Carlos Lula aciona justiça para deixar o PSB…

Deputado alega justa causa para se desfiliar do partido sem correr o risco de ter o mandato questionado na Justiça Eleitoral; caminho é o mesmo que a deputada Ana do Gás faz em relação ao PCdoB

 

DESFILIAÇÃO. Carlos Lula quer deixar o PSB do governador Carlos Brandão, para seguir caminho independente na Assembleia

O deputado estadual Carlos Lula acionou a Justiça Eleitoral desde a último dia 26 de janeiro, pedindo autorização para deixar o PSB sem correr o risco de ter o mandato questionado.

Ele alega justa causa para se desfiliar; ele alega que vinha sendo excluído das instâncias de decisão do partido desde a troca de comando da legenda, em 2023, quando o governador Carlos Brandão assumiu a presidência; também alega que perdeu espaços que deveriam ser da legenda nas comissões da Assembleia.

“A grave discriminação, que já era feita de forma velada, subliminar, ficou ostensiva quando, novamente sem prévio aviso, o DEPUTADO CARLOS LULA foi completamente excluído da direção do partido a partir do registro da nominata que compõe o órgão provisório que conduzirá a legenda no âmbito estadual durante o ano de 2025. E uma vez mais o REQUERENTE só teve notícia do fato ao consultar a base de dados do TSE contendo as informações partidárias. O partido sequer o avisou, seja antes da sua exclusão, seja depois do pedido de anotação da nova composição da direção”, explicou o parlamentar, em sua ação. 

  • A ação que Carlos Lula move contra o PSB é a igual à que Ana do Gás pretende contra o PCdoB;
  • A deputada alega que o partido tomou rumo político diferente do que ela assumiu desde a eleição.

Os comunistas decidiram formar na  Assembleia, bloco de oposição ao governo Carlos Brandão (PSB), juntamente com o Solidariedade; Ana do Gás é aliada de Brnadão.

Na Assembleia Legislativa, Carlos Lula chegou a brincar com a colega sobre a movimentação dos dois, propondo uma troca: “você vai pro PSB e eu vou pro PCdoB”.

Os processos na Justiça Eleitoral devem se arrastar até as eleições de 2026…

Há dinistas e brandonistas torcendo contra Camarão e Brandão…

Se há mesmo a vontade pessoal do governador e do seu vice de formarem aliança para as eleições de 2024, é preciso que cada um deles comecem a agir efetivamente contra a turma que trabalha contra, seja qual for o motivo

 

BRANDÃO COM DINISTAS E BRANDONISTAS NO PALÁCIO DOS LEÕES. Quantos deles querem, de fato, estar juntos?!?

Editorial

O governador Carlos Brandão (PSD) está certo quando aponta que “dinistas tentam inviabilizar uma reunificação do grupo” criado a partir da eleição de Flávio Dino, em 2014. Mas o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) também tem razão quando acusa “alguns poucos do entorno do governador que há muito defendem o rompimento dele com o PCdoB”.

Neste início de 2025 é preciso reconhecer que só há um dos interessados na sucessão estadual – o vice-governador Felipe Camarão (PT) – atuando, de fato, para que a base dinobrandonista esteja junta em 2026.

  • Camarão já rompeu com aliados, declarou publicamente seu apoio a Brandão e diz estar pronto para estar em seu palanque eleitoral;
  • nem Márcio Jerry – numa espécie de morde-assopra – muitos menos o próprio Carlos Brandão – sempre evasivo – já chegaram a tanto.

E se há dinistas, como os deputados Othelino Neto (Solidariedade), Rodrigo Lago (PCdoB) e Carlos Lula (PSB), dispostos as melar a relação Felipe/Brandão, também há aliados de Brandão pouco ou quase nada interessados nesta aliança.

Não se vê, por exemplo, movimentos claros de gente como os deputados Antonio Pereira (PSB), Mical Damasceno (PSD), Dr. Yglésio (PRTB) e lideranças ainda mais graúdas vestindo, de fato, a camisa da reconciliação na base.

