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AL homenageia Zeca Baleiro com medalhas ‘Manuel Beckman’ e ‘João do Vale’

A Assembleia Legislativa prestou, na manhã desta terça-feira (1º), dupla homenagem ao cantor e compositor Zeca Baleiro, concedendo-lhe a Medalha do Mérito Manuel Beckman e a Medalha João do Vale. A entrega das honrarias aconteceu durante concorrida sessão solene, realizada no Plenário Deputado Nagib Haickel, com a presença do governador Flávio Dino, de representantes do Poder Judiciário e do Ministério Público, além de diversos artistas e intelectuais.

A concessão da Medalha Manuel Beckman, a maior comenda do Poder Legislativo do Maranhão, foi fruto de um Projeto de Resolução Legislativa de autoria do presidente da Assembleia, deputado Othelino Neto (PCdoB). E a concessão da Medalha João do Vale foi proposta pela deputada Daniella Tema (DEM) – ambos projetos aprovados por unanimidade pelo Plenário da Casa.

Ao abrir a sessão solene, o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto, deu boas-vindas ao homenageado, que adentrou o Plenário sob aplausos, acompanhado de diversos amigos e familiares.

Othelino declarou que a concessão de ambas as medalhas a Zeca Baleiro é um justo reconhecimento do povo do Maranhão à sua obra.

“Estas homenagens são mais do que merecidas pela importância que Zeca Baleiro tem para a cultura do Brasil, especialmente do Maranhão”, ressaltou o parlamentar.

Na sessão solene, o governador Flávio Dino ocupou a tribuna para manifestar todo seu apreço pelo homenageado.

“A Assembleia, ao homenagear a cultura do Maranhão por intermédio destas duas referências – as medalhas Manuel Beckman e João do Vale -, presta um serviço a toda a população maranhense, porque nós sabemos que a cultura, na verdade, é sinônimo de vida. E Zeca Baleiro é um desses ícones, um desses símbolos, não só da atual geração de artistas maranhenses, mas da força da cultura do nosso Estado”, disse o governador.

Ao agradecer a homenagem, Zeca Baleiro disse que se sentia lisonjeado pelo gesto dos deputados Othelino Neto e Daniella Tema e estendeu seus agradecimentos a toda a Assembleia Legislativa.

“Sinto-me muito honrado e emocionado por esta importante homenagem aqui no Maranhão, nossa terra querida, diante de uma legião de amigos que conquistei ao longo de toda a minha vida. Sinto-me imensamente feliz e lisonjeado por essa dupla homenagem”, declarou o artista.

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Entregando presentes no mês de aniversário, Eudes Sampaio inaugura creche em Ribamar

O mês de setembro, em que São José de Ribamar completou 67 anos de emancipação, foi repleto de ações que valorizaram cada vez mais a população da cidade. Entrega de obras, ordem de serviço e ações na saúde, educação e assistência social foram só alguns dos benefícios que a Prefeitura Municipal entregou durante esse período.

Na manhã deste dia 30 de setembro, o prefeito Eudes Sampaio foi até o bairro da Matinha, para entregar para a população a nova Escola de Educação Infantil Matinha, creche que atenderá dezenas de alunos dessa região e do entorno.

Com os investimentos constantes na educação do município, esse setor não para de crescer e a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), investe cada vez mais em qualidade de ensino aliada à melhoria na infraestrutura de escolas para, assim, garantir um aprendizado seguro e eficiente aos ribamarenses.

A nova creche que atenderá alunos no primeiro ano de vida até os cinco anos de idade possui uma área de 1.211,05 m² construída e atenderá até trezentas crianças em dois turnos, matutino e vespertino. O prédio possui hall de entrada, diretoria, secretaria, almoxarifado, sala de reuniões e banheiros. Conta ainda com área de serviço provida de cozinha completa, depósitos vestiários de funcionários, ainda um pátio coberto, espaço multiuso, 04 salas para as creches I e II e 04 salas para a pré-escola e creche tipo III.

