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Após pesquisa, Zé Inácio vê caminho aberto para o PT…

Deputado estadual avalia cenário indefinido em São Luís e põe seu nome à disposição do partido para concorrer à sucessão do prefeito Edivaldo Júnior, defendendo o legado dos governos Lula e Dilma

 

Zé Inácio com Lula; para o deputado, ninguém representa tão bem o ex-presidente quanto um quadro do próprio PT

O deputado estadual Zé Inácio (PT) avaliou a pesquisa do Instituto Data Ilha como a prova de um caminho aberto para uma candidatura do PT em, São Luís.

Apesar de criticar a imprecisão de alguns cenários apontados no levantamento, Inácio vê nos números um cenário de indefinição da eleição na capital maranhense.

– Por isso me coloco à disposição do PT como pré-candidato para disputar as eleições para a Prefeitura de São Luís, uma candidatura 100% Lula, que representa, verdadeiramente, o legado dos governos do PT para o nosso povo – afirmou o deputado em suas redes sociais.

Mesmo sem citar nomes, Zé Inácio já havia criticado a tentativa do candidato do PCdoB, Rubens Pereira Júnior, de se apresentar como candidato do Lula. Para ele, ninguém tem a legitimidade para representar Lula como um candidato do PT tem.

– O caminho é pela esquerda. E não há esquerda sem o PT – afirmou.

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Márcio Jerry nega “plantação” de notícia sobre PT e Flávio Dino…

Presidente regional do PCdoB no Maranhão, deputado federal atribui à “imaginação fértil da imprensa” especulação segundo a qual petistas teriam convidado o governador maranhense a se filiar ao partido

 

Márcio Jerry tentou apagar o incêndio causado na relação entre Flávio Dino e o PT após desmentidos de Lula e Gleisi sobre convite de filiação a Dino

O deputado federal Márcio Jerry negou hoje que tenha havido plantação de notícia sobre suposto convite do PT para filiação do governador Flávio Dino (PCdoB).

Jerry atribui as notícias sobre o assunto “à imaginação fértil da imprensa,a  partir de diálogo que houve, há e haverá de ter entre o governador, Lula e dirigentes do PT”.

– Não houve pedido, tampouco pedido de filiação – afirmou o parlamentar, que é presidente regional do PCdoB.

O suposto convite para que Dino entrasse no PT foi noticiado em órgãos da grande imprensa – como o jornal O Globo – e repercutido fortemente no Maranhão na mídia alinhada ao governo comunista.

Mas a informação foi negada ontem, tanto pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann.

Segundo o deputado federal, os debates sobre a sucessão de 2022 não pautam neste momento assuntos relacionados à mudança de partido.

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Lula não quer Dino candidato a presidente…

Ao dizer que seria muito difícil um candidato comunista se viabilizar eleitoralmente; e, depois, negar que convidaria um membro do PCdoB para se filiar ao PT, o ex-presidente deixa claro sua tentativa de tirar o governador da disputa de 2022

 

Flávio Dino tem recebido sinais cada vez mais claros de incômodo de Lula com sua movimentação rumo a 2022

 

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez dois movimentos neste início de 2020 que devem ser entendidos como uma tentativa de abater em pleno voo o projeto de candidatura presidencial de Flávio Dino (PCdoB).

Desde que saiu da prisão, em Curitiba, Lula tem demonstrado desconforto com a campanha aberta que Flávio Dino faz na tentativa de se viabilizar candidato das esquerdas já em 2022. (Saiba mais aqui, aqui e aqui)

E agora demonstra que vai atuar para inviabilizar este projeto.

No último dia 15, Lula declarou a uma emissora de TV que seria muito difícil um candidato do PCdoB ser levado em conta na campanha presidencial de 2022; e disse mais: disse que a esquerda precisava ser liderada pelo PT.

 – É difícil eleger um comunista e Flávio sabe disso; é muito difícil eleger alguém de esquerda sem o PT – afirmou Lula, o que causou animosidade no PCdoB.

