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Brandão tenta dar volume à campanha anunciando aliados que já estavam com ele

Membros das famílias Sarney, Castelo e Lago, apresentados pelo vice-governador durante toda a semana passada, sempre apoiaram sua campanha; alguns têm, inclusive, cargos no governo Flávio Dino

 

Brandão anuncia apoios de família Lago, a exemplo de Wagner Lago, que já estava com ele desde antes de sua pré-campanha ao governo

Análise da notícia

Nenhum dos membros da família Castelo, Sarney e Lago, anunciados pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB), semana passada, como apoiadores de sua candidatura ao governo, esteve em algum momento ao lado do senador Weverton Rocha (PDT).

Todos os anunciados por Brandão já estavam com ele desde antes do início da pré-campanha. Alguns têm, inclusive, cargos no governo Flávio Dino (PSB).

A tentativa de dar volume artificial à campanha é uma forma de Brandão minimizar os efeitos do pouco apoio que tem na base do governo – formada em sua maioria por jovens lideranças da renovada política maranhense; e toda ela já definida por Weverton.

A família do ex-governador Jackson Lago, por exemplo, nunca esteve com Weverton, em tempo algum; a viúva do líder pedetista, Dona Clay Lago, se ressente do senador desde que ele assumiu o comando do PDT, que ela sonhava para o filho de Jackson, Igor Lago, outro brandonista.

Igor Lago até chegou a assumir o comando partidário – com apoio do próprio Weverton – mas não teve estatura política para se consolidar como herdeiro do ex-governador. (Entenda a história aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, mais aqui e também aqui)

O abraço apertado de Adriano Sarney em Brandão ocorreu ainda no mês de novembro de 2021, quando o neto do ex-presidente Sarney decidiu dar um salto mortal na política

Já a família Sarney vem sendo assediada pelo próprio governador Flávio Dino desde 2018.

Dino chegou, inclusive, a declarar não haver mais disputa com a família Sarney; o neto do ex-presidente José Sarney, deputado Adriano Sarney (PV), subiu ao palanque de Brandão ainda em novembro de 2021.

A imagem de 2016 mostra Brandão e Dino no velório do ex-governador João Castelo; à frente, as tucanas Gardênia e Gardeninha se abraçam

Brandão também anunciou apoio da viúva e da filha do ex-governador João Castelo; ocorre que as Gardênias – mãe e filha – sempre foram correligionárias do vice-governador no PSDB.

Apresentado como escolha pessoal do governador Flávio Dino desde dezembro, Brandão nunca conseguiu adesão da base do governo; por isso tenta construir volume artificialmente, buscando antigas lideranças políticas do Maranhão.

Alguns já até aposentados da vida política…

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Uma imagem que fala por si mesma…

Governador Flávio Dino finalmente se alinha ao grupo Sarney, que ele mesmo declarava como seus principais adversários e que acusava pela miséria do Maranhão; foto do secretário Márcio Jerry ao lado do deputado Adriano Sarney, neto do ex-presidente José Sarney, é o símbolo de um ciclo de poder que se iniciou em 1965 e abarcou todos os governos desde então

 

Márcio Jerry, Francimar Melo e Adriano: um comunista, um petista e um sarneysista juntos numa até então improvável pose para a posteridade

Análise da história

A imagem do ano foi divulgada nesta quarta-feira, 9, em blogs e redes sociais no Maranhão.

Lado lado, em sinal de positivo, figuram o secretário de Cidades Márcio Jerry – principal auxiliar e tido como mentor do governador Flávio Dino (PSB) – e ninguém menos que o deputado estadual Adriano Sarney (PV), neto do ex-presidente da República José Sarney (MDB).

Entre eles o presidente do PT maranhense, Francimar Melo, ligado ao conselheiro Washington Oliveira, ex-vice de Roseana Sarney (MDB).

O petista, neste contexto, foi usado estrategicamente por Flávio Dino para diluir o encontro com o Sarney; na cozinha do PT, portanto, o sarnopetismo se transformou em sarnodinismo; ou no dinosarneysismo.

A foto simboliza um ciclo que começou em 1965, com a eleição de José Sarney para o Governo do Estado, e se perpetuou nas décadas seguintes, com a eleição – ou absorção – de todos os governadores a partir de então.

