Uma das três únicas mulheres à frente dos legislativos estaduais em todo o país, deputada é vista como liderança discreta no trato, que resiste ao preconceito de gênero
VITÓRIA CONTRA O MACHISMO. Iracema Vale enfrenta o preconceito, mas lidera com pulso a Assembleia Legislativa
O jornal Folha de S. Paulo trouxe em sua edição de segunda-feira, 5 do jornal reportagem que mostra apenas três mulheres à frente das Assembleias Legislativas nos 26 estados – no Distrito Federal há uma Câmara Legislativa. Entre elas, está Iracema Vale (PSB), presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão.
“Apesar do aumento progressivo da presença de mulheres na política brasileira, elas ainda são minoria sobretudo nos cargos de liderança”,diz a reportagem.
Para a Folha, Iracema atua com estilo discreto, liderando sem arroubos;
o jornal paulista trata apenas en passantsobre o machismo contra ela.
Eleita deputada estadual mais votada nas eleições de 2022, com 105 mil votos, ex-prefeita de Urbanos Santos, Iracema Vale é a primeira mulher a presidir a Assembleia maranhense em 200 anos de existência do Poder Legislativo no Maranhão.
a deputada foi eleita eleita por unanimidade para o biênio 2023/2025;
mas passou a enfrentar resistência dos homens no biênio 2025/2027;
tanto que a eleição acabou indo para o tapetão do Supremo Tribunal.
Iracema sempre apontou o questionamento de sua nova eleição como uma ação machista.
A Folha de S. Paulo ouviu relatos das presidentes “sobre preconceito e falta de reconhecimento”,mas não aprofundou o texto nas “peculiaridades de ocupar lugar de liderança quando se é mulher”.
De qualquer forma, a reportagem da Folha de S. Paulo serve como documento histórico do atual momento de poder na Assembleia Legislativa do Maranhão.
Sob o comando de filha de taxista e professora, mãe de dois filhos…
Projeto da senadora Eliziane Gama visa coibir abusos de companhias aéreas como a que ocorreu com a atriz brasileira – obrigada a troca de assento para favorecer um passageiro da classe executiva – em um voo de Nova York ao Rio de Janeiro
PROTEÇÃO AO PASSAGEIRO. Eliziane quer evitar abusos e a discriminação de passageiros pelas companhias aéreas
A senadora Eliziane Gama (PSD) protocolou nesta quinta-feira, 21, Projeto de Lei que busca dar maior proteção a passageiros de companhias aéreas. O objetivo da autora da matéria é vedar condutas abusivas como as praticadas pela American Airlines contra a atriz Ingrid Guimarães.
a artista acusou a companhia de coação, após ter sido ameaçada e forçada a trocar de lugar com um passageiro, em um voo que ia de Nova York ao Rio de Janeiro;
a brasileira diz ter sido obrigada a trocar o seu assento na classe premium economy, para beneficiar um passageiro da classe executiva, no último dia 7 de março.
“O episódio envolvendo a atriz evidenciou a necessidade de regulamentação mais rigorosa para evitar abusos e garantir que todos os passageiros sejam tratados de maneira justa, digna e respeitosa”,justificou a parlamentar maranhense.
O PL apresentado por Eliziane Gama altera o Código Brasileiro de Aeronáutica para aprimorar as normas relativas à alocação de assentos em aeronaves comerciais, garantindo maior transparência ao passageiro e resguardando seus direitos no momento de eventuais remanejamentos de assentos.
De acordo com a proposta, quaisquer outras alterações de assento, que não sejam justificadas por segurança de voo, deverão ocorrer somente com o consentimento do passageiro. O objetivo é impedir que as empresas aéreas imponham mudanças arbitrárias ou que passageiros sejam constrangidos a aceitar remanejamentos sem justificativa adequada, especialmente sem nenhuma compensação por parte da companhia aérea.
O projeto de Lei impõe multa, que será definida pela autoridade competente, para casos de descumprimento da norma. A proposta, uma vez aprovada no Senado, segue para a Câmara dos Deputados.