Dias depois, a imprensa divulgou o que chamou de sondagem de Lula para que o governador maranhense se filie ao PT.

– O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), foi sondado pelo ex-presidente Lula para voltar ao PT, o que abriria a possibilidade de ele ser o candidato do partido para disputar a Presidência em 2022. Por ora, não houve um convite formal, mas uma conversa com o ex-presidente, no último dia 18 – afirmou o jornal O Globo.

A revelação da mídia foi corroborada por declaração da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, admitindo o apoio a Dino como cabeça de chapa.

O desmentido público do ex-presidente sobre suposto convite para filiação de Dino ao PT foi mais um golpe nas pretensões do comunista maranhense

Mas eis que Lula veio nesta terça-feira, 28 desmentir tudo.

– Pelo profundo respeito que tenho pelo PCdoB, pelo PT, pelo Flávio Dino e pelo Fernando Haddad, jamais convidaria um membro do PCdoB para se filiar ao PT – disse o ex-presidente.

Ora, se Lula diz que o PCdoB, sozinho, não tem chances nas eleições de 2022, e desmente publicamente convite a Flávio Dino para entrar no PT, significa dizer que Lula não quer Dino coimo opção presidencial em 2022.

É simples assim…

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Propostas de Lula e de Flávio Dino para o país são antagônicas

Enquanto o ex-presidente Lula e seu partido, o PT, reforçam a radicalização à esquerda, liderada por eles próprios, governador do Maranhão busca opções de centro e até liberais; ambos na tentativa de frear a extrema direita brasileira

 

Lula e Dino têm o mesmo objetivo, o enfrentamento da extrema direita brasileira; mas suas propostas são diferentes e até antagônicas

O início de 2020 no Brasil começou com uma espécie de polarização das lideranças nacionais de esquerda, protagonizada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

E está cada vez mais claro o antagonismo das propostas de Lula e de Dino, embora ambos mantenham o discurso de aliados e o mesmo objetivo: frear a onda radical da extrema direita brasileira.

Desde que deixou a prisão em Curitiba (PR), Lula tem reforçado o discurso de unidade à esquerda, mas deixa claro que essa unidade só pode ser construída a partir da liderança do PT. Em seus discursos e entrevistas, o ex-presidente vê as demais legendas do campo progressista – PCdoB, PDT, PSB, PSOL – como meros coadjuvantes petistas nas eleições de 2022.

Flávio Dino, por sua vez, faz movimentos rumo ao centro – e chega a flertar até com propostas mais liberais.

Cotado como presidenciável em 22, o comunista maranhense já buscou diálogo com lideranças do PSDB e do Novo, mantém forte relação com o comando do DEM e busca aproximar outro nome da oposição, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que anda ausente do debate.

O movimento de Dino tem gerado críticas do próprio PT, que defende radicalmente a dicotomia Esquerda X Direita como plataforma político-eleitoral no momento atual do país e do mundo.

Tanto o movimento de Lula quanto o de Flávio Dino têm um objetivo claro: frear as pretensões da extrema direita brasileira que chegou ao poder ancorada em propostas autoritárias, com viés de fascismo e flertando publicamente com o nazismo.

O tempo dirá se as duas propostas convergem para uma aliança mais radical ou se concentra ao centro, reunindo nomes e propostas de todos os espectros políticos.

As ideias já estão postas…

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Zé Inácio vai compor diretório nacional do PT…

Deputado estadual maranhense tomará posse nesta sexta-feria, 17, em, reunião extraordinária da legenda com a presença do ex-presidente Lula

 

O ex-presidente Lula estará na reunião que dará posse ao deputado estadual Zé Inácio no Diretório Nacional do PT

O deputado estadual Zé Inácio vai representar o Maranhão no Diretório Nacional do PT. Ele tomará posse nesta sexta-feira, 17, em reunião que terá a presença do ex-presidente Lula.

