Desde que decretou o “libera geral” das atividades comerciais no estado – gerando uma onda de retorno em massa da população às ruas – governador prefere debater os mandos e desmandos do governo Bolsonaro a discutir formas de frear a ação da coVID-19 no interior

Em meio à pandemia, Flávio Dino prefere discutir nacionalmente as questões do governo Bolsonaro a debater com o maranhenses os riscos da coVID- 19
Há três dias o blog Marco Aurélio D’Eça critica o evidente e crescente desinteresse do governo Flávio Dino (PCdoB) em relação à pandemia de coronavírus no Maranhão. (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui)
E há três dias dias Flávio Dino faz questão de reforçar o que diz este blog, preferindo debater os mandos e desmandos do governo Jair Bolsonaro a discutir ações e reações à escalada da coVID-19 no interior.
De segunda-feira, 5 para cá, as postagens de Dino nas redes sociais são todas relacionadas a Bolsonaro.
Ontem – quando o Maranhão enfrentava novo recorde de mortes e as multidões se concentravam nas ruas – o comunista estava em live da revista IstoÉ debatendo… o governo Bolsonaro.
O governador comunista começou muito bem o enfrentamento da pandemia, o que foi reconhecido publicamente aqui neste espaço jornalístico. (Relembre aqui)
Mas foi só no início.
Desde o equívoco do lockdown judicial – que funcionou como uma espécie de pedágio, fazendo a população se sentir livre, depois, para voltar às ruas – passando pelo equívoco do rodízio até chegar no equívoco da abertura comercial, Dino parece ter cansado de lutar contra o coronavírus.

Em meio ao “libera geral’ do governo, maranhenses foram em massas ás ruas, sob a responsabilidade de denunciar os seus diante do lavar de mãos das autoridades
De segunda-feira, 25, para cá, a população está largada à própria sorte, tendo, ela própria, de cuidar de si, fiscalizar e denunciar terceiros, diante do absoluto lavar de mãos das autoridades estaduais.
Com o contraponto diário a Bolsonaro, Dino ganha cobertura midiática nacional e espaço para apresentar seus posicionamentos.
Mas esquece que esta exposição vai torná-lo apenas igual ao próprio Bolsonaro, que despreza a pandemia e nega os efeitos da coVId-19.
Um Bolsonaro de sinal trocado… (Não entendeu? Entenda aqui)