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Osmar Filho cresce em articulação e deve ser unanimidade na Câmara

Com o gesto fundamental do prefeito eleito Eduardo Braide, presidente da Câmara Municipal consolidou uma base que levou colegas ainda reticentes a confirmar apoio à sua reeleição, o que deve ocorrer em chapa única

 

Osmar Filho mostrou extrema habilidade ao apoiar Braide após resultado do primeiro turno; e o gesto do prefeito garantiu sua reeleição no comando da Câmara

Mais jovem presidente da Câmara Municipal eleito em 2019, o vereador Osmar Filho (PDT) vem demonstrando extremo amadurecimento nestas eleições de 2020.

Aliado incondicional do ex-candidato a prefeito Neto Evangelista (DEM), Osmar seguiu com este no apoio a Eduardo Braide (Podemos), numa articulação que consolidou a aliança pela governabilidade em São Luís.

O primeiro gesto desta articulação foi a declaração de apoio de todos os vereadores da base do prefeito eleito à reeleição do presidente pedetista.

O gesto levou praticamente toda a Câmara – eleitos e reeleitos – a dar apoio à reeleição de Osmar Filho.

Foi talvez o mais rápido xeque-mate eleitoral da história do parlamento municipal.

Consolidado, com a imagem fortalecida entre os pares, Osmar caminha agora para um segundo mandato à frente do legislativo municipal.

Credenciado, naturalmente, a voos mais altos…

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João Lisboa: Ação contra Vilson Soares aguarda decisão de juiz eleitoral

Se comprovadas as denúncias de compra de votos nas ações em juízo, prefeito eleito deverá ser cassado por conduta ilícita

 

Vilson Sores (e) e seu padrinho político, o atual prefeito Jairo Madeira

A eleição municipal em João Lisboa-MA, ocorrida no último dia 15 de novembro está judicializada e o prefeito anunciado como eleito Vilson Soares Ferreira Lima (PDT), da Coligação “João Lisboa não pode parar”, poderá nem ser diplomado, caso a Justiça Eleitoral, presidida pelo Juiz Glender Malheiros venha a acatar as 06 ações de Investigação Judicial Eleitoral por Abuso de Poder Econômico e Captação ilícita de votos, e mais uma representação do Ministério Público Eleitoral.

Como se não bastassem essas ações, segundo os impetrantes, robustecidas de provas, até mesmo com flagrante delito, como é o caso de uma delas, feita pela própria polícia na noite que antecedeu ao pleito, e a todo momento surgindo mais denúncias de compra de votos, como a que foi feita pelo Sr. Manoel dos Santos Silva, na Delegacia de Polícia local.

Segundo a Ocorrência Policial 243228/2020 de 26/11/2020, o Sr. Manoel dos Santos Silva, o “Manula”, comunicou que no dia 05/09/, por volta das 13:30, vendeu seu voto e consequente apoio por R$2.000,00 (dois mil reais) para o então candidato a prefeito Vilson Soares e que recebeu a referida quantia em espécie na casa do próprio Vilson. Que resolveu procurar a polícia depois que ouviu falar de várias denúncias, ficando com “dor de consciência”, duas testemunhas que teriam conhecimento do fato. Assim como as demais que já foram investigadas, a referida denuncia está sendo investigada, e em seguida enviada para a Justiça, onde resultará em mais um processo contra a coligação de Vilson Soares.

Conforme o Art. 41A, da Lei 9504/97, ressalvando o disposto no artigo 26 e seus incisos, constitui captação de sufrágio, vedada por esta Lei, o candidato doar, oferecer, prometer ou entregar ao eleitor com o fim de obter o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, sob pena de multa e cassação de registro ou diploma. O que, se comprovadas essas denúncias nas ações ingressadas em juízo, levarão à cassação do mandato do prefeito eleito Vilson Soares, por conduta ilícita, pois à caracterização basta a evidência do dolo.

Juiz eleitoral Glender Malheiros

Procurados pelo blog, denunciantes e denunciados não quiserem se manifestar. Já o empresário Raimundo Cabeludo, ex-candidato a prefeito pelo MDB, que também pediu a cassação do registro e diplomação de Vilson Soares, afirmou ontem em entrevista ao programa Rádio Alternativo do radialista Arimatéia Júnior (Nativa FM), que caso seja preciso irá até as últimas instancias jurídicas.

