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A redenção de José Sarney diante de ex-adversários…

Do presidente Jair Bolsonaro ao petista Luiz Inácio Lula da Silva – passando pelo governador Flavio Dino e pelo senador Roberto Rocha – todos se curvam à serenidade, à experiência e à história do ex-presidente do Senado e da República, numa espécie de mea culpa coletiva

 

Roberto Rocha com Sarney: caminho parecido com o de Bolsonaro e Lula nas últimas semanas

Análise de conjuntura

Nos últimos dias, o ex-presidente José Sarney (MDB) tem vivido uma espécie de redenção da classe política brasileira.

Maior político vivo da história da República, do alto dos seus 91 anos, e sem disputar eleição desde 2006, ele passou a ser uma espécie de referência ética, de serenidade e de experiência para políticos de todas as matizes ideológicas.

Nas últimas semanas, recebeu o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro – duas vezes – além do ex-ministro José Dirceu e do senador maranhense Roberto Rocha (sem partido).

Todos estes políticos, em alguma época já estiveram do lado de Sarney e  já lhe fizeram oposição, algumas absurdamente injustas do ponto de vista histórico.

Mas não é de hoje que Sarney vem recebendo espécies de “mea culpa” dos políticos brasileiros.

Flávio Dino tirou o termo “oligarquia” do discurso e passou citar cada vez mais Sarney como exemplo de democracia no país

Em 2018, o governador Flávio Dino (PSB), que se elegeu em 2014 com o discurso anti-sarney, decidiu abolir o termo “oligarquia” do seu discurso e buscou uma aproximação com o ex-presidente que vem se consolidando ao longo dos últimos anos.

Curiosamente, Dino e Dirceu protagonizaram um episódio com o então  grupo Sarney, em 2004, quando o então ministro convenceu a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) a lançar o então juiz como candidato a prefeito de São Luís, pelo PT.

O fato só não se consolidou por que correntes do PT – hoje no próprio governo Dino, se manifestaram contra o agora governador; o episódio já foi, inclusive, tema do blog Marco Aurélio D’Eça, ainda em 2014, no post “Dino e sua relação histórica com os Sarney…”.

Roberto Rocha, que chegou a publicar foto ao lado do ex-presidente e da esposa, Marly, lembrando os quase 70 anos de casamento, também foi duro com Sarney ao longo dos últimos 25 anos, embora tenha vivido toda a infância e mocidade – assim como Dino – nos corredores do Palácio dos Leões.

Até o ex-governador José Reinaldo Tavares, protagonista da maior traição política da história do Maranhão, já tentou reaproximar-se de José Sarney.

De qualquer forma, a peregrinação de políticos à casa do ex-presidente é um justo reconhecimento ao mais importante político do país desde a sua redemocratização.

E melhor ainda que isso esteja ocorrendo com ele em vida.

Para que ele possa regozijar-se de seu legado…

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Enquadrado por Fábio Câmara, Zé Reinaldo joga loas a Sarney com a Zema

Ex-governador, que nunca se movimentou em favor da proposta – aprovada no Congresso graças à ação do senador Roberto Rocha – insiste em não reconhecer o mérito do adversário e joga loas em quem traiu quando chegou ao poder; e recebe novo enquadramento do ex-vereador

 

Zé Reinaldo do alto dos seus 85 anos: Conselhos equivocados, ideias ultrapassadas e narrativas mentirosas da história

Na semana passada, o ex-governador José Reinaldo Tavares – agora diretor do Porto do Itaqui – tentou criar uma narrativa própria para o projeto das Zonas de exportação do Maranhão (Zema), de autoria do senador Roberto Rocha (sem partido) e aprovado semana passada no Congresso Nacional.

Tentando tirar proveito da situação – mesmo após estar na Câmara Federal por 20 anos e ser governador por mais quatro anos sem nenhuma ação em favor do tema, seja Zema ou ZPE – mudou o nome do projeto aprovado sem reconhecer a luta de Rocha.

