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O fim de uma era; o começo de outra…

Quando o Maranhão amanhecer nesta sexta-feira, 1º, consolidará o encerramento de um ciclo de quase 40 anos no Senado; e começará outro, com novas perspectivas, novas visões e novos caminhos

 

Weverton Rocha e Eliziane Gama consolidarão a mudança de perspectivas na política maranhense

O blog Marco Aurélio D’Eça publicou ainda em 30 de janeiro de 2018 o post “Confronto de Gerações nas eleições maranhenses…”

Àquela época, já apontava como se daria o pleito que se iria ver no ano passado, entre um grupo das chamadas raposas políticas e jovens em busca de ocupar espaços de poder.

– Mas é no Senado e na vice que o confronto de gerações se estabelece mais claramente. As duas vagas em disputa são ocupadas hoje pelos senadores peemedebistas Edison Lobão e João Alberto 9ambos do MDB), cada um com mais de 40 anos de vida pública. (…) Mas as vagas de Senado e de vice também são cogitadas por jovens lideranças em plena ascensão política, como os deputados federais Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS), o deputado estadual Alexandre Almeida (PSD) e o chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB), todos com idades entre 35 e 45 anos – lembrava o post.

Como se soube, a disputa pelo Senado se deu entre os decanos Lobão e Sarney Filho – que acabou substituindo João Alberto – e os jovens deputados Weverton Rocha (PDT), Eliziane Gama (PPS) e Alexandre Almeida (PSDB).

Weverton e Eliziane saíram das ruas eleitos e com um caminho aberto para o poder nos próximos oito anos; Lobão e João Alberto encerram na noite desta quinta-feira, 31, um ciclo de mais de 40 anos como protagonistas da cena política.

Lobão e João Alberto encerram um ciclo de quatro décadas, que começou a ser mudado ainda em 2018

A troca de guarda maranhense no Senado é a consolidação do encerramento do ciclo político que se viveu no estado nos últimos 50 anos.

Os novos donos do poder chegam agora com novos hábitos, nos projetos e novos caminhos.

Ainda dividem os espaços políticos, é claro, com representantes da velha guarda.

Mas a tendência que a renovação continue a partir das próximas eleições, com gente cada vez mais diferente a exercer o poder no Maranhão.

É aguardar e conferir…

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Maranhão terá quatro senadores a partir de sexta-feira…

Além de Roberto Rocha, Weverton Rocha e Eliziane Gama, Mecias de Jesus, natural de Graça Aranha, foi eleito por Roraima, ao derrotar ninguém menos que o histórico Romero Jucá

 

Mecias é um dos quatro senadores com origem no Maranhão

Quatro maranhenses irão ocupar cadeiras no Senado Federal a partir de sexta-feira, 1º quando tomam posse os novo senadores.

Além de Roberto Rocha (PSDB), que tem mais quatro anos de mandato, tomam posse como novos senadores eleitos pelo estado Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS).

Mas Mecias de Jesus, eleito por Roraima – ao derrotar Romero Jucá, uma das lendas políticas do Brasil, também é maranhense, natural de Graça Aranha, segundo revelou ao mundo, ontem, o blog de Robert Lobato.

Segundo contou Lobato, Mecias de Jesus mudou-se para Roraima há 41 anos, quando tinha 12 anos; trabalhou como garçom, jardineiro e engraxate, até entrar no serviço público, em 1979.

Em 1992, elegeu-se vereador; e foi por seis vezes deputado estadual, além de presidir a Assembleia de Roraima.

Com a presença de Messias, o Maranhão terá quatro representantes no Senado pela segunda vez na história.

Durante o período em que o ex-presidente José Sarney (MDB) esteve na Casa, o estado também manteve quatro representantes.

A diferença é que, ao contrário de Sarney, Mecias não tem ligações políticas com o Maranhão, o qual deixou há 41 anos…

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Sem imposições, Weverton Rocha consolida grupo político…

Vitórias de Osmar Filho, na Câmara Municipal, e de Erlânio Xavier, na Famem, reforçam a ideia de que o senador eleito – em seu estilo conciliador – é hoje o principal e mais independente aliado do governador Flávio Dino

 

Com firmeza e diálogo, Weverton consolidou a candidatura do aliado Erlânio Xavier na Famem

Há um forte simbolismo político na imagem do governador Flávio Dino (PCdoB) com os prefeitos Erlânio Xavier (PDT) e Cleomar Tema Cunha (PSB), no gesto que selou o consenso na Federação dos Municípios.

A presença de Dino consolidou aquilo que o senador eleito Weverton Rocha sempre buscou: a unidade entre os prefeitos na Famem em torno do seu candidato a presidente.

