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Josmar de Maranhãozinho quer controlar bancada maranhense…

Deputado federal é o principal articulador da candidatura do colega a coordenador da bancada, e tem o apoio de membros da oposição e até aliados do próprio governo Flávio Dino; posicionamento de aliados de Carlos Brandão pode ser decisivo

 

Parte da bancada maranhense, que agora se divide entre os deputados Andre Fufuca e Júnior Lourenço

A disputa pela coordenação da bancada está dividindo senadores e deputados federais maranhenses em Brasília.

Concorrem ao posto os deputados federais Júnior Lourenço (PL) – que tem apoio aberto do controvertido Josimar de Maranhãozinho (PL) e conta com apoio da oposição – e André Fufuca (PP), o candidato mais próximo ao Palácio dos Leões.

O deputado Gil Cutrim (ainda no PDT) também tentou se viabilizar, mais uma vez, mas não alcançou apoios suficientes para continuar na briga.

Articulado por Maranhãozinho, Lourenço já teria recebido garantia de apoio do senador Roberto Rocha (PSDB) e dos deputados federais Eduardo Braide (Podemos); Aluisio Mendes (PSC), Pastor Gildenemyr (PL), Edilázio Júnior (PSD), Marreca Filho (Patriotas), Hildo Rocha e João Marcelo (ambos do MDB).

Fufuca, por sua vez, recebe apoio dos senadores Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (Cidadania), além dos deputados federais Pedro Lucas Fernandes (PTB), Bira do Pindaré (PSB), Gastão Vieira (Pros), Márcio Jerry (PCdoB), Zé Carlos (PT) e do atual coordenador da bancada, Juscelino Filho (DEM).

Com a ligeira vantagem em favor de Lourenço, os aliados de Fufuca tentam convencer Gil Cutrim a  apoiá-lo.

E vão buscar o voto  de Dr Gonçalo (Republicanos) ligado ao vice-governador Carlos Brandão.

O posicionamento deste parlamentar, portanto, será também um indicativo do caminho que o vice pretende percorrer até 2022…

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São Luís terá primeira batalha Brandão X Weverton

Pré-candidatos à sucessão de Flávio Dino vão se enfrentar por intermédio dos seus escolhidos a prefeito. E quem chegar ao segundo turno largará na frente rumo a 2022; Entre eles, a senadora Eliziane Gama, melhor posicionada nas pesquisas, mas ainda distante do debate em São Luís

 

A movimentação certa de Weverton, Brandao e Eliziane em 2020 definirá o futuro de cada um na sucessão de Flávio Dino, em 2022

O movimento do vice-governador Carlos Brandão (PRB) – de fortalecimento do seu partido na Assembleia – foi o gesto mais evidente da guerra surda que vem sendo travada nos bastidores entre ele e o senador Weverton Rocha (PDT), com vistas à sucessão do governador Flávio Dino (PCdoB), em 2022.

Como em um jogo de xadrez, Brandão e Weverton vão se enfrentar primeiramente por meio de suas peças definidas para as eleições municipais de São Luís.

De um lado, o deputado estadual Neto Evangelista (DEM), com o apoio de Weverton e seu grupo.

Do outro, o também deputado Duarte Júnior (PRB) e a força de Brandão e sua base.

O objetivo inicial desta batalha é passar para o segundo turno contra Eduardo Braide (Podemos); no segundo momento, vencer o favorito na sucessão de Edivaldo Júnior (PDT).

A simples chegada ao segundo turno, tanto de Evangelista quanto de Duarte, significará, para Weverton ou Brandão, uma vitória sobre o concorrente de 2022.

E se um dos seus candidatos vencer Braide, 2022 escancara as portas.

Talvez por isso, a disputa eleitoral na base de Flávio Dino tornou-se uma violenta guerra entre os chamados “menudos do Palácio”, que pode se transformar em um racha sem precedentes entre os aliados do governador. 

E é aí que entra a senadora Eliziane Gama (Cidadania).

Melhor colocada nas pesquisas em relação a Brandão e a Weverton, a senadora do Cidadania ainda não se posicionou em relação a 2020.

E, estranhamente, segue apática no debate de São Luís, sua principal base eleitoral.

De acordo com a movimentação do Cidadania, Eliziane Gama tem como opções o secretário Rubens Júnior (PCdoB) e o juiz aposentado Carlos Madeira (Solidariedade).