  • é dos aliados brandonistas, inclusive, que Brandão recebe a maior pressão contra a volta da paz com os dinistas;
  • para esses contrários – todos eles – a eleição de Camarão significaria a volta do ministro do STF Flávio Dino ao poder no MA. 

Este blog Marco Aurélio d’Eça já ouviu de brandonistas a defesa clara da tese de apoio ao prefeito Eduardo Braide (PSD) em 2026.

É fato que há dinistas atuando contra a reunificação da base, por querer emparedar o governador.

Mas há também aliados de Brandão agindo nas sombras com interesse similar…

PCdoB já é visto como oposição na Assembleia…

Apesar dos esforços do governo para que o partido formasse bloco com o Podemos, comunistas mantiveram a aliança com o Solidariedade; dirigente conta outra história e nega ser oposicionista

 

ENTRE ELAS. Brandão e Iracema Vale ao lado de Ana do Gás, que, para os governistas, virou símbolo da intransigência do PCdoB

 

O governador Carlos Brandão (PSB) e sua base na Assembleia Legislativa devem passar a tratar o PCdoB como oposição ao governo; os deputados do partido rejeitaram a proposta de aliança com o Podemos e optaram por formar bloco parlamentar com o Solidariedade, declaradamente de oposição, o que foi oficializado com a publicação no Diário da Assembleia.

  • o vice-governador Felipe Camarão (PT) passou todo o fim de semana tentando demover os comunistas da ideia de aliança com o Solidariedade;
  • a tentativa de tirar Ana do Gás do partido, para inviabilizar o bloco, foi respondida por eles com ameaças de tomar o mandato da deputada.

Apesar os esforços do vice-governador para reunificar a base do governo Brandão, a posição do PCdoB tem gerado empecilhos, sobretudo pela aliança com o deputado Othelino Neto (SDD), que está na oposição desde o ano passado.

Felipe anunciou oficialmente nesta segunda-feira, 3, seu rompimento político com Othelino.

PCdoB nega oposição

Em suas redes sociais, o presidente estadual do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry, declarou que o Podemos rejeitou a tentativa comunista de formação de bloco, restando ao partido apenas o Solidariedade.

Jerry nega que os comunistas já estejam na oposição.

 “O PCdoB não faz oposição ao governo Brandão, ao contrário. O bloco parlamentar, como esclarecido à exaustão, não é de oposição, mas um arranjo partidário no âmbito do Legislativo para ocupação de espaços na Casa”, explicou o parlamentar.

Jerry disse que trará informações nesta terça-feira, 4, para desfazer o que chamou de fake news sobre o partido…

Dinistas ignoram posse da mesa da Assembleia…

Solenidade ocorrida neste sábado, 1º, reuniu aliados da presidente Iracema Vale e deputados alinhados à base do governo Carlos Brandão, que mostraram unidade, indiferentes aos colegas insurgentes

 

FESTA DE PRESTÍGIO. Ao lado da comunista Ana do Gás, Iracema festeja posse, indiferente à ausência de insurgentes dinistas

Pelo menos oito deputados estaduais não compareceram à posse da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa; comandada pela presidente Iracema Vale (PSB) – que assumiu para mais um mandato de dois anos – a solenidade teve a presença maciça da base do governo Carlos Brandão (PSB).

Este blog Marco Aurélio d’Eça confirmou a ausência de oito deputados, entre dinistas e oposicionistas;

  • Othelino Neto (SDD) e Carlos Lula (PSB) estão em Brasília;
  • Leandro Bello (Podemos) descansa com a família em Barreirinhas;
  • Rodrigo Lago (PCdoB) postou foto em homenagem a um aliado no interior do estado;
  • Francisco Nagib passou por Codó e tem agenda política em vários municípios neste sábado, 1º;
  • Fernando Braide (SDD), Júlio Mendonça (PCdoB) e Ricardo Rios (PCdoB) não foram localizados. 

“A data não ajuda, mas não houve movimento para se ausentar; ocorreu normalmente. Eu, por exemplo, não iria legitimar este ato que contesto judicialmente”, justificou Othelino Neto, minimizando a questão.

