Cenário ideal de Lula tem Camarão no governo e Brandão no Senado…

Envolvimento direto do presidente na pacificação entre o governador e o ministro do STF Flávio Dino fortalece a candidatura do vice-governador, mas abre nova frente de discussões, esta com os senadores Weverton Rocha e Eliziane Gama

 

TODOS SÃO LULA. A aliança com o presidente é o ponto comum entre Brandão, Camarão, Weverton e Eliziane; o problema é a montagem da chapa

Análise da Notícia

O presidente Lula (PT) deixou claro a Carlos Brandão (PSB): quer o governador em Brasília a partir de 2027, como senador da República; esta assertiva foi revelada em primeira mão por este blog Marco Aurélio d’Eça em 6 de dezembro, no post “‘Você vai cometer um grande erro’, diz Lula a Brandão”.

No último sábado, 22, foi a vez do vice-governador Felipe Camarão (PT) ouvir do presidente: “quero o time unido no Maranhão”, como revelou este blog Marco Aurélio d’Eça, em post sobre o aniversário do PT.

  • Lula já deixou claro aos seus aliados no Maranhão que vai trabalhar por palanque único em 2026;
  • este palanque único significa Camarão como candidato a governador e Brandão candidato a senador;
  • a chapa se completaria com o outro candidato a senador, Weverton Rocha (PDT) ou Eliziane Gama (PSD).

Esta última vaga, porém, deve ser outro ponto de discussão, uma vez que, candidatos-natos, tanto Weverton quanto Eliziane são aliados e primeira hora de Lula em Brasília; ambos têm serviços prestados ao presidente e ao governo do PT e já declararam que vão concorrer à reeleição em 2026. (Relembre aqui e aqui)

No caso de sucesso de Lula na reconciliação entre dinistas e brandonistas, a vaga de vice de Felipe Camarão poderia ser um ponto de pacificação, caso o governador  não queira reivindicá-la para o sobrinho, Orleans Brandão (MDB).

Mas esta é uma outra história…

Batalha judicial de Brandão e Othelino expõe atuação política do gabinete de Flávio Dino

Nova ação no STF, que cita o atual procurador-geral do Estado Valdênio Caminha, acabou levando para dentro da disputa a senadora Eliziane Gama, que o indicou para o posto e tem forte relação pessoal com o ministro Flávio Dino

 

A FORÇA DA CAPA PRETA. Assessor de Flávio Dino estaria atuando contra o governo Brandão a partir do próprio gabinete do ministro

Uma carta endereçada diretamente ao ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino pelo procurador-geral do Estado Valdênio Caminha, acaba pondo mais lenha na fogueira da guerra travada entre o governador Carlos Brandão (PSB) e o deputado estadual Othelino Neto (Solidariedade); Caminha foi acusado pelo partido de Othelino de favorecer familiares de Brandão que deveriam ter sido exonerados por ordem do ministro Alexandre de Moraes, mas continuam recebendo remuneração do governo.

Nesta segunda-feira, 24, o blog Marrapá noticia o teor da carta encaminhada pelo PGE a Dino, acusando diretamente um dos assessores do ministro – o ex-procurador-geral adjunto Túlio Simões – de fazer coro com a denúncia de Othelino.

“Um assessor seu, Túlio Simões, estaria ligando para fazer coro com acusações levianas. Por último, soube que ele ligou para o presidente da ANAPE para tentar impedir que a entidade atuasse na minha defesa”, escreveu o procurador-geral, segundo Marrapá. (Leia aqui)

  • Valdênio Caminha foi indicado ao cargo de procurador-geral do Estado pela senadora Eliziane Gama (PSD);
  • Eliziane tem relação de apoio ao governo Brandão e tem forte ligação pessoal com o próprio Flávio Dino. 

A revelação do auxiliar de Carlos Brandão traz nova luz sobre a atuação política de Flávio Dino como ministro do Supremo Tribunal Federal.

Até agora, especulava-se sobre a atuação do ministro apenas por intermédio dos seus aliados, como o próprio deputado Othelino Neto.

Agora, há uma acusação formal de que seu gabinete atua diretamente para prejudicar o governo Brnadão.