Vestindo, de fato, a camisa do candidato – e se envolvendo diretamente na campanha na capital –  Eliziane dará um salto rumo a 22 se o seu escolhido alcançar o segundo turno, deixando para trás os candidatos dos seus “adversários” internos.

Mas ela pode permanecer distante, apenas observando a batalha campal entre Weverton Rocha e Carlos Brandão.

E seguir como coadjuvante rumo à sucessão de Flávio Dino.

Esta é uma escolha que ninguém pode fazer por ela…

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Carlos Brandão parte pra cima…

Dois anos antes de assumir o mandato de governador – o que deve ocorrer com a desincompatibilização do titular Flávio Dino – vice-governador constrói a maior bancada da Assembleia Legislativa, numa mostra de como deve agir em 2022

 

Brandão com sua bancada; presença na Assembleia Legislativa e força nas eleições de São Luís

Cotado para assumir a vaga de governador em abril de 2022 – caso o titular Flávio Dino (PCdoB) deixe o cargo para concorrer a senador ou presidente – o vice-governador Carlos Brandão (PRB) já começou a montar sua bancada na Assembleia Legislativa.

Seu partido, que tem o comando regional nas mãos do deputado federal Cléber Verde, tem hoje na Assembleia os deputados Zé Gentil, Ariston, Duarte Júnior, Daniela Tema, Felipe dos Pneus e Fábio Macedo.

Daniela Tema e Fábio Macedo estavam, respectivamente, no DEM e no PDT, dois dos partidos que compõem,. hoje, a base de apoio do senador Weverton Rocha (PDT), provável adversário de Brandão nas eleições estaduais.

Mas a bancada do vice-governador pode crescer ainda mais, atraindo parlamentares do governo e da oposição.

A expectativa é que, até o ano das eleições, ele chegue com uma bancada de 14 deputados, ou 1/3 dos assentos em plenário.

É um poder de fogo de alta performance…

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Carlos Brandão articula forte bancada na Assembleia…

Além do ex-pedetista Fábio Macedo – que confirmou o convite, embora não tenha decidido ainda – Republicanos deve reunir tanto parlamentares da base do governo Flávio Dino quanto membros da chamada oposição

 

Brandão navega bem entre deputados estaduais na Assembleia Legislativa; e prepara construção de bancada própria

A saída do deputado estadual Fábio Macedo do PDT pode ter sido a senha de uma forte movimentação parlamentar na Assembleia Legislativa ao longo de 2020.

E o caminho é mesmo o Republicanos (ex-PRB), partido do vice-governador Carlos Brandão.

Especula-se na Casa que Brandão tenha, hoje, algo em torno de 10 deputados simpáticos aos eu projeto de poder, incluindo tanto deputados da base do governo Flávio Dino (PCdoB) quanto os que fazem oposição ao governo.

Alguns desses parlamentares deve entrar no Republicanos já em 2020; outros, esperam o fim das eleições municipais.

Sucessor natural de Flávio Dino, Brandão deve assumir o governo em abril de 2022, criando as condições para concorrer à reeleição.

E este é um trunfo que atrai aliados e desgarrados…

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PDT deve perder famílias Macedo e Cutrim…

Apesar do discurso de que mantêm relação de aliança com o senador Weverton Rocha, saída do deputado estadual Fábio Macedo e perspectiva de saída do deputado federal Gil Cutrim devem afastar os dois clãs do projetos da legenda

 

Fábio Macedo segue com Weverton Rocha desde 2014, mas agora de e seguir para o partido de Carlos Brandão

O deputado estadual Fábio Macedo anunciou nesta segunda-feira, 2, sua saída do PDT, após sete anos de filiação ao partido.

O deputado federal Gil Cutrim também está de saída da legenda, aguardando apenas decisão judicial sobre os riscos de ele ter o mandato reivindicado.

Fábio é membro da família Macedo, um dos clãs mais ricos do Maranhão; Gil é da família Cutrim, uma das mais poderosas do estado.

As duas famílias deram sustentação política e estrutural ao senador Weverton Rocha nos últimos cinco anos, apoiando, inclusive, sua vitoriosa campanha de 2018.

Weverton Rocha Esteve com Gil Cutrim nas eleições de 2016 e 2018, mas os dois começaram a se afastar desde 2019

Tanto Fábio Macedo quanto Gil Cutrim garantem manter relação de amizade e aliança com Rocha, independentemente de estarem em outras legendas.

