Editorial: Brandão para um lado, Camarão pra outro…

Mas ao contrário do que imaginam a classe política, os torcedores de lado a lado e os observadores da cena política, os movimentos de cada um tendem a convergir para o mesmo objetivo em 2026

 

ENCONTROS OU DESENCONTROS?!? O aparente distanciamento entre governador e vice deve convergir para os mesmos interesses em 2026

Editorial

O governador Carlos Brandão protagonizou neste sábado, 26, o Encontro do PSB maranhense, sem a presença do vice-governador Felipe Camarão (PT), que estava em outro evento; na sexta-feira, 25, foi Camarão quem protagonizou encontro de parlamentares do PT, sem a presença de Brandão, que atendia prefeitos em palácio.

  • nos últimos dias, as idas e vindas de governador e vice geraram fortes especulações;
  • torcedores de um e de outro ora mostram otimismo, ora pessimismo sobre 2026.

“É claro que há, de lado a lado, quem não tenha interesse na unidade entre governador e vice – por causa dos próprios interesses pessoais – e  isso é natural; esse jogo de pressão e contrapressão vai existir até o dia da decisão final, gerando angústia e disse-me-disse”, responde o titular deste blog sempre que chamado a resenhar sobre o tema 2026.

Este blog Marco Aurélio d’Eça tem observado há tempos que muito da percepção da base brandonista e camaronista é construída pelas narrativas da mídia, sobretudo a blogosfera – este blog incluído, sem falsa modéstia.

Mas o fato é que, tanto Brandão quanto Camarão estão exercendo perfeitamente os seus papeis institucionais neste período eleitoral.

  • Brandão é o governador e será governador pelo menos até abril de 2026, quando, só então, vai dizer se sai ou não;
  • Camarão é o vice-governador que pode ou não assumir o governo, mas isso não o impede de se movimentar até lá.

“É óbvio que se Brandão disser agora que deixará o governo para ser candidato a senador estará decretando o fim do seu governo; da mesma forma, é bastante óbvio que, se Camarão ficar parado esperando a hora, a onda vai levá-lo – com perdão do trocadilho – por que não haverá tempo de se viabilizar”, é o que entende o titular deste blog em sus conversas.

Assim será até 2026, quando chegar a hora da decisão; lembrando que o jogo de pressão e contrapressão também continuará.

E os que têm coração fraco que lute…

Braide cresce enquanto Brandão patina na indecisão

Sem uma definição clara do governador, a falta de rumo político do seu grupo e a indefinição quanto ter como candidato o vice Felipe Camarão favorece claramente o prefeito de São Luís

 

RISCOS ELEITORAIS. Simplicio Araújo aponta riscos para o governo Brnadão com a presença de Braide na disputa

Por Simplicio Araújo*

Faltando poucos meses para o primeiro turno das eleições de 2026, a corrida pelo governo do Maranhão parece estar em câmera lenta. Oficialmente, apenas o ex-prefeito e médico Lahesio Bonfim (Novo) já se lançou como candidato. Enquanto isso, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, reeleito com folga, evita falar sobre uma possível candidatura ao governo.

Braide, no entanto, se fortalece mesmo sem dizer uma palavra. Sua maior barreira não é a falta de intenção, mas sim o dilema de abandonar a prefeitura da capital, onde vem desempenhando um bom trabalho, para enfrentar a máquina pesada do Palácio dos Leões.

E por que o nome de Braide cresce?

  • Simples: pela completa inércia do governador Carlos Brandão;
  • Até agora, Brandão não deu um rumo claro ao seu grupo político.

Ele não promoveu a reunificação da base que o elegeu e ainda não deixou claro se vai ou não romper com a fórmula que o levou ao poder, ou seja, apoiar seu vice, Felipe Camarão. O resultado? Um vácuo que favorece Braide e abre espaço para o surgimento de outros nomes na disputa pelo governo do Maranhão.

O grupo de Brandão e os remanescentes do governo Flávio Dino já sabem da realidade: divididos, caminham para uma derrota desastrosa.