Foi enquadrado duramente pelo ex-vereador Fábio Câmara, um dos mais atentos observadores da cena política recente do Maranhão.

– Quando um ex governador, ex ministro e deputado federal se presta ao serviço de apequenar-se a mera ave hospedeira, e fala de ZPE como se ZEMA não fosse e omite vergonhosamente o nome do senador Roberto Rocha como sendo o “pai da criança”, “o originador da benção” e o “legislador original”, fica patente o caráter CHUPIM de uma prática politicalhesca – citando pássaro conhecido por apenas “chupar” o trabalho de outras espécies de pássaros.

“Alto lá!”, diz Fábio Câmara, enquadrando duas vezes as narrativas fraudulentas que tentavam construir outra história para a zonas de Exportação

Acusando o golpe, mesmo sem citar nomes, Zé Reinado voltou ao tema nesta semana, agora tentando atribuir a paternidade ao ex-presidente José Sarney, numa espécie de arrependimento tardio de sua traição ao pai político.

E levou nova enquadrada de Fábio Câmara.

– Aliás, quando Zé Reinaldo destaca os 30 anos da ideia e lei Sarneysista de ZPE, o que ele evidencia é o fato inegável de que ele mesmo foi deputado federal, vice governador e governador do Maranhão e não efetivou A ZEMA. Zé Reinaldo parece querer nos fazer acreditar que aquilo que ele não fez como chefe de governo, fará agora como chefe de um Porto! – pondera Câmara.

Do alto de seus 85 anos, o ex-governador José Reinadlo tavares está perdido em suas ideias no tempo e no espaço, pregando, defendendo e criando absurdos históricos.

Felizmente, há os Câmara da vida, para colocar as questões no eixo…

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“Estátua da Liberdade” de Roberto Rocha deve ser vista com respeito

Apesar das ironias aos projetos virtuais do senador maranhense – inclusive advindas do blog Marco Aurélio D’Eça – réplica do monumento estadunidense que ele pretende viabilizar no município de Nova Iorque é visionária e acena para o turismo na região do sertão do Maranhão

 

Uma das belas imagens da Nova Iorque maranhense: potencial turístico inexplorado às margens da Barragem Boa Esperança

Ensaio

O senador Roberto Rocha (sem partido) tem sido alvo de ironias – inclusive do blog Marco Aurélio D’Eça – por causa de seus projetos mirabolantes, divulgados a partir de maquetes virtuais.

Alguns – aparentemente – podem até ser inviáveis, seja do ponto de vista estrutural ou financeiro; mas outros deveriam ser vistos com respeito, como a réplica da Estátua da Liberdade, em Nova Iorque do Maranhão.

É de importância visionária para o turismo uma Estátua da Liberdade na Nova Iorque maranhense nos moldes da original, na cidade americana de mesmo nome.

Quem conhece Nova Iorque do Maranhão – uma das mais belas cidades do estado – sabe de sua história e de sua geografia; e sabe a dimensão que teria uma Estátua da Liberdade em suas águas.

Fundada como vila pelo engenheiro americano Edward Burnet, foi emancipada de Pastos Bons em 1890, recebendo o nome da cidade natal do fundador – escrita de forma abrasileirada, diferente da Nova York original.

Destruída pela Coluna Prestes, em 1925, Nova Iorque do Maranhão sofreu uma inundação e teve que ser reconstruída.

A “nova” cidade ganhou as mesmas 13 ruas, três praças e a mesma disposição das casas, mantendo cada vizinhança integrada.

Missão campal em 1960, nos dias que antecederam a inundação provocada de Nova Iorque, para construção da Hidrelétrica de Boa Esperança (fonte: Cia Boa Esperança)

Foi novamente inundada em 1960 – desta vez em enchente provocada pela construção da Hidrelétrica de Boa Esperança.