E Flávio Dino não é exceção.

O blog Marco Aurélio D’Eça publicou em 17 de janeiro deste ano post em que o ex-deputado Ricardo Murad aponta Flávio Dino como o último governador da era Sarney no Maranhão.

– O período entendido como de mando do chamado Grupo Sarney – no qual o ex-secretário inclui também o governador Flávio Dino (PSB) como último representante – teve seus avanços significativos nos campos estruturais e econômicos, elevando o PIB do Maranhão para a 17ª posição no país; mas é preciso avançar mais, distribuindo a riqueza aos maranhenses – diz o post.

Bem antes disso, ainda em agosto de 2014, este blog publicou post em que trata da “Relação histórica de Flávio Dino com Sarney”, citando o próprio Márcio Jerry.

– A reação agressiva do jornalista Márcio Jerry, presidente do PCdoB, às declarações do senador José Sarney sobre a nomeação de Flávio Dino para a Embratur – logo Márcio, que vive defendendo campanha sem agressão (?) – mostrou que a histórica relação de Dino com Sarney é um assunto que deixa o comunista sem argumentos – dizia o post.

A foto de Márcio Jerry ao lado de Adriano Sarney é tão expressiva historicamente quanto a do mesmo Adriano, em abraço apertado com o vice-governador Carlos Brandão, sarneysista desgarrado prestes a assumir o governo.

Como disse Ricardo Murad em seu texto, o grupo Sarney iniciou um ciclo no Maranhão que tem Flávio Dino como atual representante.

Mas pode se manter com Carlos Brandão, agora com todos juntos e misturados…

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Sarnodinismo ou dinosarneysismo?!?

Ao confirmar aproximação com o grupo do ex-presidente da República, governador maranhense consolida a simbiose buscada por ele desde quando iniciou sua vida política, em 2006, e anunciada em diversos posts do blog Marco Aurélio D’Eça

 

Apaixonado pela trajetória de José Sarney, Flávio Dino sempre sonhou em repetir os seus passos na política e na cultura; mas pode virar uma cópia bizarra

A declaração do governador Flávio Dino (PSB) sobre a relação com o chamado Grupo Sarney não chega a ser bombástica, nem pelo conteúdo em si, muito menos pelo momento histórico em que é dita; a simbiose de Flávio Dino com o sarneysismo já ocorre, de fato, desde a sua reeleição, em 2018.

– A polarização foi se diluindo ao logo do tempo. Hoje, ela inexiste – admitiu Dino, em entrevista ao site 247.

De fato, a disputa política do governador com o grupo do ex-presidente José Sarney se deu apenas no campo da retórica, quando o ex-juiz iniciou sua trajetória política, nas eleições de 2006; mas o sonho de Flávio Dino sempre foi repetir – ou superar – a trajetória de José Sarney.

Observador da cena política maranhense, o blog Marco Aurélio D’Eça sempre alertou para esta busca do governador, em diversos posts ao longo dos últimos 16 anos.

– A cada ano que passa, governador comunista vai transformando seu governo em uma espécie de continuidade da história política maranhense, com métodos e gente que ele mesmo prometeu derrotar em 2014 – disse este blog, ainda em fevereiro de 2017, no post “A simbiose de Flávio Dino com o grupo Sarney…”

Mas esta tentativa de Dino de virar o novo Sarney já vinha sendo revelada desde sempre no blog Marco Aurélio D’Eça.

Ainda em 2014, logo após sua eleição para o governo, o post “Flávio Dino cada vez mais Sarney…” mostrava que o então comunista já se misturava ao ex-presidente no próprio projeto de montagem do governo.

– Mas é preciso ter cuidado para não virar apenas uma mera cópía do que dizia combater – alertou o blog, à época.

O forte abraço de Adriano Sarney em Carlos Brandão é o símbolo da simbiose sarnodinista – ou dinosarneysista – no Maranhão

Para confirmar que a disputa criada por Dino contra os Sarney era apenas retórica, o blog Marco Aurélio D’Eça revelou, ainda nas eleições de 2014, como o governador se relacionava com a família do ex-presidente desde a sua infância, no post “Flávio Dino e sua relação histórica com a família Sarney…”.

