4

No terceiro dia de lockdown, mortes por coVID-19 batem recorde no MA

Estado registra 520 novos casos de contaminação pelo coronavírus, chegando ao total de 5.909 e 320 óbitos; só nesta quita-feira, 7, 25 pessoas morreram por causa da doença


Enquanto se discute  nas redes sociais se o lockdown decretado na Grande São Luís apresenta sucesso ou fracasso, o Maranhão registra, nesta quinta-feira, 7, o recorde de mortes por coVID-19.

Foram 25 óbitos em um total de 520 testes positivos para a doença.

O Maranhão chega a 5.909 casos de coVID-19, mostrando a tendência de subida da pandemia de coronavírus, com um total de 330 óbitos.

E a situação já é de quase-colapso na rede pública de atendimento…

1

Mais da metade da população ignora lockdown no MA, diz estudo da USP

Índice de Rigidez do Distanciamento (RDS) usado pela Universidade de São Paulo – e referência no Brasil – revela que apenas 49% dos maranhenses mantiveram o isolamento social total nos dois primeiros dias de bloqueio na região da Grande São Luís

 

A população deu pouca ou nenhuma importância ao lockdown em São Luís, que Flávio Dino insiste em chamar de “um sucesso”

Duas narrativas estão se digladiando desde que foi iniciado o lockdown na região da Grande São Luís para conter o avanço do coronavírus no Maranhão.

A primeira é liderada pelo governador Flávio Dino (PCdoB), que, a despeito da realidade das ruas nos bairros populares e na zona de comércio, garante que o bloqueio “é um sucesso”.

A outra narrativa, usada por setores da imprensa – que vai às ruas constatar se há comprometimento da população e capta as imagens já amplamente divulgadas – vê erros no lockdown e aponta medidas para evitar o fracasso anunciado.

O gráfico do Índice de Rigidez do Distanciamento, da Universidade de São Paulo, mostra que apenas 49,6% ficaram em casa no lockdown da terça-feira,5

Nesta quinta-feira, 7, estudo da Universidade de São Paulo comprova oficialmente que a narrativa da imprensa, e não a de Flávio Dino, é a correta neste momento.

De acordo com o Índice de Rigidez do Distanciamento (RDS) da USP – hoje usado como referência na análise dos resultados do distanciamento social em todo o país – menos da metade da população aderiu ao bloqueio nos dois primeiros dias de lockdown na Grande São Luís.

Para ser mais preciso: foram 49,6% na terça-feira, 5; e 49,3% na quarta-feira, 6.

Em 6 de maio, o índice de comprometimento da população com o bloqueio foi ainda menor, de 49,3% da população, segundo o estudo da USP

Pior: o índice de distanciamento em pleno lockdown ficou abaixo até mesmo da maior média do distanciamento no Maranhão, que foi de 54,8% no dia 22 de março, o domingo seguinte ao anúncio do primeiro caso de coVID-19 no estado. (Veja os gráficos que ilustram este post)

O RDS da USP atribui aos estados escores que vão de zero a 2, segundo sua rigidez e seu alcance geográfico. Em seguida, soma esses escores às medidas de proibição de aglomeração, fechamento de escolas e de trabalho, atribuindo escalas de zero a 100 para a rigidez do isolamento.  (Entenda aqui)

O maior índice de distanciamento social no Maranhão, de 54,8%, só foi alcançado em 22 de março, um dia depois do primeiro caso registrado no estado

O lockdown determinado pelo juiz Douglas de Melo Martins prevê medidas rígidas de restrição de deslocamentos, como multas e até detenções. 

Mas nem Flávio Dino, nem os prefeitos envolvidos implantaram essas medidas nas cidades atingidas. (Lembre aqui e aqui)

O resultado é o grande – e crescente – número de pessoas nas ruas, situação que o governador insiste em classificar de “sucesso”.

Mas os números não mentem, jamais…

2

Bolsonaro não quer entregar vídeo de reunião que provaria acusação de Moro

Apesar de o próprio presidente ter admitido liberars as conversas, Advocacia Geral da União recorreu ao ministro do STF, Celso de Melo, alegando que a reunião tem “conversas potencialmente sensíveis e reservadas”

 

A reunião ministerial de Bolsonaro pode comprovar as acusações de Sérgio Moro sobre interferência na Polícia Federal

A Advocacia-Geral da União decidiu entrar nesta quinta-feira, 7, com um pedido de reconsideração ao ministro do Supremo Tribunal Federal , Celso de Melo, para evitar entregar os vídeos da reunião do dia 22 de abril, entre o presidente Jair Bolsonaro e seu então ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Em seu depoimento à Polícia Federal, Moro afirmou que foi assediado por Bolsonaro pela troca da diretoria-geral da Polícia Federal, inclusive nesta reunião.