A comunidade estava em festa com a entrega desta obra, que já era esperada há anos, e esteve em conjunto para prestigiar a solenidade de entrega deste equipamento público, que já começa a partir de janeiro do próximo ano a receber estudantes.

O prefeito Eudes Sampaio destacou os esforços por parte da Prefeitura que tem cumprido a meta de investir no crescimento da educação em São José de Ribamar. Em seu discurso ele enfatizou ainda o trabalho árduo realizado por ele desde o ano de 2013, enquanto era vice-prefeito, para garantir junto ao Ministério das Cidades os recursos federais necessários para a realização desta obra.

 “Esta é uma obra de extrema importância e que foi conquistada através de muito trabalho e esforço. Outros benefícios ainda serão destinados para a região da Matinha, e podemos ter a certeza que estamos trabalhando olhando para frente, para o povo de São José de Ribamar, para a qualidade de vida”, ressaltou Eudes Sampaio.

A entrega da creche do bairro Matinha certifica, mais uma vez, o compromisso assumido pela gestão em conduzir a educação do município a níveis superiores, buscando sempre a excelência tanto no ensino e aprendizado quanto nas condições indispensáveis de infraestrutura das escolas.

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Reforma da previdência é feita sem debate com a sociedade, diz Weverton

O senador Weverton Rocha (PDT) afirmou, nesta terça-feira (1), que a reforma da Previdência tem sido feita de forma açodada e sem discussão com a sociedade. De acordo com o parlamentar, o governo insiste que sem a reforma da Previdência o país não sairá da crise econômica, mas o controle do aumento das despesas públicas não tem sido uma grande preocupação governamental.

“Foi criada a expectativa de que a reforma ia resolver todos os problemas do Brasil. Isso não é verdade. Houve um açodamento na apreciação do texto. Qual o motivo disso? O atual presidente passou 28 anos no Congresso e não teve essa pressa toda que o Senado está tendo. Lembrando que Bolsonaro, como deputado, sempre votou contra à reforma da Previdência”, ressaltou Weverton.

Para o senador, não houve um debate claro sobre o tema com a população.

“O Senado não pode se omitir e aprovar açodadamente o texto que veio da Câmara. Essa reforma tem um impacto enorme na vida de cada brasileiro e até na economia dos pequenos municípios, razão pela qual deve ser debatida à exaustão e precisa ser melhorada”, argumentou.

Weverton explica que o se o texto for aprovado como está, o maior prejudicado será o trabalhador.

“O trabalhador que fica na ponta, o eletricista, a professora, o produtor rural, o pescador, o garimpeiro. Eles precisam e devem ter uma aposentadoria justa.

O Senado tem o dever de votar um texto que garanta os direitos dessas pessoas que trabalharam a vida inteira e precisam ter uma velhice tranquila e com recursos”, enfatizou.

O parlamentar criticou ainda a forma como o governo federal tem tratado do assunto.

“Eles falam que a reforma vai cortar privilégios, mas não é verdade. O trabalhador é convidado a pagar conta, o servidor também. E o militar, não, apesar de fazer parte também desse rombo, as grandes empresas e principalmente os bancos não são convidados para pagar essa conta. É no mínimo desproporcional falar que essa reforma está combatendo privilégios”, disse.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) realiza, neste momento, sessão para analisar a proposta.

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Assis Ramos anuncia rompimento de contrato com a Caema…

Segundo o prefeito, além da Caema não atender a contento o abastecimento de água potável, ainda despeja esgoto in natura nos riachos que consequentemente desaguam no Rio Tocantins

 

O prefeito de Imperatriz, Assis Ramos, anunciou em entrevista ao Bom Dia Mirante, da TV Mirante, que irá romper o contrato com a Companhia de Abastecimento do Maranhão (Caema).

“Além dessa questão da distribuição da água, tem um problema muito mais grave que é a questão do esgotamento sanitário. A Caema não realiza o serviço como deveria fazer, causando um prejuízo grande para a nossa saúde e o meio ambiente, o que torna uma situação insustentável que exige de nossa parte uma tomada de posição”, denuncia.

