0

Grupo Sarney derrota Flávio Dino e fica com o DNIT no Maranhão…

Ministro da Justiça tentava emplacar no cargo o aliado e ex-secretário de infraestrutura Clayton Noleto, mas o MDB reivindicou ao presidente Lula  a nomeação do ex-deputado federal João Marcelo Souza, filho do ex-senador João Alberto de Souza

 

Unido no MDB, grupo Sarney – com apoio dos Brandão – teve mais força que Dino para ficar com o controle do DNIT no Maranhão

O blog Marco Aurélio d’Eça vem mostrando desde o início do governo Lula (PT) aspectos de uma guerra surda entre o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) e o grupo do ex-presidente José Sarney pelo controle do DNIT no Maranhão.

Ainda me março, o Ensaio “Weverton ocupa espaços no governo Lula enquanto Dino disputa com Brandão e os Sarney…” mostrava que o ministro enfrentava resistência para nomear o ex-secretário de Infraestrutura Clayton Noleto para a superintendência do DNIT.

Em 18 de maio, matéria exclusiva do blog Marco Aurélio d’Eça deixava bem mais clara a “batalha de Dino com os Sarney pelo comando do DNIT no Maranhão”.

– O órgão sempre foi espaço do MDB maranhense, ligado historicamente ao grupo Sarney. Membros do grupo já até indicaram o ex-deputado João Marcelo, filho do ex-senador João Alberto, fiel aliado do ex-presidente José Sarney – dizia o post.

Na semana que passou, o MDB sarneysista ouviu do ministro dos Transportes, Renan Filho, e do próprio presidente Lula (PT) que o DNIT ficará mesmo sob o controle do grupo Sarney.

A Dino coube algumas compensações, como o Ibama, que ele decidiu distribuir entre aliados mais próximos a exemplo do ex-presidente da Assembleia Legislativa Othelino Neto (PCdoB).

E  MDB se mantém poderoso no setor de Transportes…

0

Lacrador nas redes sociais, Flávio Dino tem pouca ação efetiva no Ministério da Justiça

Ministro maranhense do governo Lula passa o dia em postagens no Instagram, Twitter e outras ferramentas de internet em bate-boca com bolsonaristas, gente de extrema direita e adversários políticos de todos os tipos, que reagem no mesmo tom, ridicularizando não apenas o titular, mas também um dos ministérios mais importantes da República; e, nessas brigas, faz promessas que nunca se cumpriram em seis meses à frente da pasta

 

A imagem da drag queen Kaká de Polly foi usada como sendo de Flávio Dino, o que provocou mais uma reação emotiva do ministro da Justiça nas redes socais

Análise da notícia

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) é o mais popular auxiliar do presidente Lula (PT) neste seis meses de governo petista; mas sua popularidade, muito medida nas redes sociais, não se reflete em ações efetivas em sua pasta. 

Segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, em seis meses de governo, Flávio Dino chegou a 2, 2 milhões de seguidores no Twitter e no Instagram, resultado direto de seus bate-bocas diários com bolsonaristas e extrema direita.

No mesmo período, porém, seu ministério apresentou apenas um Projeto de Lei – sobre o combate ao ouro ilegal – que chegou ao Congresso Nacional apenas no último dia 13 de junho.

Nenhuma das promessas feitas na superexposição nas redes sociais – que o transformam em lacrador de internet – foram cumpridas por Flávio Dino.

Logo que assumiu o posto no Ministério da Justiça, o comunista maranhense prometeu o chamado “Pacote Antigolpe”, um conjunto de quatro medidas para preservar o Estado Democrático de Direito.

Nenhuma destas ações saiu do papel.

Em seis meses à frente do ministério, nenhuma medida na área de Segurança Pública foi apresentada pela pasta de Dino, cujo excesso de lacração nas redes sociais incomoda até mesmo os membros do próprio governo Lula.

No bate-boca, troca de insultos e ameaças diárias que faz nas redes sociais, o ex-governador do Maranhão chega a ser ridicularizado por seguidores, que o provocam na mesma medida em que são ameaçados.

