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Comunista é exonerado do governo um dia antes de prisão por estupro…

É mais uma história que mostra a incrível coincidência de ações policiais contra aliados de Flávio Dino e sua capacidade de se antecipar aos fatos

 

Antecipação providencial
Comunista Clemilton (em destaque) viria a ser preso no dia seguinte à exoneração da Seinc

O vice-presidente do PCdoB de Timon, Clemilton Colaço Ribeiro, foi preso pela polícia maranhense em 18 de abril, sob acusação de prática de estupro.

Além de dirigir o partido do governador Flávio Dino no município, Clemilton era também funcionário da Secretaria de Indústria e Comércio do governo comunista.

Mas ele foi exonerado exatamente no dia 17 de abril, um dia antes de sua prisão.

Mera coincidência?

Poderia ser, não fosse outros fatos que levam à suspeita de que Flávio Dino mantém uma forte rede de informações privilegiadas, que o fazem se antever a fatos que possam desgastar seu governo.

Foi assim com o caso do ex-adjunto da Secretaria de Administração Penitenciária, Danilo dos Santos Silva, preso na Operação Turing e exonerado da função logo que o pedido de prisão chegou à Justiça Federal. (Relembre aqui)

Foi assim também com o próprio Flávio Dino, que conseguiu saber, mais de 25 dias antes, qual era exatamente a acusação que lhe pesava – e que estava em sigilo – no âmbito da Operação Lava Jato. (Releia aqui)

Flávio Dino é um homem poderoso, não se pode negar.

Foi juiz federal, tem irmão procurador da República e uma influência gigantesca nos bastidores políticos e jurídicos.

Mas usar essas prerrogativas em proveito próprio o torna igual a tudo o que ele dizia ser diferente…

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Para Flávio Dino “era normal empresas procurarem políticos” e vice-versa…

Delatado na operação Lava Jato como recebedor de caixa 2 de R$ 200 mil, governador do Maranhão explica em entrevista à TV Mirante que a cultura do país era essa, até as eleições de 2014

 

Enrolado
Dino se complica cada vez que fala

Uma declaração do governador Flávio Dino (PCdoB) acabou ofuscada pelo feriadão do último fim de semana, mas é uma espécie de revelação da cultura eleitoral no país, do qual o próprio comunista fez questão de se beneficiar.

– Era normal que os políticos procurassem empresas e empresas procurassem políticos. Era esse o sistema vigente até 2014 – frisou o comunista, em resposta à TV Mirante, para explicar as doações da Odebrecht à sua campanha.

Dino foi pego na Operação Lava Jato sob a acusação do ex-executivo da empresa, José de Carvalho Filho, de que recebera R$ 200 mil, em caixa 2, nas eleições de 2010.

Ex-juiz federal e ex-secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça, Flávio Dino deixou a magistratura para se aventurar na carreira política anunciando-se como a mudança no Maranhão.

Estranho, portanto, que o arauto da mudança se utilize dos mesmos métodos que jurou combater apenas pelo fato de ser “o sistema vigente”.

Uma grave revelação…

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“O PSDB do Maranhão, hoje, é uma coisa exótica”, diz Madeira a Alckimin…

Ex-prefeito de Imperatriz reuniu-se com o governador de São Paulo e voltou a cobrar um posicionamento do partido em relação ao Maranhão, “antes que se perca o timming de 2018”

 

Caminho próprio
Alckimin voltou a garantir projeto do PSDB, mas Madeira acha que tem que ser logo

O ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, reuniu-se na última segunda-feira, 17, com o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin.

O dois trataram do futuro do partido, sobretudo no Maranhão.

– Ele voltou a dizer que o PSDB não ficará com o PCdoB. Mas não adianta dizer sem tomar posição. E se deixar para 2018, perde o timming da eleição – afirmou o ex-prefeito.

Madeira tem trabalhado com a cúpula nacional tucana para tentar dar um rumo próprio ao PSDB maranhense. Mas entende que a decisão precisa ser tomada logo.

– O PSDB do Maranhão, hoje, é uma coisa exótica – disse ele, referindo-se à aliança tucana com o PCdoB do governo Flávio Dino.

Apesar de garantir que sua posição nada tem a ver de pessoal em relação a Dino, Madeira afirma não fazer sentido uma aliança tucano-comunista neste momento da história do Brasil.