De lá para cá, o governador veio apenas se aproximando cada vez mais dos passos do ex-presidente, simbiose confirmada em 2021, quando buscou Sarney para se eleger membro da Academia Maranhense de Letras, num gesto bizarro, analisado no post “Flávio Dino dá mais um passo no sonho de ser Sarney…”

O Sarnodinismo ou o dinosarneysismo se consolida a partir da proximidade da chegada do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) ao poder, quando até membros da família do ex-presidente, como o deputado estadual Adriano Sarney (PV), sobem no mesmo palanque.

E o ciclo se completará em 31 de março, quando o ex-sarneysista Carlos Brandão assumirá o governo como representante do dinismo.

Será um governo sarnodinista ou dinosarnesysta?!?

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Com Brandão assediando o MDB, Roseana intensifica críticas a Flávio Dino

Presidente regional do partido, ex-governadora – que disputa vaga na Câmara Federal – tem usado as redes sociais para apontar os fracassos após oito anos de mandato comunosocialista no Maranhão

 

Flávio Dino tenta atrair Roseana para seu candidato, Brandão, mas ela prefere mostrar os fracassos do governo Dino

A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) tem se tornado cada vez mais ativa nas redes sociais; e já escolheu o alvo preferido de suas análises políticas: o governo Flávio Dino (PSB).

Enquanto o candidato de Dino, vice-governador Carlos Brandão (PSDB), assedia abertamente o MDB, partido presidido por Roseana, a ex-governadora aponta os fracassos do governo Dino/Brandão em diversos setores.

Na semana passada Roseana apontou problemas graves em pelo menos duas áreas cruciais do governo: maior percentual de jovens do país que não estudam e nem trabalham segundo o PNAD, e o aumento da violência contra pessoas negras no estado.

A ex-governadora classificou a situação de “tragédia”.

Uma das críticas de Roseana aos dados do Maranhão nos últimos oito anos; “tragédias”, que ela pretende mostrar durante a campanha (Grifo do blog)

Tanto Flávio Dino quanto Carlos Brandão têm oferecido espaços de poder ao MDB, o que tem atraído expoentes do sarneysismo; familiares da ex-governadora, como o sobrinho, Adriano Sarney (PV),também já aderiram à candidatura de Brandão. (Saiba mais aqui, aqui e aqui)

Apesar da pressão, Roseana resiste a dividir palanque com Flávio Dino, e deve continuar com as criticas durante toda a campanha.

E ela tem autoridade para comparar o balanço do governo dinista…

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Aliados podem produzir inédito segundo turno na base de Flávio Dino

Apenas o senador Weverton Rocha e o vice-governador Carlos Brandão mostram condições plenas de alcançar um confronto direto nas eleições de outubro; e mesmo Simplício Araújo – o outro nome da aliança governista – mostra mais consistência que os nomes da direita e do bolsonarismo, como Roberto Rocha, Lahésio Bonfim e Josimar Maranhãozinho

 

O governador Flávio Dino construiu as condições para ter dois representantes de sua base em um eventual segundo turno eleitoral, algo nunca visto no Maranhão

Análise de conjuntura

A eleição para governador do Maranhão caminha abertamente para uma polarização entre o senador Weverton Rocha (PDT), que lidera as pesquisas, e o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), que terá a máquina do governo trabalhando a seu favor.

Com a decisão da ex-governadora Roseana Sarney de concorrer à Câmara Federal, o chamado grupo Sarney – desmobilizado desde as eleições de 2018 – encerra definitivamente o seu ciclo político no Maranhão.

Já os candidatos da direita e do bolsonarismo – como o senador Roberto Rocha (ainda no PSDB), o prefeito Lahésio Bonfim (PTC) e o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL) – não dispõem de estrutura, força partidária ou apelo social capaz de construir uma terceira via.

Para efeito de comparação, a candidatura do ex-secretário Simplício Araújo (Solidariedade) mostra-se mais consistente politicamente do que as de direitistas e bolsonaristas.

