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Petista equivoca-se ao criticar fala de Flávio Dino sobre Bolsonaro…

Secretário de Formação Política do PT carioca, Olavo Brandão Carneiro interpreta erradamente declaração do comunista sobre o futuro do bolsonarismo, ataca debate sobre alianças que seu próprio partido já fez e expõe o iminente racha da esquerda a caminho de 2022

 

Lula com Olavo Carneiro; petista carioca expõe a tentativa de hegemonia que o PT tenta impor à esquerda desde a soltura do ex-presidente

Repercute desde o início desta sexta-feira, 27, artigo do secretário de Formação política do PT do Rio de Janeiro, Olavo Brandão Carneiro, com críticas ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). 

Para Carneiro, Flávio Dino errou ao limitar o espaço do bolsonarismo com pensamento político, confundindo “ideias e valores com seus porta-vozes de plantão”. (Leia aqui o artigo completo)

Mas quem errou a mão foi o dirigente petista; e seu artigo apenas expõe o incômodo que novas lideranças da esquerda – como Dino, Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSL) – causam no núcleo duro do PT pró-Lula.

É preciso ler – e entender – a fala do governador maranhense sobre o bolsonarismo, exposta em uma entrevista à revista Carta Capital, na terça-feira, 24.

Nela, ao referir-se especificamente ao bolsonarismo – e não à direita como um todo, como faz pensar o articulista petista – o comunista ressaltou que o presidente “é uma figura temporária”. (Leia aqui a entrevista de Dino)

É óbvio que Bolsonaro, como liderança, como ideólogo (que não é, nunca foi e nunca será), é alguém com prazo de validade, que pode até chegar em condições de reeleição em 2022, mas não fincará bandeiras no Brasil.

Como gosta de usar o blog Marco Aurélio D’Eça, Bolsonaro é só um arroto da história. Nada mais que isso.

O próprio Flávio Dino reconhece na entrevista a dicotomia entre esquerda e direita e vê outras lideranças – muito mais consistentes do que Bolsonaro – no debate político-ideológico brasileiro e mundial.

Quem leu a entrevista do comunista à Carta Capital, percebeu claramente o que incomodou o líder do PT:

1 – Ao responder se sua candidatura presidencial seria um antídoto ao antipetismo, Flávio Dino esquivou-se, mas pregou o espírito de “união e diálogo”, tudo o que é rechaçado pelo PT.

“O fundamental é nos unirmos, termos aliança, amplitude, humildade, capacidade de diálogo. Temos antes eleições municipais. Este é o tema da hora”, disse o governador do Maranhão.

2 – Ao comentar pesquisa do DataFolha, que mostra a rejeição de 60% dos eleitores do Rio de Janeiro a um eventual candidato apoiado por Lula, já em 2020, o comunista ressaltou que isso ainda é fruto da divisão ideológica resultante das eleições de 2018; e apontou:

“o antagonismo entre o bolsonarismo e o lulismo continua a ser a força estruturante da política brasileira. Acredito que essa divisão vai se manter. A disputa vai depender da capacidade de um polo ou de outro de ampliar alianças. Quem crescer mais terá mais vitórias”.

Flávio Dino com Lula: governador maranhense continua tentando entrar no debate nacional, mas enfrenta obstáculos regionais, partidários e agora também petistas

Em seu artigo, Olavo Brandão Carneiro mostrou-se especialmente incomodado com a pregação de Dino para “ampliação de alianças” como fator de vitória em 2022. Ao criticar o colega comunista, Carneiro fechou os olhos até para aliança à direita, com o PL, por exemplo, que levou o PT à vitória em 2002.

No fim, o artigo de Olavo Carneiro tem um ponto crucial: expõe a tentativa do PT de se manter hegemônico como principal legenda da esquerda – tendo Lula como principal líder – para polarizar o debate com Bolsonaro.

Dentro desta lógica, qualquer liderança que ousar pensar fora da caixa petista – seja Flávio Dino, seja Ciro Gomes… – sofrerá crítica, reprimenda, lição de moral e censura do establishment petista.

E assim a esquerda caminha para um review em 2022…

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Direita maranhense confirma Allan Garcês como opção em São Luís…

Médico recebeu a chancela do movimento para concorrer à prefeitura, em encontro que reuniu cerca de 300 pessoas, entre empresários, políticos e populares

 

GARCÊS FEZ CONTUNDENTE DISCURSO, em encontro coma presença de vereadores, prefeitos e lideranças empresariais de direita em São Luís

O médico Allan Garcês (PSL) recebeu neste domingo, 19, a chancela da União da Direita Maranhense (UDM) para concorrer à Prefeitura de São Luís em 2020.