O prefeito deve se reunir nos próximos dias também com o senador Aécio Neves (MG)…

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Flávio Dino não tem como explicar informação privilegiada da Lava Jato…

Vinte e seis dias antes da lista de delações ser divulgada – e três dias após a Procuradoria da República encaminhar os relatórios ao STF – governador conseguiu uma Certidão da Câmara Federal, com detalhes explicativos sobre as acusações que lhe pesavam

 

Delatado
STF quer saber como colaboração de José de Carvalho Filho chegou a Flávio Dino (Fotomontagem: Atual7)

O governador Flávio Dino (PCdoB) tem tentado justificar de todas as formas o fato de ele ter conseguido, 26 dias antes de a delação vir à tona, uma certidão da Câmara Federal, com supostas explicações para as acusações que pesam contra ele na Operação Lava Jato.

A certidão apresentada por Dino é do dia 17 de março; mas a delação contra ele só foi tornada pública no dia 11 de abril. (Releia aqui)

Ou seja, 26 dias depois.

Não há como o comunista explicar este vazamento ao Supremo Tribunal Federal, que vai investigar o repasse de informações privilegiadas.

Para tentar se explicar, o comunista e seu partido, o PCdoB, tem dito que ele buscou a certidão por que a imprensa especulava sobre delações.

 

Ainda sob sigilo
Petição sobre Flávio Dino chegou ao STF, ainda em sigilo, às 17h40 do dia 14 de março, como mostra o recorte acima…

Ora, a imprensa especula sobre delações contra Dino desde 2015, quando a Lava Jato chegou ao seu ápice.Este blog trouxe vários post sobre o tema.

Mesmo assim, ele nunca foi buscar certidão alguma para se defender.

Além disso, nenhum blog, jornal ou emissora de rádio ou TV divulgou detalhes sobre a acusação a Dino, que só vieram à tona com a quebra do sigilo do inquérito.

Ninguém sabia, sequer, da existência do tal Projeto de Lei 2279/2007, de interesse da Odebrecht e que gerou o caixa 2 de R$ 200 mil ao comunista.

Resposta rápida
…Mas Flávio Dino conseguiu certidão apenas três dias depois na Câmara Federal

Mas Dino já tinha uma certidão, quase um mês antes, detalhando exatamente este projeto, que ninguém, além dos investigadores da Lava Jato, havia tratado antes.

Agora, o comunista delatado na Lava Jato tenta acusar a imprensa de ter vazado a acusação contra ele desde o ano passado.

Porquê, então, ele não apresentou, à época, essa mesma certidão que apresentou agora?

O fato é que Flávio Dino soube antes que sua delação viria à tona pelas mãos do ministro Edison Fachin.

E tentou se antecipar aos fatos.

Mas se antecipou para tentar explicar um crime cometendo outro crime.

É simples assim…

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Flávio Dino e Odebrecht: a conexão Alcântara…

Dossiê da Procuradoria-Geral da República montado a partir da delação do ex-diretor José de Carvalho Filho cita visitas do governador comunista à base de Alcântara, logo nos primeiros dias do seu governo, para discutir futuro da base, alvo da empreiteira desde 2010

 

Dino em Alcântara
Viagens coincidiram com período de crise no consórcio firmado entre Brasil e Ucrânia

Há no dossiê da Procuradoria-Geral da República relativo ao pagamento de caixa 2 de R$ 200 mil ao governador Flávio Dino (PCdoB) – para atender a interesses da Construtora Odebrecht – registros de visitas do comunista à Base de Lançamento de Alcântara.

O documento cataloga matérias de jornais e informações sobre o interesse do governador comunista no CLA. Para tentar entender os motivos dos registros da PGR, é preciso relembrar no tempo a relação de Dino com Alcântara.

A primeira visita do comunista se deu logo nos primeiros dias do seu governo, em 21 de janeiro de 2015.

O objetivo, segundo matéria da própria assessoria, era garantir a manutenção de investimentos em tecnologia no CLA. (Veja aqui)

O site do Ministério da Ciência e Tecnologia registra nova visita de Flávio Dino a Alcântara em 25 de novembro de 2015. Desta vez, o governador chamou o então ministro da Defesa, Celso Pansera, para tratar “dos rumos do programa espacial brasileiro“, após o rompimento do acordo Brasil/Ucrânia. (Leia a íntegra da matéria aqui)

Definição de rumos
Dino recebe o então ministro Pansera para discutir futuro de Alcântara após rompimento da Cyclone Space

A princípio, a visita do governador a Alcântara não aparenta nada de mais extraordinário.