A última ridicularização foi apontá-lo como drag queen vestida de borboleta azul na Parada LGBTQIA+ de São Paulo, o que irritou fortemente o ministro; e como sempre, ele foi à mesma internet para mais uma reação emotiva.

– Estou pronto para enfrentar essa gente na floresta, no asfalto, nas redes e onde mais quiserem. Sou fiel aos meus princípios, à democracia e ao governo que eu tenho a honra de integrar. E friso o óbvio: respeito a liberdade de cada um ser e se vestir como quiser. O erro está na mentira como ferramenta de “luta política” – rebateu.

A foto usada para atacar o ministro é da drag Kaká de Polly, que morreu em janeiro, segundo mostrou o site da revista Fórum. (Leia aqui)

Antes disso, Dino reagiu também ao youtuber Monark, que o chamou de “bosta” e “Gordola”. (Entenda aqui)

Esta é a tônica do posicionamento de Flávio Dino nas redes socias: ameaça ao músico Roger Waters, do Pink Floid, por suposta apologia ao racismo; ameaça de uso da força contra os que atacaram o jogador Vinícius Jr.; ameaça de uso da Polícia Federal contra esquemas de apostas no futebol.

Ameaças e mais ameaças.

Curiosamente, na resposta ao youtuber Monark, Dino chegou a afirmar nas redes sociais: “raramente respondo a agressores e criminosos aqui. Estou sempre muito ocupado concretizando propostas e medidas, todos os dias, como presto contas nas redes sociais. Só não enxerga quem não quer.”

O Estadão não enxergou.

Com as ameaças e as reações nas redes sociais, o comunista vai se mesmerizando em Brasília, virando uma figura folclórica e sendo ridicularizado dia após dia.

Diminuindo o tamanho – com perdão do trocadilho – da própria pasta que comanda…

0

Exclusivo!!! Flávio Dino confirma a interlocutores seu afastamento de Brandão…

Ministro da Justiça mostra-se descontente com a entrega do MDB do grupo Sarney para o controle do governador e declara-se “desagradavelmente desconfortável” com a ascensão política do diretor da Assembleia Legislativa Marcus Brandão; a antecipação da reeleição de Iracema Vale na Assembleia também desagradou o ex-comunista, que tentou, sem sucesso, uma “revolta da base” encabeçada pelo agora secretário em Brasília, Othelino Neto

 

Flávio Dino ainda não rompeu com Carlos Brandão, mas demonstra cada vez mais abertamente sua chateação com os rumos políticos do aliado

O ministro da Justiça Flávio Dino tem manifestado cada vez mais abertamente o seu descontentamento com os rumos tomados pelo governo Carlos Brandão (PSB) desde a sua posse, em janeiro.

O ex-comunista não fala diretamente com os membros da bancada maranhense ou com lideranças do estado, mas trata do assunto abertamente com líderes políticos nacionais, que acabam repassando a informação às lideranças locais em Brasília.

– Não rompi, mas me afastei!!! – é a frase mais usada pelo ex-governador nas conversas com ministros, presidentes de partido e lideranças do Congresso Nacional. O problema é que estas lideranças acabam repassando a informação aos políticos maranhenses, que a espalham como rastilho de pólvora.

A mesma frase foi ouvida pelo blog Marco Aurélio d’Eça de pelo menos quatro membros da bancada maranhense ao longo da semana que passou; todos afirmam “um forte descontentamento de Flávio com Brandão”.

O motivo inicial do afastamento do ministro da Justiça foi a ascensão meteórica do irmão do governador, Marcus Brandão, futuro presidente do MDB no Maranhão.

Dino atribui a Marcus a demissão do ex-presidente da Emap, Ted Lago, seu homem de confiança e operador no Porto do Itaqui; esta decepção do ministro foi contada no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Demissão de Ted Lago foi a principal perda de Flávio Dino no governo Brandão”.