“Não vamos desistir, pois a legislação é clara. É vedada a compra de votos e para nós está claro que houve esse tipo de ilícito eleitoral, no que aguardamos que a Justiça se pronuncie, pois não vamos ficar calados, vamos sempre em busca de nossos direitos, como cidadão e ex-candidato a prefeito de João Lisboa, independentemente da quantidade de votos que obtivemos”, disse Cabeludo.

Veja abaixo a lista das ações, todas conclusas, ou seja aguardando a decisão do juiz Glender Malheiros:

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORALAIJE 0600547-28.2020.6.10.0058 – Abuso – De Poder Econômico COMISSAO PROVISORIA MUNICIPAL DO PARTIDO TRABALHISTA BRASILEIRO – PTB X JOSE AUGUSTO DUARTE OLIVEIRA e outros (2);

REPRESENTAÇÃO Rp 0600564-64.2020.6.10.0058 – Propaganda Política – Propaganda Eleitoral – Banner/Cartaz/Faixa#-058ª – Ministério Público Eleitoral X JOÃO LISBOA NÃO PODE PARAR 10-REPUBLICANOS / 11-PP / 12-PDT / 14-PTB / 25-DEM / 40-PSB / 45-PSDB / 77-SOLIDARIEDADE / 13-PT / 51-PATRIOTA / 55-PSD / 65-PC do B e outros (1);

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL AIJE 0600565-49.2020.6.10.0058 – Abuso – De Poder Econômico DIRETORIO MUNICIPAL DO PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO – PMDB e outros (1) X VILSON SOARES FERREIRA LIMA e outros (2);

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL AIJE 0600566-34.2020.6.10.0058 – Inelegibilidade – Representação ou Ação de Investigação Judicial Eleitoral Jugada Procedente pela Justiça Eleitoral Coligação forte é o povo X ELEICAO 2020 EVA MAGNA MENEZES RODRIGUES SILVA VEREADOR e outros (3);

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL AIJE 0600567-19.2020.6.10.0058 – Abuso – De Poder Econômico DIRETORIO MUNICIPAL DO PARTIDO DO MOVIMENTO DEMOCRATICO BRASILEIRO – PMDB e outros (1) X VILSON SOARES FERREIRA LIMA e outros (2);

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL AIJE 0600570-71.2020.6.10.0058 – Abuso – De Poder Econômico Coligação forte é o povo X ELEICAO 2020 VALDILENE MILHOMEM MOTA BATISTA VEREADORA;

AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL AIJE 0600571-56.2020.6.10.0058 – Inelegibilidade – Abuso do Poder Econômico ou Político FORTE É O POVO 43-PV / 14-PTB X VILSON SOARES FERREIRA LIMA e outros (1);

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Márcio Jerry: a hora do bombeiro comunista…

Deputado federal e mais próximo aliado do governador Flavio Dino sabe que o racha na base só antecipa o final do governo; mas precisará atuar forte para amainar o fogo ardente da vingança pulsando no vice Carlos Brandão e no deputado Josimar de Maranhãozinho

 

Márcio Jerry vê à distância a movimentação de Carlos Brandão na tentativas de antecipar o debate de 2022; mas entende que isso antecipa também o fim do governo Flávio Dino

Principal articulador político do governador Flávio Dino (PCdoB), o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) anda assustado com a volúpia do vice-governador Carlos Brandão e do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) em antecipar o debate sobre a sucessão de 2022.

Jerry entende que uma nova crise política na base governista – sobretudo após derrota para Eduardo Braide (Podemos) nas eleições de São Luís, forçará inevitavelmente o fim do governo comunista e a consequente diminuição da imagem de Flávio Dino.

Mesmo sem conseguir um nome para a disputa na Federação dos Municípios (Famem), Brandão e Josimar ligam quase que diariamente para prefeitos tentando criar uma base contra o atual presidente, Erlânio Xavier (PDT).

Botaram na cabeça que a reeleição de Erlânio significa, automaticamente, a força do senador Weverton Rocha como sucessor de Flávio Dino.

Essa guerrinha se dá exatamente pela ausência de Jerry do governo.

Em seus áureos tempos de bi-secretário de Comunicação Social e Articulação Política, o comunista trabalhava por uma base gigantesca, heterogênea e extremamente unificada em torno do projeto dinista.

Hoje, essas pastas estão sob a tutela de Rodrigo Lago.

O atual secretário não tem o cacife político para articular – até pela postura de servilidade a Dino – e por vezes até se transforma, também, em incendiário da base.