A composição é fruto do último processo de eleição direta do PT, que culminou no 7° Congresso Nacional do partido, com a eleição de Gleisi Hoffmann para presidente e a indicação do novo Diretório Nacional.

Como membro do Diretório Nacional, Inácio vai ter interlocução direta com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann

O partido agora cumpre a agenda de contraponto ao Governo Federal e busca se destacar nas articulações nacionais de oposição, mirando em especial as eleições municipais de 2020.

Agora na cúpula do PT, Zé Inácio será a referência nacional do Maranhão no PT.

E se qualifica para propor os debates eleitorais no Diretório Estadual…

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Parlamentares do PT minimizam encontro de Rubens Júnior e Honorato

Além de desautorizar o vereador de falar em nome do partido, deputado federal Zé Carlos e deputado estadual Zé Inácio reafirmam compromisso de candidatura própria e de discutir alianças apenas em eventual segundo turno

 

Honorato tentou gerar fato em reunião com Rubens Júnior, mas foi desautorizado por Zé Carlos e por Zé Inácio

Teve repercussão negativa entre as lideranças do PT o encontro do secretário de Cidades, Rubens Pereira Júnior (PCdoB), com o vereador Honorato Fernandes.

Pereira Júnior almoçou na quarta-feria, 8, com Fernandes e o delegado Lawrence Melo, presidente da Agência de Mobilidade Urbana, de onde saiu pregando a aliança entre o PCdoB e o PT. (Relembre aqui)

Para o deputado federal Zé Carlos e o deputado estadual Zé Inácio, no entanto, esta questão de aliança nem é discutida no PT.

– Não tem rumo essa conversa deles. O Honorato não tem legitimidade para tratar esse assunto. Ele não fez uma ação muito legal, não. E o caminho não é por aí – afirmou Zé Carlos, ele próprio um dos pretendentes à candidatura própria.

O deputado Zé Inácio deixou claro que vai defender a candidatura própria do PT;  sobre eventual aliança com o PCdoB, foi direto: 

– Aliança com o PCdoB só no segundo turno, eles nos apoiando ou nós os apoiando, a depender de quem conseguir pular a fogueira do primeiro turno – disse Inácio.

Da reunião com o dois petistas participou também o próprio pai de Rubens Júnior, o ex-deputado Rubens Pereira, que tem sido onipresente na campanha do filho, como uma espécie de avalista das negociações.

Mas esta é uma outra história…

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Pré-candidato assumido, Rubens Jr. aposta em crescimento nas pesquisas

Secretário de Cidades tratou a si mesmo como postulante a prefeito, após reunião com lideranças do PT que pensam em apoiar sua candidatura, o que o leva, obrigatoriamente, a ter que pontuar melhor nos levantamentos

 

Empolgado com o apoio de dois petistas, Rubens Júnior resolveu declarar-se pré-candidato; agora assumiu a campanha e precisa pontuar nas pesquisas

Até agora patinando na casa de 1% nas pesquisas de intenção de votos, o secretário de Cidades Rubens Pereira Júnior (PCdoB) usava o fato de não ter se lançado candidato como desculpa para não deslanchar.

Essa história mudou a partir de declarações do próprio Pereira Júnior, após reunião com dois representantes do PT, ambos aliados do governo – o presidente da Agência de Mobilidade, Lawrence Mello, e o vereador Honorato Fernandes.

– Sou o pré-candidato ‘dos vermelhos’ e estou pronto para repetir em São Luís os bons resultados do governo Lula e também os grandes avanços do governador Flávio Dino para o Maranhão. O PCdoB e o PT são aliados históricos e seguiremos unidos – disse o próprio Júnior, após a reunião.

Em outras palavras, o auxiliar de Flávio Dino está em plena campanha pela prefeitura.