A chegada do irmão do governador ao MDB e a tomada de controle do partido ligado ao Grupo Sarney é outro motivo de irritação para o ministro da Justiça, que vê no movimento um “claro recado” de Carlos Brandão sobre o futuro político do seu grupo.

Além das queixas ao alto clero da política nacional em Brasília, Flávio Dino conta com dois disseminadores de suas chateações: o secretário-executivo do seu ministério, Ricardo Capelli, e o coordenador da bancada federal, deputado Márcio Jerry (PCdoB).

Cappeli e Jerry usam com deputados, senadores, secretários e prefeitos maranhenses a mesma frase usada por Dino sobre a relação com Brandão: “rompido não, mas afastado…”.

A reeleição antecipada da presidente da Assembleia Legislativa, Iracema Vale (PSB), foi outro motivo de irritação para o ministro da Justiça, que tentou, inclusive, um fracassado movimento de contraponto, usando o aliado Othelino Neto (PCdoB), hoje secretário de Representação do governo maranhense em Brasília.

O blog Marco Aurélio d’Eça acompanhou esses movimentos ao longo dos últimos 10 dias: com apoio de Dino, Othelino tentou emplacar o próprio nome como candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Iracema para o biênio 2025/2027.

O ex-presidente chegou a vir ao Maranhão, mas não encontrou ambiente para o levante, embarcando de volta a Brasília antes mesmo da votação da última sexta-feira, 16, gerando um fato inédito na história da Assembleia: pela primeira vez um suplente – no caso o petista Zé Inácio – votou na eleição da Mesa Diretora.

Todos esses movimentos são acompanhados à distancia por Flávio Dino, que esforça-se para manter a imagem de lideranças nacional.

Mas não deixa de se incomodar com as questões paroquiais…

0

Por que Flávio Dino trocaria a política pela vaga no STF?!?

Informação da jornalista Andreia Sadi – uma das mais informadas do país – chamou a atenção da classe política maranhense, que vê com estranheza uma “aposentadoria” precoce do ministro da Justiça, situação que alteraria todo o jogo de poder político no Maranhão nos próximos 20 anos

 

Nomeação de Dino para o STF seria a forma de Lula se livrar do maranhense na sucessão de 2026

Análise da notícia

A jornalista Andreia Sadi, uma das mais informadas do país, cravou esta semana em suas redes sociais e em participação na Globonews: “o ministro da Justiça Flávio Dino é um dos interessados dentro do governo Lula na próxima vaga a ser aberta no Supremo Tribunal Federal, em outubro”. (Leia aqui)

A vaga em questão será aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, em outubro; segundo Sadi, além de Dino, têm interesse na vaga o ministro dos Direitos Humanos , Sílvio Almeida, o presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e o presidente do Superior Tribunal de Justiça, Benedito Gonçalves.

Mas por que Flávio Dino abriria mão de uma trajetória já consolidada na política e com amplas perspectivas de poder, inclusive nacional?

Em primeira análise, e não desmerecendo a credibilidade da jornalista global, é difícil acreditar que o ex-governador maranhense trabalhe para si próprio a vaga no STF; pelo menos esta próxima, de outubro.

Mas não é a primeira vez que o nome do ministro surge como opção para o Supremo, inclusive com repercussão nos veículos de comunicação maranhenses. (Leia aqui e aqui)

É preciso perceber que a informação de Sadi se dá dentro do contexto de bombardeio a recente trajetória política de Dino em Brasília, retratada, inclusive, pela última edição da revista Veja.

O ministro da Justiça do governo Lula tem colecionado inimigos dentro e fora do governo, a exemplo do chefe da Casa Civil, Ruy Costa (PT-AL) e do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL); e é visto como empecilho aos planos de poder do PT já nas eleições de 2026, que pode representar a reeleição ou a sucessão de Lula.

Este blog Marco Aurélio d’Eça foi o primeiro a abordar as arestas criadas pelo maranhense, já nos primeiros dias de governo, no post “Flávio Dino tenta ofuscar o brilho de Lulae  quebra a primeira lei do poder…”.