Esta polarização na base dinista é também um marco histórico no Maranhão: é a primeira vez que um mesmo grupo apresenta possibilidades reais de ter dois representantes disputando um segundo turno eleitoral.

E isto também pode ser considerado um legado do governo Flávio Dino (PSB).

Líder em todas as pesquisas, Weverton Rocha tem a solidez e a capilaridade da máquina partidária do PDT, que fortalece o palanque do senador com alianças pontuais nos municípios e articulação partidária nacional; além disso, o pedetista tem legitimidade para reivindicar a herança do governo Dino, por estar na mesma base social do governador.

O vice-governador Carlos Brandão ainda patina nas pesquisas, disputando um terceiro e quarto lugares; mas mesmo Weverton Rocha sabe que a força do Palácio dos Leões é significativa em um estado como o Maranhão. Caberá a Brandão mostrar que espectro ideológico da opinião ele pretende alcançar, o que ficará mais claro a partir da formação do seu governo, que começa em abril.

De uma forma ou de outra, Weverton e Brandão travarão um forte duelo por lideranças e partidos, cada um usando as armas que tem; e irão protagonizar também os números das pesquisas a partir de agora. 

Esta polarização tornará ainda mais difícil a articulação dos demais candidatos, que terão pouca margem de manobra nos municípios. 

Weverton e Brandão deverão estar no segundo turno das eleições, não necessariamente nesta ordem.

Mas a eventual vitória de um ou de outro foi construída bem antes do ano eleitoral, com articulações que praticamente tiraram do páreo todas as demais forças políticas.

Simples assim…

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Palácio dos Leões ainda teme rejeição à aliança com grupo Sarney…

Apesar da aproximação do governador Flávio Dino com a família do ex-presidente da República – e da ligação histórica do vice-governador Carlos Brandão – números de pesquisas qualitativas apontam riscos na relação política entre os dois grupos

 

Flávio Dino vem tentando aproximação com Sarney desde 2019, mas ainda teme reação do eleitorado já demonstrada nas pesquisas qualitativas

As pesquisas de intenção de votos encomendadas por aliados do Palácio dos Leões começam a testar também, a partir de agora, qual a opinião do eleitor maranhense sobre uma eventual aliança entre o governador Flávio Dino (PSB), seu candidato Carlos Brandão (PSDB), e o chamado grupo Sarney.

Historicamente ligado aos Sarney, Brandão precisa do apoio para dar escopo partidário à sua candidatura que não consegue com os setores mais progesisstas; Flávio Dino, por sua vez, precisa da força de comunicação da família para sua candidatura ao Senado.

Mas ambos sabem dos riscos da aliança, diante da rejeição já registrada nas pesquisas qualitativas.

Hoje aliados, Brandão e Dino têm histórias diferentes em relação ao Grupo Sarney.

Historicamente der direita, o vice-governador sempre foi sarneysista e só se afastou do grupo quando o seu padrinho político, José Reinaldo Tavares, traiu o ex-presidente José Sarney, em 2004; hoje, tanto Brandão quanto Tavares tentam reaproximação com os antigos aliados.

Sarneysistas da velha guarda – como os deputados Gastão Vieira (PROS) e Arnaldo Melo (MDB), o ex-senador João Alberto (MDB) e o ex-deputado Joaquim Haickel – já estão em campanha por Brandão desde 2021.

A ex-governadora Roseana Sarney e o ex-candidato a governador Edinho Lobão (ambos do MDB), no entanto, ainda resistem à aproximação. 

Sarneysista histórico, Carlos Brandão se afastou do grupo após traição do seu padrinho político, José Reinaldo Tavares, ao ex-presidente Sarney, em 2004

Flávio Dino, por sua vez, entrou na política como oposição aos Sarney, aso quais chamava de “oligarcas”.

Foi usando este estereótipo que derrotou o grupo em 2014 e 2018; mas já em 2019 começou a se aproximar do ex-presidente José Sarney, em busca do seu prestígio político para um projeto de construção nacional do seu nome.

Essa relação nunca foi efetivada de fato por que as pesquisas qualitativas mostravam forte rejeição ao sarneysismo, o que incomodava o governador; apesar disso, ele azeitou as relações comerciais do governo com o Grupo Mirante a partir de 2020.