E essa é uma acusação gravíssima do ponto de vista institucional…

Imagem do dia: Lula quer “time unido em 26” no Maranhão…

Em conversa com o vice-governador Felipe Camarão, presidente reforçou a prioridade do PT e voltou a defender que a base do grupo que o apoia no estado esteja todo junto na sucessão estadual

 

PRIORIDADE DO PT EM 2026. Felipe Camarão foi recebido por Lula em palanque na festa de aniversário do partido

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma rápida conversa com o vice-governador Felipe Camarão – ainda em palanque – durante o encontro que festejou os 45 anos do PT, na tarde deste sábado, 22, no Rio de Janeiro.

Camarão liderou a comitiva do Maranhão.

  • na conversa, Lula reforçou as prioridades do PT nas eleições de 2026;
  • ele também voltou a manifestar interesse na unidade de sua base no MA.

O vice-governador foi a principal liderança petista presente no encontro, em que Lula garantiu estar pronto para a sucessão presidencial e alertou aos que acham que ele não disputará a eleição.

“Quem quiser me vencer vai ter que fazer o que a gente faz muito bem: estar ruas, conversando com o povo e trabalhando para mudar este país”, disse o presidente em seu discurso.

Lula é o principal trunfo de Felipe Camarão para as eleições estaduais.

O palanque do PT deve reunir toda a base progressista no estado…

Após encontro com Eliziane, Sarney ensina: “o ódio alimenta o ódio”…

Ex-presidente da República faz um alerta aos políticos brasileiros – maranhenses incluídos – sobre a necessidade de se repensar as relações com adversários; e afirma: “casa dividida não prospera”

 

HORA DE ARRUMAR A CASA. Brandão em passeio com Sarney pelo Palácio dos Leões: “casa dividida não prospera”, alerta ex-presidente

Prestes a completar 4o anos desde a sua ascensão à presidência da República, ato que encerrou a ditadura militar no Brasil, o ex-presidente José Sarney (MDB) escreveu nesta sexta-feira, 21, uma exortação à paz na política; ao criticar o clima de ódio que domina a política no Brasil – Maranhão incluído – Sarney lembrou que “o ódio alimenta o ódio”.

  • curiosamente, o artigo do ex-presidente foi escrito dois dias depois de ele receber em sua residência de Brasília, a senadora Eliziane Gama (PSD);
  • no Maranhão, Eliziane tem sido uma das mais efetivas defensoras da unidade dos grupos do governador Carlos Brandão (PSB) e do ministro Flávio Dino.

“Também resultado desse mal, escrevo sobre a divisão que vemos hoje no Brasil: a casa está dividida, justamente pelo ódio que perpassa pela política brasileira. E uma casa dividida não prospera. Disso já sabemos nós, cristãos”, ensina Sarney.

O ex-presidente direcionou o artigo à política brasileira – à divisão ideológica radical resultante do surgimento do bolsonarismo, que foi abraçado pela extrema direita a partir de 2018 – mas pode ser usada também na política maranhense, hoje protagonizada pela guerra fratricida entre dinistas e brandonistas.

Sobretudo pelo fato de o artigo ter sido publicado após a visita de Eliziane; a senadora já esteve com o governador Carlos Brandão e com o vice-governador  Felipe Camarão (PT) em busca da paz entre os dinistas e brandonistas. (Relembre aqui e aqui)

  • Sarney ressalta que sempre teve adversários políticos, mas nunca os considerou inimigos;
  • o ex-presidente pregou que, hoje, no Brasil, o ódio existe de lado a lado “e deve acabar”.

“O ódio hoje é real. E deve acabar. Ele é a semente que desponta como o instrumento de divisão não só dos políticos, como do povo brasileiro. Não é difícil encontrarmos dentro das famílias discussões acaloradas e situações difíceis em que as posições são dogmáticas”, pregou José Sarney.

O artigo do ex-presidente foi publicado em diversos jornais, portais e sites do país.

Leia a íntegra abaixo:

Eu, muitas vezes, em entrevistas, artigos, disse que, ao longo da vida, nunca tive capacidade de sentir ódio. E isso considero que me fez e faz muito bem. O ódio traz como consequência maior o ressentimento, e este, a amargura, que faz muito mal a nós próprios e deforma o nosso modo de viver.