A festa da pose de Iracema transcorreu com tranquilidade.

Indiferente à ausência dos dinistas…

O dilema na atuação dos comunistas na Assembleia…

Formando bloco com o Solidariedade, deputados do PCdoB terão que se equilibrar entre a postura declaradamente oposicionista do deputado Othelino Neto e a advertência pró-governo do presidente da legenda, Márcio Jerry

 

COMO FICAM OS DEPUTADOS?!? Márcio Jerry mantém porta aberta para o governo Brandão; Othelino já rompeu desde o ano passado

O deputado estadual Othelino Neto é o articulador do bloco entre o seu partido, Solidariedade, e o PCdoB na  Assembleia Legislativa.

  • mas o parlamentar deixa claro, desde o ano passado, sua condição de oposicionista ao governo Carlos Brandão (PSB);
  • Othelino defende abertamente o afastamento do governo, que, segundo ele, destruiu o legado do governo Flávio Dino.

Por outro lado, o presidente do PCdoB no Maranhão, deputado federal Márcio Jerry, diz que o PCdoB não faz oposição ao governo Brandão.

“Este bloco reúne desde o PL até o PCdoB, mas isso não significa que todos seguirão a mesma posição política em relação ao governo”, disse Jerry a este blog Marco Aurélio d’Eça na última segunda-feira, 27, ainda sem ambos saberem que o PL formaria um bloco próprio na Casa. (Relembre aqui)

Diante da dicotomia entre Othelino e Jerry, os deputados Rodrigo Lago, Júlio Mendonça, Ana do Gás e Ricardo Rios precisarão se equilibrar em suas posições na  Assembleia Legislativa.

Mas só o tempo dirá se eles estão com Brandão ou na oposição…

Leandro Bello vê “caminho de paz” entre Brandão e Camarão…

Deputado estadual avalia que o governador e seu vice atendem a uma expectativa da maioria classe política ao estabelecer uma abertura de diálogo com vistas à sucessão estadual

 

LEADNRO BELLO EM ENTREVISTA AO IELCAST: “a maioria da classe política quer o entendimento entre o governador e o vice”

O deputado estadual Leandro Bello (Podemos) manifestou-se publicamente nesta terça-feira, 28, em entrevista ao podcast IelCast, de Teresina, sobre a reaproximação entre o governador Carlos Brandão (PSB) e seu vice, Felipe Camarão (PT).

Para Bello – sobrinho do desembargador federal Ney de Barros Bello Filho e um dos parlamentares mais próximos do ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino – essa reaproximação atende a uma expectativa da maior parte da classe política maranhense.

“Eu acho que o que a gente está vendo hoje no Maranhão é um caminho de paz. Eu acho que a maioria da classe política quer a paz, quer ver o Felipe sentado na cadeira de governador, quer ver o Brandão senador”, disse o parlamentar.

Na entrevista ao podcast piauiense, Leandro Bello comentou ainda o afastamento entre Flávio Dino e Brandão, justificando ser fruto de uma imposição do cargo hoje ocupado npelo ex-governador.  

“É natural se afastar da política. Ele não pode, né, como Ministro do STF?!?”, ponderou Leandro, para completar, sobre Dino: “Ele, todo final de semana, está no estado do Maranhão. Ele mora no Maranhão. Ele mesmo costuma dizer nas falas dele: ‘Eu moro no Maranhão’.” 

Filiado ao Podemos e aliado de Felipe Camarão, Leandro Bello vai compor um dos blocos de apoio a Brandão na  Assembleia Legislativa.

A Assembleia retoma os trabalhos na próxima segunda-feira, 3…

Os novos blocos parlamentares na Assembleia Legislativa

Nova formação partidária que marcará o plenário a partir da próxima segunda-feira, 3, tem dois grupos ligados ao governo Carlos Brandão, dois grupos independentes e o deputado Wellington do Curso isolado

 

NOVO PERÍODO. As bancadas da Assembleia Legislativa voltam a ser ocupadas a partir da próxima segunda-feira, 3

Quando reabrir os trabalhos parlamentares a partir da próxima segunda-feira, 3, a Assembleia Legislativa terá um novo agrupamento partidário em plenário.