As próprias expressões que dão título a este post são confundidas e mal interpretadas por homens – e mulheres – que já deveriam estar plenamente conscientes na busca pela equidade entre os gêneros
EMPATIA E UNDIADE. Juntas, as mulheres ocupam espaços importantes; separadas, ficam a mercê
Ensaio
“A sororidade das mulheres sempre reforça o caminho da equidade de gênero na busca pela igualdade nestes tempos de machismo em desconstrução.”
A frase acima foi criada exatamente no momento em que este post estava sendo escrito neste 8 de março de 2025, Dia Internacional da Mulher; e é quase certo que poucos dos leitores deste blog Marco Aurélio d’Eça – tanto homens quanto mulheres – conseguiram captar plenamente o significado dela.
Em 2017, o jornal espanhol El País publicou o “Vocabulário Feminino que todos já deveriam estar dominando em 2017”; passados oito anos, boa parte da população feminina brasileira – e praticamente toda a população masculina – ainda não sabe exatamente o que significa termos como feminismo,equidade esororidade tão comuns às mulheres que sofrem com a desigualdade de gênero neste século XXI.
O “Pequeno Dicionário Feminista para Machistas em Desconstrução” também foi criado especialmente para este post pelo titular deste blog Marco Aurélio d’Eça – pai de meninas, adepto do empoderamento feminino e, culturalmente, um machista que vem se desconstruindo ao longo dos últimos 30 anos.
machista em desconstrução é aquele homem que reconhece ter sido criado em um ambiente culturalmente patriarcal, que sabe do preconceito estrutural no país, e reconhece também que a manutenção deste comportamento pode levar à violência contra a mulher; desconstruir-se como machista é reconhecer e aceitar as políticas afirmativas da mulher, para a mulher e pela mulher.
“O machismo se manifesta de diferentes maneiras e se perpetua por ideias e comportamentos que, muitas vezes, são considerados normais, mas que, na verdade, são prejudiciais, violentos, limitam a liberdade das mulheres, impedindo que elas alcancem seu potencial máximo”, diz a jornalista Patrícia Alencar, no artigo “O papel do homem na desconstrução do machismo”. (Leia aqui)
UM SOBE E AJUDA A OUTRA. A mulher que tem sororidade sabe ocupar seu espaço na sociedade
Mas nem toda mulher reconhece a importância do empoderamento feminino; essas mulheres pensam como homens por que também criadas em ambiente religiosamente patriarcal, estruturalmente preconceituoso e violentamente machista; para essas mulheres é que existe o termo Sororidade.
Sororidade é o termo em português para a expressão francesa sororitè, que remete à solidariedade, à empatia e ao acolhimento entre as mulheres; a expressão foi criada para quebrar a competição entre as próprias mulheres, estimulada, obviamente, em um ambiente machista, por homens que viam, ou veem, na divisão uma forma de dominação de gênero. Mulher deve acolher mulher. Ponto.
“A sororidade, enquanto ideia e prática, é uma resposta à misoginia, isto é, ao ódio ou aversão a mulheres. A misoginia, manifestação em grau extremado do machismo estrutural, reflete-se também no relacionamento entre mulheres, gerando rivalidade entre elas”, explica o portal Brasil Escola. (Leia aqui)
Uma mulher consciente da sororidade entre elas tem maior capacidade de passar para um próximo estágio de entendimento do significado de feminismo, por que vai saber exatamente como exigir a equidade entre os gêneros no dia dia, seja no mercado de trabalho, na política ou qualquer outra situação cotidiana.
Equidade de gênero é o reconhecimento das características próprias de um indivíduo ou grupo de individuo, garantindo o equilíbrio na balança da Justiça para oferecer condições próprias no tratamento a esses indivíduos; em outras palavras, para que a mulher tenha igualdade de condições na disputa por espaços, é preciso que se leve em condições suas vulnerabilidades, sua biologia e o seu papel social.
“Pessoas de gêneros distintos são diferentes e as suas particularidades devem ser levadas em conta na garantia dos seus direitos e oportunidades.Assim, direitos específicos devem ser construídos para lidar com as especificidades de cada gênero”, ensina o site Politize.com.