Na reunião, estavam vários outros ministros, também já chamados para depor.

Celso de Melo havia dado 72 horas para que o governo entregasse, sem corte, todo vídeo e áudio da reunião.

Bravateiro, o próprio Bolsonaro havia declarado que mandaria entregar os vídeos.

Nesta quarta-feira, no entanto, a AGU pediu a reconsideração, alegando que na reunião “foram tratados temas potencialmente sensíveis e reservados, inclusive de relações exteriores”.

A não entrega dos vídeos pode caracterizar obstrução de justiça…

5

“Não vejo outro caminho”, diz Douglas Melo sobre multa no lockdown

Juiz que decretou o bloqueio geral diz que a aplicação de sanções a quem sair às ruas sem justificativa comprovada é a saída para salvar a situação, mas ressalta que isso cabe apenas às forças de segurança do governo e das prefeituras

 

Nos bairros populares e comerciais, o passeio de pedestres continua sem problemas, após três dias de bloqueio geral

Apesar da insistente declaração de sucesso do governador Flávio Dino (PCdoB), o lockdown decretado judicialmente na Grande São Luís, mostra claros sinais de fracasso, diante da desobediência generalizada da população.

Para mudar o quadro e garantir o bloqueio geral, a saída seria a aplicação de multa aos desobedientes, como defende o próprio autor da medida, o juiz da Vara de Interessas Difusos e Coletivos, Douglas de Melo Martins.

– Não vejo outro caminho – afirmou Martins, com exclusividade ao blog Marco Aurélio D’Eça.

O juiz ressalta, no entanto, que essa medida cabe apenas ao próprio Governo do Estado e à Prefeitura de São Luís, que dispõem das forças de segurança para aplicar as sanções a quem desobedecer o bloqueio.

Na quarta-feira, 6, o magistrado chegou a dizer, em entrevista ao blog do jornalista Diego Emir, que as multas seriam aplicadas a partir desta quinta-feria, 7, após dois dias de orientações.

Mas, ao que parece, se depender do governador Flávio Dino e dos prefeitos, essas multas não serão aplicadas, sobretudo pelo temor do desgaste político que elas trazem.

Além disso, para Flávio Dino – a despeito das imagens exibidas na imprensa nos três dias de bloqueio – “o lockdown é um sucesso”.

As avenidas desmentem com fatos o que o governador insiste em dizer nas redes sociais (imagem registradas às 13h desta quarta-feria, 7)

Dino insiste em não reconhecer que sem as medidas mais enérgicas não haverá redução na circulação de pessoas; e se recusa a radicalizar nas medidas contra os que desobedecem o bloqueio.

Pior: prefere dizer que nem existe desobediência.

As multas estão previstas na própria decisão de bloqueio proferida pelo juiz Douglas de Melo e estabelecidas também nos decretos que regulamentaram a medida, tanto o do governo quanto o das prefeituras da Grande São Luís.

Enquanto não forem usadas como coerção, a farra continuará grande nos bairros.

E o governador falando de sucesso nas redes sociais…

5

Clientes denunciam preços abusivos de cloroquina em farmácias…

Produto usado por pacientes de diversas doenças faz parte do protocolo da rede pública de Saúde no tratamento da coVID-19 e passou a sumir do mercado por causa da grande demanda de gente infectada; preço em farmácias de manipulação subiu de R$ 70,00, antes da pandemia, para R$ 420,00

 

As versões do medicamento hidroxicloroquina estão em falta nas farmácias de São Luís, sem previsão de quando voltará ao mercado

Pacientes de doenças como Lúpus e Artrite reumatoide, que são usuários do medicamento hidroxicloroquina denunciam cobrança abusiva do produtos nas farmácias de São Luís.

Na semana passada, um homem chegou a divulgar um vídeo na internet, revelando que a Farmácia Drogasil não tinha o medicamento por que o Governo do Estado havia solicitado todo o estoque para doação.

Este é o homem que espalhou vídeo em aplicativo de trocas de mensagens acusando o governo maranhense de confiscar a cloroquina no mercado

 Em visita a uma das farmácias da rede (unidade Cohama), o titular do blog Marco Aurélio D’Eça foi informado que, de fato, não há a hidroxicloroquina à disposição, mas o atendente não soube informar se houve confisco do governo.

O blog também acionou auxiliares do governo e parlamentares aliados, que negaram confisco ou doação de farmácias.

O perfil do instagram chamado @verdadecovidma publicou horas depois, banner de internet alegando ser fake news a informação de que o governo havia confiscado os estoques do medicamento.

O banner publicado no perfil “verdadecovidma” classificando de fake news a acusação contra o governo Flávio Dino

Nesta quarta-feira, 6, nova denúncia. Uma paciente de lúpus procurou a hidroxicloroquina 400mg na ExtraFarma e na Drogaria Globo e recebeu a informação de que o produto está suspenso por tempo indeterminado.