Também não tem a força necessária para peitar os interesses de Brandão e do chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares (PSB), que jogam juntos no projeto de 2022.

O blog Marco Aurélio D’Eça é testemunho das tentativas frustradas de Jerry pela conciliação da base em torno de um candidato ainda no primeiro turno.

Sua missão agora é outra.

Cabe ao aliado mais próximo de Flávio Dino impedi-lo de sucumbir à guerra patrocinada na base do seu governo, o que pode ser resolvido já na reforma administrativa do início do ano.

Mas esta é uma outra história…

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Esquema que atraiu PF para Ribamar pode envolver deputado federal

Pastor Gyldenemir chegou a negociar com o prefeito Eudes Sampaio recursos de emendas da área da Saúde, indicando o agiota Pacovan como intermediário, num esquema que vem se arrastando há anos na Câmara Federal e envolve parlamentares de vários partidos no estado

Gyldenemir é um dos canais de Josimar de Maranhãozinho na movimentação de emendas parlamentares; ele chegou a Ribamar, onde o agiota Pacovan foi preso por extorsão

No início de 2020, o deputado federal Pastor Gyldenemir (PMN) teve um encontro a sós com o prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio (PTB).

Os dois, que não tinham qualquer tipo de relação, trataram sobre liberação de emendas na área da Saúde para a prefeitura de Ribamar. Mas Gyldemenir fez uma exigência: era preciso tratar a movimentação dos recursos diretamente com o agiota o Josival Cavalcante, o Pacovan.

Estaria aí o fio da meada da operação que levou Pacovan para a cadeia, nesta quinta-feira, 3, sob acusação de chantagem e extorsão a prefeitos, incluindo Eudes Sampaio.

O blog Marco Aurélio D’Eça já tratou do esquema de compra e venda de emendas parlamentares em diversos posts ao longo de 2020; mostrou, por exemplo, como recursos das emendas para combate à coVID-19 estavam sendo desviadas em vários municípios.

E o caso não vem de hoje, como revela post publicado neste blog em julho de 2011, sob o título “Suposta agiotagem de emendas desperta interesse da mídia nacional…”

Gyldenemir é hoje a parte mais frágil desse esquema, que envole outros deputados federais, a maior parte ligada aos partidos PL, Patriotas e Avante, todos controlados pelo controvertido Josimar de Maranhãozinho – ele próprio um dos conhecidos negociadores dessas emendas.

Josimar foi destacado em reportagem de O Estado de S. Paulo como o “Papão de emendas”.

O caso envolvendo Eudes Sampaio pode ser só o primeiro de uma série de ações da PF para coibir a prática de compra e venda de recursos públicos envolvendo agiotas como Pacovan.

Outros parlamentares, inclusive, procuraram o mesmo Eudes Sampaio para tratar do assunto…

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Braide adota o estilo Braide na montagem do governo…

Discreto, reservado e independente, prefeito eleito tem controle absoluto sobre cada aspecto da gestão que vai conduzir a partir de janeiro e trabalha na escolha dos auxiliares de forma absolutamente pessoal

 

Apenas à mulher, Graziela, Eduardo deve confiar as informações mais importantes do seu futuro governo; discreto, o casal mantém a rotina no pós-eleição

Em outros tempos da política maranhense, a essas alturas, a imprensa já havia apresentado uma infinidade de nomes do futuro governo Eduardo Braide (Podemos); e as especulações estavam correndo soltas nos meios políticos.

Até mesmo este aspecto da pós-eleição mostra o quanto Eduardo Braide é diferenciado em relação aos políticos tradicionais.

O prefeito eleito monta seu gabinete, organiza sua equipe de transição e seu corpo de auxiliares sem que absolutamente nada vaze ou gere especulações na mídia.

É o jeito Eduardo Braide de ser.

O ainda deputado federal consegue analisar nomes, discutir currículos e ouvir sugestões sem que nenhuma informação fuja ao seu controle. Discreto, reservado e independente, Eduardo Braide terá uma equipe com a sua cara, em todos o setores da administração.

É óbvio que o prefeito eleito vai ouvir sugestões e indicações de partidos aliados e de lideranças que estiveram com ele na campanha; mas será sua a palavra final quanto ao secretário de qualquer pasta.

E o fato de, até agora, nem mesmo uma especulação tenha surgido quanto aos nomes de sua gestão, mostra o quanto ele tem e preza pelo controle daquilo que tem e que almeja.