CONSCIENTES DE SI. As mulheres buscam cada vez mais espaços sociais e lutam unidas pelos seus direitos
Consciente de sua condição de machista em desconstrução, certa de que terá sororidade no seu grupo e perfeitamente adaptada à equidade, a mulher pode agora buscar a igualdade de condições entre desiguais para alcançar o empoderamento feminino, expressão-mestra do feminismo no mundo.
Empoderamento feminino é a garantia de participação efetiva da mulher em todas as instâncias de decisão, política, econômica e social, levando em consideração suas características e dando a elas as oportunidades com base na equidade; empoderar uma mulher não é apenas dar poder a elas, mas garantir sua representatividade, respeitar seu lugar de fala e oportunizar ações que reforcem sua condição de gênero.
“O Empoderamento Feminino acontece quando há a conscientização das mulheres de reivindicarem por seus direitos, garantindo que possam estar cientes da luta pela total igualdade entre os gêneros em diversos cenários sociais”, explica a escritora Katlin Mallet, da organização Mind Miners.
Entendendo o conceito de “machismo em desconstrução”, aplicando a sororidade, exigindo a equidade e buscando a representatividade a mulher estará empoderada e o feminismo implantado na sociedade com respeito ao estado de direito.
E quem leu o texto até aqui terá condições de entender a frase que iniciou o post; agora reescrita, ela diz exatamente assim:
“Quando uma mulher dá acolhimento a outra, ambas conseguem, juntas, garantir condições justas para ocupar seu espaço; e terão suas garantias de representatividade respeitadas por homens também cientes de seu papel social”.
Numas das mais significativas falas desta campanha eleitoral, pré-candidato do PDT explica ao jornalista Gilberto Léda por que é preciso levar o debate sobre cor da pele para a escolha do 113º prefeito em uma cidade como São Luís, com 75% da população preta e nenhum representante desta raça na história da prefeitura
Após quase um ano como pré-candidato a prefeito – já ratificado pelas direções municipal, estadual e nacional do PDT – o ex-vereador Fábio Câmara finalmente foi entrevistado nesta condição por um veículo do grupo Mirante; e mais uma vez teve que explicar sua posição de candidato preto nas eleições municipais.
Jornalista branco, o apresentador do “Cartas na Mesa”, Gilberto Léda, disse incomodar-se com o debate sobre a eleição de alguém “apenas por causa da cor da pele”, o que chamou de “vitimismo”.
São Luís tem 412 anos, teve 112 prefeitos, a segunda maior população preta do Brasil, 75%. Todos nós somos racistas, por que estrutural, inclusive o homem preto, a mulher preta; mas nós nunca tivemos um prefeito preto eleito pelo voto direto. Se vivemos em uma democracia, tem democracia racial nesse sentido? E antes de falar em vitimização, como você falou, eu falo de catalisador de mudanças, eu falo de representatividade”, explicou Fábio Câmara.
Fábio Câmara tendo que se explicar, mais uma vez ao Grupo Mirante, por que quer incluir o debate sobre o povo preto nas eleições de São Luís
Para o candidato do PDT, é impossível falar de representatividade do povo preto a um garoto que vive lá na Zona Rural de São Luís, esquecido e sem espaço às demais regiões da cidade.
Eu fui vereador de São Luís e acessei até aqui. E tenho a lucidez que o homem e a mulher preta vive o melhor momento, mas quando discutimos representatividade, eu duvido que um garoto que mora no Amapá, em Tajaçoaba, se sinta à vontade para chegar numa loja de shopping, que talvez tenha sido até o pai dele quem construiu, e perguntar o preço de uma roupa cara. Não tem condição, é terrível”,ressaltou o candidato.
Vencedor como homem, pai de família, político e empresário, Fábio Câmara mostrou ao jornalista que, mesmo assim, enfrenta preconceitos diários, exatamente perla própria condição que alcançou, de homem sucedido.
Seu eu tivesse vencido como jogador de futebol, com todo respeito aos gigantes do futebol, zero problema; talvez eu chegaria aqui como ídolo. Se tivesse vencido como cantor de pagode, zero problema. Mas quando eu chego aqui como dirigente de uma entidade, numa SW4, numa Hilux, eu tenho todos os dias que está explicando, por que sabe o que passa na cabeça de todos? ai tem coisa erada”, lamentou o pré-candidato.
