Em meio à guerra fratricida que se desenrola desde 2023, os grupos do governador Carlos Brandão e do ministro Flávio Dino vão encontrando formas de resolver suas crises, ainda que acumulando mágoas e revoltas

BRANDÃO E CAMARÃO, CAMARÃO E BRANDÃO. Eles devem nortear as ações políticas de 2026; aos demais resta seguir as diretrizes ou o próprio rumo
Editorial
O govenador Carlos Brandão (PSB) conseguiu finalmente uma vaga no Tribunal de Contas do Estado para o seu fiel escudeiro jurídico de campanha, o advogado Flávio Costa; contou para isso com a ajuda da família Sarney, uma vez que o conselheiro aposentado, Álvaro de França Ferreira, é sobrinho do ex-presidente José Sarney.
Por outro lado, o vice-governador Felipe Camarão (PT) vai construindo uma agenda própria como liderança, atuando forte em Brasília, com fortes contatos no interior e já montando sua base de confiança na Assembleia Legislativa, fortalecendo o próprio PT, do presidente Lula.
- a agenda de Brandão e de Felipe não contempla o deputado Othelino Neto (SD), que experimenta dissabores na Assembleia Legislativa;
- a escolha de Flávio Costa para o TCE dribla também o ministro Flávio Dino, que guarda há mais de um ano ação sobre outa vaga no tribunal.
- e há os brandonistas de alto coturno, na Assembleia, na Famem, no Palácio dos Leões e no interior que, se pudessem, implodiriam todas as pontes.
Mas é assim que tem que ser.
O caminho para 2026 não será sem dor, de lado a lado; haverá gente sacrificada, outros jogados aos cães e muitos insatisfeitos até à montagem da chapa, nas convenções de junho do ano que vem.
Brandão parece que entendeu o seu papel de líder da sucessão e Felipe Camarão entendeu o seu papel de futuro governador. É a partir da movimentação de ambos que tudo deve girar para as eleições.
E cada membro da base que ocupe o seu espaço neste agrupamento ou busque outros caminhos.
É simples assim….