Levando em consideração a absoluta verdade na informação de Andreia Sadi, a ida de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal mudaria o cenário de poder político no Maranhão.

Em primeiro lugar, com assento no STF, o ex-governador ficaria proibido de atuar na política partidária propriamente dita, pelo menos à luz dos holofotes, o que reforçaria o projeto de poder do atual governador Carlos Brandão (PSB).

Sem Dino como líder político de fato no Maranhão, a guerra de sucessores traria de volta ao ringue o grupo Sarney e outros nomes hoje com repercussão política, incluindo o senador  Weverton Rocha (PDT) e o deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), cuja mulher, Ana Paula Lobato (PSB), herdaria definitivamente a cadeira no Senado Federal.

Mas esta é uma outra história…

0

Mídia nacional vê em Flávio Dino, só agora, o que este blog viu ainda em janeiro

Superexposição do ministro da Justiça, mostrada por Marco Aurélio d’Eça logo no início do mandato do presidente Lula é percebida agora por veículos como a  revista Veja, que mostra os riscos do maranhense no embate contra bolsonaristas e o incômodo da própria base aliada com a sua movimentação

 

Matéria de Veja mostra os riscos da tentativa de “lacração” diária de Flávio Dino em Brasília

Análise da notícia

Este blog Marco Aurélio d’Eça fez um alerta a Flávio Dino (PSB) e aos seus aliados maranhenses – ainda em 1º de fevereiro – sobre os riscos que ele corria ao se expor desnecessariamente como superministro do governo Lula (PT); o alerta foi exposto no post “Flávio Dino tenta ofuscar brilho de Lula e quebra a primeira lei do poder…”

De lá para cá – passados cincos meses – este blog continuou a apontar os riscos da superexposição de Dino e os riscos de sua falta de inteligência emocional, embora brilhante cultural e intelectualmente.

Em 10 de fevereiro, esse risco foi apontado no post “Postura reativa de Flávio Dino diminui seu tamanho em Brasília…”; mais recentemente, em 12 de abril, novo alerta, no Ensaio “Flávio Dino perde mais do que ganha com superexposição…”

Nesta sexta-feira, 9, a edição deste fim de semana da revista Veja traz exatamente a mesma análise feita lá atrás pelo blog Marco Aurélio d’Eça.

Em uma ampla reportagem assinada por João Pedroso de Campos, Veja mostra que Flávio Dino sofre as consequências de sua superexposição, agora como alvo de bolsonaristas “e incômodo para aliados dentro e fora do Planalto” .

Na análise de Veja, o que era visto como positivo para Dino no início do mandato – há pedidos de 58 audiências com ele no Congresso – passou a ser visto como ameaça; hoje, segundo Veja, oposição e aliados veem na performance do ministro “piadinhas e tentativa de lacrar”.

– Se no Congresso o ambiente anda hostil para Flávio Dino, dentro do governo há também arestas entre ele e colegas – diz a reportagem, que aponta o chefe da Casa Civil, Rui Costa, como principal desafeto; outro desafeto citado por Veja é o ministro das Comunicações Juscelino Filho, alvo de Dino desde o início do governo Lula, como mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Tentativa de derrubada de Juscelino parte do Maranhão, dizem aliados…”.

Recentemente, Dino ganhou novo desafeto de peso: o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL); o blog Marco Aurélio d’Eça também abordou este assunto, no post “Arthur Lira virou pedra no sapato de Flávio Dino…”.

Na primeira análise sobre a superexposição de Flávio Dino em Brasília, o blog Marco Aurélio d’Eça apontou que petistas veem Dino brilhando mais que Lula no jogo de poder em Brasília; aponta o blog:

– Estatística do partido diz que, no primeiro mês de governo Lula, Flávio Dino apareceu duas vezes mais que o próprio presidente no Jornal Nacional, da Rede Globo, exemplo maior da exposição pública no Brasil .

A Veja também vê nos holofotes a que Dino está exposto “motivo de rusgas e ‘fogo amigo’ à esquerda”.

