6

Ao perseguir a esquerda, Bolsonaro acena com pensamento único no Brasil…

Presidente eleito diz que quer um Brasil sem ideologias, mas tenta impor os ideais da extrema direita como pensamento único, transformando o país em uma espécie de “ditadura branca”, onde só se poderá pensar de uma forma

 

MORDAÇA IDEOLÓGICA. Impedir alguém de expressar seui pensamento político é como carregá-lo num pau de arara em praça pública

Editorial

O discurso do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), e dos seus auxiliares, é o da transformação do Brasil em um país sem ideologias. Mas seus gestos, suas ações e seus discursos apontam apenas para a mudança de perfil ideológico e não para o fim das ideologias.

Bolsonaro quer um país com ideologia de Direita e não sem ideologia – até porque impossível é viver sem ideologia.

Ao perseguir petistas, comunistas e esquerdistas no Ministério Público, na Polícia Federal, no Ministério da Saúde, no Meio Ambiente e Agricultura, e na Educação, o presidente aponta para uma espécie de ditadura, em que só se pode pensar de um jeito.

O futuro ministro da Educação declarou que pretende “varrer o marxismo das escolas públicas”. E deixa claro qual o seu ideal de ensino: o militar, com a consequente ordem unida cívica que marca este tipo de educação, focada na “hierarquia e disciplina” dos quartéis.

Bolsonaro já disse que não quer na diplomacia brasileira embaixadores identificados com o pensamento de esquerda; exige o denuncismo contra professores de esquerda nas escolas e faculdades, e  forçou o abandono dos médicos cubanos no programa “Mais Médicos”.

HOMENS E ARMAS. Com suas declarações pós-eleição, Bolsonaro deixa claro o caminho da perseguição ideológica

Uma sociedade é mais desenvolvida quanto mais ela for plural.

E o pluralismo de uma sociedade se funda na liberdade de expressão, de pensamento e de credo; na igualdade das raças e na equidade de gênero.

Exigir de uma sociedade pensamento único no que diz respeito à sua história, suas raças e seus credos é castrar as liberdades individuais e transformar os cidadãos em espécies de robôs, fadados a seguir o rebanho.

Para muitos grupos – evangélicos e religiosos de um modo geral; militares e conservadores – esta sociedade é a ideal porque força o Estado a fazer por eles o que suas pregações já não têm mais forças para fazer.

Cada um pode conviver com seus ideais de vida, suas crenças e suas ideologias da maneira como bem lhe convir; e pode até cobrar fidelidade canina dos que aceitam seguir suas doutrinas.

Mas fazer do estado instrumento de opressão a quem pensa diferente, só pode ser classificado de uma única forma: ditadura, seja ela assassina ou não.

É simples assim…

2

Esquerda dominará governos no Nordeste…

Além de dar ao candidato petista Fernando Haddad vitórias maiúsculas em toda a região, PT e aliados vão comandar todos os governos estaduais, mantendo uma espécie de enclave nordestino anti-bolsonarista

 

ENCLAVE VERMELHO. Vencedor em todo o Nordeste, Fernando Haddad terá base de governadores na oposição

A esquerda terá um nicho de poder regional no país, a partir de 2019.

PT e seus aliados conseguiram eleger todos os governadores dos nove estados da região, além de dar vitórias monumentais ao presidenciável petista Fernando Haddad.

O partido de Lula elegeu quatro governadores: Rui Costa, na Bahia; Camilo Santana, no Ceará, Wellington Dias, no Piauí, e Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte.

Além disso, os petistas compõem coligações nos outros cinco estados: Maranhão, com Flávio Dino (PCdoB); Alagoas, com Renan Filho (MDB); Paraíba, com João Azevedo (PSB), Sergipe, com Belivaldo Chagas (PSD) e Pernambuco, com Paulo Câmara (PSB).

O Enclave esquerdista no Nordeste será referência para Bolsonaro, para o bem e para o mal.

Aliados do presidente eleito chegaram a desmerecer e a ridicularizar nordestinos por votar no PT; e a relação com governadores, como o comunista Flávio Dino, é de tensão.

A região será, portanto, importante contraponto político ao governo central de Brasília, a partir de 2019…

1

Dois grupos já se articulam para a disputa de 2018…

Governador Flávio Dino trabalha para reunir em seu palanque os partidos de esquerda, deixando na órbita da oposição legendas como PMDB e PSDB

 

Roseana pode compor chapa com Maura, Eduardo ou Madeira

Faltando pouco mais de um ano para as convenções que vão definir os candidatos a governador do Maranhão, os partidos já começam a se encaminhar para dois grupos majoritários na disputa.

