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Fim do foro pode levar Flávio Dino à Justiça Federal; agora como julgado…

Caso o Congresso Nacional confirme mesmo que autoridades não terão privilégios para crimes comuns, caso do caixa 2 do comunista será julgado pelos seus ex-colegas

 

Flávio Dino pode sentar no banco dos réus na Justiça onde foi julgador

O Senado Federal aprovou em primeiro turno, na semana que passou, o fim do foro privilegiado para todas as autoridades, exceção feita aos presidentes da República, da Câmara e do Senado.

É longo o caminho para que essa medida vire, de fato, lei, mas seus efeitos podem trazer implicações importantes para alguns delatados da Lava Jato, como o governador Flávio Dino (PCdoB), por exemplo.

Denunciado por um dos executivos da Odebrecht como recebedor de caixa 2 de R$ 200 mil em 2010, Flávio Dino tem o caso ora analisado pelo Superior Tribunal de Justiça, por ter foro privilegiado.

Se o fim do foro for confirmado, sua delação passará a ser analisada por uma das duas varas criminais da Seção Judiciária de São Luís e não mais pelo STJ.

Passará, efetivamente, de julgador a julgado, portanto.

São duas varas criminais na Justiça Federal de São Luís: a primeira tem como titular o juiz Roberto Veloso; a segunda é comandada por Magno Linhares.

Por ser muito amigo de Dino, é provável que Linhares se declare impedido.

O julgamento do foro é para Flávio Dino, portanto, algo a ser observado com atenção…

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Eliziane faz campanha contra projeto de abuso de autoridade…

Deputada federal prega participação popular nas redes sociais para impedir que a proposta seja aprovada no Senado; para ela, trata-se de uma tentativa de acabar com a Operação Lava Jato

 

A deputada federal Eliziane Gama (PPS) iniciou uma série de vídeos na internet em que prega participação popular contra o projeto de Abuso de Autoridade, que deve começar a ser votado na Senado Federal.

– É claro que ninguém está acima da lei. mas aprovar este projeto neste momento ó tem um objetivo: acaba com a operação Lava Jato – diz a parlamentar.

Eliziane explica que, a partir do projeto, qualquer investigado poderá processar os operadores que atuam no combate à corrupção, ora em curso no país.

– Por isso é muito importante o seu engajamento. Vá às redes sociais e deixe o seu protesto; ligue para o seu senador e peça que ele vote contra o projeto – pregou Eliziane…

Veja o vídeo acima

 

 

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Para Flávio Dino “era normal empresas procurarem políticos” e vice-versa…

Delatado na operação Lava Jato como recebedor de caixa 2 de R$ 200 mil, governador do Maranhão explica em entrevista à TV Mirante que a cultura do país era essa, até as eleições de 2014

 

Enrolado
Dino se complica cada vez que fala

Uma declaração do governador Flávio Dino (PCdoB) acabou ofuscada pelo feriadão do último fim de semana, mas é uma espécie de revelação da cultura eleitoral no país, do qual o próprio comunista fez questão de se beneficiar.

– Era normal que os políticos procurassem empresas e empresas procurassem políticos. Era esse o sistema vigente até 2014 – frisou o comunista, em resposta à TV Mirante, para explicar as doações da Odebrecht à sua campanha.

Dino foi pego na Operação Lava Jato sob a acusação do ex-executivo da empresa, José de Carvalho Filho, de que recebera R$ 200 mil, em caixa 2, nas eleições de 2010.

Ex-juiz federal e ex-secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça, Flávio Dino deixou a magistratura para se aventurar na carreira política anunciando-se como a mudança no Maranhão.

Estranho, portanto, que o arauto da mudança se utilize dos mesmos métodos que jurou combater apenas pelo fato de ser “o sistema vigente”.

Uma grave revelação…

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Flávio Dino e Odebrecht: a conexão Alcântara…

Dossiê da Procuradoria-Geral da República montado a partir da delação do ex-diretor José de Carvalho Filho cita visitas do governador comunista à base de Alcântara, logo nos primeiros dias do seu governo, para discutir futuro da base, alvo da empreiteira desde 2010

 

Dino em Alcântara
Viagens coincidiram com período de crise no consórcio firmado entre Brasil e Ucrânia

Há no dossiê da Procuradoria-Geral da República relativo ao pagamento de caixa 2 de R$ 200 mil ao governador Flávio Dino (PCdoB) – para atender a interesses da Construtora Odebrecht – registros de visitas do comunista à Base de Lançamento de Alcântara.