Hoje, Nova Iorque está à beira do lago formado pela barragem, numa área de extrema beleza, na divisa com o vizinho Piauí.

No final da década de 90, o então correspondente do Jornal Nacional na Nova York americana – o falecido Paulo Henrique Amorim – produziu reportagem com um link direto para a Nova Iorque maranhense, onde estava o repórter Sidney Pereira, da Mirante.

Na época, o governo Roseana Sarney (então no PFL) tentava reforçar o turismo na região.

 

Projeção digital do balneário coma Estátua da Liberdade, projeto de Roberto Rocha que pretende levantar recursos no Ministério do Turismo

Esses fatos mostram que a ideia de Roberto Rocha pode até ser exótica, mas não maluca.

Ele pretende não apenas instalar a réplica da estátua, mas construir um balneário na região, o que movimentaria o turismo na região; os recursos viriam do Ministério do Turismo.

De fato, uma réplica da “senhora de Manhatan” em plena barragem da Boa Esperança poderia dar à Nova Iorque maranhense um boom nunca visto em sua história.

Basta ter coragem para ver o que a visão não alcança, como veem os visionários.

E Roberto Rocha, neste aspecto, apresenta uma visão de futuro…

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Senado veta projeto da Zema e frustra sonho de Roberto Rocha…

Com nenhuma articulação em plenário, senador maranhense viu ideia que acalenta há quase 20 anos ser derrotada em votação remota; agora terá que lutar por recursos para seus outros projetos virtuais

 

Roberto Rocha e seu contêinerzinho da Zema; o presidente recebeu, mas não deu nem bola para sua votação no Senado

O senador Roberto Rocha (sem partido) acabou frustrado nesta terça-feira, 22, durante votação remota da Medida Provisória que criaria a Zona Livre de Exportação do Maranhão, batizada por ele de Zema.

Sem nenhuma relação política em plenário, sem qualquer articulação partidária e nem mesmo a base do governo Bolsonaro ao seu lado, Rocha não teve a menor chance na votação.

Com página disponível na internet, a Zema é apresentada pelo senador maranhense como “um projeto de lei de incentivo econômico para a promoção do desenvolvimento regional e nacional, a partir da localização geográfica do Complexo Portuário do Itaqui, na ilha de São Luís.”.

Bem montado, o site mostra o que o Maranhão ganharia com a Zema, faz comparações com outros portos e mostra como será o futuro do estado, mas tudo de forma virtual. (Veja aqui)

A única coisa física da Zema é a maquetinha de um contêiner que o senador distribui como souvenir de propaganda do seu projeto

No mês passado, Roberto Rocha ocupou emissoras de rádio, TVs, jornais e blogs para comemorar a aprovação da Zema na Câmara Federal, após quase 20 anos.

Mas não conseguiu convencer os próprios pares da importância deste projeto. 

Agora, a luta é pela aprovação de recursos para outros inusitados projetos no portfólio do senador.

Dentre eles uma réplica da Torre Eiffel na Lagoa da Jansen e outra, da Estátua da Liberdade, no município de Nova Iorque.

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Quatro candidatos querem vincular o nome a Bolsonaro no MA

Além do senador Roberto Rocha, que vê na aliança com o presidente uma forma de salvar a carreira política,  o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, o prefeito Lahésio Bomfim e o ex-prefeito Edivaldo Júnior também podem representar o bolsonarismo

 

Roberto Rocha foi o primeiro maranhense a se aproximar de Bolsonaro, mas nunca ouviu a desejada frase do presidente de que é o seu representante no estado

 

O presidente Jair Bolsonaro amarga índices de até 70% de antipatia do eleitorado maranhense, dado que pode crescer à medida que se aproximam as eleições de 2022.

Mesmo assim – seja por necessidade de uma estrutura para salvar a carreira, seja por ideologia – há pelo menos quatro pré-candidatos a governador disputando seu espólio no Maranhão.