O primeiro deles, liderado pelo governador Flávio Dino, tem o seu PCdoB e caminha para fechar com PDT e PT, formando uma aliança mais à esquerda. O outro grupo, que já começa a se desenhar, deve ter o PMDB, da governadora Roseana Sarney, e mais o PSDB, o PV, PMN e PTN, embora alguns pré-candidatos, como o deputado Eduardo Braide (PMN) e a ex-deputada Maura Jorge (PTN) ainda demonstre pouco interesse em uma composição.

No meio dos dois grupos o senador Roberto Rocha, e o seu PSB, que não tem definição de candidatura própria ou de composição, ampliando a aliança de esquerda em torno de Flávio Dino.

Todos candidatos

A primeira cogitação em torno de uma aliança mais ampla – reunindo PMDB, PSDB, PMN e PTN – foi ventilada há duas semanas e especulada em blogs e redes sociais. Essa possibilidade, que daria a Maura Jorge a condição de vice, foi rechaçada pelo deputado Aluisio Mendes, principal líder do seu partido na Câmara Federal.

Na última quinta-feira, 25, o ex-prefeito Sebastião Madeira, também indicou o caminho do PSDB, que, na sua avaliação, deve seguir a indicação nacional e compor com Roberto Rocha, “inclusive sendo ele o nome do partido”.

Com o PT, de Augusto Lobato, Flávio consolida chapa de esquerda, mas pode liberar PSDB para Roberto Rocha

Neste caso, o PSB seria liberado para a aliança à esquerda ou permaneceria na órbita de Rocha? Madeira não soube responder à esta questão.

Dos quatro nomes postos para uma aliança majoritária – Roseana, Madeira, Maura e Eduardo Briade – apenas Braide comentou o assunto. E mostrou-se entusiasmado com a possibilidade de concorrer ao governo, embora reafirme sua pré-candidatura a Deputado Federal.

– Não tenha dúvida de que uma aliança mais ampla na oposição incomoda sobremaneira os comunistas – provocou ele.

A indicação de Madeira, de que o PSDB não fica com Dino, e a indefinição do PSB torna o assunto da ampla aliança recorrente nos bastidores.

E deve voltar à tona nos próximos meses…

Do jornal O EstadoMaranhão

1

Petistas e comunistas reforçam tese da aliança de esquerda…

Durante plenária comemorativa do PT, lideranças dos dois partidos – como o deputado Zé Inácio e o secretário Márcio Jerry – defenderam a unidade das legendas como forma de “enfrentamento do golpe”

 

Inácio acompanha discurso de Magalhães, e Jerry conversa com Pedrosa, do PSOL: unidade de esquerda

O deputado estadual Zé Inácio (PT) e o secretário de Articulação política do governo Flávio Dino, jornalista Márcio Jerry (PCdoB), reforçaram, segunda-feira, 13, uma aliança de esquerda para a disputa eleitoral no Brasil e no Maranhão.

– Hoje estamos diante do enfrentamento do golpe, e estamos em busca da defesa de nosso Partido, a partir da rearticulação dos partidos de esquerda – afirmou Zé Inácio.

– É preciso a todo instante ter coragem e disposição para enfrentar aqueles que querem criminalizar e aniquilar o pensamento de esquerda e progressista – completou Márcio Jerry.

Esta página já abordou o tema, no post Flávio Dino pode ter chapa de esquerda em 2018.

A tendência foi confirmada tanto por membros do PCdoB quanto do PT.

Além de petistas e comunistas, o evento, no Hotel Abeville, reuniu líderes do PSOL.

E de movimentos sociais, como MST e CUT…

7

Flávio Dino pode ter chapa de esquerda em 2018…

Movimentos que devem tirar PSDB e DEM da aliança comunista pode favorecer o governador a se apresentar como o nome mais puro da oposição esquerdista, reunindo PT, PCdoB, PDT e PSB na mesma chapa, algo que nem Lula conseguiu

 

Com chapa pura de esquerda, Dino ficará ainda mais forte se Lula for candidato a presidente

O governador Flávio Dino (PCdoB) não tem interesse em se livrar do PSDB nas eleições de 2018.

Mas não quebrará nenhuma lança para ter os tucanos em sua chapa.

Se o PSDB se afastar de sua coligação – como vem sendo desenhado nacionalmente – Dino terá a opção de formar uma aliança eminentemente de esquerda para disputar a reeleição.