Em encontro com cerca de 300 pessoas – entre elas os vereadores Ricardo Diniz, César Bombeiro, Joãozinho e Antonio Garcês – o próprio Allan reafirmou seu desejo de candidatar-se.

O AUDITÓRIO DO LOCAL DO EVENTO FICOU LOTADO para ouvir as propostas do candidato a prefeito de São Luís

– São Luís precisa de um choque de mudança e gestão, principalmente no campo da Saúde e da Educação, áreas que atuo profissionalmente há muitos anos e conheço profundamente a realidade da capital. Destaco ainda a necessidade de melhorias na mobilidade urbana, na segurança; e projeto uma “São Luís Inteligente”, com uso da tecnologia de informática afim de colocar a capital no patamar de desenvolvimento de cidade grandes – discursou.

OS CHAMADOS PATRIOTAS COMPUSERAM A MESA DOS TRABALHOS, com forte presença de políticos maranhenses

Ligado ao presidente Jair Bolsonaro, Garcês é membro do governo do capitão e filiado ao PSL.

Com a chancela da UDM, precisará agora convencer a direção partidária.

Ou rumar para outra legenda…

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Ultradireita maranhense ainda tenta acesso a Bolsonaro…

Formado por militares das Forças Armadas e da PM – e por conservadores de todos os tipos no interior – movimento de ultradireita mostra rejeição a Maura Jorge e tenta fazer do coronel Monteiro o interlocutor do novo governo no Maranhão

 

EM BUSCA DE INTERLOCUÇÃO. Coronel Monteiro com Jair Bolsonaro ainda na pré-campanha; falta de acesso isola direita maranhense

Um grupo de ultradireita que gira em torno do coronel reformado do Exército José Ribamar Monteiro Segundo (PHS) resolveu reforçar suas posições na Internet para tentar forçar uma interlocução direta com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Este grupo, que tem desde militares das Forças Armadas e da PM, conservadores católicos e evangélicos, políticos que agora se assumem de extrema direita – e até monarquistas – não reconhece a interlocução da  ex-candidata Maura Jorge (PSL) e tenta construir um projeto de poder em torno de Monteiro.

Mas, por enquanto, não tem tido sucesso na aproximação com Bolsonaro.

Entre os membros da União da Direita Maranhense (UDM), apenas o médico Allan Garcês conseguiu chegar até o núcleo central do novo governo; e isso por uma articulação política dele próprio, e não do grupo. (Entenda aqui)

O próprio Garcês enfrenta certa resistência no grupo monteirista.

Desde a campanha, a ultradireita em torno do coronel Monteiro se reunia em diversos grupos de WhatsApp – “QG Bolsonaro”, “Maranhão é Bolsonaro”, “Endireita Imperatriz” e “Viva a Direita”, dentre outros – que agora decidiram se unificar no “Endireita Maranhão”.

– Temos como referência o “Endireita Maranhão” o qual tem por finalidade introduzir na política maranhense pessoas novas, com ideologia de direita de modo a potencializar a evolução cultural, social e econômica do Maranhão – disse um dos comunicados, embora a cultura e o social sejam dois dos alvos do governo Bolsonaro.

VIVA O REI!!! Monarquistas também se alinham ao projeto da ultradireita maranhense em busca de interlocução com Bolsonaro

Nos grupos, é dura a crítica ao governo Flávio Dino (PCdoB) e ao grupo Sarney; e agressiva a reação a qualquer menção a Maura Jorge, que foi candidata a governadora pelo partido de Bolsonaro.

O coronel Monteiro chegou a ser pré-candidato a governador, mas teve a candidatura rechaçada pelo PHS, que optou por aliança com o senador Roberto Rocha (PSDB). (Relembre aqui)

O projeto do grupo é fazer de Monteiro o principal interlocutor do presidente eleito no Maranhão.

Por enquanto, no entanto, estão apenas nas adjacências do poder…

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Pró-militares já falam abertamente em intervenção…

Aproveitando-se da crise dos combustíveis e do fracasso do governo Temer, grupos de extrema direita preparam até manifestações públicas em defesa de um dos períodos mais negros da história do Brasil

 

Banner que começou a circular nesta segunda-feira na Internet

Grupos de apoio à intervenção militar ganharam força na internet nos últimos dias, diante da crise dos combustíveis e da impopularidade do governo Michel Temer (MDB).

Mas agora eles já se manifestam também publicamente.

A União da Direita Maranhense (UDM), entidade que reúne defensores da intervenção militar já marcou para o final da tarde desta segunda-feira, 28, manifestação na Praça Duque de Caxias, em frente ao 24º Batalhão de Infantaria de Selva.

