Deputado estadual que também é advogado esclarece em entrevista à TV Mirante que o único crime cometido no caso envolvendo o vice-governador Felipe Camarão e a deputada Mical Damasceno é o vazamento de conversas privadas
O deputado estadual Rodrigo Lago (PCdoB) esclareceu nesta sexta-feira, 30, até onde há crime no caso envolvendo o vice-governador Felipe Camarão (PT) e a deputada Mical Damasceno (PSD), resultante de vazamento de conversas privadas pelo “blogueiro” Victor Landim.
“O primeiro ponto que eu destaco é: o criminoso indiscutível é o tal blogueiro, que ninguém o acusa de absolutamente nada. Primeiro, que ele vazou uma suposta conversa privada. O vazamento de uma conversa privada por si só já é um crime”, ressaltou Lago, que é advogado, em entrevista ao programa Bastidores, da TV Mirante.
- Rodrigo Lago critica, também, a condução da investigação na Polícia Civil;
- segundo ele, há irregularidades no registro da ocorrência e até na perícia;
- segundo ele, essas irregularidades mancharam toda a investigação policial.
“A condução da investigação criminal no âmbito do governo foi feita de forma absolutamente afastada dos princípios constitucionais, dos princípios legais. O delegado que instaurou a investigação não tinha atribuição para isso, a chamada perícia foi feita por alguém que naõ tem expertise na área. Violou-se a cadeia de custódia. Essa dúvida agora nós teremos para sempre, se esse fato aconteceu ou não, exatamente por que mancharam completamente a apuração dos fatos”, afirma o parlamentar.
Rodrigo Lago revelou que já dialogou com a presidente da Assembleia Legislativa, deputada Iracema Vale (PSB), sobre as investigações no âmbito da própria Casa, que ele também diz não fzer sentido algum.
“Não existe impeachment, não existe crime de responsabilidade de vice-governador. É uma peça de ficção o que tramita na Assembleia. Eu dialoguei ontem com a presidente da Assembleia e espero que isso seja arquivado imediatamente; a gente precisa entender a quem interessa isso: tirar o vice-governador do cargo”, questionou o parlamentar.
- durante a entrevista, Rodrigo Lago reforçou sua solidariedade à colega Mical Damasceno;
- para ele, a conversa em si é uma agressão e o vazamento ampliou os danos à imagem dela.
“Mas também me solidarizo com o vice-governador, que também está sendo vitima. Um processo enviesado na política; e o processo de impeachment não tem nenhum amparo constitucional para que tramite na Assembleia”, concluiu o parlamentar.
A entrevista de Rodrigo Lago deve servir de base para análise do caso na própria Assembleia.
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