Desde o início do mandato do presidente, o senador Roberto Rocha (sem partido) tentou vincular sua imagem ao governo, e até se tornou o mais próximo interlocutor bolsonarista no estado.

Mas, sem grupo político, sem carisma e sem aliados na Câmara Federal, na Assembleia e nas prefeituras, o senador vem definhando ao longo dos anos e tem poucas chances de montar um palanque consistente no estado.

No vácuo da atuação patrimonialista de Roberto Rocha, quem cresceu foi o prefeito de São Pedro dos Crentes, Dr. Lahésio Bomfim, embora não tenha ainda penetração estadual capaz de capilarizar os votos do bolsonarismo.

Mas é muito forte na região Sul do estado, o que dá um cacife importante para montagem de chapa.

Outro vinculado a Bolsonaro é o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, cujo histórico policial é um risco que o presidente e seus aliados buscam evitar.

Mical Damasceno já até orou por Edivaldo Júnior, e o levou para pedir as bençãos do presidente da Assembleia de Deus, pastor José Coutinho

Nos últimos meses surgiu também o ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido), que tem peso importante na Grande São Luís e é embalado pelo eleitorado evangélico, consistente e fiel ao bolsonarismo.

Edivaldo já tem até partido aberto se tiver coragem de encarar o projeto; o PTB, hoje sob controle da evangélica Mical Damasceno, já abriu as portas para sua filiação.

Entre os aliados de Bolsonaro no Maranhão há uma chapa dos sonhos para o presidente: Edivaldo Júnior candidato a governador, com Lahésio de vice e Roberto Rocha candidato a senador.

Josimar seria o braço estrutural desta campanha.

A junção deste grupo já garantiria uma chapa consistente para Bolsonaro – e agregaria aliados do presidente no interior – o que poderia levar o pleito ao segundo turno.

Mas esta é uma outra história…

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Sem grupo, Roberto Rocha encontra portas fechadas em partidos…

Desde que foi “convidado a sair do PSDB”, senador tentou tomar o PTB, o Republicanos, o PSD, o PSL e, por último, o PP, mas foi rechaçado pelas lideranças nacionais por não ter prefeitos, deputados estaduais e federais que sigam seu projeto de poder

 

Espécie de lobo solitário da política, Roberto Rocha tem apenas familiares e uns poucos aliados como cacife para apresentar aos partidos

O senador Roberto Rocha já cercou diversos partidos desde que foi convidado a se retirar do PSDB; mas, em todos, encontrou portas fechadas.

Por último, o ex-tucano tenta se apossar do PP, mas enfrenta resistências, diante da força demonstrada pelo deputado federal André Fufuca, um dos mais prestigiados membros da bancada federal em Brasília.

Antes, o senador já havia encontrado portas fechadas no PTB, no PSD, no PSL e no Republicanos. (Entenda aqui e aqui)

Em todas estas legendas, o argumento para rechaçar as investidas de Rocha é o mesmo: ao longo de quase três décadas de vida pública, ele não conseguiu criar grupo consistente que mostre força eleitoral para formar bancada em Brasília, na Assembleia e nas prefeituras.

De cultura política familiar e patrimonialista, o senador não tem um deputado federal que siga suas orientações, nenhum deputado estadual que fale por ele na Assembleia e muito menos prefeitos alinhados ao seu projeto, seja lá qual for.

A saída para Rocha será entrar no mesmo partido que Bolsonaro, outro que enfrenta resistências para encontrar um abrigo.

É vinculado ao bolsonarismo que o político maranhense tentará viabilizar-se candidato ao governo em 2022.