Mas especula-se que Macedo deve se filiar ao Republicanos, partido do vice-governador Carlos Brandão, o que leva ao entendimento de que as coisas poderão tomar outro rumo.

Mas esta é uma outra história…

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Decisão eleitoral de Flávio Dino terá reação em cadeia…

A escolha do comunista maranhense entre a eleição presidencial e a senatória levará a uma rearrumação que pode gerar rachas em toda sua base política, criando situações desastrosas a aliados no governo, na Assembleia e na bancada federal

 

O destino eleitoral de Flávio Dino mexe diretamente com os projetos políticos de Othelino Neto e Carlos Brandão e podem comprometê-los em 2022

Ao mesmo tempo em que blogs maranhenses repercutiam na quinta-feira 16, a notícia de que o ex-presidente Lula admitia, pela primeira vez, um apoio ao governador Flávio Dino (PCdoB) em 2022, o blog do jornalista Jorge Aragão levantava a hipótese de recuo do comunista.

A inserção do governador maranhense no debate presidencial o levou a uma situação de quase não-retorno, pelas consequências de uma decisão em concorrer ao Senado, por exemplo, e não à presidência ou vice.

Desde que Dino decidiu imiscuir-se no debate presidencial, ainda em 2018, seus aliados começaram a construir – como era de se esperar – também as suas opções de poder no vácuo que surgirá em 2022.

O presidente da Assembleia Legislativa Othelino Neto (PCdoB), por exemplo, já anunciou mais de uma vez que disputará as eleições majoritárias. (Relembre aqui, aqui e aqui)

De olho no posto de Neto, seu vice, Glalbert Cutrim (PDT), articula desde então ocupar a cadeira presidencial na Assembleia.

Como ficam Othelino e Glalbert diante de um recuo nacional de Flávio Dino ?!?

Confiante no projeto presidencial de Flávio Dino, Weverton Rocha já acenou com articulações envolvendo todos estes personagens; recuar, comprometeria toda a base

E como ficariam o vice-governador Carlos Brandão (PRB) e o senador Weverton Rocha (PDT) se o comunista optasse por concorrer ao Senado em uma encabeçada por um ou por outro?

A exigência de ter que refazer seus planos traria a qualquer uma dessas peças políticas consequências desastrosas, uma vez que a reação em cadeia – entre deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores que também já fizeram planos com base no caminho presidencial de Dino – afetaria diretamente suas eleições.

Obviamente que a essas alturas – às vésperas das eleições municipais – tanto Weverton Rocha quanto Carlos Brandão, Othelino Neto e Glalbert Cutrim já firmaram compromissos com base no projeto presidencial de Flávio Dino.

E esses compromissos levaram a projetos de outros, que também terão que refazer seus planos.

Diante de toda essa questão, o recuo do comunista mostrará se ele tem um projeto de poder envolvendo o grupo ou apenas pessoal.

É aguardar e conferir…

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Flávio Dino manda recado: “Brandão é candidato natural” em 2022…

Além de estabelecer clara preferência pelo seu atual vice, governador abre espaço para polêmica, em entrevista ao Jornal Pequeno, ao falar das outras opções com a expressão “infelizmente há outras alternativas”

 

Flávio Dino estabeleceu clara preferência pelo seu vice, Carlos Brandão, em 2022; “candidato natural” à sua sucessão

O governador Flávio Dino (PCdoB) iniciou 2020 marcando território e estabelecendo diretrizes para sua própria sucessão, em 2022.

Em entrevista ao Jornal Pequeno, publicada nesta terça-feira, 7, Dino exibiu sua preferência pela candidatura do seu atual vice, Carlos Brandão (PRB).

– Brandão é uma espécie de pré-candidato natural, até porque existe o cenário de eu sair e ele, naturalmente assumir o Governo. Então é óbvio que ele é um pré-candidato natural em 2022 – afirmou Dino, ao jornalista Manoel dos Santos Neto.

Em campanha desde o fim das eleições de 2018, o senador Weverton Rocha é uma das outras alternativas à sucessão; “infelizmente” para Flávio Dino

Além de estabelecer o nome de Brandão como seu sucessor natural, o comunista foi além, ao usar a expressão “infelizmente” para se referir aos demais postulantes do grupo.