O documento cataloga matérias de jornais e informações sobre o interesse do governador comunista no CLA. Para tentar entender os motivos dos registros da PGR, é preciso relembrar no tempo a relação de Dino com Alcântara.

A primeira visita do comunista se deu logo nos primeiros dias do seu governo, em 21 de janeiro de 2015.

O objetivo, segundo matéria da própria assessoria, era garantir a manutenção de investimentos em tecnologia no CLA. (Veja aqui)

O site do Ministério da Ciência e Tecnologia registra nova visita de Flávio Dino a Alcântara em 25 de novembro de 2015. Desta vez, o governador chamou o então ministro da Defesa, Celso Pansera, para tratar “dos rumos do programa espacial brasileiro“, após o rompimento do acordo Brasil/Ucrânia. (Leia a íntegra da matéria aqui)

Definição de rumos
Dino recebe o então ministro Pansera para discutir futuro de Alcântara após rompimento da Cyclone Space

A princípio, a visita do governador a Alcântara não aparenta nada de mais extraordinário.

É preciso voltar ainda mais no tempo, porém, para se chegar a um indício do que quer a PGR com os recortes de informações sobre a presença do comunista na base espacial.

Chega-se a 2010, mesmo ano em que, segundo a delação do ex-executivo José de Carvalho Filho, Flávio Dino recebeu R$ 200 mil em caixa 2 para sua primeira campanha ao governo. (Relembre aqui)

Naquela época, a Odebrecht disputava licitação, em consórcio com a Andrade Gutierrez, para construção de uma nova base para a empresa Cyclone Space, formada pelos governos do Brasil e da Ucrânia.

Mas em maio de 2010 o Conselho de Defesa Nacional decidiu encerrar a licitação, alegando necessidade de pressa na definição do calendário para a obra.

A revista Exame escreveu sobre o assunto. E disse o seguinte:

– Segundo EXAME apurou, o consórcio formado por Odebrecht e Andrade Gutierrez é o que está em negociações mais avançadas com a Agência Espacial Brasileira e os representantes ucranianos para o início da obra. (Leia a íntegra aqui)

Odebrecht em Alcântara
Torre Móvel de Integração feita para a construtora pela RCO soluções para indústrias

De fato, o consórcio Odebrecht/Andrade Gutierrez foi escolhido para tocar o projeto Cyclone 4.

Tanto que, em 19 de abril de 2012, o site da empresa RCO, especializada em equipamentos para indústrias, noticiou a entrega de uma Torre Móvel de Integração, de sua fabricação, para expansão da base de Alcântara, então sob a responsabilidade da Odebrecht. (Leia aqui)

Ocorre que, a partir de 2014, quando Dino disputava o governo maranhense pela segunda vez – agora com doação legal de R$ 200 mil da mesma Odebrecht – a parceria Brasil/Ucrânia em Alcântara começou a fazer água.

O acordo bilateral foi oficialmente rompido em julho de 2015. (Saiba mais aqui)

E provavelmente esteja exatamente aí a relação entre as duas visitas de Dino ao Centro de Lançamento, já na condição de governador.

Mas isto só poderá ser esclarecido pelo Ministério Público…

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Othelino diz que Flávio Dino quer investigação rápida da Lava Jato…

Othelino Neto defendeu Dino e criticou oposição

O deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) voltou a rebater a oposição quanto à citação do nome do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), em delação de um dos executivos da Odebrecht.

Segundo o parlamentar, o maior interessado que a apuração seja feita, de forma célere, é o chefe do Executivo maranhense que é um homem honrado, decente e que se viu em um determinado momento sendo colocado sob suspeita.

– Ele próprio já disse querer uma apuração rápida para que a verdade se restabeleça e não fique na vala comum. O sonho da oposição é transformar todos os diferentes em iguais – disse.

Othelino criticou ainda a postura da oposição ao fazer pré-julgamentos em relação ao governador Flávio Dino.

– Eu nunca vim a esta tribuna dizer que o rei das delações, que é o senador Lobão, que está em todas e não conseguiu ficar fora de nenhuma, é um criminoso. Por quê? Porque é preciso que se respeite o devido processo legal. O Supremo Tribunal Federal já instaurou inquérito para apurar, ele será ou não indiciado e eu não estou antecipando aqui o que vai acontecer – comentou.