É preciso voltar ainda mais no tempo, porém, para se chegar a um indício do que quer a PGR com os recortes de informações sobre a presença do comunista na base espacial.

Chega-se a 2010, mesmo ano em que, segundo a delação do ex-executivo José de Carvalho Filho, Flávio Dino recebeu R$ 200 mil em caixa 2 para sua primeira campanha ao governo. (Relembre aqui)

Naquela época, a Odebrecht disputava licitação, em consórcio com a Andrade Gutierrez, para construção de uma nova base para a empresa Cyclone Space, formada pelos governos do Brasil e da Ucrânia.

Mas em maio de 2010 o Conselho de Defesa Nacional decidiu encerrar a licitação, alegando necessidade de pressa na definição do calendário para a obra.

A revista Exame escreveu sobre o assunto. E disse o seguinte:

– Segundo EXAME apurou, o consórcio formado por Odebrecht e Andrade Gutierrez é o que está em negociações mais avançadas com a Agência Espacial Brasileira e os representantes ucranianos para o início da obra. (Leia a íntegra aqui)

Odebrecht em Alcântara
Torre Móvel de Integração feita para a construtora pela RCO soluções para indústrias

De fato, o consórcio Odebrecht/Andrade Gutierrez foi escolhido para tocar o projeto Cyclone 4.

Tanto que, em 19 de abril de 2012, o site da empresa RCO, especializada em equipamentos para indústrias, noticiou a entrega de uma Torre Móvel de Integração, de sua fabricação, para expansão da base de Alcântara, então sob a responsabilidade da Odebrecht. (Leia aqui)

Ocorre que, a partir de 2014, quando Dino disputava o governo maranhense pela segunda vez – agora com doação legal de R$ 200 mil da mesma Odebrecht – a parceria Brasil/Ucrânia em Alcântara começou a fazer água.

O acordo bilateral foi oficialmente rompido em julho de 2015. (Saiba mais aqui)

E provavelmente esteja exatamente aí a relação entre as duas visitas de Dino ao Centro de Lançamento, já na condição de governador.

Mas isto só poderá ser esclarecido pelo Ministério Público…

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PM tem déficit de quase dois mil policiais, diz Sousa Neto…

Deputado constatou alto número de homens que estão indo para a reserva; ele defendeu a convocação dos cerca de 1,4 candidatos sub judice do último concurso da polícia

 

Déficit
Ao lado de Júnior Verde, Sousa Neto voltou a ouvir os subjudice da PM

O deputado estadual Sousa Neto (PROS) apresentou, nesta quinta-feira, 20, na Assembleia Legislativa, levantamento que mostra um déficit de quase duas mil vagas nos quadros da Polícia Militar do Maranhão.

Os números representam o quantitativo de militares que estão indo para a reforma, na Corporação.

Sousa Neto apresentou os números durante reunião da Comissão de Segurança Pública da Casa, que discutiu a convocação dos 1.432 sub judice do concurso da Polícia Militar do Maranhão.

– Mais de 1,9 mil homens estão saindo do efetivo da PM este ano. É inaceitável que a corporação abrirá todas essas vagas e o governador Flávio Dino (PCdoB) não chama os 1.432 candidatos aptos para entrar. Porque não se chama antes de fazer um novo concurso público? Já se passaram três anos de governo, será que eles vão empurrar até ano que vem, que é eleição? – criticou o parlamentar.

O déficit de homens na PM tem sido tema recorrente deste blog. (Releia aqui, aqui e aqui)

Seguindo o mesmo raciocínio, Sousa Neto levantou que, entre 2015 e 2017, 877 militares foram reformados dos quadros da PM. O número sob e para 1,9 mil com os Barra 87, mais de 1.100 homens e mulheres, que, ainda este ano, completam 30 anos de serviços prestados à sociedade.

– Já são três anos como parlamentar. Quero fincar meu nome de forma positiva, nesta Assembleia, lutando por causas justas em favor do povo maranhense. Os comunistas diziam que este seria o governo do diálogo, mas com eles não há conversa. Estou aqui, cobrando as promessas feitas, e que não estão sendo cumpridas. Hoje, no Maranhão, a violência desandou. A segurança pública clama mais que a saúde – completou. 

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Governo Flavio Dino maltrata povo indígena, acusa Hildo Rocha…

Durante sessão solene em homenagem ao Dia do Índio, realizada quarta-feira, 19, o deputado Hildo Rocha (PMDB) fez duras críticas ao governador Flávio Dino pelo desprezo com a população indígena do Maranhão.