Durante a entrevista, Fábio Câmara teve que explicar pela enésima vez que vai disputar pra valer a Prefeitura de São Luís, teve que explicar por que fala do povo preto em sua candidatura e teve que explicar que tem o apoio integral do partido, o PDT; pela enésima vez.
A convenção de Fábio câmara acontece n o dia 26 de julho, no Espaço Kabão…
Debate sobre a legitimidade da candidatura negra de Fábio Câmara a prefeito de São Luís escancara como formadores de opinião tentam limitar a condição de raça ao capacitismo e expõe a forma como os chamados membros da elite privilegiada tentam evitar o debate de cor por que esperam manter tudo como sempre esteve; e já se vão 412 anos sem que a capital maranhense tenha elegido um único prefeito preto
O debate sobre pretos no poder – o que pode e o que não pode, segundo os brancos – teve seu ponto alto no programa Xeque-Mate, de Matias Marinho
Ensaio
Na semana que passou, o candidato do PDT a prefeito de São Luís, Fábio Câmara, foi – dentre os concorrentes às eleições de outubro o que mais ocupou a mídia – após protagonizar evento na sede do partido em que apresentou a chapa de pré-candidato a vereador ao presidente da legenda, senador Weverton Rocha; mas a abordagem da candidatura de Câmara na imprensa – sim, ele é preto! – ainda é permeada pelo preconceito e pela necessidade da classe branca privilegiada de manter enjaulado qualquer discurso de afirmação de cor e raça sobre conquistas na sociedade.
O ponto alto de mais este exemplo do racismo estrutural e – muito mais que isso – a ojeriza que um branco tem de debater a questão do preto, ocorreu no programa Xeque-Mate, capitaneado pelo jornalista Matias Marinho – branco-padrão-hetero-cisgênero.
– O grande erro dos políticos hoje é tentar falar de si –foi exatamente assim que Marinho começou a falar sobre o fato de Fábio Câmara ser o único candidato preto na disputa em São Luís, questão brilhantemente trazida pelo jornalista – também branco! – Marcelo Vieira
Ora, por que o prefeito Eduardo Braide (PSD) pode falar de si, o deputado Duarte Júnior (PSB) pode contar sua história e Fábio Câmara não pode? Por que ele é preto? Por que dizer que é preto é mimimi?
Matias continuou a ironia chegando a dizer que Marcelo Vieira estava “zangado com os pretos” por que, segundo ele, não votam em Câmara só por ele ser preto. E continuou:
– Quando eu falo é da história. Não estou falando de lugar de fala, estou falando da história de luta que ele não tem – afirmou o jornalista, repetindo o discurso branco, histórico, de reduzir qualquer negro que tente se impor a partir da cor da pele.
Marcelo Vieira contrapos o argumento com um raciocínio lógico:
– O argumento está errado: [a história] não serve pro preto, mas serve pro branco? É uma lógica equivocada: um preto não vota em um cara que é preto por que ele não tem essa raiz, mas vota no Braide que não tem e nunca terá legitimidade alguma com o preto? Uma lógica que não serve pro preto, mas serve por branco?!? “Ah, ele não tem história, ele não tem legitimidade!” E o branco tem? E Braide tem? e Duarte tem? –apontou Marcelo Vieira, em um argumento que deveria ser usado em todo o debate eleitoral, em todos os níveis, em todos os aspectos.
Fábio Câmara e Weverton Rocha: um preto que quer levar a cor para o debate eleitoral e outro que entende ser isso um mero detalhe…
Mas, à exceção de Marcelo, deste blog Marco Aurélio d’Eça (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui) e de outros pontos brancos em São Luís – em todos os níveis – ninguém quer discutir o preto, ninguém quer dar espaço pro preto, ninguém quer saber quem é preto; e esse “empurra-pra-debaixo-do-tapete” acaba influenciando os próprios negros, sobretudo os que conseguem ocupar um espaço e são impelidos ao capacitismo, a achar que conseguiram por seus próprios méritos e isso basta.
O próprio Weverton Rocha – hoje no Senado, espaço de brancos, com os quais convive diariamente – acha que o debate sobre preto “é só um detalhe” e que Fábio precisa debater é a cidade.
