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De como Edivaldo Júnior cavou uma forte rejeição em São Luís…

Mesmo com oito anos de mandato, postura avessa do ex-prefeito somada ao distanciamento partidário e à virada de costas ao grupo que o acolheu em todas as suas eleições levaram a uma antipatia do eleitor que ele não consegue mais tirar apenas com suas postagens em redes sociais

 

Edivaldo é o mais rejeitado dentre todos os oito pré-candidatos apresentados à população para a Prefeitura de São Luís

Ensaio

O ex-prefeito de São Luís Edivaldo Júnior (sem partido) deixou o comando municipal em 202o com altos índices de aprovação popular, muito disso resultado das inaugurações – no fim do mandato e a toque-de-caixa – de praças e aparelhos públicos de impacto visual na cidade.

Mas logo nas primeiras chuvas de 2021 as obras de Holandinha mostraram-se frágeis, mal feitas, a exemplo do complexo Anel Viário, que se desmanchou antes mesmo das águas de março, como mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Entregue há menos de dois meses, obra da prefeitura se desmancha no Anel Viário…”.

Edivaldo já havia cometido um erro político: abandonou todos os seus aliados nas eleições de 2020 – os mesmos que lutaram por ele em 2012 e na sua difícil reeleição de 2016; sua postura de dar as costas para quem o acolheu favoreceu exatamente o atual prefeito Eduardo Braide, seu principal adversário em 16.

Em maio de 2021, Edivaldo anuncia sua saída do PDT; sem partido, chegou a ser convidado pelo então governador Flávio Dino (PSB) a compor a chapa do seu candidato Carlos Brandão (PSB), como vice ou mesmo suplente de senador; também foi procurado pelo senador Weverton Rocha, que já lhe havia dado o PDT em 2014.

Qual não foi a surpresa da classe política quando, no início de 2022, Edivaldo anuncia que vai concorrer a governador contra Brandão e contra Weverton?!?

Conseguiu abrigo no PSD, do então deputado Edilázio Júnior, mas abandonou o partido a própria sorte e nem fez campanha propriamente dita, amargando baixíssimos índices de votação e praticamente tirando o partido da Câmara Federal e da Assembleia Legislativa.

Mesmo após oito anos no comando de São Luís, ex-prefeito não reuniu grupo, não conseguiu partido e não deixou saudades no eleitor

Este blog Marco Aurélio d’Eça descreveu a derrocada política de Edivaldo em novembro de 2022, no post “De como Edivaldo Júnior enterrou a própria carreira política…”.

Mas ele surgiu do nada, em 2023, como pré-candidato a prefeito, tentando abrir caminho em partidos, apostando que estaria bem nas pesquisas; mas, a essas alturas, encontrou portas fechadas e voltou a se isolar.

Hoje, Edivaldo tem baixíssimos índices de intenção de votos, não há partido que demonstre interesse em seu nome e ainda amarga a maior rejeição dentre todos os pré-candidatos a prefeito, segundo a última pesquisa do Instituto Três. (Ver quadro acima)

O ex-prefeito é o exemplo acabado de como, na política, grupos, alianças e relações públicas são fundamentais para uma carreira longeva.

Tudo o que ele abriu mão nestes últimos 1o anos…

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A campanha tipo #TBT de Edivaldo Júnior…

Isolado e sem perspectiva partidária, ex-prefeito utiliza as redes sociais para relembranças e suas obras, sem qualquer aparição pública relevante; e já há quem aponte sua desistência da corrida eleitoral em São Luís

 

Edivaldo postou hoje #TBT de suas ações no transporte, mesmo dia que a imprensa critica queda no número de ônibus com arcon na gestão de Braide

O ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido) transformou suas redes sociais em um #TBT diário de relembranças de suas obras em São Luís.

A divulgação do que fez na capital maranhense – em contraponto ao que é divulgado sobre a gestão do atual prefeito Eduardo Braide (PSD) – é a única movimentação da pré-campanha de Edivaldo, que mantém-se isolado politicamente e sem perspectiva partidária.

A presença de Edivaldo na disputa em São Luís se deu a partir de suas movimentações nas redes sociais, registradas neste blog Marco Aurélio d’Eça ainda em junho, no post “Edivaldo volta à ativa nas redes sociais…”.

A partir daí, ele apareceu nas pesquisas de intenção de votos e até conseguiu dois importantes aliados, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) e o presidente da Câmara Municipal, Paulo Victor (PSDB), que abriu mão da própria candidatura  e passou a defender o nome do ex-prefeito.

Mas nenhum partido mostrou-se interessado em ter o ex-prefeito como candidato, pelo menos até o momento, apesar de algumas grandes legendas ainda estarem “soltas”, a exemplo do próprio PSDB, de Victor, além do PP, do PL e do MDB, só para citar as maiores agremiações.