Não é segredo para ninguém a relação estremecida entre Brandão e Dino. Também não é mistério que o atual governador deseja manter o controle sobre seu sucessor. Mas, se a prioridade fosse a sobrevivência política do grupo, Brandão deveria agir como líder maior, reunificando sua base, em vez de se preocupar com eventuais dissidentes – algo natural em qualquer governo. Flávio Dino, por exemplo, enfrentou três dissidentes dentro do próprio grupo e soube lidar com isso. O foco deveria estar em buscar figuras neutras, sem ambições eleitorais, para construir uma ponte de convergência, e não em apostar em nomes que aprofundem ainda mais as divisões.

O erro de insistir na cisão pode custar caro. A vitória de Brandão em 2022 foi apertada — apenas 51% dos votos no primeiro turno. Um cálculo malfeito pode levar a eleição para o segundo turno, onde o governo perderia completamente o controle do jogo, deixando a população decidir sem qualquer amarra política.

Mais que isso: no cenário atual, já parece inevitável que uma das vagas para o Senado fique com o grupo de Braide, caso ele entre na disputa. Isso significa que boa parte da classe política começa a enxergar nele uma alternativa real de poder, capaz de formar uma bancada estadual e federal expressiva.

Brandão, por sua vez, tenta reagir.

  • Em entrevistas, afirmou que seu governo “vai começar agora”, com anúncios e entregas de obras. Mas esperar tanto para agir pode ter um custo alto;
  • Se demorar demais para definir seu caminho e consolidar alianças, corre o risco de ver sua base política evaporar e perder o controle da sucessão.

Diante desse cenário, fica a pergunta: Braide teria coragem de renunciar à prefeitura para disputar o governo, enfrentando um ambiente onde o apoio político tem sido negociado a preço altíssimo? Ele entraria na corrida apenas para plantar uma semente para o futuro?

E Brandão? Vai “terminar” seu mandato e implodir de vez o que chamava de “nosso governo”? Se continuar adiando uma decisão clara, pode acabar sem governo, sem senador e sem bancada?

Como a política é algo muito dinâmico, muda como o vento, essas perguntas e reflexões servem para o hoje, o amanhã a Deus e as boas decisões pertencem.

*Simplício Araújo é ex-secretário de Indústria e Comércio

Brandão fica?

“Se levarmos em consideração que há agentes políticos naturalmente mais flexíveis, pacientes e dedicados, adaptáveis a situações complexas e aos desafios da vida pública, recrutados a cumprir missão tanto no executivo quanto no legislativo, nos virá a pergunta coletiva e uníssona”

 

Por Stenio Rezende*

O assunto toma cada vez mais amplitude com a proximidade do ano eleitoral.

Os eleitores brasileiros voltarão às urnas em 2026. No próximo pleito, serão escolhidos presidente da República, governadores dos Estados e do Distrito Federal, senadores, deputados federais e deputados estaduais e distritais.

O foco da temática, no plano estadual maranhense recai sobre a disputa ao Senado ou permanência do Governador Carlos Brandão (PSB) no Governo do Estado, cumprindo integralmente seu mandato.

O cenário político, na sucessão estadual, tem se evidenciado mais nítido a partir das ações do governador, liderança que se reveste cada vez mais de influência na política do Estado. Basta se verificar os ganhos nas eleições municipais do ano passado.

O estilo Brandão de seriedade, dedicação e compromisso, selou alianças numa pluralidade de matizes partidárias, inclusive opostas, como destacado pelos órgãos de imprensa: No primeiro turno, os candidatos apoiados por Brandão foram eleitos em 157 municípios. Esse número representa 72% das 217 prefeituras do estado. Além disso, 16 das 20 maiores cidades escolheram prefeitos alinhados à sua base, prova de que o governador vem conduzindo seu mandato de forma municipalista e integrada.

Em semelhante perspectiva e atentos à melhora progressiva da condição de vida dos maranhenses e desenvolvimento do Estado, espera-se que o Maranhão, em 2026, desempenhe um papel ainda mais relevante no Senado Federal, representado por lideranças que priorizem o bem-estar da população, promovam o desenvolvimento sustentável e garantam que o estado esteja cada vez mais integrado ao progresso do país.

Daí então, se levarmos em consideração que há agentes políticos naturalmente mais flexíveis, pacientes e dedicados, adaptáveis a situações complexas e aos desafios da vida pública, recrutados a cumprir missão tanto no executivo quanto no legislativo, nos virá a pergunta coletiva e uníssona: – Brandão fica?

Ex-deputado estadual, médico e agropecuarista

A torcida do contra….