– Em dois anos do governo Flávio Dino os povos indígenas do Maranhão não têm direito a merenda escolar; não tem direito ao transporte escolar e não estão tendo aulas regulares. Este ano, ainda não houve nem 20% das aulas que deveriam ter sido dadas porque o governador não contrata os professores assim como não paga nem mesmo os que estão dando aulas – disse o parlamentar.

Rocha lembrou que a governadora Roseana Sarney deixou recursos do BNDES assegurados para a construção de escolas nas aldeias indígenas.

– Infelizmente, depois de dois anos, Flávio Dino não entregou nenhuma escola para as comunidades indígenas. Durante o governo de Roseana Sarney, os alunos da rede pública estadual eram respeitados e os estudantes indígenas recebiam atenção especial – destacou Hildo Rocha.

Como se não bastasse o desgaste por conta da Operação Lava-Jato, novamente Dino é notícia negativa em âmbito nacional.  Uma vergonha para o Maranhão.

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Há mais que uma simples delação contra Flávio Dino…

Documentos em poder da Procuradoria-Geral da República, e já encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça provam que o governador maranhense manteve encontros com executivos e fez viagens de interesse da Odebrecht

 

Capa Preta
Pasta com o dossiê sobre envolvimento de Flávio Dino na Lava Jato: mais que “uma mera delação” (imagem: blog Atual7)

O governador Flávio Dino (PCdoB) tem declarado que, na operação Lava Jato, há contra ele apenas “uma mera declaração de um delator”.

É sua tentativa de minimizar a acusação de recebimento de Caixa 2 da construtora Odebrecht.

Mas a Procuradoria-Geral da República tem contra Dino muito mais do que meras declarações de delatores. Há, por exemplo, registros de telefonemas e até viagens feitas por Dino e pelos delatores para atender aos interesses da construtora.

O inquérito contra o governador Flávio Dino é chamado de “Campanha Flávio Dino”.

Além do depoimento de José de Carvalho Filho, que declarou ter negociado com Dino pagamento de R$ 400 mil pelo seu empenho na aprovação de um projeto de interesse da Odebrecht, há registros de telefonemas, viagens e outros documentos contra o governador.

Todos os dados estão catalogados na “Manifestação 52196/2017-GTLJ/PGR”.

Propina espacial?
Flávio Dino na base de Alcântara; com ele há políticos, militares e empreiteiros, tudo catalogado na Lava Jato

Chama atenção no calhamaço o registro de uma viagem de Flávio Dino a Alcântara, logo no início de seu governo, vista anunciada como redenção na própria página do governo. (Leia aqui)

Em Alcântara funcionava uma empresa binacional de tecnologia espacial – cooperação entre Brasil e Ucrânia – que a Odebrecht tinha interesse.

Mas esta é uma outra história…

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Te cuida Flávio Dino!!! STF vai apurar vazamento de lista de Fachin…

Presidente da Corte Suprema, ministra Carmem Lúcia determinou que fosse criada uma comissão para apurar como as informações chegaram antes à imprensa; governador maranhense também soube de acusações 15 dias antes da divulgação

 

Preocupação
Dino pode ter que explicar certidão

O Supremo Tribunal Federal criou nesta quarta-feira, 19, uma comissão para apurar vazamento de informações da lista de delações da Operação Lava Jato.

A lista, tornada pública pelo ministro Edison Fachin no dia 12 de abril, foi publicada antes mesmo de sua liberação pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Carmem Lúcia quer saber como as informações chegaram a pessoas de fora do processo.

Privilégio
Documento foi antecipado

No despacho que criou a comissão, a ministra não fala no caso do governador Flávio Dino (PCdoB) – que conseguiu uma Certidão da Câmara 15 dias antes da divulgação da lista – mas o deputado federal Hildo Rocha (PMDB) pretende cobrar esclarecimentos do caso.

Leia também:

Lava Jato tem obrigação de esclarecer vazamento a Flávio Dino…

O vazamento do vazamento…

O caso de Flávio Dino é tão grave quanto a do Estadão.

Logo que a imprensa divulgou a citação do seu nome por um dos delatores, o governador maranhense apressou-se em publicar uma Certidão da Câmara Federal, emitida em 17 de março, com contrapontos detalhados à acusação do delator que sequer havia sido tornada pública.

A comissão do STF terá 30 dias para finalizar os trabalhos…