Prestes a assumir o governo, Carlos Brandão já deixou claro não haver preocupação em ter seus ex-aliados históricos em palanque.

Mas Flávio Dino ainda prefere estudar a reação do eleitorado…

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Sem racha na base dinista, oposição fica sem rumo eleitoral

Sarneysistas e bolsonaristas apostavam em um rompimento, sobretudo, do senador Weverton Rocha, para ter uma bandeira eleitoral, o que não ocorreu; agora, precisarão se realinhar em torno de um nome para as eleições de outubro ou aderir em massa ao vice-governador Carlos Brandão, mais identificado historicamente com os dois campos

 

Flávio Dino manteve não apenas as candidaturas de Brandão e Weverton, mas também a de Simplício, dificultando a movimentação da oposição sarneysista e bolsonarista

Análise de Conjuntura

Um dos efeitos mais imediatos da decisão do grupo do governador Flávio Dino (PSB) – de manter três candidatos da base ao governo – foi a completa e irrestrita falta de rumo eleitoral em que ficou a oposição a partir de agora.

Para garantir a empunhadura de uma bandeira em 2022, os antigos sarneysistas e os novatos bolsonaristas apostavam, desde 2019, em um rompimento do senador Weverton Rocha (PDT); mas, além de manter sua candidatura na base do governo – e garantir palanque de candidato a senador ao próprio Flávio Dino – Weverton manteve intacta sua base partidária, o que dificulta negociações de apoios fora do campo governista.

Para sobreviver às eleições os dois grupos políticos terão agora que se realinhar em torno de uma candidatura – ou de candidaturas – que possam agregar partidos ligados ao antigo grupo Sarney ou ao moribundo presidente Jair Bolsonaro.

E há nomes de peso para essa missão.

A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) lidera todas as pesquisas de intenção de votos em que seu nome aparece; já entre os bolsonaristas, o senador  Roberto Rocha (ainda no PSDB) mantém uma forte disputa pelo segundo ou terceiro lugar, dependendo do cenário.

Mas se optarem pelo caminho mais fácil, que garanta eleição de bancadas na Câmara Federal ou na Assembleia, a tendência de sarneysistas e bolsonaristas é aderir à campanha do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), que já tem, historicamente, maior identificação com estes dois campos políticos.

Neste caso, a guerra da oposição será por espaços com a parte do governo que optou pelo nome do ainda tucano…

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Petista indica que Brandão é o candidato sarneysista em 2022

Segundo o professor Márcio Jardim, com 80% dos apoiadores advindos do grupo do ex-presidente da República José Sarney, atual vice-governador representa o caminho para a volta deste segmento político ao poder

 

O apoio de Adriano Sarney a Carlos Brandão repercutiu fortemente entre sarneysistas, ati-sarneysistas e dinistas

O ex-secretário de Esportes e Lazer do governo Flávio Dino – e atual secretário de comunicação da Prefeitura de Maricá (RJ) – professor Márcio Jardim, apontou nesta segunda-feira, 20, que o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), é o representante sarneysista nas eleições de 2022.

Comentando uma postagem do ex-deputado Joaquim Haickel, que participou do encontro com Brandão, na última quinta-feira, 16, Jardim ressaltou que os sarneysistas representam a maioria dos apoiadores de Brandão.

– Sagaz e também ferino com adversários, a frase de Joaquim Haickel, grosso modo, também pode ser lida assim: “Flávio Dino, a candidatura de Brandão não te pertence” – provocou Márcio Jardim, para completar, reinterpretando a fase de Haickel: “Flávio Dino, apenas 20% da candidatura de Brandão é sua.”

Em comentário no blog Marco Aurélio D’Eça, Joaquim Haickel disse que a leitura de Márcio Jardim sobre sua postagem “não está apenas errada, mas destorcida”.

– O que eu disse e repito, é que no evento que fui, em apoio a Brandão, meu amigo de infância, para onde quer que eu me virasse, só via pessoas que em algum momento, em graus maiores ou menores, fizeram parte do grupo Sarney. Mas isso não deveria ser de admirar! No governo de Flávio Dino, tem muitos quadros oriundos do grupo Sarney, ou será que Rubens Pereira, Felipe Camarão, duas dúzias de deputados, entre estaduais e federais, não estiveram em algum momento ligados ao grupo Sarney!?… – questionou o ex-parlamentar.