A cada movimento de contraponto entre dinistas e brandonistas surge uma turma nos bastidores para insuflar de lado a lado, o que torna cada vez mais difícil o projeto de pacificação do grupo de Brandão e Flávio Dino

 

TOCANDO FOGO. Enquanto os personagens principais da guerra Dino X Brandão se expõem na mídia, um batalhão fica nos bastidores a insuflar um lado e outro

Quantos na classe política querem o reatamento entre o governador Carlos Brandão (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino?!? Quantos, de fato, torcem para que a paz reine no grupo e todos caminhem juntos para a sucessão de 2026?!?

No atual estágio da querela entre dinistas e brandonistas – em que qualquer gesto é apontado como provocação ou reação – é impossível dizer se há, ainda, de fato, algum interesse na repactuação dos termos de aliança e na ida de mãos dadas para as eleições gerais.

  • É impressionante o número de deputados, secretários, auxiliares e aliados de lado a lado que aponta cada gesto como um ato de guerra;
  • Mais impressionante ainda é perceber que há, entre dinistas e brandonistas, que veem algo a ganhar com a divisão dos dois grupos.

A imprensa – este blog Marco Aurélio d’Eça incluído – tem feito o seu papel na cobertura diária da política do Maranhão, divulgando, analisando e interpretando os fatos políticos que surgem; e eles só podem surgir a partir dos próprios personagens envolvidos no jogo.

  • só nos últimos dois dias teve-se bate-boca entre dinistas e dinistas;
  • teve-se também evasivas de Brandão e “gestos” de Felipe Camarão;
  • e querela entre dinistas de alto coturno e brandonista recém-chegada.

Não há na história do Maranhão nenhum grupo político que rachou desta maneira, com índices estratosféricos de disse-me-disse e geração de fatos para encher páginas e paginas de jornais diariamente.

O fato é que o governador Carlos Brandão precisa do grupo de Flávio Dino para sair ao Senado com a segurança de que não ficará pelo caminho; e o grupo de Flávio Dino precisa de Brandão para dar chances reais a Felipe Camarão (PT) de se eleger governador em 2026.

Se o entorno dessas duas lideranças não compreender essa interdependência, o caminho é um só.

O fracasso será para todos na sucessão estadual.

É simples assim…

A inclusão digital e as big techs…

Em artigo publicado no jornal O Globo, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, defende o debate sobre a taxação das big techs. Recursos seriam usados para ampliar infraestrutura e promover a inclusão digital dos brasileiros

 

Juscelino Filho

Cerca de 23 milhões de brasileiros com mais de 10 anos não usam a internet, redes sociais e aplicativos que aproximam pessoas de oportunidades de trabalho e de meios tecnológicos que levam à cidadania. É um abismo que isola e exclui de forma silenciosa, ampliando o fosso social brasileiro. Não podemos tolerar a perpetuação desse cenário e o presidente Lula estipulou como meta reverter esse quadro no menor tempo possível. No comando do Ministério das Comunicações, mobilizei toda a equipe para atuar na efetiva inclusão digital em nosso país. É minha prioridade absoluta.

O governo Lula tem realizado significativos investimentos para a ampliação da infraestrutura de telecomunicação brasileira. Dentro do novo PAC, está previsto o aporte de R$ 27,9 bilhões em inclusão digital e conectividade nos próximos anos. Esse montante é para aprimorar o acesso da população à banda larga móvel e fixa, proveniente, em sua maioria, do leilão do 5G e do Fust (Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações), além de recursos próprios da União.

Essa infraestrutura está disponível a todos. Mas é justamente um grupo bem seleto de empresas que mais usa o tráfego de dados. E esses números tendem a crescer cada vez mais, em razão do aumento no consumo de vídeo, música e redes sociais. Para se ter uma ideia, as provedoras de conteúdo digital são responsáveis por 80% de todo o tráfego nas redes móveis no mundo.

Essas big techs se beneficiam diretamente dos investimentos públicos para a melhoria de toda a infraestrutura utilizada e

m sua prestação de serviços, faturam bilhões de dólares com suas operações no Brasil e não pagam por esse uso. No ano passado, as cinco maiores empresas de tecnologia do mundo – Alphabet (Google), Apple, Amazon, Microsoft e Meta (Facebook e Instagram) – bateram recorde de lucro no mundo: 327 bilhões de dólares. Os recursos arrecadados na taxação poderiam ser revertidos para a melhoria da infraestrutura de telecomunicações no país e, principalmente, contribuir para erradicar a exclusão digital.