E assim deve ser a sua gestão em São Luís…

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Flávio Dino e Eduardo Braide podem ser decisivos em eleição da Famem

Insistência da dupla Carlos Brandão e Josimar de Maranhãozinho em trazer para a escolha do comando da entidade o debate sobre a sucessão de 2022 pode levar a um novo enfrentamento entre o governador e o prefeito eleito; e a disputa promete ser tensa

 

Derrotados na eleição municipal, Josimar e Brandão parecem querer vingança em nome de 2022; e forçam a barra para que Flávio Dino entre no jogo deles

O governador Flávio Dino (PCdoB) pode se envolver em um novo embate com o prefeito eleito Eduardo Braide (Podemos) após ter sido derrotado por este nas eleições de São Luís.

Dino vem sendo pressionado pelo vice-governador Carlos Brandão (Republicanos) e pelo deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) a entrar na briga pelo comando da Federação dos Municípios (Famem).

Obcecados pela antecipação do debate pela sucessão de 2022, os dois acham que é preciso derrotar o atual presidente da Federação dos Municípios, Erlânio Xavier (PDT), como forma de enfraquecer o senador Weverton Rocha (PDT).

Levando em consideração as alianças para eleição de São Luís, Erlânio teria hoje algo em torno de 74 votos, dos prefeitos filiados ao PDT, DEM, PTB, MDB, e pode conseguir também o PSL.

Um candidato apoiado por Brandão e Josimar teria de saída votos do PL, do Republicanos, do Patriota e do Avante.

Neste caso, a dupla dinâmica da base do governo iria precisar do apoio de Flávio Dino, com seus prefeitos ligados diretamente aos partidos mais próximos ao Palácio dos Leões: PCdoB, PSB, Solidariedade, Cidadania, PROS e PT.

Nesta conta, o PP não entra fechado por que, embora sejam filiados à legenda, estes prefeitos seguem orientações diversas, o que leva a um espalhamento das preferências.

Erlânio iria precisar, portanto, dos votos de partidos ligados ao prefeito Eduardo Braide: PSC, PSD, PSDB, PMN e Podemos.

Como se vê, Josimar e Brandão querem nova disputa entre Flávio Dino e Braide; se o comunista vencer, anulará a derrota pela prefeitura.

Se perder, acentuará seu desmanche de fim de mandato…

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Destino de Duarte Júnior pode gerar novos traumas na base dinista

Derrotado nas eleições de São Luís e sem ambiente na Assembleia Legislativa, deputado estadual deve ser anunciado secretário do governador Flávio Dino a partir de janeiro, o que pode causar nova tensão entre os aliados

 

Duarte Júnior sabe que não tem clima entre seus pares na Assembleia Legislativas, mas ir para alguns setores do governo pode arrumar novo clima de conflito

O recesso parlamentar na Assembleia Legislativa, previsto para a segunda quinzena de dezembro, será uma espécie de freio de arrumação para o deputado estadual Duarte Júnior (Republicanos); de férias, ele ganhará tempo para preparar, sem trauma, a sua saída do Parlamento em direção ao Governo Flávio Dino (PCdoB).

Derrotado nas eleições de São Luís, Duarte não tem ambiente com seus pares na Assembleia Legislativa.

Mas o destino pretendido por ele e Dino – a de Secretaria de Desenvolvimento Social seria um deles, segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça – pode ser mais uma dor de cabeça para o governador comunista.

A Sedes é comandada pelo também deputado estadual Márcio Honaiser (PDT), indicação direta do senador Weverton Rocha (PDT).

A exoneração de Honaiser fatalmente será vista como retaliação de Dino à postura do PDT nas eleições de São Luís; sobretudo se for para levar o próprio Duarte para lá.

Esse clima de tensão sobre o futuro do deputado durará até fevereiro, quando a Assembleia retoma seus trabalhos e Flávio Dino terá que resolver a vida do afilhado político.

Se o mantiver na Assembleia, terá que enfrentar a reação hostil dos deputados da base, com possibilidade, até, de um processo de cassação.

Se, por outro lado, decidir dar a ele a Secretaria de Desenvolvimento Social – excelente espaço para jovem e ativo político – arrumará nova encrenca com aliados.