Não, senador! Não é só um detalhe! É o principal detalhe na campanha de Fábio Câmara. Sim, Fábio Câmara é preto, senador! Como o senhor!
O debate sobre a cidade já é inerente à disputa pela prefeitura, e todos apresentam suas propostas em documento; o que precisa ser discutido são exatamente os detalhes de cada candidatura, o por que votar em candidato A ou B. Isso é o que importa, Weverton
Sim! Fábio Câmara é preto! Ele é um candidato preto a prefeito de São Luís. Ponto.
Tentar desqualificar sua condição de cor com a justificativa de que ele não tem legitimidade para representar o povo preto, é tentar por os negros novamente em uma jaula; especificamente nesta eleição, se Fábio Câmara não tem legitimidade para representar o povo preto – que chega a quase 80% do eleitorado – então o negro estará fora do debate eleitoral.
Afinal, se Fábio Câmara não tem história com negros, sendo negro, quem terá? Os brancos cisgênero-hetero-padrão e privilegiados Eduardo Braide e Duarte Júnior, como levantou Marcelo Vieira?
Este é o debate que Fábio Câmara precisa trazer para a cidade de São Luís, que nunca elegeu um prefeito preto em seus 412 anos.
Ex-candidato a governador mostra-se vazio, sem conteúdo e propício ao debate raso, ofensivo e preconceituoso, reflexo da falta de preparo que atinge boa parte da classe política maranhense, acostumada apenas ao populismo das ruas e das redes sociais; e mostra ainda que seu desempenho em 2022 é resultado apenas de um momento histórico específico
Lahésio Bonfim: conteúdo político menor, populismo, reducionismo e valores culturais dispensáveis na convivência social
Análise da notícia
O ex-candidato a governador Lahésio Bonfim (Novo) perdeu o tom no debate político travado com o governador em exercício Felipe Camarão (PT) sobre o desempenho do Maranhão no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Raso, desarticulado, sem conteúdo e reducionista, o médico demonstra ter pouco preparo para o debate das ideias; e revelou-se extremamente preconceituoso, reflexo de sua postura de direita conservadora, populista, machista, racista e homofóbica.
– Sabe qual é o seu maior problema, governador? O senhor não se assume! Governador em exercício Felipe Camarão, sai do armário, cara, fica mais bonito pra ti – disse Lahesio em contraponto a Camarão.
Ao questionar a orientação sexual do governador – casado, pai de duas filhas – o ex-candidato a governador se perde na própria visão de mundo.
Primeiro, por achar que seja ofensa questionar a sexualidade de alguém ou taxar alguém pela orientação sexual ou identidade de gênero; segundo, que levar para um debate público questões como esta revela uma mentalidade tacanha e um baixo nível cultural.
Infelizmente, a postura de Lahésio Bonfim é uma realidade geralmente vivida por quem de direita, conservador e religioso, que tem uma cosmovisão reduzida a dogmas e superstições.
A postura do ex-candidato a governador vai provando à história que sua performance nas eleições de 2022 foi muito mais ocasional do que se imaginava; fruto de um momento histórico específico e não pelas características do próprio candidato.
E neste caso é preciso dizer: felizmente, tudo passa…
Vice-governador agiu para que a norma que restringia matrículas de estudantes com deficiência logo após denúncia de um pai que teve o filho autista recusado no Colégio Educallis mesmo tendo sido aprovado em todos os quesitos de seleção
Felipe Camarão comemorou em suas redes sociais a informação do cancelamento da norma preconceituosa do CEE
Foi uma vitória pessoal do vice-governador Felipe Camarão (PT) a decisão do Conselho Estadual de Educação de revogar a norma que determinava o limite de três matrículas por escola para estudantes com algum tipo de deficiência.
Camarão agiu prontamente logo após repercussão da denúncia de um pai, que teve o filho com Transtorno do Espectro Autista recusado no Colégio Educallis mesmo sendo aprovado em todos o pré-requisito de seleção.
Camarão encaminhou ainda no início da semana ao CEE um Ofício em que pedia a revogação da norma, o que foi atendido nesta quinta-feira, 9.