– Agora há também, infelizmente, outras alternativas. A gente não pode fechar esse debate agora. Há outras pessoas em nosso grupo igualmente credenciadas, que tem uma trajetória igualmente exitosa – disse.

A entrevista repercutiu imediatamente após publicação, sobretudo pelo fato de o senador Weverton Rocha (PDT) ser o mais afoito dentre essas alternativas que Dino vê com infelicidade.

Sinal de que o caminho até 2022 será difícil e conturbado para o grupo do governador…

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Brandão aumenta cacife à medida que 2022 se aproxima…

Vice-governador caminha para assumir o Governo do Estado e se tornar, automaticamente, candidato à reeleição; a menos que Flávio Dino contrarie as próprias articulações, permanecendo no governo até o final do mandato

 

Brandão tem mantido agenda própria no interior do estado; e se fortalece à medida que o ano de 2022 se aproxima no calendário

O vice-governador Carlos Brandão (PRB) é hoje o político com maior capital eleitoral dentre todas as lideranças políticas do estado.

E esse capital eleitoral só tende a aumentar ano após ano, em 2020, 2021 e 2022.

A menos que o governador Flávio Dino contrarie as próprias articulações – e decida ficar no mandato até o final – Brandão será governador em abril de 2022.

E essa perspectiva faz dele o nome com maior poder de agregação no Maranhão.

Governador e candidato à reeleição, o atual vice terá poder de fogo para sentar em qualquer mesa de negociações, construindo uma base própria da maneira como melhor entender.

E tem uma vantagem adicional: a capacidade de articulação com todos os grupos políticos.

É certo que o fato de estar sentado na cadeira de governador não torna Carlos Brandão automaticamente favorito na sucessão de Flávio Dino.

Mas a projeção de seu capital eleitoral faz dele o ativo com maior capacidade de retorno dentre os investimentos políticos no chamado mercado futuro.

E isso é um trunfo e tanto para qualquer um…

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Flávio Dino já mira o Senado com Brandão no governo…

Incensado como candidato a presidente, governador maranhense já analisa como melhor opção disputar a vaga do senador Roberto Rocha, para manter o grupo mais orgânico da sua base no comando do estado por mais quatro anos

 

Flávio Dino entre seus aliados Rubens Júnior e Carlos Brandão: jogo de 2020 e de 2022 já na mesa de análises do governador

Os últimos movimentos políticos deste final de 2019 apontam para uma reanálise de estratégias do governador Flávio Dino (PCdoB).

O comunista não pretende antecipar o debate sobre sua sucessão, mas começou a entender que precisa demarcar território como liderança do seu grupo.

Em 2020 e também em 2022.

Em conversas com interlocutores privilegiados do Palácio dos Leões, o blog Marco Aurélio D’Eça apurou que o governador não pretende desestimular os que querem vê-lo candidato a presidente, mas já chegou à conclusão de que deve manter uma espécie de reserva de mercado para 2022.

Nas entrevistas pontuais da semana passada, Dino exaltou três lideranças mais leais do seu grupo político: o prefeito Edivaldo Júnior (PDT), o secretário de Cidades Rubens Pereira Júnior (PCdoB) e o vice-governador Carlos Brandão (PRB). 

E os três surgiram logo depois, coincidentemente, em posts de blogs e comentários de programas de rádio como opções da preferência do Palácio dos Leões, tanto para 2020 quanto para 2022.

Roseana e José Reinaldo

Roseana e José Reinaldo em 2002; senadora eleita e vitória de virada do seu vice que estava atrás nas pesquisas

O Flávio Dino de 2022 pode repetir a ex-governadora Roseana Sarney de 2002.

Naquela época, Roseana era nome de peso na sucessão do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), tinha um vice – José Reinaldo Tavares – que iria assumir o mandato de governador e um adversário fortíssimo para o Governo do Estado, o então prefeito de São Luís, Jackson Lago (PDT).

Abatida por uma denúncia que visava tirá-la do páreo presidencial, Roseana voltou-se para a eleição estadual, candidatou-se ao Senado, elegeu-se com votação expressiva e conseguiu vitória surpreendente de José Reinaldo sobre Jackson Lago, em primeiro turno, após o então governador superar uma diferença de nada menos que 45 pontos percentuais em favor do pedetista.