  • serão dois blocos governistas e dois blocos independentes;
  • único deputado do Novo, Wellington do Curso ficará isolado.

A partir dos blocos partidários é que os deputados garantem participação nas comissões técnicas permanentes e em outros colegiados regimentais; sem participação em nenhum bloco – caso de Wellington – o deputado não pode fazer parte de comissões.

Os dois blocos governistas são:

  • o Bloco Juntos Pelo Maranhão, o maior da Casa, com  17 deputados: Antônio Pereira (PSB), Andréia Rezende (PSB), Ariston (PSB), Arnaldo Melo (PP), Carlos Lula (PSB), Catulé Júnior (PP), Daniella (PSB), Davi Brandao (PSB), Yglésio (PRTB), Edson Araújo (PSB), Florêncio Neto (PSB), Francisco Nagib (PSB), Hemetério Weba (PP), Iracema Vale (PSB), Júnior França (PP), Eric Costa (PSD) e Mical Damasceno (PSD);
  • formado por 12 parlamentares, o bloco Unidos Pelo Maranhão: Keke Teixeira (MDB), Neto Evangelista (União Brasil), Osmar Filho (PDT), Cláudia Coutinho (PDT), Guilherme Paz (PRD), Janaína (Republicanos), Ricardo Arruda (MDB), Drª Viviane (PDT), Edna Silva (PRD), Glalbert Cutrim (PDT), Leandro Bello (Podemos) e Júnior Cascaria (Podemos).

Outros 12 parlamentares decidiram se abrigar em blocos de viés mais independente:

  • o PL reúne seis deputados: Cláudio Cunha, Abigail Cunha, Aluízio Santos, Fabiana Vilar, João Batista Segundo e Solange Almeida.
  • no bloco Solidariedade/PCdoB estão Fernando Braide, Othelino Neto, Júlio Mendonça, Rodrigo Lago, Ricardo Rios e Ana do Gás.

Esta última formação ainda pode sofrer contestações, uma vez que o PCdoB é federalizado com o PT e com o PV.

Mas esta é uma outra história…

“Ainda espero uma conversa com Brandão”, diz Márcio Jerry, sobre permanência do PCdoB no governo

Presidente estadual do partido, deputado negou a este blog Marco Aurélio d’Eça que tenha tratado com o governador sobre a Secretaria de Cidades, embora mostre interesse em permanecer na base do governo

 

“AINDA ESTOU AQUI”. Márcio Jerry diz que nunca foi chamado por Brandão para saber se o PCdoB fica ou sai do governo

O deputado federal Márcio Jerry garantiu a este blog Marco Aurélio d’Eça, nesta segunda-feira, 27, que “ainda espera uma conversa com o governador  Carlos Brandão (PSB) sobre a permanência do PCdoB no governo”.

A declaração do parlamentar ocorreu em meio a notícias dando conta de que o partido havia garantido a permanência na Secretaria de Cidades após conversa dele, Márcio, com Brandão na última sexta-feira, 24.

– Ainda espero uma conversa com Brandão. Até o momento o PCdoB não tem qualquer informação, nem se fica, nem se sai do governo; tenho atuado pela pacificação da base, mas não houve nenhuma sinalização de conversa do governador”, afirmou Jerry.

  • a Secid era comandada por Joslene Rodrigues, esposa de Jerry, que deixou o cargo no ano passado;
  • a pasta tem sido conduzida desde então pelo jornalista Robson Paz, também ligado a Márcio Jerry.

Na conversa com este blog Marco Aurélio d’Eça, Márcio Jerry também garantiu que o PCdoB não fará parte na Assembleia Legislativa de blocos que façam oposição ao governo Brandão; segundo ele, a formação de bloco com outros partidos se dá, exclusivamente, para composição das comissões permanentes da Casa.

– Eu comparo a formação dos blocos ao que está acontecendo na Câmara Federal: formamos um bloco para disputar a eleição da Mesa Diretora; e este bloco reúne desde o PL até o PCdoB, mas isso não significa que todos seguirão a mesma posição política em relação ao governo”, comparou o deputado federal.