E isso é tudo o que o comunista quer.

Sem os tucanos na chapa, o governador pode trabalhar para buscar o PSB, que tem os aliados Luciano Leitoa e José Reinaldo Tavares entre os mais influentes na legenda – sobretudo se se confirmar a saída do senador Roberto Rocha.

Assim, o maranhense realizará o sonho que nem Lula conseguiu: botar na mesma coligação PT, PDT, PCdoB e PSB, as principais legendas de esquerda no Brasil.

Leia também:

Uma nova oposição no Maranhão…

A força eleitoral do PDT e o projeto de 2018…

PT quer ser protagonista em 2018, diz deputado…

 

Weverton e José Reinaldo são as opções consolidadas para o Senado na chapa comunista

O governador poderia formar a chapa do jeito que quisesse, contemplando todas as legendas da coligação – e ainda mantendo confortável tempo na propaganda eleitoral.

A ideia é trabalhar uma chapa com PCdoB e PT na cabeça e tendo os dois candidatos do PDT e do PSB ao Senado.

Outras legendas podem se agregar ao projeto, mas sem a importância das quatro principais.

E ainda por cima, a formação das chapas poderá dar ao Maranhão duas opções de candidatura para 2018.

Uma de centro-esquerda, encabeçada por Dino, e outra de centro direita, representada por PSDB ou PMDB.

Um embate eminentemente ideológico…

2

Zé Inácio e a Frente Brasil Popular…

Parlamentar participou de lançamento do movimento que envolve movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos, com objetivo de lutar contra “a ofensiva de direita no país”

 

Inácio em discurso durante o lançamento da FBP: "união contra golpe"

Inácio em discurso durante o lançamento da FBP: “união contra golpe”

O deputado Zé Inácio (PT) participou na manhã desta quarta-feira (23) do Lançamento da Frente Brasil Popular. O evento aconteceu no Gran São Luís Hotel e contou com a presença de Movimentos sociais, Centrais Sindicais e Integrantes de Partidos.

“O objetivo dessa reunião é para defender a democracia e a soberania do nosso país. Não podemos deixar que a elite continue insistindo em dar golpe, precisamos reagir contra essa força conservadora”, disse.

A  Frente Brasil Popular é uma articulação plural de diversos setores que lutam por mais democracia, mais direitos para os trabalhadores, pela soberania nacional e contra a ofensiva de direita em curso, que visa desestabilizar o governo e impor uma agenda conservadora ao conjunto da sociedade.

14

Grupo de Flávio Dino conspira contra Tadeu Palácio…

Dino dificilmente retribuirá apoio a Palácio

Se depender do grupo que gravita em torno do ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB), o ex-prefeito Tadeu Palácio (PP) não terá a unidade dos “partidos de esquerda” para ser candidato em São Luís.

Os comunistas, ajudados por membros do PSB e do PPS, trabalham fortemente pela viabilização do deputado federal Edivaldo Holanda Júnior (PTC), o preferido de Dino.

Apesar do apoio dado por Palácio nas eleições de 2008 – e das constantes demontrações de lealdade ao longo dos últimos anos – o comunista demonstra não ter a confiança necessária para retribuir o apoio.

Foi Dino, inclusive, quem patrocinou a reconciliação entre Roberto Rocha (PSB) e Edivaldo Holanda, pai de Holanda Júnior.

Os dois – que estavam afastados desde que Rocha apoiou a candidatura de André Fufuca (PSD), em 2010, prejudicando a eleição do petecista – voltaram a conversar no jantar de aniversário de Eliziane Gama (PPS), terça-feira.

Dinistas, aos poucos, vão afastando o ex-prefeito

A própria Eliziane Gama também já advoga o lançamento de duas ou mais candidaturas no grupo.

Ela defende que Palácio seja candidato pelo PP e que os demais membros do grupo decidam pela escolha de outro nome – provavelmente Holanda Júnior – com apoio de PPS, PSB e PCdoB.

De qualquer forma, se quiser ser candidato a prefeito, Tadeu Palácio deve ter a consciência de que não seguirá em grupo hegmônico, como esperava.

Por que, no grupo ligado a Dino, há outros interesses em jogo…

9

Para onde vão todos eles?!?

Dino abre os braços, como um profeta...

As fotos de Felipe Klant ilustram este post por representarem a expressão pura do que pensa a oposição de esquerda no Maranhão, reunida sexta-feira na Assembléia.

A começar por Flávio Dino (PCdoB).