– Achei apenas na Farmácia Garrido, pelo valor de R$ 420; isso hoje – afirmou a paciente, que encaminhou conversas e áudios ao blog. 

Tanto a rede estadual quanto a municipal têm seguido o protocolo do Ministério da Saúde – endossado pelo Conselho Regional de Medicina – no que diz respeito ao uso da Hidroxicloroquina.

Recorte do Ofício do CRM com o Protocolo de Atendimento para coVID-19 editado pelo Ministério da Saúde e seguido nas redes estadual e municipal 

De acordo com este protocolo, a que o blog teve acesso, a substancia deve ser usada  por “todas as pessoas idosas e portadoras de doenças crônicas que apresentem sintomas gripais”.

Ressaltando que “os melhores resultados ocorrem com tratamento o mais precoce possível”, o protocolo estabelece até 10 dias para o uso da cloroquina. (Veja publicação acima)

Como já se sabe que o número de pacientes está subindo no Maranhão, e a rede pública está usando o produto, é provável que a Hidroxicloroquina continue em falta no comércio.

O que é ruim para pacientes de outras doenças que necessitam do seu uso contante…

0

Movimento Acolhendo Heróis ganha força em São Luís

Projeto que garante hospedagem em hotéis para profissionais de saúde envolvidos no combate ao Coronavírus ganhou adesão de dedetizadora para fazer a devida desinfecção dos quartos usados

 

O movimento “Acolhendo Heróis” – de iniciativa do deputado Neto Evangelista (DEM), em parceria com o deputado Othelino Neto (PCdoB) – vem ganhando força em São Luís. Além do hotel Soft Win, que reduziu suas tarifas para viabilizar a hospedagem dos profissionais de saúde, a empresa Dedetização ADPowers juntou-se à corrente do bem nesta semana.

A ADPowers já iniciou os serviços de sanitização e desinfecção contra vírus e bactérias dos quartos e dependências do hotel Soft Win que vai receber os profissionais da saúde. A limpeza será feita semanalmente.

De acordo com André Muniz, proprietário da ADPowers, a iniciativa do deputado Neto Evangelista, além de louvável, serve de estímulo para que outras pessoas possam participar desse movimento.

“Eu tenho familiares que estão na linha de frente de combate ao novo coronavírus, e sei a luta que eles estão travando nesse período. Nada mais justo e solidário que retribuir o que eles vêm fazendo por nós. Que nossa atitude sirva de exemplo para outros e que mais empresas venham se juntar à nossa corrente”, disse.

Ronald Luso, gerente do hotel Soft Win, destacou a iniciativa do parlamentar. “Estamos preparados para recebê-los. Educamos nossos colaboradores e adequamos toda nossa estrutura para receber os profissionais da saúde. Parabenizo o Neto Evangelista, que teve essa iniciativa, tão importante para aqueles que não têm condições de bancar sua estadia”, afirmou Luso.

Neto Evangelista agradeceu o apoio que o Movimento “Acolhendo Heróis” têm recebido e disse acreditar que a corrente do bem só tende a crescer.

“Vamos cuidar de quem cuida da gente”, concluiu.

ACESSO

Os interessados deverão solicitar a autorização de ingresso no hotel pelo e-mail [email protected].

Será enviado um formulário que deverá ser preenchido com informações pessoais, assim como local de trabalho, horário do plantão e telefone para contato.

Obedecidos todos os critérios, a hospedagem será autorizada pelo prazo de 30 dias, podendo ser prorrogado, dependendo da gravidade da situação.

4

Lockdown corre risco de fracasso na periferia…

Imprensa mostra diariamente locais de aglomeração, com lojas abertas e grande circulação de pessoas nos bairros mais afastados, mas as ações das autoridades se concentram apenas no Centro e na área nobre da capital maranhense

 

Apesar dos alertas quase diários, fiscais da Blitz Urbana encontraram na Cidade Operária lojas de confecções abertas em pleno lockdown

Embora mantenha o discurso público positivo nas entrevistas e redes sociais, o governo Flávio Dino (PCdoB) encarou pelo segundo dia consecutivo o pouco engajamento popular ao bloqueio geral contra o coronavírus.

A imprensa local e nacional têm mostrado diversos pontos de aglomeração, com lojas abertas irregularmente e grande movimentação nas ruas, sobretudo nas áreas mais afastadas do Centro.

Avenidas de grande concentração de comércio – Guajajaras, no São Cristovão; São Marçal, no João Paulo; Avenida Kennedy – e bairros como Cohatrac e Cidade Operária mantém lojas com portas parcialmente abertas e atendimento a clientes.