Assis disse que já esteve algumas vezes em reunião com representantes da Caema, mas não conseguiu uma garantia de que a empresa venha a resolver pelo menos, em médio prazo, essa situação.

“Eles apontam investimentos, mas não há transparência, a gente não sabe quanto foi arrecadado, nem quanto foi ou será investido, então para nós a saída é privatizar, claro, garantindo que esse serviço não fique mais caro para a população e que nossos problemas de abastecimento e saneamento sejam finalmente resolvidos”, assegurou.

O prefeito destacou que a Caema “é falida e irrecuperável”, se constitui em fator de grave ameaça porque faz dos riachos, que cortam Imperatriz, meios de proliferação de hanseníase e verminoses, e que apenas 50% da população recebem, “sem regularidade”, água encanada.

“A Prefeitura perfurou e mantém 28 poços, tocados por 56 servidores específicos que nos custam mais de R$ 1,2 milhão de reais por ano, desfalcando outras demandas, e ainda assim muita gente não tem água potável”, disse Assis Ramos.

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Homem esconde marca da Ambev em ambulâncias doadas ao governo…

Cidadão flagrado em vídeo na Praça Pedro II aparece escondendo a logo da cervejaria, que distribuiu as ambulâncias como compensação à redução de impostos dados à cerveja Magnífica, supostamente fabricada no Maranhão

 

Um homem usando camiseta azul clara foi flagrado por um transeunte, nesta terça-feira, 1º, escondendo com adesivos a marca da Cervejaria Ambev em ambulâncias que seriam entregues pelo governador Flávio Dino (PCdoB).

As ambulâncias foram distribuídas pela empresa como uma contrapartida à redução de impostos oferecida pelo governo maranhense à cerveja Magnífica. (Entenda aqui)

O homem que grava a cena, na Praça Pedro II, diz que o homem já havia coberto de várias outras ambulâncias. No total, seriam distribuídas 10.

– Olha aí, ó, o melhor governador do Maranhão, ó: recebeu umas ambulâncias doadas pela Ambev e o funcionário do governo está cobrindo a marca da Ambev – diz o responsável pela filmagem.

Apesar de o locutor falar em “funcionário do estado”, não há informação se o homem trabalha ou ão para o Palácio dos Leões.

As ambulâncias seriam entregues nesta terça-feira, em solenidade presidida por Flávio Dino…

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Livro de Janot é a prova final da perseguição da Lava Jato a Lula…

Ex-procurador-geral da República revela no capítulo 15 de “Nada Menos que Tudo”- com o sugestivo título de “O Objeto do Desejo Chamado Lula” – como a Força Tarefa da operação montou uma caçada para tirar o ex-presidente das eleições de 2018

 

DELTAN DALLAGNOL COM RODRIGO JANOT: conversas tensas de bastidores e obsessão doentia pelo ex-presidente Lula

Se já não havia dúvidas – diante do vazamento das conversas de Deltan Dallagnol e Sérgio Moro, reveladas pelo site The Intercept – de que a Lava Jato foi um golpe para tirar o ex-presidente Lula das eleições de 2018, isso se torna mais evidente ainda com o livro do ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Janot conta no livro, intitulado “Nada Menos que Tudo”,  que a Força Tarefa de Curitiba, capitaneada por ninguém menos que Deltan Dallagnol, tentou forçar a barra com ele para dar consistência as denúncias contra o ex-presidente.

O próprio título do capítulo 15 do livro já deixa clara a intenção dos procuradores: “O objeto do desejo chamado Lula”.

Janot conta que recebeu Dallagnol e outros procuradores da Lava Jato com um pedido de inversão de pauta. À época, Janot estava com quatro denúncias para apresentar ao Supremo: uma contra o PP e outra contra o MDB da Câmara; em seguida uma contra o PT e outra contra o PMDB do Senado.