Em 2022, Dino estará na mesma situação: terá uma vaga de senador teoricamente disponível, um vice que pode assumir e se viabilizar governador – tendo, por exemplo, Edivaldo ou Rubens como vice – e um pedetista, senador Weverton Rocha, jogando todas as fichas pelo Governo do Estado.

Após eleger José Reinaldo  – e mesmo rompendo com este – Roseana voltou e se elegeu mais duas vezes governadora do Maranhão; senador, Dino pode fazer o mesmo caminho já a partir de 2026, quando Brandão, caso se reeleja, não poderá mais concorrer ao governo.

Os últimos dias de 2019 têm sido pródigos em evidenciar movimentos demarcando estrategicamente o terreno de 2020.

E todos esses movimentos terão forte influência no cenário de 2022.

E até no de 2026…

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Weverton Rocha parece querer antecipar sucessão de Flávio Dino…

Ataques ao vice-governador Carlos Brandão traz o debate da eleição estadual para antes da sucessão municipal; e revela estranha ansiedade do senador pedetista na base do governador Flávio Dino

 

Weverton Rocha tenta forçar uma situação que não depende apenas dele, mas de Flávio Dino e do próprio Carlos Brandão, este em condição altamente privilegiada

O senador Weverton Rocha (PDT) passou a semana passada inteira tentando marcar posição político-eleitoral, não apenas para 2020,  mas já antecipando o debate pela sucessão do próprio governador Flávio Dino (PCdoB).

Controlador de uma base política que reúne os presidentes da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB); da Câmara Municipal, vereador Osmar Filho (PDT); e da Federação dos Municípios, prefeito Erlânio Xavier (PDT), o pedetista parece ter pressa em demarcar territórios no estado.

As reuniões natalinas em que demonstrou o tamanho de sua base serviram também para que o senador exibisse o tamanho de sua ansiedade pela disputa – não a de 2020, mas a de 2022, que ele tenta incluir na agenda municipal.

E o ataque direto ao vice-governador Carlos Brandão (PRB), na sexta-feira, 20 – com quem, até então, convivia harmonicamente (Releia aqui) – exibiu o tamanho desta ansiedade.

– Se o Brandão amanhã utilizar esse argumento de que eu sou novo e eu tenho que esperar, porque ele está há mais tempo, então ele mesmo vai estar dizendo que não foi correto com o grupo dele, de origem. O José Reinaldo também tinha mais tempo do que a gente, do que eu e a [senadora] Eliziane Gama, e eu não vi, em momento algum na mesa ele pelo Zé Reinaldo. Então vamos com calma, porque não é questão de idade. A população não esta discutindo idade, a população está discutindo é resultado. Nós temos hoje um processo de transição no Maranhão. Não é critério idade quem está mais tempo ou não, o critério é quem é que vai ajudar a continuar o legado que está sendo construído – afirmou Weverton, em entrevista ao programa Ponto e Vírgula, da rádio Difusora AM.

O estranho recado a Brandão mostrou que o senador é, de fato, candidato à sucessão do governador Flávio Dino em qualquer circunstância. E seus movimentos pelo estado – formando grupos e aliciando lideranças na base – tentam consolidá-lo a qualquer custo, como fez na disputa pelo Senado, quando, praticamente, obrigou Dino a assumi-lo em sua chapa.

Mas Weverton deve saber que, diferentemente da corrida pelo Senado, que dependia diretamente de Dino, a disputa pelo governo tem um ingrediente a mais: o fato de que Brandão – e não Dino, muito menos o próprio senador – estará no comando do estado; e na condição de candidato.

Em junho de 2018, em conversa pessoal com o titular do blog Marco Aurélio D’Eça, em sua casa, o então deputado Weverton Rocha mostrou sobriedade quanto ao futuro político a partir de sua eventual eleição ao Senado.

Ressaltou que não cometeria o mesmo erro de Roberto Rocha (PSDB) – que forçou uma candidatura a governador logo após eleger-se com Flávio Dino – e saberia esperar; se não em 2022, pelo menos até 2030, caso Dino tivesse outros projetos para sua sucessão.

O tempo passou, o deputado elegeu-se senador com a maior votação da história do Maranhão, engrossou o bigode – montou base política consistente – e sua visão sobre o futuro parece ter mudado, aumentando também a sua própria ansiedade.

E ansiedade nunca é boa companheira na política…