Foi o próprio Flávio Dino quem decidiu agir para evitar o racha na entidade, que se desenhava com o amplo favoritismo de Erlânio.

Enquanto isso, o senador estava em Brasília, preparando a própria posse.

Da mesma forma como ocorreu na Famem, Weverton já havia construído a unidade em outra instância de poder, a Câmara Municipal, com a eleição do aliado Osmar Filho (PDT).

Weverton Rocha é hoje para o grupo Flávio Dino o que o senador Edison Lobão (MDB) foi, durante anos, para o grupo Sarney: um aliado leal, mas independente.

E é com  a mesma habilidade de Lobão que o pedetista vai construindo os cenários que possam favorecer seu projeto político nos próximos anos.

Seja já em 2022 ou mesmo lá na frente, em 2030.

Flávio Dino entre Erlânio e Tema: conciliação para resguardar a base governista

Muita gente pensa – e até aposta – em um iminente rompimento de Weverton e Flávio Dino já nas nas próximas eleições para governador. Quem convive mais diretamente com o senador eleito, sabe que esta possibilidade é remotíssima.

E jamais ocorrerá partindo do próprio pedetista.

Weverton pode muito bem ser candidato à sucessão de Flávio Dino, mas desde que as condições políticas, partidárias e de grupo estejam alinhadas. Caso contrário, ele pode esperar até mesmo depois da própria eventual tentativa de reeleição ao Senado, que se apresentará em 2026.

Essa explicação o próprio senador dá a quem lhe pergunta sobre o assunto.

O pedetista pode esperar, por exemplo, um período de transição com o vice Carlos Brandão (PRB) à frente do governo; ou mesmo a viabilização de outro aliado do grupo, como o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PCdoB) ou a também senadora Eliziane Gama (PPS).

É uma postura diferente, por exemplo, à do também senador Roberto Rocha (PSDB), que decidiu afastar-se de Dino imediatamente após a eleição de 2014, em busca da viabilização que não ocorreu em 2018.

Mas, apesar de paciente e conciliador, Weverton Rocha sabe criar as “condições políticas, partidárias e de grupo” citadas acima.

Um exemplo é sua própria candidatura ao Senado: foi Weverton, de forma independente, quem construiu as bases que viabilizaram suas chances, dando a Flávio Dino apenas a opção de apoiá-la ou não.

O resultado foi uma eleição com quase 2 milhões de votos.

A maior da história do Maranhão…

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Weverton e Eliziane seguirão juntos no Senado…

Parlamentares que tomarão posse na sexta-feira, 1º, farão parte do mesmo bloco partidário e devem, inclusive, seguir juntos na eleição para presidência da Casa, que terá forte repercussão no país

 

Weverton e Eliziane: eleição conjunta e posicionamento conjunto

Eleitos na mesma chapa – ao lado do governador Flávio Dino (PCdoB) – os senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS) – que tomarão posse na próxima sexta-feira, 1º terão atuação conjunta na Casa.

Os dois maranhenses compõem o bloco formado por PDT, PPS, Rede e PSB, que terá oito senadores em plenário.

E a eleição para a Mesa Diretora do Senado deve ter também um posicionamento conjunto dos dois senadores.

Apesar de terem sido eleitos na chapa de Flávio Dino – cujo partido, o PCdoB, tende a apoiar o alagoano Rena Calheiros (MDB) – Weverton e Eliziane ainda não se posicionaram.

E a tendência é que busque uma posição menos hostil na Casa.

A eleição no Senado acontece exatamente na mesma sexta-feira, 1º, após a posse dos novos senadores…

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Flávio Dino vetou mais de R$ 12 milhões em emendas para a Saúde…

Governador, que reclama de forma como senadores querem emendar o Orçamento da União, não libera valores indicados por deputados estaduais que lhe fazem críticas na Assembleia

De O EstadoMaranhão, com edição do blog

Envolvido em uma polêmica depois de acusar a bancada maranhense no Senado de manobrar para não enviar aos municípios do Maranhão recursos da ordem de R$ 160 milhões referentes às emendas de bancada, o governador Flávio Dino (PCdoB) foi duramente criticado por parlamentares em todos os níveis.

Na quinta-feira, 19, o comunista foi às redes sociais reclamar dos senadores Edison Lobão (PMDB), João Alberto (PMDB) e Roberto Rocha (PSB). Disse o governador que os representantes do Maranhão se recusaram a cumprir um acordo que garantiria que a totalidade dos recursos seria destinada ao Governo do Maranhão, para então ser reencaminhada às prefeituras – para investimentos na área da Saúde.

– Um absurdo que uma parte da bancada federal negue uma emenda parlamentar e prejudique a saúde dos municípios, supostamente para me atingir – escreveu.