A parte abaixo Janot narra no livro:

– “Precisamos que você inverta a ordem das denúncias e coloque a do PT primeiro”, disse Dallagnol, logo no início da reunião. Ele já tinha feito uma sondagem sobre essa possibilidade de inversão de pauta numa conversa por telefone com um dos integrantes da minha equipe, e agora reafirmava o pedido pessoalmente. “Não, eu não vou inverter. Vou seguir o meu critério. A que estiver mais evoluída vai na frente. Não tem razão para eu mudar essa ordem. Por que eu deveria fazer isso?” , respondi – conta o ex-procurador.

O livro também revela a reação dos procuradores, segundo o autor:

– “Paludo disse, então, que eu teria que denunciar o PT e Lula logo, porque, se não fosse assim, a denúncia apresentada por eles contra o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro ficaria descoberta. Pela lei, a acusação por lavagem depende de um crime antecedente, no caso, organização criminosa. Ou seja, eu teria que acusar o ex-presidente e outros políticos do PT com foro no Supremo Tribunal Federal em Brasília para dar lastro à denúncia apresentada por eles ao juiz Sergio Moro em Curitiba. Isso era o que daria a base jurídica para o crime de lavagem imputado a Lula. “Sem a sua denúncia, a gente perde o crime por lavagem”, disse o procurador – revelou Rodrigo Janot em seu livro.

A partir daí, todos já conhecem a história, de exposição midiática, acusações sem lastro algum e  condenações sem nenhuma prova, até levarem Lula para a a cadeia.

Se o capítulo do livro de Janot que conta sua tentativa de matar o ministro Gilmar Mendes levou a uma manifestação dura do STF contra ele, de que forma o STF vai agir diante de mais esta revelação da manipulação do processo contra Lula?

Basta aos ministros que leiam o livro para por Lula em liberdade.

É simples assim…

Leia abaixo, a íntegra do capítulo “O Objeto de desejo chamado Lula”, do livro “Nada Menos que udo, de Rodrigo Janot:

No intervalo entre as superlativas delações dos executivos da Odebrecht e da J&F, quando os resultados da Lava Jato já eram evidentes, tivemos um forte embate com a força-tarefa de Curitiba. O choque não foi tão estridente quanto o quiproquó descrito na primeira parte deste livro, quando o impasse quase levou à renúncia coletiva deles e à minha, ou seja, ao presumível fim de uma nascente Lava Jato. Dessa vez não houve ameaças veladas, nem contorções verbais, mas o debate foi tenso. As divergências se deram no curso do processo do triplex, que levou à condenação do ex-presidente Lula e, depois, à exclusão de sua candidatura nas eleições presidenciais de 2018.

Em setembro de 2016, pouco depois de denunciar Lula, a quem classificou de chefe de organização criminosa, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Deltan Dallagnol pediu uma reunião comigo, em Brasília. Vieram ele e outros procuradores da força-tarefa, entre eles Januário Paludo, Roberson Pozzobon, Antônio Carlos Welter e Júlio Carlos Motta Noronha. Quando entraram na minha sala, eu disse para mim mesmo: Lá vem problema . Toda vez que vinham em grupo, e não um ou dois, era indicativo de algo grave. Daquela vez não foi diferente. Dallagnol e os demais colegas tinham vindo cobrar uma inversão da minha pauta de trabalho.

Eles queriam que eu denunciasse imediatamente o ex-presidente Lula por organização criminosa, nem que para isso tivesse que deixar em segundo plano outras denúncias em estágio mais avançado. Naquele momento, eu tinha quatro denúncias para formular: duas contra o PMDB (uma da Câmara, outra do Senado), uma contra o PT e outra contra o PP. Pelo nosso cronograma, faríamos as denúncias na seguinte ordem: primeiro a do PP, depois a do PMDB da Câmara, em seguida a do PT e, por último, a do PMDB do Senado. O critério era muito simples. Faríamos as acusações formais de acordo com o avanço das investigações. Como a do PP e a do PMDB da Câmara estavam mais adiantadas, elas dariam origem às duas primeiras denúncias. As outras duas, contra o PT e contra o PMDB do Senado, viriam depois.