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Imagem do dia: o desrespeito bolsonarista no Maranhão…

No mesmo dia em que o estado registra casos da cepa indiana do coronavírus – a mais letal – presidente e seus aliados agridem a população maranhense ao provocar aglomeração e circular pelo interior sem máscaras, debochando de quem já morreu por coVID-19

 

No toque a toque de cabeça, Roberto Rocha se deixa influenciar por Bolsonaro e aglomera sem máscaras, prática abjeta do presidente e seus auxiliares

Agindo como sempre agiu, com inexplicável desdém pela vida dos quase 450 mil mortos, o presidente Jair Bolsonaro passeia desde a manhã desta quinta-feira, 20, numa verdadeira ciranda de morte pelo interior maranhense.

Sem máscara e provocando aglomerações – no mesmo dia em qeu o estado registra casos da cepa indiana do coronavírus, a mais letal, Bolsonaro desdenha das determinações contra a CoVID-19.

Mas de Bolsonaro – boçal, ignorante, incompetente e despreparado – é esperada reação deste tipo, uma vez que ridiculariza as vítimas da covID-19 desde o início da pandemia.

Pior é ver gente como o senador Roberto Rocha (sem partido), que chega a pregar uso de máscaras em suas redes sociais, mas se deixa levar pelos arroubos autoritários do presidente.

Um triste registro de um triste momento por que passa o país…

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Sem rumo eleitoral definido, Roberto Rocha perde espaço no Bolsonarismo

Sem controle partidário, sem grupo político e sem definição do cargo a que concorrerá em 2022, senador vai diminuindo de tamanho à medida que se aproximam as eleições; e vê outras lideranças ligadas ao presidente ganhar importância

 

Rocha usou Dino, elegeu-se senador, abandonou o grupo comunista, mas, oito anos depois, mostra insegurança em defender contra ele a vaga no Senado

Sem partido, sem grupo político consistente nos municípios e no poder legislativo; e sem saber ao certo a que cargo concorrer em 2022, o senador Roberto Rocha vive os estertores do mandato.

Próximo do presidente Jair Bolsonaro (também sem partido) ele vê seu quinhão neste nicho do eleitorado sendo ocupado pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e pelo prefeito de São Pedro dos Crentes, Dr. Lahésio Bomfim.

Ambos são candidatos a governador e devem empunhar a bandeira do bolsonarismo no estado.

Mas este desfecho para a carreira senatorial de Roberto Rocha foi previsto no blog Marco Aurélio D’Eça ainda em 17 de outubro de 2014, dias depois de sua eleição, no post “Roberto Rocha e Flávio Dino oito anos depois…”.

– O que fazer com Roberto Rocha, oito anos depois de eleito senador? É o que deve passar, já hoje, pela cabeça do governador comunista – avaliou este blog, à época.

Os oito anos tratados no texto praticamente se passaram, a história não seguiu o seu curso normal e alguns que nem estavam no radar da análise deste blog surgem hoje como opção clara de poder no Maranhão.

Mas dias antes do texto retratado acima, o blog Marco Aurélio D’Eça traçou também o rumo do próprio senador então eleito, no post “O projeto de Roberto Rocha…”, do dia 29 de novembro de 2014. 

– O senador eleito é obrigado a disputar o governo por que sabe que, em 2022, se Flávio Dino se reeleger em 2018, terá que disputar a reeleição contra o próprio comunista; é este jogo de poder que mostra o entrelaçamento das eleições de ontem, de hoje e de amanhã – alertava o blog, para concluir:

– Sobrevirá quem melhor souber usar o poder…

Enquanto Roberto Rocha claudica em relação ao futuro eleitoral, Lahésio Bonfim vai ocupando espaços como opção bolsonarista para 2022

Roberto Rocha segue para um ocaso político que bem poderia ter evitado.

É claro que o senador sofreu alguns reveses pessoais que o tiraram do debate público, embora tenha ganhado força política, estrutura e recursos com a ascensão de Bolsonaro.

De qualquer forma, ele encerra seu mandato no Senado sem qualquer perspectiva de reeleição – tanto que sequer cogita a possibilidade de enfrentar Flávio Dino.

E parece ter dificuldade até mesmo para uma vaga na Câmara Federal.