A postura de Flávio Dino gerou rápida reação dos três senadores.

Além disso, deputados que fazem oposição ao governo na Assembleia Legislativa argumentaram que o comunista não tem legitimidade para reclamar da destinação de emendas, quando ele próprio não libera aquelas apresentadas pelos oposicionistas pelo que consideram revanchismo político.

Levantamento de O Estado aponta que os deputados têm razão.

Cada um deles tem, atualmente, direito a indicar até R$ 3,5 milhões em emendas ao Orçamento. Em 2017, no entanto, o governador já deixou de destinar mais de R$ 7 milhões para a Saúde de municípios maranhenses ao não liberar emendas de pelo menos cinco deputados de oposição.

O comunista vetou integralmente as indicações dos deputados Adriano Sarney (PV), Andrea Murad (PMDB), Edilázio Júnior (PV), Sousa Neto (Pros) e Eduardo Braide (PMN).

Num dos casos de maior destaque recentemente, Dino foi alvo de fortes criticas por não liberar mais de R$ 1,4 milhão à Fundação Antônio Jorge Dino, mantenedora do Hospital do Câncer Aldenora Bello.

Para a unidade, foram destinadas emendas de Andrea Murad (R$ 200 mil), Graça Paz (R$ 300 mil), Edilázio Júnior (R$ 200 mil) e Eduardo Braide (R$ 700 mil).

Com reportagem de Gilberto Léda

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Roberto Rocha diz ser indigna a posição de Flávio Dino contra senadores…

Senador maranhense diz que governador não tem o direito de interferir na discussão do orçamento da União e provoca: “quantas vezes ele convidou senadores e deputados para discutir o orçamento do estado?”

 

Roberto Rocha também critica Flávio Dino e sua “mídia de aluguel”

O senador Roberto Rocha (PSDB) respondeu nesta sexta-feira, 20, em nota pública, às tentativas do governador de jogar os membros da bancada maranhense contra a população.

– É grotesco que o chefe do executivo vocifere publicamente como se o recurso estivesse sendo retirado dos cofres estaduais. O que está em discussão é o orçamento da União, e não do Estado. Por acaso, em algum momento o governador convidou deputados federais e senadores para discutir o orçamento estadual? – frisou Rocha.

O tucano foi o segundo senador maranhense a enquadrar Flávio Dino, que reclama de emendas dos senadores, mas não libera emendas de deputados estaduais. (Relembre aqui)

Ontem, Edison Lobão (PMDB) também criticou a postura do governador. (Releia aqui)

Para Roberto Roberto, a postura de Flávio Dino é indigna.

– Infelizmente fui surpreendido, na volta, pelo destempero incivilizado e orquestrado entre o Governo e a mídia de aluguel, com o propósito de desqualificar quem, com muito esforço, dedica-se à honrosa missão de representar o Estado – criticou.

Abaixo, a íntegra da nota:

É indigna a posição do governador ao tentar indispor a bancada de senadores com os prefeitos do Maranhão.

Afronta o bom senso e degrada as regras básicas da convivência política sugerir que os representantes do Estado na Câmara Alta estejam contra a saúde da população.

As emendas parlamentares, como bem diz o nome, são prerrogativas dos deputados e senadores do Maranhão. Cabe a eles, e somente a eles, decidir o destino das emendas. É grotesco que o chefe do executivo vocifere publicamente como se o recurso estivesse sendo retirado dos cofres estaduais. O que está em discussão é o orçamento da União, e não do Estado. Por acaso, em algum momento o governador convidou deputados federais e senadores para discutir o orçamento estadual?

Hoje mesmo, cumpri extensa agenda iniciada pela manhã em São Paulo, com o governador Geraldo Alckmin, e acertamos sua participação no dia 11/11, em Imperatriz, no nosso Seminário de Revitalização dos Rios Maranhenses e suas Nascentes. Na oportunidade, debateremos a crise hídrica do Rio Tocantins.

Em seguida, com o ministro Bruno Araújo, das Cidades, estive em Buriticupu entregando casas e Imperatriz, onde promovi o encontro do ministro com diversos prefeitos da região, em busca de soluções para os graves problemas que enfrentam os gestores municipais.

Voltei à noite para Brasília exatamente para equacionar, na sexta-feira, a questão das emendas, com diálogo e responsabilidade. Infelizmente fui surpreendido, na volta, pelo destempero incivilizado e orquestrado entre o Governo e a mídia de aluguel, com o propósito de desqualificar quem, com muito esforço, dedica-se à honrosa missão de representar o Estado.

Faço política aproximando pessoas, estreitando a distância entre os problemas e suas soluções. Com gestos e ações efetivas, e não com fanfarras retóricas para intrigar a população com seus representantes.