A dificuldade de aparição pública tem levado a especulações de que o ex-prefeito já desistiu da candidatura e deve mesmo lançar a mulher, Camila Braga, na disputa por vagas na Câmara Municipal.

Mas esta é uma outra história…

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De como Edivaldo Júnior enterrou a própria carreira política

O fracasso nas eleições para o Governo do Estado – onde amargou um quarto lugar em São Luís, cidade em que havia sido prefeito apenas dois anos antes – foi construído pelo próprio ex-prefeito a partir de 2020, quando deu as costas para o seu partido político, o PDT, e ignorou todas as candidaturas do grupo que o havia levado ao poder na capital maranhense

 

Com carreira construída a partir de um grupo político, Edivaldo ignorou aliados após chegar ao poder, deu as costas para partidos que o abrigaram e hoje colhe os frutos do isolamento

Ensaio

O PSD praticamente convidou o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Júnior a deixar o partido.

Com o anúncio público de que o atual prefeito Eduardo Braide será o candidato da legenda em São Luís, Holandinha é isolado dentro da legenda que o abrigou como candidato a governador e que ele pouco fez para fortalecê-la ao longo da campanha.

Mas o desquite público do PSD foi apenas a culminância de uma situação de isolamento construído pelo próprio ex-prefeito, a partir de 2020.

Naquela época, o então grupo de Edivaldo, liderado pelo hoje senador eleito Flávio Dino (PSB), lançou nada menos que cinco candidatos a prefeito: Duarte Júnior (PRB), Bira do Pindaré (PSB), Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Neto Evangelista (União Brasil) e Dr. Yglésio (PROS); Edivaldo ignorou a todos como candidato.

Fez pior ainda: deu as costas para o PDT, que havia garantido sua eleição e reeleição de prefeito e apoiava a candidatura de Evangelista.

No segundo turno, com Duarte Júnior enfrentando Eduardo Braide, Holandinha viu apelos diários de Flávio Dino pelo seu apoio, mas preferiu fazer de conta que a eleição não existia; focou o fim da gestão na entrega de obras – algumas fake, como a do Anel Viário – na esperança de ser aclamado pela população.

Nas eleições de governador, Edivaldo tinha a opção de seguir o projeto de Flávio Dino ou retribuir o abrigo do PDT, apoiando o senador  Weverton Rocha; mas preferiu deixar o PDT e anunciou a própria candidatura ao governo.

Já na campanha, o projeto do ex-prefeito começou a fazer água, com a sua pouca vontade em fazer campanha e a relação de distanciamento com as lideranças do PSD, partido que decidiu apostar suas fichas em sua eleição.

Além de amargar apenas pouco mais de 2% dos votos, Edivaldo viu evaporar sua popularidade na capital maranhense, com um quarto lugar na disputa, e ainda forçou a não-reeleição dos deputados Edilázio Júnior e César Pires.

Agora convidado publicamente a deixar o PSD, sem grupo político, sem perspectivas partidárias e vendoa  populariade evaporar, o prefeito segue para o isolamento definitivo.

E pode mesmo ficar fora das eleições de 2024…

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Maranhão pode ter novo distanciamento social

Governo do Estado deve editar novas medidas para evitar a proliferação do coronavírus, o que pode levar até mesmo ao fechamento de alguns setores do comércio e do entretenimento

 

Medidas devem ser tomadas para evitar proliferação em espaços públicos; casos de CoVID-19 vêm aumentando em todo o estado

Diante do crescimento dos casos de coronavírus no Maranhão, o governo Flávio Dino (PCdoB) deve endurecer nos próximos dias medidas de distanciamento social em todo o estado.

O cancelamento do carnaval já foi anunciado, mas as medidas restritivas devem ser endurecidas em vários setores.

Reunidos no fim de semana, membros do governo discutiram formas de aumento de leitos para pacientes de CoVID-19, que voltaram a crescer.

E para evitar colapso nos hospitais poderão ser necessárias, até mesmo, novo fechamento de parte do comércio, sobretudo os setores que provocam aglomeração, como bares, restaurantes, shows e eventos.

As aulas nas escolas públicas e particulares – que começam já na próxima semana – também são ainda uma incógnita quanto ao seu formato.