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Andrea vê ação midiática de Flávio Dino contra Lava Jato…

Deputada diz que governador Flávio Dino tenta gerar fatos para tirar o foco da operação que desbaratou o seu envolvimento no esquema de propina e caixa 2 da Construtora Odebrecht

 

A ação midiática desenfreada do governo do Maranhão demonstra completo desespero de Flávio Dino que entra a segunda semana com a imagem manchada pela sua inclusão na lista da lava jato.

A deputada Andrea Murad fez uma breve análise do cenário e disse que a postura de Flávio Dino mostra um total descontrole emocional diferente de outros governadores.

Eu estava comparando as situações e vejo o descontrole emocional que ficou o governador Flávio Dino com isso. Ninguém ficou imune aos seus ataques. Atacou o delator, criticou a Lava Jato, vociferou via redes sociais, atacou a justiça. Eu vi as reações de outros governadores e não vi por exemplo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, descontrolado, falando de ninguém. O governador Geraldo Alckmin emitiu uma nota e muito calmamente disse que a justiça vai provar a inocência dele. Contrário a Alckmin, o governador Flávio Dino só demonstra o seu total desequilíbrio porque nunca imaginou que fossem descobrir o propineiro que ele é – disse Andrea.

Andrea Murad criticou a massificação das propagandas do governo em horário nobre, a participação do governador em entrevistas de TV e rádio, além de divulgações de pesquisas antigas para beneficiar Flávio Dino.

Para a parlamentar, mentiras são disparadas para tirar o foco das acusações de receber dinheiro de caixa 2 da Odebrecht, o que motivaram Andrea entrar com ofícios solicitando informações sobre os anúncios feitos pelo governo.

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“Flávio Dino morde a própria língua”, diz Edilázio Júnior…

O deputado estadual Edilázio Júnior (PV) fez dura crítica hoje, à postura adotada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), após o comunista ter sido envolvido no escândalo de corrupção conhecido Lava Jato.

Dino foi citado em delação feita por José de Carvalho Filho, ex-funcionário da Odebrecht, ao Ministério Público Federal (MPF).

No depoimento, Filho detalhou o pagamento de R$ 200 mil à campanha de Flávio Dino em 2010, em troca de apoio do comunista, então deputado federal, ao Projeto de Lei nº 2.279/2007 de interesse da empreiteira, na Câmara dos Deputados e afirmou   que outros R$ 200 mil foram pagos na campanha de 2014, mas de forma oficial.

Para Edilázio, o envolvimento de Flávio Dino na Lava Jato, é uma decepção para o eleitor maranhense.

“Ele, que até ontem era o arauto da moralidade do nosso Maranhão, que já era uma decepção como gestor e como político, agora é uma grande decepção com relação à moral. Porque o que ocorreu com relação à Odebrecht, não se trata de ‘Caixa 2’, se trata de propina”, disse.

Edilázio lembrou que todo o esquema delatado por José de Carvalho Filho, está registrado pela Odebrecht. Ele enfatizou o apelido de Dino na denúncia: Cuba, e fez referência à senha utilizada pelo governador, segundo a delação, para o resgate do dinheiro: Charuto.

“Vale ressaltar que o delator, que se dava muito bem com ele. Já veio aqui no Maranhão depois de ele ter sido eleito governador. Visitou ele [Flávio Dino] várias vezes ainda na Embratur. O governador Flávio Dino hoje morde a própria língua”, enfatizou.

Antes de finalizar o seu discurso, no Grande Expediente, Edilázio ainda fez uma crítica em relação à postura adotada por Dino após ter sido citado na Lava Jato.

“Quando a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) foi citada, na época pelo Paulo Roberto Costa, houve um alvoroço aqui de governistas, já condenando-a. Hoje o governador morde a própria língua”, finalizou.

O discurso de Edilázio foi aparteado pelos deputados Eduardo Braide (PMN), Sousa Neto (PROS) e Adriano Sarney (PV), que destacaram a coerência no posicionamento.

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Lula e Moro vão ter primeiro cara a cara…

Militantes de esquerda e de direita se organizam para estar em Curitiba, no dia 3 de maio, para aquele que está sendo chamado de “ato monstro” e “combate do Século”

 

“Choque Rei”
Sérgio Moro e Lula se enfrentam publicamente, mas nunca se encontraram pessoalmente

Uma verdadeira batalha campal pode ocorrer no dia 3 de maio, em Curitiba, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá depor ao juiz da Lava Jato, Sérgio Moro.