Conheci um homem que tinha uma alma pura, o deputado Djalma Marinho. Era uma figura muito conhecida e respeitada na Câmara dos Deputados. Foi candidato a presidente da Casa. Perdeu. Eu e o deputado Nelson Marchezan fomos a sua casa prestar-lhe solidariedade. Com o meu jeito de não cultivar sentimentos negativos, disse-lhe: “Djalma, não guarde ressentimentos.” Ele me respondeu: “Sarney, eu não guardei dinheiro na vida, que é coisa boa, lá vou guardar ódio e ressentimento, que não prestam para nada?”. Foi ele que, depois, na comissão que presidia, recusou-se a cumprir uma ordem do governo para processar o deputado Moreira Alves, em 1968, quando o país estava sob as normas do AI-5. Renunciou ao cargo de presidente e, repetindo o espanhol Calderón de La Barca, marcou a Casa com a célebre frase: “Ao rei tudo, menos a honra”.

Mas quero falar também das consequências do ódio, que muitos escritores registraram na literatura, como Tolstói, cuja personagem feminina vai ao suicídio sucumbida pelo ódio; Dostoiévski, com o alerta de que “o ódio alimenta o ódio”; Shakespeare, com o seu Otelo, o Mouro de Veneza, cujo ciúme o leva a matar sua fiel esposa, Desdêmona, um destino de ódio construído pelo relato falso de infidelidade por Iago, um suboficial preterido numa promoção.

Também resultado desse mal, escrevo sobre a divisão que vemos hoje no Brasil: a casa está dividida, justamente pelo ódio que perpassa pela política brasileira. E uma casa dividida não prospera. Disso já sabemos nós, cristãos.

Na política brasileira, eu, que por mais de meio século a acompanho como espectador, interlocutor, participante e até como protagonista, nunca vi uma época em que os homens se dividissem entre uns adeptos do diabo e outros, de Deus. De tal modo que a luta política extravasou para um nível em que uns são conduzidos à salvação e outros, condenados à perdição.

Eu, pessoalmente, sempre tive adversários. E a estes nunca considerei inimigos. Essa concepção de adversários como inimigos foi proposta por Carl Schmitt, jurista oficial do Terceiro Reich, para quem a política era uma guerra, na qual devíamos eliminar os contrários e levá-los até a morte — como ocorreu na Alemanha com a morte de milhões de judeus. O ódio ao inimigo também justificou, logo depois da Revolução Russa, a violência e crueldade dos comunistas aos milhões de perseguidos e eliminados. O exemplo simbólico e maior na Rússia talvez tenha sido o fuzilamento da família inteira do Czar Nicolau II, que hoje pela Igreja Oriental foi considerado santo.

Eu era deputado no Rio de Janeiro quando ouvi Carlos Lacerda, o maior orador a que assisti no parlamento, defender-se — no processo que moveram contra ele por ter divulgado um telegrama secreto, que envolvia o Jango e o Peron, num tempo em que os discursos tinham títulos, a que chamou de A corrida dos touros embolados — daqueles que o acusavam de uma maneira odienta, retrucando com a seguinte denúncia: “Aqui até o ódio é fingido”.

Não é o que ocorre hoje no Brasil. Situação repelida por todos nós. O ódio hoje é real. E deve acabar. Ele é a semente que desponta como o instrumento de divisão não só dos políticos, como do povo brasileiro. Não é difícil encontrarmos dentro das famílias discussões acaloradas e situações difíceis em que as posições são dogmáticas.

O ódio leva até ao que está sendo apurado no processo sobre a inacreditável proposta de assassinato, a ser cumprido nas figuras do presidente e do vice-presidente e de um ministro do Supremo Tribunal Federal. O caso segue o devido processo legal — somos um Estado de Direito — no Supremo e depois, tudo devidamente apurado, haverá a punição prevista na lei dos responsáveis.

O ódio é danoso, cruel, indigno, divisionista. Por julgá-lo assim, quero vê-lo extirpado do nosso país. Sou partidário do diálogo, de ver o próximo como objeto de convergência e não da divergência. Por tudo isso e mais, não há palavras suficientes que definam o mal que o ódio produz. Somos irmãos e como irmãos devemos viver em paz. Que os dirigentes e líderes do país viajem por outros caminhos que não este, o do ódio. Por isso, só me cabe encerrar dizendo: Ódio não!