Além da desobediência da população, as barreiras das forças de segurança acabam gerando mais aglomeração, por que geram engarrafamentos e caudas gigantescas, sobretudo em locais de maior movimentação.

Embora haja a necessidade de fiscalização, as barreiras no trânsito geram engarrafamentos que geram aglomerações desnecessárias

Governo e prefeitura têm concentrado a fiscalização nas áreas do Centro e nas avenidas da área nobre, sobretudo nas proximidades das praias, deixando a periferia a mercê da própria consciência.

Até agora, as postagens do governador Flávio Dino e do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) jogam à própria população a consciência do isolamento, sem indicar se haverá fiscalização nos bairros.

Mas se houvesse a conscientização popular, o lockdown não seria necessário.

É simples assim…

2

Pedro Lucas quer pagamento de auxílio emergencial em qualquer banco

Para evitar que as pessoas fiquem em longas filas nas agências da Caixa Econômica Federal para poder sacar benefícios assistenciais no período da pandemia do novo coronavírus, o líder do PTB na Câmara dos Deputados, Pedro Lucas Fernandes, sugeriu ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que permita que outros bancos também efetuem esses pagamentos.

O parlamentar apresentou, nesta terça-feira, 5, a Indicação 523/20 ao Poder Executivo.

Ele destaca que, como tem sido observado em diversas notícias veiculadas nos meios de comunicação, estão ocorrendo, em todo o País, filas e aglomerações de pessoas para realizar os saques dos benefícios pagos pelo governo.

– Essa situação vai contra as medidas sanitárias impostas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial de Saúde, que recomendam o distanciamento social e a proibição de aglomerações públicas – ressalta.

Pedro Lucas também cita reportagem do jornal O Estado de São Paulo publicada em 1º de maio de 2020, segundo a qual “beneficiários chegaram a dormir na porta de agências da periferia de São Paulo, e filas se repetiram por todo o Brasil nos últimos dias”.

– Com o início do pagamento do benefício, as portas das agências da Caixa viraram local de peregrinação de um exército de brasileiros que viu a pouca renda que tinha sumir com a pandemia.

O líder afirma que, diante desse quadro, torna-se “imperiosa” a adoção de medidas para ampliar a rede de pagamentos e saques dos benefícios sociais.

0

Governadores decidem lockdown que Flávio Dino preferiu terceirizar

No Pará e no Ceará os próprios gestores decidiram decretar o bloqueio geral, que, no Maranhão, foi decidida pelo Poder Judiciário por que o governador não teve a coragem necessária para decretar

 

O lockdown no Maranhão só saiu por decisão judicial, mas a propaganda comunista já o vende como modelo para outros estados. Não é

Dois novos estados brasileiros prepararam-se para entrar no sistema de lockdown contra o coronavírus a partir desta semana.

A notícia levou a propaganda comunista do Maranhão a anunciar que  o estado serviu de modelo para os demais.

Não serviu.

Ocorre que há uma diferença entre os governadores do Ceará, Camilo Santana (PT), e do Pará, Helder Barbalho (PMDB), em relação ao maranhense Flávio Dino (PCdoB).

Nos dois estados, os gestores tiveram a coragem de assumir, eles próprios, o bloqueio geral das atividades.

No Maranhão, o lockdown teve que ser terceirizado pelo Poder Judiciário, diante da insegurança demonstrada por Flávio Dino, mesmo diante do iminente colapso do sistema de saúde.

Por isso, o estado comandado pelo comunista continua a ser o único do Brasil onde a Justiça – e não o governador – decidiu pelo bloqueio.

E deve continuar a ser o único…

1

Após denúncia do blog, blitz age em locais de aglomeração

Depois de um primeiro dia de indiferença de logistas e comerciantes em relação ao lockdown judicial do Maranhão, policiais amanhecem nas principais áreas do comércio – no São Cristovão e em outros bairros – onde houve excesso de gente nas ruas

 

Pontos como o Terminal da Integração, na Cohab, serviram de base para a barreira policial á circulação de veículos

No balanço do primeiro dia do lockdown judicial da Grande São Luís, o blog Marco Aurélio D’Eça mostrou que em alguns setores da capital maranhense o bloqueio foi ignorado por lojistas, comerciantes e população.

No São Cristovão, no Cohatrac, no João Paulo e na avenida Kennedy foram vistas aglomerações em agências bancárias e constatadas até lojas abertas. (Relembre aqui)

Na manhã desta quarta-feira, 6, policiais militares e a Blitz Urbana amanheceram nesses locais para impedir a abertura de lojas.

Algumas, que abriam apenas parte das portas, foram obrigadas a fechar.

A intenção é que, ao longo do dia, outros pontos considerados críticos em relação ao lockdown também sejam, visitados pelas forças de segurança.

O que não ocorreu no primeiro dia…