Durante o encontro de quinta-feira, Brandão recebeu o apoio público do deputado estadual Adriano Sarney, neto do ex-presidente e único representante oficial da família Sarney na política.

De fato, assim como recordou Haickel, além de Adriano, Brandão tem apoio de deputados federais, estaduais, prefeitos, vice-prefeitos e ex-prefeitos ligados ao grupo Sarney.

O próprio governador Flávio Dino tem buscado o apoio dos Sarney para sua candidatura ao Senado.

A maioria resistência ainda é da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), principal adversária de Dino no grupo.

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“80% são do grupo Sarney”, diz Joaquim Haickel, sobre apoios a Brandão

Ex-deputado, ex-secretário e sócio do grupo Mirante revela em post nas redes sociais que o grupo derrotado pelo governador Flávio Dino está, em sua maioria, apoiando a candidatura do vice-governador tucano

 

O forte abraço de Adriano Sarney em Carlos Brandão simbolizou a presença da família Sarney no mesmo palanque de Flávio Dino

Uma postagem do ex-secretário e ex-deputado Joaquim Haickel em suas redes sociais confirmou, no fim de semana, o apoio em massa do Grupo Sarney ao vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

– Compareci a uma reunião de apoio à candidatura de Carlos Brandão (…) Olhei em volta e cheguei à conclusão que 80% dos presentes eram provenientes do antigo Grupo Sarney – afirmou Haickel, lembrando que o neto do ex-presidente, Adriano Sarney, declarou apoio a Brandão, o que simboliza a presença da própria família Sarney no palanque do governador Flávio Dino (PSB).

O blog Marco Aurélio D’Eça já mostrou que – algoz do grupo comandado pelo ex-presidente José Sarney – Flávio Dino passou a ter uma simbiose com o mesmo grupo a partir das eleições de 2018. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui)

Principal adversária do governador nas últimas três eleições – 2010, 2014 e 2018 – a ex-governadora Roseana Sarney é uma das poucas a resistir aos acenos dinistas.

Mas a maior parte do seu MDB já está cerrando fileiras com Brandão.

O apoio do grupo Sarney a Brandão deve levar muitos sarneysistas ao governo a partir de abril, quando vice tucano assume o comando do estado.

Uma doce volta por cima, sobretudo diante do fracasso da era dinista…

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Família Sarney no palanque de Flávio Dino em 2022…

Adesão do deputado estadual Adriano Sarney à candidatura do vice-governador Carlos Brandão é o desfecho da aproximação que o governador Flávio Dino vem buscando com a família do ex-presidente José Sarney desde 2018 – e que culminou com sua eleição à Academia Maranhense de Letras

 

Adriano é o primeiro membro da família Sarney a aderir à escolha de Flávio Dino para o governo; mas outros membros do grupo já estavam com o governador

Uma cena inimaginável há 10 anos atrás deve ficar comum nas eleições de 2022: membros da família Sarney pedindo votos no mesmo palanque do governador  Flávio Dino (PSB),

Esta possibilidade tornou-se mais real nesta quinta-feira, 16, quando o deputado estadual Adriano Sarney (PV) anunciou apoio ao vice-governador  Carlos Brandão (PSD), “escolha pessoal” para as eleições de 2022.

A adesão de Adriano é o desfecho de uma aproximação que Flávio Dino vem fazendo da família do ex-presidente José Sarney desde 2018 – e que culminou com sua eleição, a pedido de Sarney, à Academia Maranhense de Letras.

O grupo Sarney – que inclui políticos, empresários e a força do Grupo de Comunicação Mirante – está em sua maioria alinhado a Flávio Dino há pelo menos um ano; a resistência ainda se dá pelos ex-governadores Edison Lobão e Roseana  Sarney (ambos do MDB).

A tendência é que a própria família do ex-presidente apoie a eleição de Flávio Dino ao Senado.

Inclusive com a  possibilidade de um suplente na chapa…