  • o bloco que reúne os deputados do PCdoB na  Assembleia está sendo organizado pelo deputado Othelino Neto (Solidariedade);
  • o grupo reúne deputados do PCdoB, do PSB, do Podemos e do próprio Solidariedades, muitos dos quais de oposição a Brandão.

– A formação deste bloco visa garantir o PCdoB nas comissões, de onde ele foi retirado arbitrariamente ano passado; é claro que há nele deputados de oposição, como Othelino Neto e Fernando Braide (Solidariedade), mas o PCdoB não faz oposição ao governo Brandão”, garantiu Márcio Jerry.

A Assembleia Legislativa retoma os trabalhos na próxima segunda-feira, 3…

Brandão e Camarão novamente juntos no interior…

Vice-governador acompanhou o governador em lançamento de obras no município de Araioses – comandado por Neto Carvalho, ligado ao senador Weverton Rocha – o que reforça a ideia de unidade para 2026

 

HÁ TEMPOS NÃO SE VIA Brandão e Camarão dividindo palanque no interior, em municípios comandados por aliados de Weverton

O governador Carlos Brandão (PSB) e o seu vice, Felipe Camarão (PT) protagonizaram neste fim de semana evento que reforçou a reaproximação entre os dois, ao lançar a obra de asfaltamento da MA-312, em Araioses.

Há tempos o vice não acompanhava o governador no interior maranhense.

  • do evento participou também o secretário de articulação municipalista Orleans Brandão (MDB) outro cotado para 2026;
  • Araioses e Água Doce são comandados por prefeitos do PDT, ligados ao senador Weverton Rocha, líder do partido no Maranhão.
  • há duas semanas, em conversa com este blog Marco Aurélio d’Eça, Weverton revelou que seus aliados podem apoiar também Brandão ao Senado.

– O PDT não vai participar do governo, mas nós vamos buscar a unidade. Não vejo problema em ter o Brandão como candidato a senador na chapa de Felipe ao governo; e eu quero ser o segundo candidato ao Senado nesta chapa”, afirmou Weverton. 

Desde então, o senador pedetista passou a participar de agendas públicas do governo em município comandados por aliados; na semana passada, esteve em Fortuna, município comandado pelo pedetista ao lado do próprio Orleans Brandão.

A presença de Felipe Camarão reforça a ideia de reaproximação e desenha um projeto de chapa para a sucessão estadual…

A missão agora é de Felipe Camarão…

Vice-governador assume a condição de líder do grupo dinista com o objetivo de – ao mesmo tempo – convencer os companheiros a se realinhar com o governador Brandão e convencer Brandão a confiar no seu apoio em 2026

 

SEPARANDO HOMENS DE MENINOS. Sem a presença formal do ministro Flávio Dino, é Felipe Camarão quem tem que assumir as rédeas de seu grupo político

O vice-governador Felipe Camarão (PT) está só.

Com o distanciamento, agora oficial, do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino, é ele hoje o líder máximo do grupo que se convencionou chamar dinista; e é nesta condição que o petista tem dois objetivos imediatos:

  • 1 – convencer seus colegas de grupo na Câmara Federal e na Assembleia do realinhamento com o governador Carlos Brandão (PSB);
  • 2 – convencer o próprio Brandão de que ele, Camarão, tem condições plenas de apoiá-lo ao Senado na sucessão estadual de 2026. 

“Cada vez mais vou me manifestar neste sentido porque acredito que a gente tem que caminhar em paz para poder governar bem o Maranhão. É isso que a população espera”, disse o vice-governador, em entrevistas nesta semana.

Sua missão não é fácil.

De um lado há os dinistas, desconfiados do governador e exigindo gestos que confirmem sua saída do governo; do outro, a família do governador – sobretudo o influente irmão Marcus Brandão – achando que é o Palácio dos Leões que deve conduzir o processo, incluindo a decisão sobre o vice-governador.

Mas é a forma de Felipe Camarão mostrar-se líder de fato…