A segunda-feira, 25 deve ser marcada por anúncios sobre a questão da CoVID-19…

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Nova contaminação atinge países que afrouxaram isolamento…

Estados Unidos, China, Alemanha e Irã são obrigados a declarar novo bloqueio em várias cidades que decidiram abrir atividades comerciais e experimentaram nova onda de casos de coVID-19; no Maranhão, governador decide hoje se afrouxa o distanciamento

 

A expectativa nesta quarta-feira, 20, é para o anúncio do governador Flávio Dino sobre o isolamento no Maranhão, no mesmo dia em que estouram notícias de recontaminação em vários países

No dia em que o governador Flávio Dino (PCdoB) deve anunciar novas regras para o isolamento social no Maranhão – com possibilidade de abertura de novos setores do comércio – estouram casos de recontaminação em diversos países que experimentaram esse afrouxamento.

Na China, no Irã, na Alemanha e nos Estados Unidos, dentre outros países, o governo está voltando a fechar estabelecimentos após constatar uma segunda onda de contaminação do coronavírus. (Saiba mais aqui)

Desde meados de abril, Flávio Dino vem sendo duramente pressionado por setores do comércio e da indústria para afrouxar as regras do isolamento e permitir a abertura de novos tidos de atividades.

O lobby pelo fim do confinamento envolve também setores do segmento evangélico.

Nessa guerra de bastidores, o governador já apresentou recuos e avanços nas ações contra o coronavírus. (Entenda aqui e aqui)

Na semana passada, quando o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto autorizando funcionamento de salões de beleza, barbearias e academias de ginástica, Dino garantiu que nada mudaria no Maranhão até esta quarta-feira, 20, quando encerra-se a validade do decreto de isolamento social.

Mas o próprio Dino já ressaltou que deve ampliar o rol de atividades essenciais, o que deve incluir, exatamente, salões de beleza, barbearias e academias de ginástica.

As notícias mundo a fora no dia do seu anúncio, no entanto, devem servir, ao menos, para que o governador reflita sobre suas ações.

Afinal, uma segunda onda de contaminação pode ser devastadora no Maranhão…

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Imperatriz: Prefeitura orienta comércio no primeiro dia de flexibilização

Nesta segunda-feira, 18 de meio, primeiro dia de reabertura gradual do comércio em Imperatriz, as secretarias municipais de Planejamento Urbano, Seplu; Fazenda e Gestão Orçamentária, Sefazgo, e Superintendência de Proteção e Defesa Civil, Sumpdec; realizaram ação conjunta de fiscalização e orientação no setor comercial. Fiscais e demais servidores da Prefeitura deram informações sobre as medidas preventivas e exigências do novo Decreto Municipal que dispõe sobre o funcionamento de atividades econômicas organizadas e afins, em período de enfrentamento à pandemia da Covid-19.

“A determinação do prefeito Assis Ramos é que neste primeiro momento façamos um trabalho educativo. O novo decreto autoriza o funcionamento gradual do comércio e que eles funcionem de acordo com as determinações, que seguem orientações sanitárias. Vale ressaltar que serão realizadas ações de fiscalização das medidas preventivas e caso haja descumprimento das exigências haverão penalidades, inclusive com a cassação do alvará de funcionamento”; destacou a titular da Seplu, Lenise Ferreira.

Com a flexibilização, o comércio em geral funcionará em horário comercial, 08h às 18h, permitida a venda de mercadorias exclusivamente pelos sistemas delivery e drive thru, com fita de isolamento na porta do estabelecimento, para controle do fluxo de pessoas. Os shoppings centers funcionarão em horário normal, 10h às 22h, e seguirão os mesmos critérios e está  proibida a disposição de mesas e cadeiras na praça de alimentação.

Em todos os estabelecimentos, apenas o funcionário autorizado deverá entregar a mercadoria ao cliente, que aguardará em sua residência ou em veículo automotor. A entrada de clientes nos estabelecimentos comerciais está proibida, exceto para pagamentos de prestações, devendo ser controlada em número máximo de 03 pessoas, e, para as lojas de departamento, no limite de 10 pessoas. É vedado, inclusive, a utilização de provadores de roupas, sapatos ou de qualquer produto que esteja à venda. As máquinas de cartão de crédito e débito devem ser higienizadas após o uso e podem ser envolvidas em papel filme.

Para ingresso às dependências das lojas, deverá ser exigida a utilização de máscara de tecido, não tecido (TNT), ou tecido de algodão, usada em tempo integral, pelos funcionários, lojistas, colaboradores e clientes.

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População curte feriadão como se não existisse coronavírus…

Mesmo diante do aumento do número de contaminados pela CoVID-19 – e às vésperas da decretação do lockdown determinado pela Justiça – cidadãos passam o dia nas praias e em passeios por São Luís

 

Banhistas curtem a praia do Calhau em pleno feriado, mesmo diante das medidas de restrição e às vésperas do lockdown em São Luís

Cada pontinho marcado na foto acima é uma pessoa.

Elas estão curtindo este feriado de 1 de maio na praia, como se tudo estivesse normal em São Luís.