O debate sobre a taxação dessas gigantes no Brasil começa no momento em que a União Europeia passa a exercer um controle mais rígido sobre as big techs e também em que o grupo de telecomunicações europeu ETNO reforça o pedido para que essas empresas ajudem a financiar a implementação das redes de banda larga e 5G na região. O continente europeu está atrás dos Estados Unidos e da Ásia em redes 5G, computação em nuvem, investimentos e receitas.

Outra discussão essencial é a regulamentação das redes sociais e o combate à disseminação de conteúdo falso na internet, que envolve o governo federal, hoje por meio da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), o Congresso Nacional e a sociedade civil. Um debate que precisa seguir em frente, mas que é diferente da taxação dessas big techs. São propósitos e caminhos distintos.

É necessário separar “questões ideológicas” para criar um ambiente de diálogo construtivo, harmônico e fazer essa pauta avançar com benefícios para as empresas e usuários.

Estamos maduros o suficiente para encarar esses desafios, conectando os brasileiros e unindo o Brasil. E temos uma oportunidade ímpar para levar a internet aos lugares mais longes e à população mais pobre. As big techs devem ser chamadas à sua responsabilidade social de contribuir com o País. A inclusão social passa pela inclusão digital dos cidadãos.

Juscelino Filho é ministro das Comunicações e deputado federal licenciado (União/MA)

“Vem pro Centro”; Qual Centro?!?

O Governo para agradar alguns proprietários de imóveis transferiu órgãos. Por não oferecer um modal de transporte e trânsito que atendesse os novos tempos, responde pelo esvaziamento. Por adotar uma política burra, que impediu pequenas transformações, construção de garagens, por exemplo, incentivou a mudança de tantos

 

Por Renato Dionísio*

Se detivermos um caprichoso olhar no seu Aurélio, ou em outro pai-dos-burros, qualquer que seja o autor, verificaremos que o léxico centro se refere ao miolo, núcleo, alma, coração de algo ou de alguma questão. Ao ver nesta semana que o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) em parceria com a Prefeitura de São Luís, com o apoio da Associação Comercial do Maranhão e do Sebrae, estão rediscutindo o despovoamento de nosso centro, suas causas e consequências. Corri para opinar, tentando claro, por ser parte, esta é a minha cidade, dar a minha contribuição.

Para início de conversa, precisamos saber que esta porção de nossa cidade, considerada pela Unesco Patrimônio da Humanidade, não sendo geograficamente o centro da ilha de Upaon- Açu, representa que centralidade? Nos acostumamos a chamar de centro esta parte da cidade, e de fato, era o local onde tudo, ou quase, acontecia.

Ali estavam as grandes escolas, públicas e privadas. Área de cuja alma nascia todas as decisões políticas, jurídicas e administrativas. Local onde se concentrava a grande maioria das transações bancárias e comerciais, gerando renda e empregos. Ainda é isto? Não sendo isto, qual a sua importância e por que preservá-la?

Penso que esta porção da ilha que convencionamos chamar de centro da capital, em muitos aspectos, a muito perdeu esta condição.

Os tribunais, quase em sua totalidade, foram deslocados para áreas onde se pode obter estacionamento veicular. Os bancos ou criaram pontos de atendimento, ou se deslocaram para outros locais da cidade. As escolas foram gradativamente se deslocando, acompanhando a mudança do local de residência de seus clientes. O comércio com sua característica fome por mercados acompanhou o crescente e acelerado crescimento da cidade.

Salta aos olhos este crescente esvaziamento, e a consequência mais visível é o afastamento de compradores, visitantes locais, turistas de outras cidades ou países, que até desejam passear, ou mesmo veranear, pelas ruas, ladeiras e praças de nosso mágico e encantado Centro Histórico.

Não o fazem pela insegurança que se agiganta. Pelo consumo desenfreado de drogas. Pela sujeira. Pela inexistência de banheiros públicos de qualidade, pela falta de conservação dos imóveis, culpa em grande monta do poder público e de proprietários e até, de informações de natureza turística.