Brandão se alinha mais a Lula e marca posição à esquerda…

Mais próximo do presidente da República, governador maranhense vai mostrando publicamente que pretende seguir o projeto eleitoral de 2022, independentemente da relação que se consolidar em 2026 com os demais grupos do campo progressista

 

ALIADOS PARA SEMPRE. Brandão recebeu ao lado de Lula os prefeitos que foram ao encontro com o presidente, em Brasília

Análise da Notícia

A presença do governador Carlos Brandão (PSB) ao lado do presidente Lula (PT) no encontro com os novos prefeitos e prefeitas eleitas e reeleitas do Brasil reforçou uma percepção que vem se tendo dele desde o início de 2025. 

  • o governador maranhense está cada vez mais alinhado ao presidente petista;
  • essa relação reforça também a posição que ele deve adotar nas eleições de 2026;
  • independentemente da relação com outros grupos, Brandão deve seguir à esquerda.

“O presidente Lula reforçou o compromisso de parceria com gestores de todas as regiões, anunciando mais investimentos e recursos para áreas como educação, saúde, segurança e infraestrutura. Vamos em busca de ainda mais avanços para a sociedade”, pregou, em suas redes sociais.

No início de janeiro, o governador foi o primeiro do país a destacar a posição de Lula nas pesquisas de intenção de votos para 2026 e de avaliação do governo, deixando claro seu posicionamento como aliado do presidente.

Na semana passada, este blog Marco Aurélio d’Eça divulgou em primeira mão análise sobre uma pesquisa gigante realizada pelo governo, que traz resultados importantes sobre a imagem e a gestão não apenas de Brandão, mas também de Lula e dos prefeitos de 134 municípios.

Mas suas movimentações pró-Lula deixam claro que o governador pretende seguir com o presidente nas eleições de 2026.

Seja com um ou dois palanques no campo progressista do Maranhão…

Sobre o mal que se faz a Flávio Costa…

A guerra fratricida pelo poder que os dinistas impõem aos brandonistas humilha publicamente o advogado e expõe sua família ao jogo de poder político no Maranhão

 

EXPOSIÇÃO GRATUITA. Era nítida a cara de angústia de Flávio Costa no último sábado, 8; vale a pena tanta humilhação pública por um cargo?!?

Editorial

No post “Nem tudo são flores para Flávio Costa na Assembleia…”, ao analisar a nova indicação do advogado do governador Carlos Brandão (PSB) ao Tribunal de Contas do Estado, este blog Marco Aurélio d’Eça encerrou com uma espécie de aviso de advertência: 

“Se não houver surpresas de última hora, o quase-desembargador do Tribunal de Justiça e quase-conselheiro do TCE-MA poderá, finalmente, dormir em paz na próxima terça-feira, 11, quando a Casa deve votar a sua indicação. Mas isso, repita-se, se não houver surpresas…”

A surpresa nem tão surpreendente assim chegou nesta segunda-feira,10, com uma nova suspensão do processo pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino, atendendo a novo pedido do partido Solidariedade, do aliado Othelino Neto.

  • candidato de Brandão, o rapaz já havia sido rejeitado, em 2023, em uma lista sêxtupla da OAB-MA para compor o Tribunal de Justiça;
  • colocado em uma nova lista da OAB-MA para o Tribunal de Justiça, seu nome foi rejeitado, de novo, pelos próprios desembargadores;
  • rejeitado no TJ-MA, Brandão tentou fazê-lo membro do TCE-MA em primeira indicação, em 2024, suspensa pelo mesmo Flávio Dino;
  • com a ajuda do grupo Sarney, conseguiu mais uma aposentadoria no TCE, e a Alema chegou a abrir sua sabatina, agora suspensa.

Flávio Costa é uma vítima da guerra imposta pelos aliados de Flávio Dino a tudo que Brandão faz ou tenta fazer no poder; fosse ele, fosse outro, a mesma situação estaria formada.