Mas se correr o bicho pega; se ficar…

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As perdas de Flávio Dino em 2020…

Governador não apenas saiu derrotado das eleições municipais como perdeu, a um só tempo, o controle de espaços de poder fundamentais para a manutenção do seu projeto político; e pode diminuir importância à medida que se aproximar as eleições de 2022

 

Dino diminuiu consideravelmente de tamanho dentro do próprio grupo político; e pode ficar cada vez menor à medida que se aproxima o processo eleitoral de 2022

O aspecto mais robusto da derrota do governador Flávio Dino (PCdoB) nas eleições municipais foi a vitória do deputado federal Eduardo Braide (PCdoB) em São Luís.

Mas o comunista não perdeu o controle apenas da capital maranhense; ele foi derrotado nos principais colégios eleitorais do Maranhão, a exemplo de Imperatriz, Barra do Corda, Codó e vários outros.

Além disso, o processo eleitoral municipal fez Dino perceber que já não tem o controle da bancada no Senado, perdeu o controle da presidência da Assembleia Legislativa e agora terá que negociar no varejo com a bancada federal, cuja base diminuiu consideravelmente, embora, tecnicamente, muitos ainda se declarem “aliados”.

A derrota pode aumentar ainda mais, se o governador se deixar levar pelos arroubos ressentidos de aliados mais próximos, sobretudo o vice Carlos Brandão (Republicanos) – que tenta a todo modo antecipar o controle da sucessão de 2022 – e o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, outro a sonhar com a sucessão de Dino.

Inicialmente revoltado com a diminuição do volume de sua autoridade política, o governador parece ter retomado a razão, e se afastou de questões como a sucessão na Câmara Municipal e na Federação dos Municípios.

Mas os ressentidos insistem em botá-lo na linha de frente de uma reação aos próprios aliados.

O recado das urnas está dado a ele: não se deixe insuflar pelos recalques de Brandão e pela ambição de Josimar.

Mas Flávio Dino é maior e vacinado.

E deve saber o que faz…

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Haroldo Sabóia aponta Flávio Dino candidato a federal

Ex-deputado federal analisa que o resultado das eleições municipais fortaleceu o projeto do senador Weverton Rocha, mas garantiu certa ampliação do vice-governador Carlos Brandão, “que imagina poder enfrentar Weverton sentado na cadeira dos Leões com a caneta dos convênios na mão”

 

Haroldo Sabóia acha que Flávio Dino vai deixar “triste legado” no Maranhão

O ex-deputado federal Haroldo Sabóia ampliou os efeitos da derrota do governador Flávio Dino (PCdoB) para além de 2020; Para Sabóia, a vitória de Eduardo Braide (Poddemos) pode levar o comunista a repensar sua candidatura ao Senado e optar por uma vaga de deputado federal.

– A disputa pelo governo do Estado em 2022, entre o Senador Weverton Rocha (PDT) e o vice governador Carlos Brandão (Republicanos), além de provocar uma grave fissura na base de apoio do governador Flávio Dino pode levá-lo a abandonar sua candidatura ao Senado para concorrer à Câmara Federal – avaliou o ex-deputado, em artigo no Facebook intitulado “Flávio Dino candidato a deputado federal em 2022?”.

Na avaliação de Haroldo Sabóia, a vitória de Eduardo Braide fortaleceu o projeto de Weverton Rocha, sobretudo pela importância do apoio de Neto Evangelista (DEM), lançado pelo senador pedetista.

Mas Sabóia não descarta o peso de Carlos Brandão, que, na avaliação do ex-deputado, ampliou sua base, sobretudo com o apoio do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e da senadora Eliziane Gama (Cidadania).

– Sentado na cadeira dos Leões e com a caneta dos convênios em mãos – [Brandão] imagina reunir forças suficientes para enfrentar o senador Weverton Rocha – avaliou.

Apontando outros grupos com interesse na disputa de governo em 2022, Haroldo Saboia cita o MDB de João Alberto e Roseana Sarney, o PSDB, do senador Roberto Rocha – que ele vê cada vez mais diminuto no estado – e os partidos mais à esquerda, como PSOL e PCB.

Outro imbróglio, segundo o ex-deputado,  será a disputa pela única vaga de senador – esta, na avaliação do ex-parlamentar sem a presença de Flávio Dino.