Claro que somos a favor deste chamamento ao repovoamento do centro, cristalina está que essa tarefa somente terá êxito se o governo, nas três áreas – Federal, Estadual e Municipal-, deste esforço participarem. A iniciativa privada, aí incluso comercio e serviços, estão preocupados em ganhar dinheiro, se isto produzir um bem-estar social, se não for assim, o lucro se justifica, esta é, queiramos ou não, a cristalina verdade.

Claro que conhecemos a importância do título recebido da Unesco, obvio que sabemos que a preservação dele, inclui, entre outras, a ocupação racional, a utilização e fluidez das artérias.

Confessamos, nosso recém terminado São João provou que neste momento o que menos interessa, diante do acelerado crescimento do turismo cultural e de eventos em nossa cidade, é sofrermos qualquer abalo nesta denominação de Patrimônio do Mundo que ajuda a vender este Maranhão de encantos.

A sociedade tem que chamar a ordem o Governo, somente dele depende a solução, foi dele em grande monta a responsabilidade pelo fato.

O Governo para agradar alguns proprietários de imóveis transferiu órgãos. Por não oferecer um modal de transporte e trânsito que atendesse os novos tempos, responde pelo esvaziamento. Por adotar uma política burra, que impediu pequenas transformações, construção de garagens, por exemplo, incentivou a mudança de tantos.

Neste sentido, se o leitor quiser se assustar, basta que façamos um criterioso levantamento dos proprietários de grande parte dos imóveis, tombados ou não, do Centro de São Luís, verificaremos que uma enormidade deles são públicos, seja por força da construção em tempos idos, pela aquisição, ou ainda, por estarem penhorados pelos entes fazendários da república.

Agora mesmo sou informado, que a Prefeitura da capital é condenada pela justiça estadual, após resistir, a reformar em nossa Rua Grande, o prédio de propriedade da municipalidade, onde funcionou por bastante tempo, o Orfanato Santa Luzia. Vejo também o Governo Estadual, por meio da Secid, em parceria com a Semispe Municipal, mostrarem para um grupo de representantes da Prefeitura de Recife o programa Nosso Centro, desenvolvido pelo Estado.

Diante dos fatos, sou obrigado a arrematar dizendo: se a Prefeitura recifense quer aprender a partir do que fizemos, tem ela péssimos professores.

Definitivamente não somos exemplo!

Pelo menos neste particular…

*Historiador, Poeta, Compositor e Produtor Cultural

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A arrogância elitista de Eduardo Nicolau…

Ao exibir-se em selfie na Passarela do Samba no Rio de Janeiro – após proibir as contratações nacionais das prefeituras para o carnaval no interior maranhense – procurador-geral de Justiça do Maranhão vende a imagem de que se acha acima do bem e do mal, que não precisa dar satisfações à população; e exibe a soberba dos mais indignos homens públicos

 

Nicolau exibindo-se do alto das arquibancadas da Sapucaí: testemunho de culturas outras que ele mesmo proibiu outros maranhense de conhecer

Editorial

Ex-secretário de Comunicação do Maranhão e ex-editor de Política do jornal O EstadoMaranhão, o saudoso jornalista Nilton Ornellas tinha uma frase basilar em sua vida: “perca tudo, só não perca a dignidade”.

O procurador-geral de Justiça do Maranhão, Eduardo Nicolau, quebrou o limite da dignidade ao se deixar fotografar em uma selfie em plena Marquês de Sapucaí, templo das escolas de samba do Rio de Janeiro, em plena sexta-feira de carnaval.

A foto – mais do que um homem feliz, exibindo as cores do carnaval – expõe o grau mais alto da prepotência e da arrogância de um homem público, que acha não precisar dar satisfações a ninguém em sua vida de garantias ilimitadas às custas do erário.

É claro que há outros maranhenses passando o carnaval no Rio de Janeiro, e têm todo o direito de fazê-lo; mas nenhum deles ficou marcado como Nicolau ficou nos últimos tempos exatamente por causa do carnaval.

Desde que chegou ao posto de chefe do Ministério Público, ainda no governo Flávio Dino (PSB), Eduardo Nicolau vem empreendendo uma verdadeira sanha persecutória às prefeituras maranhenses no período de Carnaval e de Festas Juninas.

Seu principal argumento é exatamente contra os gastos com atrações nacionais em desvalorização da cultura maranhenses.