“Precisamos que você inverta a ordem das denúncias e coloque a do PT primeiro”, disse Dallagnol, logo no início da reunião.

Ele já tinha feito uma sondagem sobre essa possibilidade de inversão de pauta numa conversa por telefone com um dos integrantes da minha equipe, e agora reafirmava o pedido pessoalmente.

“Não, eu não vou inverter. Vou seguir o meu critério. A que estiver mais evoluída vai na frente. Não tem razão para eu mudar essa ordem. Por que eu deveria fazer isso?” , respondi.

Paludo disse, então, que eu teria que denunciar o PT e Lula logo, porque, se não fosse assim, a denúncia apresentada por eles contra o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro ficaria descoberta. Pela lei, a acusação por lavagem depende de um crime antecedente, no caso, organização criminosa. Ou seja, eu teria que acusar o ex-presidente e outros políticos do PT com foro no Supremo Tribunal Federal em Brasília para dar lastro à denúncia apresentada por eles ao juiz Sergio Moro em Curitiba. Isso era o que daria a base jurídica para o crime de lavagem imputado a Lula.

“Sem a sua denúncia, a gente perde o crime por lavagem” , disse o procurador.

O problema era delicado. Na fase inicial das investigações sobre Lula e o triplex, eu pedira ao ministro Teori Zavascki o compartilhamento dos documentos obtidos no nosso inquérito sobre organização criminosa relacionada ao PT com a força-tarefa. Eles haviam me pedido para ter acesso ao material e eu prontamente atendera. Na decisão, o ministro deixara bem claro que eles poderiam usar os documentos, mas não poderiam tratar de organização criminosa, porque o caso já era alvo de um inquérito no STF, o qual tinha como relator o próprio Teori Zavascki e cujas investigações eram conduzidas por mim.

Ora, e o que Dallagnol fez? Sem qualquer consulta prévia a mim ou à minha equipe, acusou Lula de lavar dinheiro desviado de uma organização criminosa por ele chefiada. Lula era o “grande general”, o “comandante máximo da organização criminosa”, como o procurador dizia na entrevista coletiva convocada para explicar, diante de um PowerPoint, a denúncia contra o ex-presidente. No PowerPoint, tudo convergia para Lula, que seria chefe de uma organização criminosa formada por deputados, senadores e outros políticos com foro no STF.

“Se você não fizer a denúncia, a gente perde a lavagem”, reforçou Dallagnol, logo depois da fala de Paludo.

“Eu não vou fazer isso!”, repeti.

“Você está querendo interferir no nosso trabalho!”, exclamou Dallagnol, aparentemente irritado.

“Eu não quero interferir no trabalho de vocês. Ao que parece, vocês é que querem interferir no meu. Quando houve o compartilhamento da prova, o ministro Teori excluiu expressamente a possibilidade de vocês investigarem e denunciarem o Lula por crime de organização criminosa, que seguia no Supremo. E vocês fizeram isso. Vocês desobedeceram à ordem do ministro e colocaram como crime precedente organização criminosa. Eu não tenho o que fazer com isso”, eu disse.

Eu estava bastante chateado com as pressões, diretas ou veladas, de Curitiba sobre nosso trabalho e, naquele momento, era hora de botar os pingos nos is. Enquanto falava, eu exibia uma cópia da decisão do ministro, a mesma decisão que já tinha sido encaminhada a eles no compartilhamento de provas.

“Não, Deltan, ele não está querendo interferir no nosso trabalho, como nunca interferiu”, tentou contemporizar Pozzobon.

“Mas, se não for assim, nós vamos perder a denúncia”, insistiu Paludo.

“O problema não é meu. O problema é de vocês. Vocês fizeram isso sem me consultar, sem obedecer à determinação do ministro Teori. E agora sou eu que tenho que resolver o problema de vocês? Não faço isso de forma alguma!”, eu disse.

Sem clima, a reunião foi encerrada, e eles voltaram para Curitiba.