Flávio Dino tem tentado sair um pouco da ribalta, mas sua onipresença no início do governo tornou-o alvo fácil de adversários.

Agora ele terá que se livrar desta pressão cada vez mais crescente à medida que se aproxima a sucessão do próprio Lula.

Como lembra a Veja, tarefa difícil até para um dos vingadores…

Leia aqui a íntegra da reportagem de Veja

0

Arthur Lira virou pedra no sapato de Flávio Dino…

Presidente da Câmara Federal teria sido o responsável pela presença do ministro da Justiça na lista de depoentes da CPMI do 8 de janeiro – fato que incomodou fortemente o governo Lula e sua base aliada no Congresso -, em provável represália à ação da Polícia Federal em, Alagoas, na semana passada

 

Mídia nacional aponta Arthur Lira como responsável pela chamada de Flávio Dino à CPMI do 8 de Janeiro

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) parece ter encontrado em Brasília um adversário à altura de seu autoritarismo; o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP-AL), decidiu mesmo disparar as baterias contra o maranhense.

A mídia nacional dá inclusão de Dino entre os depoentes da CPMI do 8 de janeiro como obra de Lira, em represália à ação da Polícia Federal em Alagoas, semana passada; o presidente da Câmara acusa o ministro da Justiça de usar a PF contra seus aliados.

Flávio Dino vai depor na condição de convidados, mas o convite individual a ele antecipa sua presença na CPMI; seu nome já tinha sido incluído na lista, mas em um grupo de pessoas, o que levaria tempo para sua presença na comissão.

A inclusão individual, ainda que como convidado, apressa a oitiva com o ministro.

A presença de Dino na CPMI incomodou fortemente a base do governo Lula (PT) no Congresso Nacional.

Mas deixa claro que Flávio Dino pode ter pego em fio pelado no embate direto com Arthur Lira…

0

Hegemonia de Brandão pode ser péssima para o estado, analisa Joaquim Haickel…

Em artigo divulgado neste fim de semana, ex-deputado analisa que a força política do atual governador – construída “em cima de escombros de grupos políticos outrora poderosos” – traz sérios e graves problemas de manutenção, inclusive a curto e médio prazos; no texto, o escritor reserva farpas também para o grupo Sarney, Flávio Dino e até para o prefeito Eduardo Braide

 

Joaquim Haickel analisou a política atual de cima abaixo, apontando situações e construindo cenários

O ex-deputado federal, estadual e ex-secretário de Cultura, Esporte e Comunicação Joaquim Haickel analisou neste sábado, 3, o poderio político adquirido pelo governador Carlos Brandão (PSB) em apenas cinco meses de mandato.

E acha que esta hegemonia pode ser péssimo para a política maranhense.

Para Haickel, a construção da hegemonia de Brandão – em cima de escombros do que outrora foram grupos poderosos – terá problemas de manutenção, normalmente ligados ao aspecto financeiro de um grupo gigantesco, onde cada uma de suas partes reivindica um cadinho.

– No caso desse tipo de hegemonia, o que ocorre é que quem perdeu o protagonismo só aguarda a dissolução dela, só espera que o tempo passe para voltar ao centro das atenções como salvador da pátria – diz ele, numa clara referência ao ministro da Justiça Flávio Dino (PSB), embora não cite o seu nome em nenhum trecho do artigo.

Em seu artigo, que analisa também a política nacional, vê o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como um arremedo senil do que fora em seus dois primeiros mandatos, e ministros desequilibrados  e destemperados, mesmo querendo vender-se como líderes, “faróis na noite escura da política brasileira”.

Haickel reserva um capítulo dos eu artigo para o prefeito Eduardo Braide (PSD), a quem vê como político relevante, mas sem grupo.

– Ele [Braide] sozinho configura-se como uma equação politicamente inexequível, mesmo que tenha boa perspectiva eleitoral a curto prazo – analisa Joaquim Haickel.