Ora, o Nicolau que condena prefeituras por desfavorecer artistas locais é o mesmo que abandona o tradicional carnaval do seu estado para se esbaldar na folia carioca, testemunhando uma cultura que ele proibiu outros maranhenses de também conhecer.

O homem não perde a dignidade apenas quando em queda.

Há quem esteja, indignamente, no alto do poder…

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Sem oposição não há democracia…

Governador Carlos Brandão tem sido elogiado pela abertura de diálogo com todos os setores da política – e muitos apontam que isto é bom para o Maranhão – mas há riscos claros para o país ou estado em que não há o confronto de ideias, ainda que não se viva em ambiente de ditadura, como ensina os estudos sobre o tema

 

Flávio Dino varreu a oposição interna e externa; Brandão agregou a todos e o Maranhão segue “na união”

Editorial

O grande debate político das últimas semanas tem se dado em torno da “capacidade de diálogo do governador Carlos Brandão (PSB)”, que conseguiu formar – em torno dele – um consenso nunca visto na história do Maranhão.

Com oposição restrita ou inexistente na Assembleia Legislativa, Brandão avançou também na Federação dos Municípios (Famem) e tem forte presença na Câmara Municipal de São Luís.

Para todos os atores políticos – cooptados ou cooptáveis – a justificativa é sempre a mesma: “a união é bom para o Maranhão”. 

Será?!?

– Os governos divididos, ou seja, quando o governo não tem maioria no poder legislativo, podem gerar fases de ingovernabilidade. Entretanto, a história recente da América Latina mostra que a ingovernabilidade é geralmente fomentada pelos executivos, e quando estes gozam de amplas maiorias legislativas, há também uma maior tendência a fomentar práticas autoritárias – afirmou o pesquisador Fernando Barrientos, em artigo que dá título a este post. (Leia aqui)

É óbvio que Brandão não tem perfil autoritário e sua história política mostra a busca constante pelo diálogo com todas as forças; o problema está nas próprias forças que se deixam cooptar por interesses outros.

O adesismo de grupos com capacidade política e de poder para contrapor visões de mundo e de estado – mas que preferem compor a reagir – torna o ambiente de poder estéril, inócuo, sem modificação da realidade e girando em torno de si mesmo. 

Para o sociólogo Demétrio Magnoli, a razão de ser do governo é a oposição, que tem legitimidade para se expressar no Parlamento, nos meios de comunicação e na pluralidade partidária.

– O governo só se legitima democraticamente porque existe uma oposição. Quando o povo elege o governo, também escolhe uma oposição, que reúne aqueles que não tiveram votos suficientes para governar, mas representam uma parte da população – explica Magnoli. (Entenda aqui)

O fim da oposição no Maranhão se deu por dois fatores:

1 – a força política e autoritária do ex-governador Flávio Dino (PSB), que varreu grupos poderosos, como o Sarney, emparedou Judiciário e Ministério Público e impediu o crescimento do Bolsonarismo no estado;

2 – a habilidade política de Carlos Brandão, que soube atrair os grupos banidos por Dino, realinhar a divisão de poder institucional e político e conquistar forças que lhe eram hostis.

O resultado é um Maranhão sem contrapontos, em que as mais diversificadas forças políticas seguem um mesmo discurso, uma mesma justificativa, um mesmo entendimento; seja para o bem, seja para o mal.

Se essa “unidade ideológica” servir para alavancar os indicadores econômicos e sociais do Maranhão, aplauda-se.

Se, por ouro lado, servir apenas para a estagnação, com cada qual beneficiando-se do jarro, aí será o caos.

Só o futuro próximo dirá o caminho que foi seguido…

Maranhão: terra e povo abençoado….

Stenio Rezende*

O Maranhão é terra de peculiaridades! Nosso Estado, localizado especialmente numa faixa de transição chamada Meio-norte, entre o semiárido nordestino e a Amazônia é inteiramente abençoado por Deus e pela natureza. Agora neste janeiro, começo de ano coincidente a novo período político-administrativo, a estação das chuvas atinge todas as regiões maranhenses, metamorfoseando o ciclo, antecedido pelo estio.

Nossa terra é de paz. Povo bom, abençoado. Quem nos visita pensa em ficar, magnetizado pelas belezas naturais e pela hospitalidade da nossa gente. O Maranhão também é contraste, como o Brasil. As mazelas sociais, a vertente econômica e o futuro das novas gerações nos preocupam todos os dias. Mas isso não nos tira o bom ânimo da luta, da operabilidade, e das soluções criativas inspiradas em nossa cultura singular e boa índole.