– Por exemplo, na coligação em torno do senador Werverton (PDT), a legenda de apoio mais forte é o DEM, dirigido por Juscelino Filho. Já o partido mais forte na base de sustentação do futuro governador e candidato a reeleição, o atual vice Carlos Brandão, não é nem o PCdoB, de Flavio Dino, nem o CIDADANIA, da senadora Eliziane Gama, e sim o PL do deputado federal Josimar do Maranhãozinho – aponta Haroldo.

E é por causa destes aspectos, que Sabóia afirma a candidatura de Flávio Dino a deputado federal, não a senador.

– Candidato a deputado federal, Dino poderá ter uma imensa votação que viabilize a reeleição dos atuais deputados do PCdoB, Marcio Jerry e Rubem Jr., além de eleger os seus secretários mais próximos, já anunciados candidatos, Carlos Lula, Clayton Noleto e Jeferson Portela – aponta.

Mas o ex-deputado não vê esta articulação de Dino de forma virtuosa, mas com certa crítica ao legado que o comunista pode deixar ao Maranhão.

– Triste legado, após oito anos de mandato, de um governo que se anunciou capaz de iniciar nova era de desenvolvimento econômico e de superar as terríveis desigualdades sociais no pobre Estado do Maranhão – concluiu Haroldo Sabóia.

Veja abaixo a íntegra do comentário:

DINO CANDIDATO A DEPUTADO FEDERAL EM 2022?
(notas sobre o triste quadro político-eleitoral da triste e antiga Província do Maranhão)

A disputa pelo governo do Estado em 2022, entre o Senador Weverton Rocha (PDT) e o vice governador Carlos Brandão (Republicanos), além de provocar uma grave fissura na base de apoio do governador Flávio Dino pode levá-lo a abandonar sua candidatura ao Senado para concorrer à Câmara Federal.

Embora derrotado no primeiro turno nas eleições de São Luís, Weverton sai fortalecido com a vitória de Eduardo Braide (PODEMOS). Todos reconhecem que o apoio de Neto Evangelista (DEM), candidato lançado pelo pedetista, foi decisivo para o resultado do pleito.

Carlos Brandão, por sua vez, apesar da derrota de Duarte, (filiado ao REPUBLICANOS do vice governador) conseguiu ampliar a base de sustentação de sua candidatura ao governo. Com o apoio do PL do deputado Josimar do Maranhãozinho, do CIDADANIA, de Eliziane Gama e do PCdoB de Flavio Dino, Carlos Brandão – sentado na cadeira dos Leões e com a caneta dos convênios em mãos – imagina reunir forças suficientes para enfrentar o senador Weverton Rocha.

É absolutamente improvável, todavia, que o cenário de 2022 fique restrito a essas duas candidaturas.
Duas outras legendas deverão ter candidatos majoritários no primeiro turno: o MDB (de João Alberto, Roseana Sarney, Hildo Rocha e João Marcelo) e o cada vez mais diminuto PSDB (do senador Roberto Rocha).

Bem à esquerda, teremos um nome apoiado pelo PSOL, pelo PCB e pela UP – organizações bem pequenas no Maranhão, mas fortalecidas nacionalmente pelo excelente desempenho de Guilherme Boulos nas eleições paulistanas.

Não podemos esquecer legendas com efetiva presença eleitoral no Estado, detentoras de mandatos na Assembleia e na Câmara Federal, que não deverão lançar candidatos majoritários. À direita, o PTB (Pedro Fernandes), o PP (André Fufuca), o PSC (Aluísio Mendes) PATRIOTA (Marreca Jr) e PSD (Edilázio Jr.). Ao centro-esquerda, também ausentes das disputas majoritárias, o PT (José Carlos da Caixa) e o PSB (Bira do Pindaré).

Essa plêiade, esse punhado de legendas, da direita ao centro esquerda, estarão em busca de acordos com os partidos que se colocarem na disputa para os Leões: PDT (com Weverton), REPUBLICANOS (com Brandão), MDB (com Roseana???) e PSDB (com Roberto Rocha ???).

Composições que – a exemplo daquelas feitas nas eleições municipais de São Luís – não obedecerão a quaisquer critérios políticos ou ideológicos. Nelas, bolsonaristas, sarneysistas, dinistas e outros quejandos, estarão entrelaçados, atados ou desatados sem qualquer pudor, ao sabor das circunstâncias.

Assim, serão alianças feitas com base no mais abjeto pragmatismo, no vale tudo da disputa pelo poder sem qualquer compromisso com os clamores populares por mudanças sociais. Serão balizadas pela corrida em busca de mandatos (federais e estaduais) pelos “donos” das legendas e “gestores” de fundos eleitorais milionários, em um quadro em que as conquistas de mandatos se tornam mais difíceis devido à proibição de coligações partidárias.

