assessores de Michel Temer

O Ex-senador e ex-deputado federal Chiquinho Escórcio (PMDB) será assessor direto do vice-presidente da República, Michel Temer, na articulação com o Congresso Nacional.

Escórcio foi chamado por Temer, que é ministro da Articulação Política do governo Dilma Rousseff (PT), para cuidar diretamente do  contato com deputados e senadores. E ocupará um dos gabinetes no quarto andar do Palácio do Planalto.

Chiquinho Escórcio é um dos mais experientes e articulados políticos do Maranhão em Brasília. Com trânsito livre tanto na Câmara Federal quanto no Senado, ele se relaciona com a maioria dos parlamentares, e é prestigiado em todas as bancadas.

– Nestes anos de convivência no Congresso, como assessor ou parlamentar, fiz muitas amizades. Me sinto à vontade, sobretudo para representar o vice Michel Temer, que hoje é o ponto de equilíbrio do governo Dilma – disse Escórcio.

Além de deputado federal e senador, Chiquinho já foi secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, assessor da Casa Civil no governo Lula e assessor especial da presidência do Senado.

É com esta experiência que ele vai atuar na articulação política do governo…

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Congresso tem 131 pré-candidatos a prefeito – seis no MA…

Faltando seis meses para as eleições municipais, o Congresso Nacional tem 131 candidatos a prefeito em todo o país.

São 129 deputados federais e dois senadores – Cícero Lucena (PSDB), em João Pessoa (PB), e Inácio Arruda (PCdoB), em Fortaleza (CE).

Os números não são definitivos por que os pré-candidatos ainda precisam ter os nomes confirmados nas convenções partidárias.

Entre os maranhenses, seis deputados planejam disputar as eleições.

Edivaldo Júnior (PTC) vai concorrer em São Luís; Zé Vieira (PR) é candidato em Bacabal, Costa Ferreira (PSC) concorre em Raposa e Pinto Itamaraty (PSDB) se articula para disputar as eleições em Paço do Lumiar.

Também são candidatos Ribamar Alves (PSB), em Santa Inês, e Davi Alves Silva Júnior (PR), em Imperatriz.

A lista de maranhenses pode crescer se Hélio Santos (PSD) e Alberto Filho (PMDB), decidirem entrar na disputa.

Eles são cotados, respectivamente, em Açailândia e Bacabal,  mas eles só pretendem concorrer se o seus indicados não se viabilizarem.

O prazo para definição das candidaturas termina no dia 30 de junho…

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Emenda da Saúde decepciona municípios…

Mareca considera aprovação um golpe nos municípíos

A aprovação da Emenda 29, conhecida por Emenda da Saúde, no Senado Federal, foi criticada pelo presidente da Federação dos Municípios do Maranhão, Júnior Marreca (PV).

– Esta manobra do Governo Federal contrariou a expectativa de toda a sociedade – disse Marreca.

Para o líder municipalista, o cenário brasileiro virou as costas para a população, não permitindo a regulamentação da EC 29 no seu texto original, que atribuía a obrigatoriedade da União em gastar 10% da sua receita com a saúde.

A Emenda 29 é uma luta de mais de 10 anos da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e das Federações Municipais, que exigiam a destinação de pelo menos 10% do orçamento da União para a saúde.

De acordo com o texto aprovado e que vai à sanção presidencial, a União destinará à Saúde o valor aplicado no ano anterior acrescido da variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores ao que se referir a lei orçamentária.

– É inadmissível que o Governo Federal jogue nas mãos dos municípios a incumbência da saúde, se ele mesmo não ajudou a população brasileira – comentou.

Ao final prevaleceram os interesses do Palácio do Planalto e sua base parlamentar, pois a medida equivale ao que já é feito atualmente pelo governo federal.

Para os Estados e Municípios permanecem os porcentuais de 12% e 15%, respectivamente.

No texto original estava a definição dos 10% para a União, que acabaram sendo retirados pelo substitutivo da Câmara dos Deputados e reiterado pelo Senado.

 

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Se o Congresso não faz, a Justiça faz…

Ministros em sessão que reconheceu união homossexual

O reconhecimento da união civil homoafetiva pelo Supremo Tribunal Federal, ontem, é mais uma sobreposição do Poder Judiciário sob o Poder Legislativo.

Nos últimos anos tem sido assim: quando o Congresso Nacional não faz, a Justiça vai lá e resolve – seja no âmbito eleitoral, civil ou trabalhista.

Impregnada por religiosos de correntes as mais diversas, a Câmara Federal vem há anos tentando votar um projeto de lei que possa dar garantias legais aos casais homossexuais no país.

Tem sido constantemente intimidada pelo lobby católico-evangélico.

Acovardada em nome do voto, sucumbe às chantagens de grupos religiosos os mais diversos.

O correto resultado do STF, ontem, não tirou direitos de quem quer que seja. Ao contrário, deu garantias a quem o conceito judicial de inspiração católica negava o mínimo.

Foi assim também com as regras da Fidelidade Partidária, com a Lei da Ficha Limpa e até com questões trabalhistas e de códigos legais – Penal, Civil e de Processos.

E será sempre que a Câmara e o Senado se recusarem a exercer seus papéis.

Que já demonstram, também, nem ter tanta utilidade assim…