A ideia é manifestar apoio às forças armadas…

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Não haverá soltura em massa com eventual habeas corpus de Lula…

Ao contrário do que adversários do ex-presidente tentam pregar, estupradores, assassinos e autores de crimes hediondos continuarão na cadeia caso o Supremo Tribunal Federal decida dar salvo conduto ao petista

 

Lula acena para o público em comício: manifestantes preparam ações contra e a favor do petista

Editorial

A afirmação que dá título a este post é do professor titular da Pontifícia Universidade Católica Aury Lopes Junior.

Com ela, o jurista retrucou em artigo divulgado nas redes sociais uma mentira quem sendo espalhada Brasil a fora por adversários do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

E serviu para dar origem a este editorial.

De acordo com os anti-Lula – mídia quatrocentona, empresariado paulista, setores religiosos, movimentos militares e parte do Judiciário – caso o Supremo Tribunal Federal decida nesta quarta-feira, 4, que Lula terá direito de responder em liberdade ao processo do Triplex de Guarujá – até trânsito em julgado da sentença – marginais de alta periculosidade que estejam preso por decisão de segunda instância também serão soltos.

– Isso é fake-news do processo penal ou argumento terrorista falacioso. Populismo punitivista. O que se está discutindo é apenas a possibilidade ou não de alguém ser preso, automaticamente, após a decisão de segunda instância, ainda na pendência de recursos e sem trânsito em julgado. Qualquer pessoa pode ser presa em qualquer fase do processo, incluindo obviamente a fase de investigação e a fase recursal, desde que exista necessidade, periculum libertatis. OU seja, qualquer um pode e continuará podendo ser preso preventivamente a qualquer momento – esclarece o professor.

O jurista ressalta ainda que a imensa maioria dos estupradores, homicidas, etc… está presa a titulo de prisão preventiva e não serão soltos por conta desse julgamento.

– Quem está cautelarmente preso, assim continuará. E, eventualmente, aqueles que não estiverem cautelarmente presos é porque não existe necessidade da prisão cautelar, porque não representam qualquer perigo para o processo ou para aplicação da lei penal. Estavam em liberdade por isso e assim devem permanecer até o trânsito em julgado – explicou Aury Lopes Júnior.

Os adversários de Lula – sobretudo movimentos de direita e simpatizantes da candidatura de Jair Bolsonaro, criam este terror de que bandidos serão soltos para gerar pânico na população e forçar uma onda de protestos para pressionar o STF.

Mas o jurista Aury Lopes deixa claro:

– Podem ficar tranquilos que não haverá uma soltura em massa de delinquentes perigosos. Não haverá uma horda de delinquentes bárbaros descendo pelas ruas, saqueando tudo… – diz ele.

A menos, é claro, que estes mesmos movimentos estejam dispostos a isso.

Simples assim…

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Aliados de Bolsonaro no Maranhão se reúnem em Brasília…

Pré-candidato a governador Coronel Monteiro, representantes do Patriotas (PEN) e da União da Direita Maranhense articularam agenda política e eleitoral com o deputado federal, que é candidato a presidente; parlamentares da legenda, no entanto, parecem evitar relação com os bolsomínios

 

DIREITA EM AÇÃO. Coronel Monteiro com Jair Bolsonaro e militantes do Patriotas e da UDM

Representantes da União da Direita Maranhense (UDM) e do PEN, que deve se transformar em Patriotas, estiveram em Brasília esta semana em articulação com o deputado federal Jair Bolsonaro (RJ), pré-candidato da legenda a presidente.

O Patriotas tem como pré-candidato ao Governo do Estado o Coronel Monteiro, que também participou do encontro na capital federal.

– Haverá um aumento significativo de novos militantes ao partido, o que reforçará o trabalho da União da Direita Maranhense – disse o médico Alan Garcêz, um dos coordenadores da UDM no estado.

também estiveram na reunião com Bolsonaro Clêmisson Cesário.

Nenhum dos parlamentares do PEN no Maranhão – deputado federal Júnior Marreca, deputado estadual César Pires e vereadores Marcial Lima e Concita Pinto – participou do encontro.

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Esquerda x Direita…

Com a movimentação partidária da pré-campanha, desenha-se três blocos para as eleições maranhenses: um encabeçado pelo PCdoB, tendo PT, PDT e PSB como expoentes, e outros dois com PMDB, PSDB, DEM, PSD, PP e PR, não necessariamente no mesmo palanque

 

Flávio Dino reunirá o grosso da esquerda; Roseana terá PMDB, PV, PSD e expoentes da direita

Desenha-se para 2018 uma disputa mais aberta entre os valores das ideologias de direita e da esquerda política no Brasil. A tendência é que o debate hoje posto encaminhe, para um lado, partidos como PT, PCdoB, PSB e PDT; e para outro PMDB, PSDB, DEM, PSD, PT e PP.

Essa dicotomia ideológica – mesmo que sem o viés programático mais acentuado – também se mostra encaminhada no Maranhão, sobretudo com a indefinição de partidos como PSDB, PSB e DEM.

A tendência é que o governador Flávio Dino (PCdoB), candidato à reeleição, reúna em seu palanque todas as legendas ditas de esquerda, com um ou outro partido mais afastado ideologicamente. Nesse projeto, caberá a legendas de direita, como DEM, PP e PTB, caso permaneçam vinculadas a Dino, o papel de coadjuvante na coligação esquerdista do governador.

Roberto Rocha tem o caminho mais curto para o PSDB, que pode atrair DEM, PSD, PPS, PR e PP

Os partidos da chamada direita se dividirão em dois blocos. Se tiver candidato, o PMDB poderá atrair PSD e o PV. No outro pólo, PSDB – se confirmar a filiação do senador Roberto Rocha – poderá ter condições de atrair PPS, PP, PR e até o DEM.

Sobrariam num terceiro pólo legendas como Podemos, PMN e os chamados partidos de ultraesquerda, formando o desenho final da eleição maranhense.

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão

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Dois grupos já se articulam para a disputa de 2018…

Governador Flávio Dino trabalha para reunir em seu palanque os partidos de esquerda, deixando na órbita da oposição legendas como PMDB e PSDB

 

Roseana pode compor chapa com Maura, Eduardo ou Madeira

Faltando pouco mais de um ano para as convenções que vão definir os candidatos a governador do Maranhão, os partidos já começam a se encaminhar para dois grupos majoritários na disputa.

O primeiro deles, liderado pelo governador Flávio Dino, tem o seu PCdoB e caminha para fechar com PDT e PT, formando uma aliança mais à esquerda. O outro grupo, que já começa a se desenhar, deve ter o PMDB, da governadora Roseana Sarney, e mais o PSDB, o PV, PMN e PTN, embora alguns pré-candidatos, como o deputado Eduardo Braide (PMN) e a ex-deputada Maura Jorge (PTN) ainda demonstre pouco interesse em uma composição.

No meio dos dois grupos o senador Roberto Rocha, e o seu PSB, que não tem definição de candidatura própria ou de composição, ampliando a aliança de esquerda em torno de Flávio Dino.

Todos candidatos

A primeira cogitação em torno de uma aliança mais ampla – reunindo PMDB, PSDB, PMN e PTN – foi ventilada há duas semanas e especulada em blogs e redes sociais. Essa possibilidade, que daria a Maura Jorge a condição de vice, foi rechaçada pelo deputado Aluisio Mendes, principal líder do seu partido na Câmara Federal.

Na última quinta-feira, 25, o ex-prefeito Sebastião Madeira, também indicou o caminho do PSDB, que, na sua avaliação, deve seguir a indicação nacional e compor com Roberto Rocha, “inclusive sendo ele o nome do partido”.

Com o PT, de Augusto Lobato, Flávio consolida chapa de esquerda, mas pode liberar PSDB para Roberto Rocha

Neste caso, o PSB seria liberado para a aliança à esquerda ou permaneceria na órbita de Rocha? Madeira não soube responder à esta questão.

Dos quatro nomes postos para uma aliança majoritária – Roseana, Madeira, Maura e Eduardo Briade – apenas Braide comentou o assunto. E mostrou-se entusiasmado com a possibilidade de concorrer ao governo, embora reafirme sua pré-candidatura a Deputado Federal.

– Não tenha dúvida de que uma aliança mais ampla na oposição incomoda sobremaneira os comunistas – provocou ele.

A indicação de Madeira, de que o PSDB não fica com Dino, e a indefinição do PSB torna o assunto da ampla aliança recorrente nos bastidores.

E deve voltar à tona nos próximos meses…

Do jornal O EstadoMaranhão

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Duelo de egos…

O deputado federal Jair Bolsonaro voltou a provocar o governador do Maranhão, Flávio Dino, que deu o troco em uma visita a Timon, no fim de semana

 

De Bolsonaro para Flávio Dino:

Pessoal do Maranhão um grande abraço, esse ano estarei aí, se Deus quiser […] fora PCdoB aí também, viu?”

De Flávio Dino para Bolsonaro:

Isso não existe, é uma coisa muito residual que não vai crescer porque é uma caricatura. Não é uma proposta que mereça ser levada a sério”