Roberto Rocha

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José Reinaldo fora da chapa de senador de Flávio Dino…

Deputado federal já nem comenta mais com aliados sobre a possibilidade de concorrer ao posto na chapa de Flávio Dino, que trabalha com uma vaga consolidada – a de Weverton Rocha – e outra, em disputa por Eliziane Gama e Waldir Maranhão

 

BEM DISTANTES. A imagem ilustra bem a frieza da atual relação entre José Reinaldo e Flávio Dino

O ex-governador e atual deputado federal José Reinaldo Tavares (PSB) já desistiu de entrar na disputa pelas vagas do Senado em 2018.

Aos aliados, ele mantém o discurso de que vai concorrer, mas sua eloquência no assunto tem sido vista por interlocutores como uma espécie de “jogar a toalha”.

Desde que elegeu-se, em 2014, Tavares tentou convencer o governador Flávio Dino (PCdoB) a adotá-lo, de imediato, como futuro senador do Maranhão. Passou esses três anos esperando o movimento do governador, que não veio.

Uma das últimas cartadas do ex-governador foi o lançamento da candidatura, em Timon, que não teve a repercussão necessária. (Relembre aqui)

A chapa senatorial de Flávio Dino já está praticamente  fechada.

O deputado federal Weverton Rocha (PDT) está consolidado como primeiro candidato pelo próprio PCdoB, que já assumiu sua candidatura.

CANDIDATÍSSIMO. com apoio consolidado do PCdoB, Weverton se viabiliza também entre vários outros partidos, de todas as correntes

A outra vaga é disputada pelos também deputados federais Waldir Maranhão (PP) e Eliziane Gama (PPS).

No debate eleitoral, Dino também precisa decidir sobre o companheiro de chapa, vaga para qual já manifestou o desejo de ter o atual vice, Carlos Brandão (PSDB), que precisa decidir seu futuro partidário.

O posto também é cobiçado pelo PT, cogitado por aliados do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) e almejado por Eliziane Gama.

Mas esta é uma outra história…

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O prestígio de Sarney Filho em todas as bancadas…

Pré-candidato a senador pelo PV tem se movimentado cada vez com mais desenvoltura entre os grupos políticos que disputam o poder no Maranhão, recebendo simpatia de todas as correntes políticas

 

TODOS JUNTOS. Sarney Filho com os aliados Isaias, Magno Bacelar e Edilázio Júnior; e os dinistas Fábio Braga e Levi Pontes

A foto acima, registrada ontem em Chapadinha, mostra o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho (PV), ao lado dos deputados Edilázio Júnior (PV) – seu aliado histórico -, Fábio Braga (SD) e Levi Pontes (PCdoB), que compõem a base do governo Flávio Dino (PCdoB).

Seria apenas mais uma reunião civilizada de adversários políticos, não fosse um detalhe significativo: a cada dia, surgem cada vez mais imagens e informações dando conta da boa receptividade do ministro entre os membros do governo maranhense.

Este blog, inclusive, já ouviu de aliados de Flávio Dino a possibilidade de que Sarney Filho venha, inclusive, disputar uma das vagas de senador na chapa do próprio Dino, fato registrado no post “Sarney Filho na chapa de Flávio Dino?!?

O próprio governador (PCdoB) já se mostrou à vontade em diversas imagens ao lado do ministro; a última em Coroatá, na última quinta-feira, 10.

Por tudo isso – e pelo reforço da imagem acima – nenhuma das possibilidades pode ser descartada.

Simples assim…

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A chapa do grupo Sarney…

Com Sarney Filho e Edson Lobão disputando o Senado, PMDB, PV e PSD têm agora três caminhos possíveis para a eleição de governador

 

Sarney Filho e Lobão vão disputar o Senado

O grupo Sarney – que reúne legendas como PMDB, PV e PSD – já definiu sua chapa de candidatos a senador em 2018: o ministro Sarney Filho (PV) e o senador Edison Lobão (PMDB) vão para a disputa.

Falta agora definir o cabeça-de-chapa do grupo, que pode reunir ainda outras legendas; nesse aspecto, há três caminhos distintos para o grupo.

A primeira possibilidade é a candidatura da ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), que ainda não definiu se vai concorrer.

Caso ela desista da disputa, a opção é o senador João Alberto de Sousa (PMDB).

Roseana é a primeira opção do PMDB para o governo, mas ela pode parar no ministério

O terceiro caminho para o grupo é se reunir em torno de um dos candidatos alternativos, como Eduardo Braide (PMN) ou Maura Jorge (Podemos).

Todas essas questões só serão resolvidas mesmo em 2018, a depender, também, do futuro de Roseana.

É aguardar e conferir…