O ex-parlamentar louva a articulação do deputado federal Cleber Verde, que deseja candidatar Braide pelo MDB, mas ressalta que, hoje pertencente à base do governo Brandão, o partido ainda tem na deputada federal Roseana Sarney a sua principal força.

– Apesar de ter perdido o poder, por vários e vários motivos, juntamente com seu agora reduzido grupo, [Roseana] ainda é uma força que não pode ser descartada – frisou.

Consciente da força de suas palavras, Haickel faz, ele próprio, uma ressalva às suas reminiscências, mostrando-se atento ao que pode ser interpretado a partir delas.

– Como disse antes, pessoas como eu normalmente desagradam a todos, não por simplesmente estarem erradas, pois quem está errado nem é levado em consideração, mas por dizerem verdades, coisas que normalmente incomodam – concluiu o membro da Academia Maranhense de Letras.

Abaixo, a íntegra do artigo:

Sobre verdade e política, a pedidos

Alguns amigos meus, frequentemente, têm me pedido que volte a escrever sobre política, assunto que tenho evitado pelo imenso grau de radicalização que esse setor sofreu nos últimos tempos e pelo fato de eu dizer coisas que acabam desagradando a todos, característica peculiar das pessoas que falam verdades, e verdades geralmente não são coisas agradáveis de serem ouvidas, e que transformam quem as dizem em personas non gratas, coisa que eu não desejo ser.

Nos últimos tempos tenho me dedicado exclusivamente aos meus projetos cinematográficos que estão em andamento, uma vez que os negócios de minha família estão sendo tocados, e muito bem, diga-se de passagem, por meu irmão e minha esposa. Mas como meus filmes me deram uma folguinha nos últimos dias, até porque essa atividade, de tempos em tempos, exige certo distanciamento, para que se possa ver as coisas em perspectiva, resolvi parar para analisar alguns poucos aspectos da política, assunto que como todos sabem, muito me agrada, principalmente em seu aspecto estratégico e filosófico, uma vez que, já faz algum tempo, sou completamente refratário à prática diária da política, o tal corpo a corpo.

A política nacional está uma verdadeira loucura. Lula que era um craque da política, no bom e no mau sentido, dá claros sinais de senilidade, falando e fazendo coisas que nem ele mesmo aceitaria, mesmo em seu piores momentos.

Alguns de seus ministros, ouviram o sino tocar, mas não conseguem encontrar a igreja, enquanto outros, estes competentes e bem-preparados, tropeçam em suas idiossincrasias mais atávicas e acabam por demonstrar desequilíbrio e destempero, características que não podem estar presentes no perfil daqueles que desejam ser verdadeiros líderes, faróis na noite escura da política brasileira.

O poder legislativo no âmbito federal, mais do que nunca é um balcão de negócios. Seus comandantes ou são covardes oportunistas ou são ávidos negocistas. É triste esse panorama.

No âmbito estadual, nunca se viu uma situação de tamanha hegemonia. Não que eu me lembre. Mas isso que pode ser muito bom por um lado, pode ser péssimo por outro. Eu explico, ou pelo menos vou tentar.

Quando se atinge a hegemonia através de uma luta renhida, uma disputa “sangrenta”, quando ela é resultado de uma conquista monumental, ela normalmente é boa e as partes, as facções, as pessoas que compõem esse grupo, sabem o que as levaram até ali e têm um compromisso maior.

Quando a hegemonia é decorrente da dissolução dos grupos políticos anteriormente constituídos, quando ela é construída nos escombros do que havia antes, mesmo que ela tenha a frente um líder experiente, cauteloso e bem-intencionado, como é o caso de Carlos Brandão, ela é na verdade uma hegemonia frágil, que até aparenta ser forte, mas que traz sérios e graves problemas de manutenção, normalmente ligados ao aspecto financeiro de um grupo gigantesco, onde cada uma de suas partes reivindica um cadinho, deixando por conta do seu comandante a solução de problemas gigantescos e quase insolúveis a curto e médio prazo.