Militantes de esquerda e de direita, prós e contra Lula já agendam caravanas para participar da audiência, o primeiro contato cara a cara entre Lula e Moro.

Na esquerda, o movimento é coordenado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) além do Movimento dos Sem Terra (MST) e a Nação Hip Hop no apoio.entre os signatários.

– Como qualquer outra pessoa, se há suspeita, Lula precisa ser investigado. Mas acreditamos que há um linchamento com evidente viés político contra ele – afirma o líder do MTST, Guilherme Boulos.

O “Revoltados Online”, grupo de direita e anti-PT, organiza uma ” motocicletada” com até 10 mil motos, “de carona” um “pixuleco” dentro da gaiola.

Além dele, o Movimento Brasil Livre (MBL), deve mandar apenas “olheiros”. O “Vem pra Rua” não vai.

– Não se justifica. A Justiça está andando bem até agora e cuidará do caso – diz o cabeça do movimento, Rogério Chequer.

Até agora, nenhuma autoridade – nem o próprio Sérgio Moro – anunciou qualquer ação para coibir eventuais confrontos.

Mas a “hora da verdade” já está chegando…

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Pacto de afogados…

Confraria de delatados proposta pelo governador Flávio Dino é vista por analistas como uma tentativa de abafar a Operação Lava Jato

 

No mesmo barco
Pilhados na Lava Jato, Aécio e Dino agora querem resolver “caos institucional”

 

O governador Flávio Dino (PCdoB) diz-se indignado com a delação do ex-executivo da Odebrecht, José de Carvalho Filho, que apontou pagamento de R$ 200 mil ao comunista nas eleições de 2010.

Mas Dino não é visto cobrando apuração rápida para provar a inocência. Pelo contrário, ele já tem atuado é para barrar os avanços da Lava Jato.

O governador faria parte de uma espécie de confraria de delatados – do PT, PCdoB, PSDB, PMDB – para tentar dar um freio na operação. O assunto foi pauta do fim de semana do jornal Folha de S. Paulo, que revelou até um suposto contato sobre o tema entre os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A Folha ouviu o próprio Flávio Dino, que falou de uma batalha entre o que chamou de “Partido da Lava Jato e o Lulismo”.

– Há até uma data de lançamento desse confronto: 3 de maio, em Curitiba – disse Dino, à coluna Painel.

3 de maio será o dia do depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro.

Mas o “pacto de afogados” foi proposto por Flávio Dino em seus próprios perfis de redes sociais. No Twitter, ele propôs um acordo dos partidos de centro e de esquerda para buscar uma saída institucional.

E completou: “Fora da Política não há salvação real”.

Desde o início da Operação Lava Jato, Flávio Dino já navegou em várias frentes.

Comemorou a simples citação de adversários, fez festa com depoimentos que apontavam outros partidos e até se envolveu em embates com o juiz Sérgio Moro.

Mas agora, pilhado na operação, ele age em causa própria, propondo o pacto de afogados…

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão

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O charuto de Flávio Dino em Cuba

Planilha detalhada da operação montada para o pagamento de R$ 200 mil ao governador maranhense, em caixa 2, confirma o codinome e a senha usadas pelo comunista

 

Comunista tem charuto e adora Cuba
A tabela do Atual 7 com o codinome e a senha usada por Dino para receber os R$ 200 mil

Este blog publicou no último sábado a planilha que indica o Codinome “Cuba”, como sendo o do governador Flávio Dino (PCdoB) no esquema de pagamento de propina e caixa 2 pela Construtora Odebrecht, desbaratado pela Operação Lava Jato. (Relembre aqui)

A identificação tem tudo a ver com o motivo que levou Dino a pedir os R$ 200 mil à empresa: ele cuidava de um projeto de interesse da Odebrecht, com influência direta em investimentos na ilha comandada pelos irmãos Fidel e Raul Castro.

Nesta segunda-feira, o blog Atual 7 trouxe outra planilha, ainda mais detalhada, que revela a senha usada por Flávio Dino – ou qualquer portador em seu nome – para receber o dinheiro.

Bastava pronunciar “Charuto” e Dino ou seu enviado receberiam o pagamento do caixa 2.

E a senha também tem tudo a ver com o comunista, já que Cuba é um dos maiores produtores de charutos do mundo.

Com esses detalhes, aos poucos vai se montando o quebra-cabeças envolvendo o pagamento irregular ao governador maranhense.

E ainda tem muita coisa a vir à tona…