E eu segui com o meu trabalho. Fiz as denúncias conforme os critérios estabelecidos inicialmente, embora a ordem das acusações tenha sofrido uma ligeira alteração. Em 1º de setembro de 2017, denunciamos o quadrilhão do PP. Quatro dias depois, fizemos uma denúncia por organização criminosa contra Lula e outros do PT, ou seja, quase um ano após a denúncia da força-tarefa de Curitiba. Em 8 e 14 de setembro, protocolizamos as denúncias contra o PMDB do Senado e da Câmara. A troca da ordem, uma diferença de poucos dias, se deveu tão somente ao andamento natural das investigações.

Em suma, eu não poderia corrigir uma falha de Curitiba colocando em risco meu trabalho e, mais do que isso, quebrando a máxima de nunca tomar qualquer decisão que não fosse amparada na regra geral, técnica e impessoal.

“Faça a coisa certa!”, costumava dizer Douglas Fischer, o primeiro coordenador do grupo de trabalho da Lava Jato.

“Faça a coisa certa, e tudo que vier depois será certo, mesmo que o resultado não seja do seu agrado. Faça sempre a coisa certa, e tudo estará certo”, eu diria agora. A objetividade do “sarrafo”, ou seja, das regras do jogo, é um poderoso antídoto contra a acusação de seletividade nas investigações.

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Projeto de Othelino garante trabalho de policiais em prefeituras…

Por unanimidade, o plenário aprovou, na sessão desta segunda-feira (30), o Projeto de Lei nº 480/2019, de autoria do presidente da Casa, deputado Othelino Neto (PCdoB), que acrescenta dispositivo à Lei nº 9.663, de 17 de julho de 2012, que dispõe sobre a criação da Gratificação de Complementação de Jornada Operacional para as operações especiais das polícias Civil e Militar, a ser paga aos policiais civis, militares e bombeiros.

Conforme Othelino Neto, com tal alteração, fica permitido que as prefeituras que desejarem possam fazer convênio, como forma de utilizar até um determinado percentual, policiais que estejam em suas horas de folga, para prestarem serviços na segurança nos municípios e, naturalmente, as Prefeituras terão oficialmente a possibilidade de remunerar esses policiais civis, militares e bombeiros.

Em seu bojo, a referida lei, que agora segue para a sanção governamental, recebeu modificação em seu Artigo 7º, passando a ter agora a seguinte redação: “O Poder Executivo poderá firmar convênio com a União e Municípios, com o objetivo de firmar cooperação na área da segurança pública para a execução de atividade operacional, podendo, para tanto, utilizar policiais militares, civis e bombeiros militares em antecipação ou prorrogação da jornada normal de trabalho”.

O presidente da Assembleia ressaltou ainda que o referido projeto partiu de uma sugestão do prefeito de Timon, Luciano Leitoa (PSB), que lhe fez uma explanação sobre a importância e o impacto da matéria. “Ele me disse, inclusive, que será o pioneiro a propor o convênio com a Polícia Militar do Maranhão”, informou o parlamentar.

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Trabalho e carisma alicerçam popularidade de Edivaldo…

Ao contrário do que se especula, prefeito tem calorosa receptividade nos bairros, inclusive com visitas à noite ás comunidades, onde recebe carinho fortalece o contato direto com moradores

 

DE NOITE OU DE DIA EDIVALDO TEM IDO AOS BAIRROS PARA VISTORIAR OBRAS; e moradores e transeuntes fazem questão de posar para selfies com o prefeito

 

Editorial

Prefeito de São Luís já há sete anos, Edivaldo Holanda Junior (PDT) consegue um feito nunca registrado na história política da capital maranhense: o forte carisma pessoal, que suplanta eventuais desgaste administrativo. Nesta reta final de sua gestão o prefeito tem consolidado esta popularidade.

Basta acompanhar a recepção dada a ele nos bairros.

O pedetista tem passado manhã e tarde vistoriando pessoalmente os serviços em execução pela cidade. A agenda tem sido tão intensa que até mesmo à noite o prefeito está presente nos bairros. E em todos os locais por onde tem passado Edivaldo tem sido abordado pela população.