A decisão deve garantir aos alunos com qualquer tipo de deficiência aceso às turmas sem restrição…
Vice-governador e secretário de Educação diz que a Resolução afronta a Constituição na medida em que segrega estudantes com algum tipo de deficiência ao limitar o número de vagas para esta categoria em cada escola, pública ou privada
Felipe Camarão entende que a resolução do CEE precisa se revogada ou modificada
O secretário de Estado da Educação, vice-governador Felipe Camarão (PT) já iniciou as tratativas com o Conselho Estadual de Educação para revogação da Resolução que limita o número de vagas para estudantes com algum tipo de deficiência.
– Estaremos dialogando no Conselho Estadual de Educação e vamos solicitar formalmente a imediata revogação ou alteração dessa resolução, que infelizmente tem prejudicado muitos alunos – destacou Camarão.
A norma do CEE veio à tona após o Colégio Educallis ter vetado a matrícula de um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA), mesmo tendo ele sido aprovado na seleção; a resolução do CEE estabelece apenas três vagas para alunos com deficiência.
O pai do aluno, que é delegado de polícia, contou a história nas redes sociais, o que gerou forte repercussão no feriadão.
Diante dessa situação, o vice-governador e secretário de Educação do Maranhão, Felipe Camarão (PT), assegurou que irá trabalhar pela revogação imediata da resolução.
Ainda não houve nenhuma manifestação pública do Conselho Estadual de Educação…
Institutos de pesquisa, políticos e até jornalistas usam o equivocado argumento “ele não será candidato” para não incluir o nome do “pré-pré-candidato do PDT” nos levantamentos sobre a corrida sucessória em São Luís; ao mesmo tempo, porém, os mesmos jornalistas divulgam candidatos que sequer têm partidos ou foram autorizados por suas legendas, numa clara demonstração de má-vontade e segregação política
Fábio Câmara tem o aval de Weverton Rocha para se viabilizar no PDT desde setembro; e já se viabilizou nas bases do partido
Opinião
O suplente de deputado estadual, ex-vereador e ex-candidato a prefeito Fábio Câmara, foi autorizado ainda pelo PDT, ainda em setembro, a buscar viabilização para ser candidato à sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD).
É um equívoco, portanto – ou seria preconceito?!? – achar que Fábio Câmara não pode entrar na pesquisa “por que não vai ser candidato”, como argumentam jornalistas e políticos.
Ele é o pré-candidato do PDT e só o PDT pode tirá-lo da disputa; mas esse debate só se dará no partido em julho de 2024, durante as convenções.
Não faz sentido excluí-lo das pesquisas – como a do Instituto Luneta, divulgada esta semana – e ao mesmo tempo incluir nomes como o do ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido), Dr. Yglésio (PSB) e Wellington do Curso (PSC) que não têm nenhuma garantia partidária.
Em discurso de despedida na Assembleia Legislativa – de onde sai para assumir a Secretaria da Mulher – deputada estadual diz que a imagem com “exposição de pessoas queridas” foi “equivocada em todos os sentidos”
Abigail foi à tribuna da Assembleia para se despedir dos colegas e pedir desculpas por postagem equivocada e racista
A deputada estadual Abigail Cunha (PL) admitiu nesta terça-feira, 7, que a postagem em suas redes sociais, em que aparece ao lado de duas empregadas domésticas de sua casa foi “equivocada em todos os sentidos”.
– Mais do que isso: acabei por expor duas pessoas que convivem comigo. Peço humildemente e publicamente sinceras desculpas a elas e a todos – discursou a parlamentar, ao se despedir da Assembleia Legislativa para assumir a Secretaria da Mulher.
A própria parlamentar reconheceu a sua ingenuidade ao tratar de questões polêmicas – como as causas da mulher, o racismo e o preconceito – ao admitir na tribuna que só conseguiu entender o erro após conversar com uma antropóloga.
– Eu via a foto e não conseguia ver onde errei; uma conversa antropóloga me acolheu e me fez entender a gravidade daquela postagem. A partir de agora me coloco ainda mais à disposição no combate ao racismo – disse a parlamentar.
Desde o episódio, Abigail enfrenta resistências para assumir a Secretaria da Mulher; entidades cobram a sua exoneração na semana de comemoração ao Dia Internacional da Mulher.