O senador tem até abril do ano que vem para contrariar este prognóstico, viabilizar um partido de peso e entrar na disputa de 2022 como liderança estadual.

Caso contrário verá a flâmula bolsonarista tremular nas mãos de Josimar de Maranhãozinho e do Dr. Lahésio.

É aguardar e conferir…

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Edilázio tem poder de decisão sobre o PSD, garante Kassab…

Presidente nacional do partido reafirmou ao deputado federal maranhense – que estava acompanhado do deputado estadual César Pires – prerrogativa de controle estadual do partido, independentemente de quem entre ou saia da legenda até as eleições de 2022

 

Edilázio Júnior com César Pires e lideranças maranhenses no gabinete com Gilberto Kassab: garantia de controle total do PSD no Maranhão

O deputado federal Edilázio Júnior tem e terá o controle absoluto do PSD maranhense, com poder de veto sobre filiações ou candidaturas nas eleições de 2022.

As garantias foram dadas a ele pelo presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, em reunião na última quarta-feira, 28, da qual participou também o deputado estadual César Pires.

– Saí de lá com a admiração redobrada pelo Kassab. Sua postura de fidelidade garantiu a nós o poder discricionário sobre o PSD no Maranhão e nos municípios maranhenses – disse Pires, que deve se transferir para a legenda nos próximos meses.

A garantia de Kassab veio exatamente quando se especulava que o senador Roberto Rocha poderia entrar no PSD e assumir o controle com vistas às eleições de 2022.

O próprio Rocha já descartou esta possibilidade; e deve seguir para o mesmo partido para onde for o presidente Jair Bolsonaro.

Mas esta é uma outra história…

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Silêncio sobre relato de atentado a Bolsonaro prejudica Roberto Rocha

Em meio à fake news espalhada pela jornalista Lêda Nagle – e já reconhecida pela própria – sobre o atentado ao presidente Jair Bolsonaro, em 2018, senador maranhense apareceu em notícia do jornal O Globo como protagonista de suposto áudio em que aponta o ex-presidente FHC e os ex-deputados Jean Wyllys e José Dirceu como alguns dos supostos mandantes do mesmo crime

 

Aliado de Jair Bolsonaro, Roberto Rocha teve o nome envolvido em história sobre o atentado de 2018; mas ainda mantém silêncio

O senador Roberto Rocha (sem partido) mantém, até agora, silêncio em suas redes sociais e inoperante sua assessoria de imprensa. Mas é fundamental que ele venha a público esclarecer a notícia revelada pelo jornal O Globo, em que aparece como protagonista de uma polêmica envolvendo o atentado contra o presidente Jair Bolsonaro, em 2018.

A matéria de O Globo surgiu no burburinho de uma declaração da jornalista Lêda Nagle – já comprovada como fake news – apontando o Supremo Tribunal Federal e o ex-presidente Lula como supostos autores da trama do atentado ao presidente. 

Na desmontagem da mentira – já reconhecida pela própria Lêda Nagle – o jornal foi além, e revelou áudio do aplicativo de mensagens Telegram, que fala de um suposto relato de Rocha – e de um integrante do Gabinete de Segurança Institucional – apontando outros mandantes, entre eles seu próprio ex-colega de partido, FHC.

– No Telegram, um áudio apócrifo contava sobre um suposto relato do senador Roberto Rocha (PSDB-MA) e de um integrante “barra pesada” do Gabinete de Segurança Institucional que “revelava” outros mandantes da falsa conspiração: Jean Wyllys, José Dirceu e Fernando Henrique Cardoso – diz textualmente O Globo.

Assim como a fake news espalhada por Lêda Nagle, o áudio do Telegram também pode ser falso, mas encerra ao menos uma pergunta: Por que o nome de Roberto Rocha, exatamente o dele, aparece como autor do relato, juntamente com um integrante do GSI?

E o senador tem, sim, obrigação de esclarecer essa questão…