Os danos morais, materiais e psicológicos a que este rapaz e sua família estão expostos não se compensa com espaços de poder.

E quem será responsabilizado por isso?!?

Carlos Lula aciona justiça para deixar o PSB…

Deputado alega justa causa para se desfiliar do partido sem correr o risco de ter o mandato questionado na Justiça Eleitoral; caminho é o mesmo que a deputada Ana do Gás faz em relação ao PCdoB

 

DESFILIAÇÃO. Carlos Lula quer deixar o PSB do governador Carlos Brandão, para seguir caminho independente na Assembleia

O deputado estadual Carlos Lula acionou a Justiça Eleitoral desde a último dia 26 de janeiro, pedindo autorização para deixar o PSB sem correr o risco de ter o mandato questionado.

Ele alega justa causa para se desfiliar; ele alega que vinha sendo excluído das instâncias de decisão do partido desde a troca de comando da legenda, em 2023, quando o governador Carlos Brandão assumiu a presidência; também alega que perdeu espaços que deveriam ser da legenda nas comissões da Assembleia.

“A grave discriminação, que já era feita de forma velada, subliminar, ficou ostensiva quando, novamente sem prévio aviso, o DEPUTADO CARLOS LULA foi completamente excluído da direção do partido a partir do registro da nominata que compõe o órgão provisório que conduzirá a legenda no âmbito estadual durante o ano de 2025. E uma vez mais o REQUERENTE só teve notícia do fato ao consultar a base de dados do TSE contendo as informações partidárias. O partido sequer o avisou, seja antes da sua exclusão, seja depois do pedido de anotação da nova composição da direção”, explicou o parlamentar, em sua ação. 

  • A ação que Carlos Lula move contra o PSB é a igual à que Ana do Gás pretende contra o PCdoB;
  • A deputada alega que o partido tomou rumo político diferente do que ela assumiu desde a eleição.

Os comunistas decidiram formar na  Assembleia, bloco de oposição ao governo Carlos Brandão (PSB), juntamente com o Solidariedade; Ana do Gás é aliada de Brnadão.

Na Assembleia Legislativa, Carlos Lula chegou a brincar com a colega sobre a movimentação dos dois, propondo uma troca: “você vai pro PSB e eu vou pro PCdoB”.

Os processos na Justiça Eleitoral devem se arrastar até as eleições de 2026…

Há dinistas e brandonistas torcendo contra Camarão e Brandão…

Se há mesmo a vontade pessoal do governador e do seu vice de formarem aliança para as eleições de 2024, é preciso que cada um deles comecem a agir efetivamente contra a turma que trabalha contra, seja qual for o motivo

 

BRANDÃO COM DINISTAS E BRANDONISTAS NO PALÁCIO DOS LEÕES. Quantos deles querem, de fato, estar juntos?!?

Editorial

O governador Carlos Brandão (PSD) está certo quando aponta que “dinistas tentam inviabilizar uma reunificação do grupo” criado a partir da eleição de Flávio Dino, em 2014. Mas o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) também tem razão quando acusa “alguns poucos do entorno do governador que há muito defendem o rompimento dele com o PCdoB”.

Neste início de 2025 é preciso reconhecer que só há um dos interessados na sucessão estadual – o vice-governador Felipe Camarão (PT) – atuando, de fato, para que a base dinobrandonista esteja junta em 2026.

  • Camarão já rompeu com aliados, declarou publicamente seu apoio a Brandão e diz estar pronto para estar em seu palanque eleitoral;
  • nem Márcio Jerry – numa espécie de morde-assopra – muitos menos o próprio Carlos Brandão – sempre evasivo – já chegaram a tanto.

E se há dinistas, como os deputados Othelino Neto (Solidariedade), Rodrigo Lago (PCdoB) e Carlos Lula (PSB), dispostos as melar a relação Felipe/Brandão, também há aliados de Brandão pouco ou quase nada interessados nesta aliança.

Não se vê, por exemplo, movimentos claros de gente como os deputados Antonio Pereira (PSB), Mical Damasceno (PSD), Dr. Yglésio (PRTB) e lideranças ainda mais graúdas vestindo, de fato, a camisa da reconciliação na base.