Temo portanto, obrigação de pontuar bem nas próximas pesquisas…

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Flávio Dino e a sucessão de Jair Bolsonaro…

Só o fato de ser cotado como possível vice em chapas – e por lideranças tão distintas ideologicamente – revela que o governador maranhense está, de fato, inserido definitivamente no debate nacional das eleições de 2022

 

Fernando Henrique Cardoso com Flávio Dino; ex-presidente defende a aliança entre o comunista maranhense e o apresentador Luciano Huck

Editorial

Em dois dias seguidos, o governador maranhense Flávio Dino (PCdoB) foi citado por lideranças de distintos partidos – e jornalistas de peso do cenário nacional – como opção preferida na composição de chapas para a sucessão do presidente Jair Bolsonaro. 

Para alguns analistas maranhenses, essas citações diminuem o tamanho do comunista no debate presidencial, já que ele é visto apenas como bom companheiro de chapa.

O titular do blog Marco Aurélio D’Eça pensa o contrário, e entende que a inclusão de Dino como opção de diferentes tendências mostra que ele, além de estar com o nome nacionalizado, também consegue envolver diversos campos do espectro político.

Não pode ser considerado de somenos importância o fato de o governador do Maranhão – a despeito de seu desempenho aquém do esperado na gestão do estado –  ser visto como boa opção, e ao mesmo tempo, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e pelos principais interlocutores do ex-presidente Lula e do PT.(Entenda aqui e aqui)

Também não pode ser desmerecido o fato de um representante do PCdoB – partido cujos postulados representam a antítese de tudo o que se debate em termos de desenvolvimento, hoje, no Brasil – ser cobiçado como vice por um candidato como Luciano Huck, que representa exatamente os ideais do capitalismo e dos valores empresariais paulistas.

Flávio Dino com Lula; petistas já defendem publicamente o governador maranhense como vice em uma chapa do PT, com Lula ou outro candidato

Flávio Dino conseguiu, sim, nacionalizar seu projeto de poder e entrou, definitivamente, no debate sobre a sucessão de Bolsonaro.

E o fato de ser discutido como vice, abre caminho natural para que ele possa ser discutido também como opção de candidato, sobretudo diante das incertezas que cercam o projeto de Lula, do PT e da esquerda brasileira.

É aguardar e conferir…

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PT vai testar Zé Inácio em pesquisa sobre a sucessão em São Luís

Com articulação do governador do Piauí, Wellington Dias, direção nacional quer avaliar desempenho do partido e do deputado, além de analisar o impacto da liberdade do ex-presidente Lula no eleitorado da capital

 

Zé Inácio recebeu Wellington Dias em sua casa, ao lado dos dirigentes petistas Raimundo Monteiro, Nonato Chocolate e Augusto Lobato

 

A direção nacional do Partido dos Trabalhadores quer incluir o nome do deputado estadual Zé Inácio em uma pesquisa sobre a sucessão em São Luís.

O partido quer avaliar a força eleitoral da legenda e do deputado, além de testar a popularidade do ex-presidente Lula e sua influência no eleitorado da capital maranhense.

Há tempos o PT vem discutindo a possibilidade de candidatura própria nas eleições de São Luís e agora as principais correntes aceitaram a inclusão de um nome do partido.

A articulação com a direção nacional – que já está na fase de contato com institutos de pesquisa para montagem dos questionários – é do governador do Piauí, Wellington Dias.

 

Entusiasta das candidaturas próprias do PT, governador do Piauí mostrou para os petistas maranhenses a importância de defender o legado do partido e de Lula

Recentemente em São Luís, Dias reuniu-se com Zé Inácio e com os dirigentes petistas, entre eles o dirigente regional Augusto Lobato, com os quais definiu a agenda de avaliação das chances do PT em São Luís.

 O governador piauiense é um entusiastas das candidaturas próprias no PT nas capitais.

A pesquisa pretende medir a força do partido, tanto do ponto de vista quantitativo quanto qualitativo, sobretudo no momento em que vários institutos comprovam a alta popularidade de Lula e do partido na capital maranhense.