O caminho apontado por ele, se dependesse dele, passaria longe de 2012.

A expressão é de um profeta. A foice e o martelo estão disponíveis; falta-lhe o cajado, como o de Moisés, para abrir o “mar vermelho”.

Dino teme perder novamente e inviabilizar seu projeto eleitoral de 2014 – seu verdadeiro sonho dourado.

Para o comunista, o melhor dos mundos seria ter como candidato alguém como Roberto Rocha (PSB) – aquele mesmo, que estabeleceu a fila na política para candidaturas majoritárias.

Um sorri pro outro e reflete: "por que não vai você? Eu espero aqui..."

Pois, se Rocha quiser, o “profeta comunista” cede seu lugar na fila sem problema algum.

Para Palácio, esta é a chapa perfeita em 2012

O ex-prefeito Tadeu Palácio (PP) agora também entrou no grupo.

É um dos nomes fortes na disputa em São Luís, mas poderia se contentar com uma candidatura a vice-prefeito – desde que fosse de Flávio Dino.

O semblante revela: Eliziane já não tem certeza de nada...

Mas uma chapa Roberto Rocha/Tadeu Palácio agradaria ao ex-prefeito?

Por fim, a deputada Eliziane Gama (PPS) também marcou presença no encontro do PCdoB.

Sua expressão na foto “klantiana” é de quem pergunta: “quê que eu tô fazendo aqui?!”.

E assim seguiu o encontro comunista na sexta-feira passada… 

 

6

Castelo quer unir a oposição (?); esquerdistas falam em aliança própria…

Aos poucos, os partidos de esquerda vão entrando no debate eleitoral em São Luís, que andava polarizado pelo prefeito João Castelo (PSDB) e pelo grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB).

Castelo tentando engolir partidos, nominando todos – inclusive ele próprio – de “oposição” (?); o grupo roseanista com sua  histórica claudicância em relação às eleições na capital.

O movimento do PCdoB, de parte do PT e de parte do PPS, na semana que passou, demonstra que há espaço para a construção de uma alternativa a esta bipolarização.

Assediado por Castelo, o PCdoB disse não e demarcou território: quer uma aliança com PPS, PSB e até com o PDT.

Para assegurar o casamento eleitoral, pode, inclusive, abrir mão do nome de Flávio Dino (PCdoB), buscando outras opções: Eliziane Gama (PPS), Marcelo Tavares (PSB), Rubens Pereira Júnior (PCdoB) e Bira do Pindaré (PT).

Os mais afoitos diante da possibilidade – Bira e Eliziane – são os que mais restrições têm.

O petista terá dificuldade de desatrelar o PT dos interesses roseanistas; a pepessista vê cada vez mais seu PPS enfronhado nas alcovas castelistas.

De qualquer forma, a movimentação da esquerda dá a sensação de que o embate existirá.

Com cartas marcadas ou não, ele virá…

15

Flávio Dino reúne bloco de esquerda em São Luís

Flávio Dino: articulações não páram

O ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB) 0 reuniu ontem, em almoço, os deputados que compõem o bloco de esquerda na Assembléia Legislativa. Além do ex-presidente da Assembléia, Marcelo Tavares (PSB), participaram os deputados Eliziane Gama (PPS), Luciano leitoa (PSB), Cleide Coutinho (PSB) e Bira do Pindaré (PT) .

Iniciativa do deputado Marcelo Tavares, o encontrou serviu para Flávio Dino discutir as questões estaduais, mas o foco da reunião foi as eleições municipais de 2012.

Mesmo que não seja com o nome do próprio Flávio – que ainda não decidiu se disputará ou não contra o prefeito João Castelo (PSDB) – a esquerda quer manter a aliança de 2010, que chegou ao segundo lugar na sucessão estadual.

É neste ponto que entra Bira do Pindaré.

O deputado estadual do PT pode ser o nome do bloco para a Prefeitura de São Luís, tendo um comunista, um socialista ou um membro do PPS como companheiro de chapa.

O presidente muncipal do PCdoB, jornalista Márcio Jerry, declarou ao blog que a prioridade no partido é a ampliação da bancada na Câmara.

– Temos dois vereadores e queremos, ao menos, duplicar esta bancada – disse Jerry.

Isso não significa que os comunistas já descartaram a candidatura a prefeito. “Temos, além do Flávio, outros nomes na legenda. Mas não se descarta apoiar outros companheiros”, afirmou Jerry.

De qualquer forma, o almoço mostra que a sucessão municipal está na pauta de todos os partidos…