As praias lotadas nesta sexta-feira são apenas exemplos da desinibição do povo às regras de isolamento social.

Mas há um outro problema detectado pelo blog Marco Aurélio D’Eça: a falta de fiscalização dos órgãos de controle e segurança.

Embora as autoridades passem Índia a cobrar que as pessoas não se aglomerem nas ruas, não há, nos pontos críticos – como

Os supermercados ficaram lotados na noite de quinta-feria, por causa do feriado, mas também pelo anúncio intempestivo do lockdown

Praias, agências bancárias, supermercados e lotéricas – nenhum policial ou agente de segurança para controlar essas aglomerações.

O problema é ideológico.

A maioria dos policiais militares é alinhada ao pensamento do presidente Jair Bolsonaro, e acha que o cidadão deve ter o direito de ir e vir.

É, portanto, um problema a mais para o controle lockdown a partir da próxima terça-feira, 5…

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STF salvou o país da insanidade sanitária de Bolsonaro…

Ao decidir que estados e municípios têm autonomia para impor medidas de contenção do novo coronavírus, ministros da Suprema Corte criam antídoto contra o presidente, que força há semanas pelo fim da quarentena e até demitiu seu ministro para alcançar este objetivo

 

Bolsonaro foi derrotado no Supremo tribunal Federal, que salvou o país de sua insanidade: não cabe decreto contra o isolamento

Editorial

Pouca gente se deu conta, mas a decisão do Supremo Tribunal Federal nesta quarta-feira, 15, garantindo autonomia a estados e municípios na formulação de ações contra o coronavírus, foi uma garantia de sobrevivência ao país. 

Com a decisão, os ministros do STF criaram uma espécie de antídoto à insanidade do presidente Jair Bolsonaro, que insiste em liberar geral o isolamento social – e para isso vai até demitir seu ministro da Saúde.

O Supremo Tribunal Federal decidiu que a determinação de isolamento nos estados e municípios não fere a Constituição.

Bolsonaro vem lutando de todas as formas , lícitas e ilícitas, para acabar com o distanciamento social no país. Por diversas vezes foi desautorizado pelo seu ex-ministro da Saúde, Henrique Mandetta, que é médico.

Para tentar impor sua vontade, ele demitiu Mandetta nesta quinta-feira, 16, numa tragédia anunciada que já durava semanas.

Agora que o STF se posicionou, Bolsonaro pode até nomear alguém no Ministério da Saúde que faça o que ele quer, mas não poderá impedir governadores e prefeitos de decretar o isolamento em seus estados e municípios.

E assim, o Supremo tão odiado pelos bolsomínions salva o Brasil da pandemia.

E do próprio Bolsonaro…

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Roberto Rocha de volta à cena…

Senador do PSDB passou a ver complô de comunistas e sarneysistas contra sua candidatura, que, sequer, conseguiu se viabilizar entre os partidos maranhenses

 

Roberto Rocha se isola e reclama de polarização sem ele

Após período de férias natalinas em que praticamente isolou-se do debate eleitoral no Maranhão, o senador Roberto Rocha (PSDB) – ou pelo menos os seus aliados mais próximos – voltou à cena com um discurso que em nada lembra um candidato em condições de vencer o pleito: o tucano resolveu ver um suposto complô entre sarneysistas e dinistas para polarizar a eleição entre o governador Flávio Dino (PCdoB) e a ex-governadora Roseana Sarney (MDB).

Para Rocha – ou seus aliados mais próximos – isso teria o objetivo de isolá-lo na eleição de outubro.

O senador tucano só não percebe que seu isolamento ocorre por causa de sua própria postura, que ora acena para os dinistas, ora para os sarneysistas, sem criar vínculo algum com qualquer grupo político.

O resultado é um PSDB sem alianças às vésperas da campanha.

Livres de qualquer complô, são os números que dizem que a eleição está polarizada entre Flávio Dino e Roseana.

O desempenho de Roberto Rocha nesses mesmos levantamentos não justifica os protestos do senador contra a possibilidade de haver uma eleição polarizada. Há muita água para rolar até outubro e insinuar um complô a essa altura é mera especulação.

Cabe ao senador do PSDB botar o bloco nas ruas e tentar se imiscuir no embate entre comunistas e sarneysistas.

Mas ele não conseguirá esse feito apostando apenas em intervenções nacionais nos partidos políticos, achando que, a ele, basta o tempo de TV. É preciso convencer o eleitor sobre sua credibilidade.

E antes de chegar ao bloco Dino/Roseana, terá que superar outros nomes, como os de Ricardo Murad (PRP), Maura Jorge (PODE) e Eduardo Braide (PMN).

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão