“O sistema venceu”, diz Mical Damasceno sobre inelegibilidade de Bolsonaro

Deputada estadual manifestou-se em suas redes sociais criticando a decisão do Supremo Tribunal federal que cassou os direitos políticos do ex-presidente, por ataques às urnas eletrônicas e ao processo de votação no Brasil; “a democracia brasileira está de luto”, afirmou a parlamentar

 

Deputada Mical Damasceno fez até pix em favo de Bolsonaro, que diz estar sendo obrigado a pagar sucessivas multas eleitorais

A deputada estadual Mical Damasceno (PSD) tem se manifestado fortemente nas redes sociais desde a decisão do Supremo Tribunal Federal, que cassou os direitos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

– Dia de luto para a democracia brasileira; infelizmente o sistema venceu – declarou a deputada, no instagram.

O blog Marco Aurélio d’Eça publicou na última sexta-feira, 30, o post “Apenas mais um teatro de vampiros…”, em que também aponta a perda dos direitos políticos de Bolsonaro como mais um esquema do chamado sistema, a exemplo do que ocorreu com a ex-presidente Dilma Rousseff e com o atual Luiz Inácio Lula da Silva (ambos do PT).

– O sistema detesta Bolsonaro na mesma medida que odeia Lula. E usa, ora um, ora outro para satisfazer os desejos de momento e impedir o avanço de quem não está inserido no establishment – afirmou o texto deste blog.

Embora discorde conceitualmente da deputada estadual – por entender que Bolsonaro deve mesmo ir para a cadeia pelos crimes cometidos antes, durante e depois do mandato – este blog entende também que a decisão de tirar seus direitos políticos atende apenas ao tal sistema, formado pelas elites brasileiras.

– Bolsonaro é o primeiro ex-presidente da República a se tornar inelegível sem ter cometido corrupção – exagerou Mical Damasceno; ela manifestou tristeza com a decisão do STF, mas foi consolada pelo colega deputado Dr. Yglésio Moyses (PSB), para quem “ainda não acabou!”.

Mas esta é uma outra história…

Apenas mais um teatro de vampiros…

Cassação dos direitos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro é apenas mais uma farsa montada nos mesmos moldes das que tiraram o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff e afastaram o atual presidente Lula das eleições de 2018; e reflete o modo  como o sistema de castas – que separa a elite econômica e política da burguesia e da plebe – ainda prevalece no Brasil

 

Com os direitos políticos arrancados nesta sexta-feira, 30, pelo STF, Bolsonaro é mais um que sucumbe ao jogo de interesses do “sistema” no Brasil

Editorial

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não é, nunca foi e jamais será alguém plenamente confiável; é um arroto da história, como este blog Marco Aurélio d’Eça já mostrou inúmeras vezes desde antes mesmo de ele apresentar-se como candidato a presidente.

Mas sua declaração de inelegibilidade, dada na tarde desta sexta-feira, 30, é mais uma farsa deste momento histórico pelo qual o Brasil vem passando dede 2013.

O blog Marco Aurélio d’Eça registrou esta fase da história em 2020, no post “Os passos do golpe que resultaram em Jair Bolsonaro…”

A cassação dos direitos políticos do ex-presidente é mais uma tentativa das elites, do sistema, de se recolocar no eixo da história, perdido desde que decidiram atentar contra as ações que o PT vinha implementando ao longo dos mandatos de Lula e que eram odiadas por eles.

O sistema detesta Bolsonaro na mesma medida que odeia Lula.

E usa, ora um, ora outro para satisfazer os desejos de momento e impedir o avanço de quem não está inserido no establishment.

Tirar Bolsonaro do jogo político foi tão assustadoramente covarde, reacionário, vingativo e farsesco quanto punir Dilma por pedaladas fiscais e dizer que Lula tinha que ser preso por ter um triplex sem documentos em Atibaia (SP).

O blog Marco Aurélio d’Eça também registrou isso, ainda em 2019, no post “A mãe de todos os golpes…”

A elite monta suas farsas de acordo com as próprias conveniências; e se iludem aqueles que acham que podem se inserir em seu contexto teatral.

Ali só há espaços para os grupos econômicos, políticos e judiciais do eixo Rio-São Paulo, com variantes em Brasília, lugar que eles entendem pertencer-lhes.

Bolsonaro não deveria ter os direitos políticos cassados, mas estar na cadeia por outros crimes praticados antes, durante e até após o seu mandato presidencial.

Mas o sistema prefere fazer teatro a fazer Justiça.

Simples assim…

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O impacto de Lula em 2022…

Pesquisa publicada no fim de semana – às vésperas da decisão que devolveu os direitos políticos do ex-presidente – mostra que o petista, agora definitivamente livre , ainda tem força suficiente para embaralhar a sucessão e ameaçar consideravelmente a reeleição do presidente Jair Bolsonaro

 

Lula tem força para conduzir a massa e polarizar o país contra o arroto histórico que significa o governo Jair Bolsonaro

Análise de conjuntura

O peso do ex-presidente Lula no processo eleitoral brasileiro não pôde ser medido na eleição que deu ao país  este “arroto da história” chamado Jair Bolsonaro.

Numa decisão política e parcial do ex-juiz Sérgio Moro, questionada desde o seu início – inclusive neste blog Marco Aurélio D’Eça Lula ficou fora da eleição de 2018, manchada pelos interesses do baronato paulista e da mídia quatrocentona, que tinham o interesse precípuo de apear a esquerda do poder. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)

Mas este poder eleitoral do ex-presidente foi medido no último final de semana pelo Instituto Ipec (ex-Ibope), curiosamente, três dias antes de o ministro Edson Fachin anular suas condenações e devolver seus direitos políticos.

A provável candidatura de Lula pelo PT, rearruma, logo de cara, todos as pré-candidaturas da esquerda – do PT ao PSOL, passando por PDT, PSB e PCdoB; influenciará diretamente, por exemplo, a decisão do governador Flávio Dino (PCdoB) visto como o vice ideal para o ex-presidente.

Dino já havia decidido candidatar-se ao Senado, mas pode repensar sua posição, o que abre novo debate sobre a vaga aberta no Maranhão.

Polarização, para o bem e para o mal

A vitória de Lula desacredita ainda mais o ex-juiz Sérgio Moro, que foi de herói ao vilão após servir o governo Bolsonaro, que ajudou a construir

Mas, se devolve a esperança para os setores de esquerda e dá novo rumo ao processo eleitoral de 2022, a iminente presença de Lula nas eleições também, traz de volta a polarização ideológica no país.

Incompetente, despreparado, mal-educado, boçal, desqualificado, grosseiro, homofóbico, racista, preconceituoso, machista, corrupto, provinciano, raso, reducionista e incapaz, Jair Bolsonaro se elegeu em 2018 exatamente no rastro desta polarização, que visava apear a esquerda do poder.

Foi o arroto, diante do peso da mão do baronato paulista e da mídia quatrocentona; um erro histórico que transformou um pulha em chefe de poder e de estado, insuflado por setores ignorantes da sociedade brasileira, guardados no armário da história desde o fim da Ditadura Militar.

Com Lula – que goza de força eleitoral importante, como demonstrou o ex-Ibope, mas também tem contra si setores poderosos da sociedade – essa dicotomia polarizada será reacendida; e pode favorecer o próprio Bolsonaro.

É com base nas pesquisas qualitativas e nas análises de conjuntura que Lula deve agora, definir seu papel nas eleições de 2022.

E decidir se sua utilidade será eleitoral ou participativa.

Para o bem e para o mal…

O drama de Josimar de Maranhãozinho…

JOSIMARMARCO deputado mais votado do Maranhão em 2014 não poderá disputar eleições a partir de 2016.

Josimar de Maranhãozinho (PR) foi declarado inelegível, hoje, pela Justiça Eleitoral.

A decisão é referente à Ação de Investigação Judicial Eleitoral interposta pelo Ministério Público Eleitoral em desfavor de José Auricélio de Morais Leandro (prefeito de Maranhãozinho), Raimundo Tarcísio de Lima (vice-prefeito) e Josimar Cunha Rodrigues, prefeito (deputado estadual).

A ação acusa os três políticos de terem abusado do poder político e econômico para saírem vitoriosos nas eleições municipais de 2012.

Os advogados de Josimar devem recorrer da decisão…