  • é dos aliados brandonistas, inclusive, que Brandão recebe a maior pressão contra a volta da paz com os dinistas;
  • para esses contrários – todos eles – a eleição de Camarão significaria a volta do ministro do STF Flávio Dino ao poder no MA. 

Este blog Marco Aurélio d’Eça já ouviu de brandonistas a defesa clara da tese de apoio ao prefeito Eduardo Braide (PSD) em 2026.

É fato que há dinistas atuando contra a reunificação da base, por querer emparedar o governador.

Mas há também aliados de Brandão agindo nas sombras com interesse similar…

PCdoB já é visto como oposição na Assembleia…

Apesar dos esforços do governo para que o partido formasse bloco com o Podemos, comunistas mantiveram a aliança com o Solidariedade; dirigente conta outra história e nega ser oposicionista

 

ENTRE ELAS. Brandão e Iracema Vale ao lado de Ana do Gás, que, para os governistas, virou símbolo da intransigência do PCdoB

 

O governador Carlos Brandão (PSB) e sua base na Assembleia Legislativa devem passar a tratar o PCdoB como oposição ao governo; os deputados do partido rejeitaram a proposta de aliança com o Podemos e optaram por formar bloco parlamentar com o Solidariedade, declaradamente de oposição, o que foi oficializado com a publicação no Diário da Assembleia.

  • o vice-governador Felipe Camarão (PT) passou todo o fim de semana tentando demover os comunistas da ideia de aliança com o Solidariedade;
  • a tentativa de tirar Ana do Gás do partido, para inviabilizar o bloco, foi respondida por eles com ameaças de tomar o mandato da deputada.

Apesar os esforços do vice-governador para reunificar a base do governo Brandão, a posição do PCdoB tem gerado empecilhos, sobretudo pela aliança com o deputado Othelino Neto (SDD), que está na oposição desde o ano passado.

Felipe anunciou oficialmente nesta segunda-feira, 3, seu rompimento político com Othelino.

PCdoB nega oposição

Em suas redes sociais, o presidente estadual do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry, declarou que o Podemos rejeitou a tentativa comunista de formação de bloco, restando ao partido apenas o Solidariedade.

Jerry nega que os comunistas já estejam na oposição.

 “O PCdoB não faz oposição ao governo Brandão, ao contrário. O bloco parlamentar, como esclarecido à exaustão, não é de oposição, mas um arranjo partidário no âmbito do Legislativo para ocupação de espaços na Casa”, explicou o parlamentar.

Jerry disse que trará informações nesta terça-feira, 4, para desfazer o que chamou de fake news sobre o partido…

Dinistas ignoram posse da mesa da Assembleia…

Solenidade ocorrida neste sábado, 1º, reuniu aliados da presidente Iracema Vale e deputados alinhados à base do governo Carlos Brandão, que mostraram unidade, indiferentes aos colegas insurgentes

 

FESTA DE PRESTÍGIO. Ao lado da comunista Ana do Gás, Iracema festeja posse, indiferente à ausência de insurgentes dinistas

Pelo menos oito deputados estaduais não compareceram à posse da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa; comandada pela presidente Iracema Vale (PSB) – que assumiu para mais um mandato de dois anos – a solenidade teve a presença maciça da base do governo Carlos Brandão (PSB).

Este blog Marco Aurélio d’Eça confirmou a ausência de oito deputados, entre dinistas e oposicionistas;

  • Othelino Neto (SDD) e Carlos Lula (PSB) estão em Brasília;
  • Leandro Bello (Podemos) descansa com a família em Barreirinhas;
  • Rodrigo Lago (PCdoB) postou foto em homenagem a um aliado no interior do estado;
  • Francisco Nagib passou por Codó e tem agenda política em vários municípios neste sábado, 1º;
  • Fernando Braide (SDD), Júlio Mendonça (PCdoB) e Ricardo Rios (PCdoB) não foram localizados. 

“A data não ajuda, mas não houve movimento para se ausentar; ocorreu normalmente. Eu, por exemplo, não iria legitimar este ato que contesto judicialmente”, justificou Othelino Neto, minimizando a questão.

A festa da pose de Iracema transcorreu com tranquilidade.

Indiferente à ausência dos dinistas…