E Zé Inácio é o representante da legenda que mais vem se expondo na defesa pública desta tese…

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Petista equivoca-se ao criticar fala de Flávio Dino sobre Bolsonaro…

Secretário de Formação Política do PT carioca, Olavo Brandão Carneiro interpreta erradamente declaração do comunista sobre o futuro do bolsonarismo, ataca debate sobre alianças que seu próprio partido já fez e expõe o iminente racha da esquerda a caminho de 2022

 

Lula com Olavo Carneiro; petista carioca expõe a tentativa de hegemonia que o PT tenta impor à esquerda desde a soltura do ex-presidente

Repercute desde o início desta sexta-feira, 27, artigo do secretário de Formação política do PT do Rio de Janeiro, Olavo Brandão Carneiro, com críticas ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). 

Para Carneiro, Flávio Dino errou ao limitar o espaço do bolsonarismo com pensamento político, confundindo “ideias e valores com seus porta-vozes de plantão”. (Leia aqui o artigo completo)

Mas quem errou a mão foi o dirigente petista; e seu artigo apenas expõe o incômodo que novas lideranças da esquerda – como Dino, Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSL) – causam no núcleo duro do PT pró-Lula.

É preciso ler – e entender – a fala do governador maranhense sobre o bolsonarismo, exposta em uma entrevista à revista Carta Capital, na terça-feira, 24.

Nela, ao referir-se especificamente ao bolsonarismo – e não à direita como um todo, como faz pensar o articulista petista – o comunista ressaltou que o presidente “é uma figura temporária”. (Leia aqui a entrevista de Dino)

É óbvio que Bolsonaro, como liderança, como ideólogo (que não é, nunca foi e nunca será), é alguém com prazo de validade, que pode até chegar em condições de reeleição em 2022, mas não fincará bandeiras no Brasil.

Como gosta de usar o blog Marco Aurélio D’Eça, Bolsonaro é só um arroto da história. Nada mais que isso.

O próprio Flávio Dino reconhece na entrevista a dicotomia entre esquerda e direita e vê outras lideranças – muito mais consistentes do que Bolsonaro – no debate político-ideológico brasileiro e mundial.

Quem leu a entrevista do comunista à Carta Capital, percebeu claramente o que incomodou o líder do PT:

1 – Ao responder se sua candidatura presidencial seria um antídoto ao antipetismo, Flávio Dino esquivou-se, mas pregou o espírito de “união e diálogo”, tudo o que é rechaçado pelo PT.

“O fundamental é nos unirmos, termos aliança, amplitude, humildade, capacidade de diálogo. Temos antes eleições municipais. Este é o tema da hora”, disse o governador do Maranhão.

2 – Ao comentar pesquisa do DataFolha, que mostra a rejeição de 60% dos eleitores do Rio de Janeiro a um eventual candidato apoiado por Lula, já em 2020, o comunista ressaltou que isso ainda é fruto da divisão ideológica resultante das eleições de 2018; e apontou:

“o antagonismo entre o bolsonarismo e o lulismo continua a ser a força estruturante da política brasileira. Acredito que essa divisão vai se manter. A disputa vai depender da capacidade de um polo ou de outro de ampliar alianças. Quem crescer mais terá mais vitórias”.

Flávio Dino com Lula: governador maranhense continua tentando entrar no debate nacional, mas enfrenta obstáculos regionais, partidários e agora também petistas

Em seu artigo, Olavo Brandão Carneiro mostrou-se especialmente incomodado com a pregação de Dino para “ampliação de alianças” como fator de vitória em 2022. Ao criticar o colega comunista, Carneiro fechou os olhos até para aliança à direita, com o PL, por exemplo, que levou o PT à vitória em 2002.

No fim, o artigo de Olavo Carneiro tem um ponto crucial: expõe a tentativa do PT de se manter hegemônico como principal legenda da esquerda – tendo Lula como principal líder – para polarizar o debate com Bolsonaro.

Dentro desta lógica, qualquer liderança que ousar pensar fora da caixa petista – seja Flávio Dino, seja Ciro Gomes… – sofrerá crítica, reprimenda, lição de moral e censura do establishment petista.

E assim a esquerda caminha para um review em 2022…