No caso desse tipo de hegemonia, o que ocorre é que quem perdeu o protagonismo só aguarda a dissolução dela, só espera que o tempo passe para voltar ao centro das atenções como salvador da pátria.

Comentei esse fato com um amigo e ele me perguntou qual seria a solução para esse problema e eu disse que a solução, em primeiro lugar é reconhecer que há um problema, pois muitos não conseguem perceber e outros, os que percebem, tiram proveito disso e, portanto, não se importam.
A segunda coisa que deve ser feita nesses casos é a escolha de seu efetivo, não falo de amigos ou parentes, falo de um exército capaz de enfrentar o por vir, pois numa hegemonia pouca gente se preocupa com isso.

A eleição de prefeitos do ano que vem é a primeira trincheira e será mais do que nunca decisiva para o futuro da política local, e veja que isso não é uma questão de semântica! É uma questão de prática, tanto que acredito que quem melhor esteja pensando nisso seja o deputado Kleber Verde, que deseja candidatar o prefeito Eduardo Braide, pelo MDB.

Braide é um político relevante, mas não tem um grupo em torno de si, não tem uma base sólida, que o apoie. Ele sozinho configura-se como uma equação politicamente inexequível, mesmo que tenha boa perspectiva eleitoral a curto prazo.

Nesse cenário, lembro que o MDB hoje pertence a base mais bem alicerçada do governo. Partido que já foi comandado pela então governadora Roseana Sarney, que apesar de ter perdido o poder, por vários e vários motivos, juntamente com seu agora reduzido grupo, ainda é uma força que não pode ser descartada.

Como disse antes, pessoas como eu normalmente desagradam a todos, não por simplesmente estarem erradas, pois quem está errado nem é levado em consideração, mas por dizerem verdades, coisas que normalmente incomodam.

Mas vá lá! Seja o que Deus quiser, se é que ele se mete nessas coisas.

Joaquim Haickel

Cineasta e membro da Academia Maranhense de Letras

0

Arthur Lira mostra força, enquadra Flávio Dino e deve ganhar pasta no ministério de Lula

Irritado com o que acredita ser aparelhamento do ministro da Justiça na Polícia Federal, presidente da Câmara emparedou o governo petista e será agraciado com cargos no primeiro escalão, já em fase de negociação com o União Brasil

 

Arthur Lira emparedou o governo Lula e deve ganhar ministério para o aliado Celso Sabino

O presidente da Câmara Federal deputado Arthur Lira (PP) mostrou forte poder de reação ao governo Lula (PT) e conseguiu abocanhar uma pasta no ministério.

Irritado com o que entende ser aparelhamento do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) na Polícia Federal – resultando em uma operação em Alagoas, na semana que passou – o deputado criou dificuldades para aprovação de projetos governistas na Câmara, deixou claro seu descontentamento e dobrou Lula e o PT.

A ira de Lira foi revelada neste blog Marco Aurélio d’Eça no post “Classe política de Brasília desconfia que Dino usa a Polícia Federal contra adversários…”

O governo dará a Arthur Lira uma pasta no Ministério, que deve ser tirada do União Brasil, partido que apoia o presidente desde o início do mandato; a pasta a ser escolhida por Lira continuará sob a tutela da legenda, mas terá á frente um aliado pessoal dele, o deputado Celso Sabino (PA).

Mas a movimentação do presidente da Câmara é de interesse do próprio Flávio Dino, que vê no avanço uma oportunidade para tirar o deputado federal Juscelino Filho do Ministério das Comunicações; Dino não tolera ter outro maranhense em uma pasta ao seu lado, e usa aliados para minar o deputado do União Brasil desde sua posse.

Aliado do senador Weverton Rocha (PDT), Juscelino é da cota do ex-presidente do Sendo, Davi Alcolumbre (União-AP) e é defendido pela própria bancada do partido, que prefere trocar a ministra do Turismo, Daniela Carneiro.

A guerra entre Lira e Flávio Dino – e entre Flávio Dino e o União Brasil – deve ter desdobramentos já neste fim de semana.