A CADA COMUNIDADE VISITADA, A RECEPTIVIDADE DA POPULAÇÃO É CALOROSA, sobretudo com o prefeito anunciando e lançando obras pela cidade

Sempre disposto e sorridente, ele conversa e acena para todos, atende aos pedidos de selfies entre beijos, abraços, aplausos e declarações de incentivo ao seu trabalho. Quem passa de carro buzina e acena positivamente para o gestor e há também aqueles que param o carro e pedem uma foto, sendo prontamente atendidos.

Mas, independentemente do forte carisma que acompanha Edivaldo, as pessoas estão vivenciando, hoje, benefícios concretos dos avanços que estão ocorrendo em sua gestão. Mesmo em tempos de crise econômica, Edivaldo sabe manejar de forma estratégica os recursos à sua disposição e mantém em dia os salários ao mesmo tempo em que consegue investir em demandas sociais, modernizar e ampliar serviços públicos.

IMAGENS COMO ESTA TÊM SE REPETIDO POR TODA A CIDADE: Cidadã abraça o prefeito em rente a uma das máquinas que leva asfalto para as comunidades

Além da habilidade gerencial, o prefeito demonstra habilidade política.

Por meio de importantes parcerias, por exemplo, ele está promovendo o maior programa de requalificação dos últimos 30 anos no Centro da cidade e implantando programas que garantam a reocupação destes espaços por meios de atividades recreativas, culturais e artísticas.

E isto mexe com o sentimento de pertencimento e autoestima da população.

Mas Edivaldo tem outro capital poderoso: o carisma que se destaca ainda mais quando associado a sua imagem de honestidade – um dos requisitos mais cobrados pela população em político com mandato.

Desta forma, a despeito de quaisquer críticas, Edivaldo se aproxima do último ano de sua gestão com um elevado índice de popularidade.

E mantendo proximidade com os cidadãos…

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Econométrica: a pesquisa que ninguém viu…

Levantamento atribuído ao instituto – e que nunca apareceu em forma de gráficos ou tabelas – aponta números discrepantes daqueles que vinham aparecendo; blog Marco Aurélio D’Eça questionou suposto contratante, Yglésio Moyses, que confirmou a autoria, mas não repassou os dados oficiais

 

DEPUTADO YGLÉSIO É APONTADO POR JORNALISTAS E PARLAMENTARES COMO “DONO” DA PESQUISA ECONOMÉTRICA; aguarda-se relatórios para melhor avaliação dos números

Desde a semana passada, blogs de diversas correntes políticas e orientações ideológicas vêm divulgando números da sucessão em São Luís que atribuem ao Instituto Econométrica.

Desde então, o blog Marco Aurélio D’Eça vem tentando obter os relatórios oficiais desta pesquisa, para – como sempre faz – tratar da análise mais detalhada dos números e apontar perspectivas com base neles.

Mas o que este blog achou foi sempre “alguém que conhece alguém, que conhece alguém, que viu os números em poder de alguém”.

Só nesta segunda-feira, 30, após mais uma rodada de divulgação dos supostos números, este blog chegou ao suposto “dono” da pesquisa, que seria o deputado estadual Yglésio Moyses (PDT), ele próprio um interessado nas eleições de 2020.

Jornalistas em grupos de trocas de mensagens – além de deputados estaduais e pré-candidatos – também confirmaram ser Yglésio o responsável pelas informações – que, a princípio, aponta dados divergentes dos demais levantamentos já divulgados.

Na noite desta segunda-feira, 30, por volta das 20h, o blog Marco Aurélio D’Eça encaminhou a seguinte mensagem ao parlamentar do PDT:

– Verdade que a pesquisa Econométrica é de sua autoria?!?.

– É sim – respondeu ele.

– E Cadê os relatórios, tem como me mandar? – insistiu o jornalista.

Até o fechamento deste post, o deputado não havia encaminhado os documentos.

E os supostos relatórios da Econométrica também não apareceram em lugar algum…