Em meio a tamanho imbróglio, outro elemento perturbador será a luta, nas diferentes coligações, pela outra candidatura majoritária : a disputa para única vaga ao Senado. Por exemplo, na coligação em torno do senador Weverton (PDT), a legenda de apoio mais forte é o DEM, dirigido por Juscelino Filho. Já o partido mais forte na base de sustentação do futuro governador e candidato a reeleição, o atual vice Carlos Brandão, não é nem o PCdoB, de Flavio Dino, nem o CIDADANIA, da senadora Eliziane Gama, e sim o PL do deputado federal Josimar do Maranhãozinho.

Nesse cenário, para assegurar a vitória de Carlos Brandão, seu vice e fiel escudeiro, além de contribuir para que o seu PCdoB possa superar a cláusula de barreira (feito que não conseguiu lograr em 2018) é bem provável que o governador Flávio Dino dispute uma vaga de deputado federal e apoie, em 2022, para Senador, o atual deputado do PL, Josimar do Maranhãozinho.

Candidato a deputado federal, Dino poderá ter uma imensa votação que viabilize a reeleição dos atuais deputados do PCdoB, Marcio Jerry e Rubem Jr., além de eleger os seus secretários mais próximos, já anunciados candidatos, Carlos Lula, Clayton Noleto e Jeferson Portela

Triste legado, após oito anos de mandato, de um governo que se anunciou capaz de iniciar nova era de desenvolvimento econômico e de superar as terríveis desigualdades sociais no pobre Estado do Maranhão.

Haroldo Sabóia

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“Flávio Dino levou ‘taca’ nas eleições no Maranhão”, diz Edilázio

O deputado federal Edilázio Júnior (PSD) avaliou hoje, em pronunciamento na Câmara Federal, como vexatório o desempenho do governador Flávio Dino (PCdoB) – enquanto líder de um grupo político -, nas eleições municipais do Maranhão.

O parlamentar lembrou que em 4 dos 5 maiores colégios eleitorais do estado – aí incluída a capital, São Luís, o governador não obteve êxito com os seus candidatos a prefeito. Para Edilázio, Dino saiu menor destas eleições.

“Venho aqui destacar as derrotas do Partido Comunista do Brasil no estado do Maranhão. O governador Flávio Dino saiu pequeno das eleições deste mês de novembro. Flávio Dino perdeu em quatro das cinco maiores colégios eleitorais do nosso estado”, disse.

E completou: “Ele perdeu em São Luís. No primeiro turno o candidato dele [Rubens Júnior], teve míseros 10% dos votos. No segundo turno o governador apareceu na televisão mais do que o próprio candidato [Duarte Júnior] e coagiu funcionários e secretários para que trabalhassem pelo candidato, rachou o grupo dele e ainda assim entrou na taca onde a ‘Ilha Rebelde’ mostrou mais uma vez que não aceita cabresto”.

Edilázio lembrou que além de São Luís, Dino perdeu a eleicao em Imperatriz, em Caxias e em São José de Ribamar. “E a única cidade dos 5 maiores polos em que ele se saiu vitorioso foi no município de Timon, onde ele obteve apenas 40% dos votos. Ou seja, 60% dos munícipes de Timon também disse não à gestão comunista e aos aliados do governo comunista”, completou.

Edilázio ainda enfatizou, antes de concluir o seu pronunciamento, que Dino acumulou outras duas derrotas significativas no Maranhão: Lago da Pedra, que tem como prefeita eleita Maura Jorge e São Pedro dos Crentes, onde o prefeito reeleito Lahesio Bonfim obteve mais de 90% dos votos válidos, com a maior votação proporcional do Maranhão. Os dois combatem o comunismo no Maranhão de forma expressiva.

Ele também enfatizou que em 2016 o PCdoB encerrou o pleito com 45 prefeitos eleitos. Em 2020 esse número baixou para 22, a maioria em municípios pequenos.

“Em 2020 o Maranhão já mostrou que não quer mais esse tipo de governo, que coage, que persegue que usa a polícia de forma opressiva. O governador sai pequeno, se vende como um grande líder nacional, mas lá no seu quintal pegou taca de cabo a rabo no estado do Maranhão”, finalizou.