E dará um tom das relações do ministro da Justiça com a bancada maranhense…

0

Classe política de Brasília já desconfia que Flávio Dino usa a PF contra adversários do governo

Responsabilizando o ministro da Justiça pela relação ruim com o Governo Lula, presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, chegou a conversar com o próprio Dino sobre a “coincidência de datas” entre a votação da Medida Provisória da estruturação dos ministérios e uma operação policial em Alagoas, base eleitoral do parlamentar

 

Arthur Lira está desconfiado que Flávio Dino use a Polícia Federal para forçá-lo a apoiar medidas do governo Lula na Câmara

Análise da notícia

O que o Maranhão inteiro já tinha conhecimento desde 2018 – a suspeita de que o agora ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) usa estruturas de segurança a seu dispor contra adversários – começa a ganhar corpo entre a classe política de Brasília.

Setores da imprensa nacional apontam, nesta sexta-feira, 2, que Dino seria o pivô da crise de relacionamento entre o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), e o governo Lula (PT).

Lira acusa Dino de usar a estrutura da Polícia Federal para pressioná-lo a agir em favor do governo na Câmara.

Segundo a mídia nacional, Lira chegou a questionar ao próprio Dino da coincidência de datas da votação da Medida Provisória da reestruturação dos ministérios e uma operação da Polícia Federal em Alagoas, no início da semana.  (Entenda aqui)

O presidente da Câmara não é a primeira liderança política de Brasília a suspeitar que Dino espione adversários – e até aliados – do Governo Federal; em março, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) acusou o ministro da Justiça de ter sido nomeado para o cargo só “após fazer chantagem contra Lula e o PT”. (Leia aqui)

A fama de que Flávio Dino usa o aparelho estatal para espionar aliados e adversários começou logo após o início de seu primeiro mandato, em 2015.

Mas a prova mais consistente desta operação surgiu em 2018, quando o blog Marco Aurélio d’Eça revelou, em, primeira mão, documento do comando da Polícia Militar determinando que os quarteis no interior monitorassem “lideranças não alinhadas ao governo Flávio Dino”.

O caso chegou a ganhar repercussão nacional mas foi abafado no Maranhão pela força estrutural que Dino mantém não apenas no setor político, mas no Judiciário e no Ministério Público.

A desconfiança de que ele mantenha aparato de arapongagem em benefício próprio, no entanto, começa a tornar-se cada vez mais público em Brasília, diante da exposição midiática a que o maranhense está submetido.

E espera-se que, finalmente, tire-se essa suspeita de espionagem a limpo.

De uma vez por todas…

0

Imagem do dia: Marcos do Val debocha de Flávio Dino com postagem hetero-top, mas pode ter quebrado o decoro

Senador divulga em suas redes sociais fotos suas ao lado das do ministro da Justiça, ambos de sunga, com mensagens subliminares com claro apelo sexual, machista e sexista, o que afronta a postura exigida de um representante do Senado Federal

 

A postagem lacração do tipo hetero-top-cis-alfa de Marcos do Val; colegial perde…

O senador  Marcos do Val (Podemos-ES) tentou nesta quinta-feira, 1º, fazer mais uma gracinha com o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) – de quem é desafeto – mas pode ter ultrapassado os limites do decoro parlamentar.

Em suas redes sociais, Do Val postou foto sua, apenas de sunga, ao lado da foto de Flávio Dino, também apenas de sunga de banho, com uma mensagem clara.

– Cada um usa a arma que tem – disse o senador, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acrescentando, erradamente, um circunflexo na palavra tem.

Ficou claro o tom de deboche do senador em relação ao ministro da Justiça, coisa típica de colegial secundarista em busca de lacração, que recebeu até algumas curtidas no instagram.

Mas ao comparar, de forma debochada, os atributos sexuais seus com o do ministro, ele pode ter extrapolado os limites do decoro parlamentar para além da postura “macho-alfa-hetero-cis”.

Dino não se manifestou sobre a “lacração” do senador bolsonarista…