Os desafios desse novo governo, não obstante a assunção dos avanços, residem no enfrentamento das adversidades que ainda entravam o nosso crescimento. Confrontá-las com destemor, competência e altivez, requer um conjunto de caracteres baseados em saudável experiência político-administrativa. Neste sentido, é perceptível e animador os bons ventos da habilidade política que ensejam concórdia e equilíbrio duradouros.

Harmonizar o levante populacional, incentivo às atividades econômicas e gestão pública eficaz representa elevada tarefa, especialmente num Estado onde exuberantes recursos naturais e admirável contingente humano devem, com a diligência exigível, aproximar estas potencialidades do incremento econômico esperado.

Felizmente, o Governo Brandão reúne as características favoráveis à harmonização dos interesses do povo do Maranhão. Sua liderança, junto a uma equipe de governo bem formada e conhecedora da nossa realidade e ao bom relacionamento com a classe política, representa a equação ideal na busca de soluções conjuntas com a sociedade, que farão evoluir o nosso desejado e harmônico desenvolvimento.

*Médico, agropecuarista, ex-deputado estadual

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Empresários de Transporte e governo: reajuste de tarifas X reajuste de salários

Atores que tentam exercer protagonismo no movimento grevista dos motoristas de ônibus deveriam propor, além da criação de uma agência reguladora, também o reajuste de servidores públicos, que pagam a conta no final

 

Fábio Câmara conhece o sistema de transporte de São Luís e já propôs mudanças dese quando assumiu mandato de vereador, em 2012

Por Fábio Câmara

Eu tenho uma admiração pelo trabalho parlamentar do deputado Yglésio Moyses e isso não mudou da noite para o dia e nem mesmo de outubro pra novembro!

Entretanto, como diz “o velho deitado”: “- Onde come 1, também comem 2 ou 3!”.

E me propondo a comentar o post do deputado Yglésio, eu quero apenas pôr mais duas pitadas de tempero no caldeirão e meter minha colher para mexer o cozidão da crise paredista no transporte público de São Luís, prestes a completar duas semanas de prejuízos generalizados!
Assim como para Fábio Câmara, também o é para Yglésio Moysés que, de nós para nós os nossos projetos de gestão serão sempre os melhores em razão de que eles são os NOSSOS PROJETOS.

Entretanto, há que se reconhecer e respeitar, sempre, a soberania do voto como manifestação democrática da vontade popular.

Entre Fábio Câmara – 2015 – e Edivaldo de Holanda o povo escolheu E. de H.

E entre Yglésio Moyses e vários outros candidatos – 2020 – o povo escolheu Eduardo Braide como nosso prefeito após rejeitar o candidato da “emenda fake” de 1 milhão por entendê-lo como fanfarrão chapa branca, desrespeitoso para com a vida, a saúde e para com os protocolos sanitários instituídos E VIGORANTES em plena pandemia.

É fato que as tarifas do transporte coletivo resultam de análises de uma planilha de composição de preços! E me parece óbvio que o prefeito Eduardo Braide saiba disso!

Entretanto, o que o Sr. prefeito, eu, o deputado Yglésio e toda a população também sabemos é que essa greve tem motivação e promocionais políticos eleitorais e a manifestação do candidato Jr. do governo à prefeitura de São Luís, tão sofrível quanto atestado de saúde para faltar ao trabalho por febre e dor de barriga ou mesmo de cotovelo, revela isso!

A criação de uma agência reguladora do sistema, com poderes e autonomia de gestão do processo e do sistema é uma das nossas sugestões de médio prazo para aliviar a tenção política do setor, assim como ter um cadastro de reserva de condutores prontos a suprirem uma demanda de emergência como a que se verifica hoje ajudaria bastante.

Porém, resta um desafio que os deputados Yglésio quanto o Jr. deveriam e tem poderes para tanto fazer, a saber, Jr. cobra de Dino e Yglésio cobra de Brandão um reajuste salarial para os servidores públicos do Estado do Maranhão, o que não se vê faz tempo, e que essa medida repercutisse positivamente nos bolsos de quem realmente paga sempre pelos aumentos dos impostos e pela taxas e tarifas que sempre lhe são cobradas.

Fica a dica!