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Promessas e consequências….

Advogado aborda neste texto a incidência da improbidade no não cumprimento dos compromissos eleitorais

 

Bruno Duailibe*

Não sei se você já se deu conta, mas está faltando menos de um ano para o horário eleitoral “gratuito” invadir a sua residência.

Nesse passo, em tempos de campanhas eleitorais marcadas pela hegemonia do marketing, vende-se a imagem de candidatos ideais, cujas propostas podem ir do utópico ao conto de fadas.

Promessa de candidato, todavia, não pode ser vista como “palavras soltas ao vento”. Na verdade, é um compromisso que se insere nas cláusulas do mandato que é conferido aos eleitos por força da confiança depositada nas urnas.

No contexto nacional, sua importância foi reconhecida, ao se impor a todos os candidatos do Poder Executivo a obrigação de registrar o plano de governo junto à Justiça Eleitoral. Assim, cidadãos podem acessar as informações para vigiar inoperâncias, incompetências e – por que não dizer – improbidades do agente político que, no exercício do cargo, toma medidas contrárias às suas promessas ou que simplesmente esquece da sua plataforma.

Ainda que essa obrigação seja um mecanismo de transparência, ela possui limitações, por não estabelecer sanções expressas para eventual inobservância das propostas que foram registradas.

Em parte, isso também ocorre porque nós, cidadãos brasileiros, estamos (ainda) carentes de instrumentos de democracia semidireta para que possamos agir, diante do desvio de poder.

Para que se tenha um parâmetro, em alguns estados norte-americanos, um político pode ser destituído, pelo povo, se deixar de cumprir os compromissos eleitorais que assumiu em campanha.

Instrumento com efeitos mais enérgicos existe no ordenamento de alguns cantões suíços, ao conferir ao povo o direito de revogação (Abberufungsrecht), através do qual o Poder Legislativo pode ser dissolvido e convocada nova assembleia constituinte.

Já tivemos propostas que previam a inelegibilidade e eventual perda do mandato em casos de quebra dos compromissos eleitorais, a exemplo do Projeto de Lei Complementar nº 594/2010, que veio a ser arquivado pela Câmara dos Deputados.

Como esses instrumentos sofrem críticas em torno da desestabilização que podem causar ao poder, acredito que se deve consagrar o descumprimento de propostas eleitorais como um ato ímprobo.

A profundidade axiológica do princípio da moralidade confere essa possibilidade. Com efeito, olvidar, desvirtuar ou contrariar programas de governo afrontam a lealdade e a boa-fé que estão encerradas pelo referido princípio constitucional.

Assim, promessa de campanha não cumprida, para além de dívida, tem que ser vista também como ato de improbidade administrativa, e sua desonra, cobrada com o rigor necessário.

*Advogado graduado pela Universidade Federal do Maranhão. Pós-Graduado em Direito Processual Civil no ICAT-UNIDF e pós-graduando em Direito Eleitoral pelo Instituto Brasiliense de Direito Público-IDP

Publicado originalmente no portal Congresso em Foco

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Timon: Juiz eleitoral vai examinar imagens em processo contra Leitoa…

Magistrado solicitou imagens do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal  geradas no período de 19 de agosto a 2 de setembro para averiguar denúncias de doações irregulares à campanha do prefeito eleito

 

Luciano Leitoa tem a campanha questionada na Justiça Eleitoral

Em despacho publicado nesta quinta-feira (2), o juiz eleitoral de Timon, Rogério Monteles da Costa, requereu todas as imagens dos sistemas de câmeras das agências do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal de Timon, geradas no período de 19 de agosto e 02 de setembro de 2016.

A solicitação visa apurar denúncias de doações irregulares feitas durante a campanha eleitoral de 2016, em benefício do atual prefeito do município, Luciano Leitoa (PSB).

As suspeitas em relação a campanha de Leitoa surgiram a partir de dados da prestação de contas de campanha apresentadas.

No item Receitas da Representação o documento informa que as doações foram feitas em apenas quatro datas, durante o período de greve dos bancos. Mesmo com as agências fechadas, 58 pessoas conseguiram ter acesso para fazer a doação em espécie. Além disso, existem quatro doações de beneficiários do Programa Bolsa Família; doadores sem CPF; doações de pessoas sem capacidade financeira; presença de cheques sem fundos; gastos eleitorais antes da abertura da conta de campanha; quase mil omissões eleitorais, entre outras irregularidades.

A decisão do juiz eleitoral atendeu a representação feita pelos advogados do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), que requerem a condenação dos representados por captação e utilização ilícita de recursos (artigo 30-A da Lei das Eleições), com a consequente cassação dos diplomas e demais efeitos legais.

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Alexandre Almeida obtém vitória no Tribunal Superior Eleitoral…

Alexandre Almeida vendeu no TSE

Uma semana após decisão favorável proferida pelo juiz da 19ª Zona Eleitoral de Timon, Rogério Monteles da Costa, que desfez mais um factoide criado contra Alexandre Almeida (PSD) e a Coligação “Unidos Somos Mais Fortes”, o parlamentar recebeu a notícia de mais uma vitória, dessa vez no Tribunal Superior Eleitoral, que lhe deu ganho de causa em uma ação que o acusava de ter feito propaganda antecipada durante uma entrevista na TV.

A ação foi movida pelo Ministério Público do Estado do Maranhão após denúncia feita pelo servidor comissionado da prefeitura de Timon, Marlon Barros, após a participação de Alexandre Almeida em uma entrevista na TV Meio Norte.

No trecho que foi denunciado como propaganda antecipada Alexandre Almeida diz: “E é esta oportunidade que eu peço, eu só quero uma oportunidade para mostrar que é possível fazermos uma administração que de fato resolva os problemas históricos de Timon e mais que isso, ofereça uma vida melhor para todos os timonenses”.

A decisão do ministro Herman Benjamin, relator do processo no TSE, diz que “percebe-se que o mencionado trecho da entrevista até pode haver um pedido implícito de voto ou uma menção subliminar à pretensa candidatura, mas isto não basta para a configuração da propaganda antecipada, nos termos da legislação vigente”.

Alexandre Almeida comemorou a decisão afirmando que “mais uma vez a Justiça foi feita. Tudo o que está acontecendo a partir das decisões judiciais é a comprovação de que fizemos uma campanha respeitando a lei, limpa e propositiva”.

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Dois vereadores no comando de prefeituras…

Os presidentes das Câmaras de Dom Pedro e de bacuri vão responder pela gestão dos municípios até que a Justiça Eleitoral resolva a questão eleitoral nas duas cidades

 

Rosa Nogueira vai comandar Dom Pedro

A vereadora Rosa Nogueira e o vereador Mauro Mendonça respondem, desde domingo, pela gestão dos municípios de Dom Pedro e Bacuri, respectivamente,

Nestas duas cidades, os candidatos que tiveram a maior votação na eleição de outubro estão com a candidatura sub judice.

Presidentes das respectivas câmaras de seus municípios, Rosa Nogueira e Mauro Mendonça serão prefeitos até que a Justiça Eleitoral decida como resolver a questão eleitoral nos dois municípios.

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Juiz diz que ações contra eleitos aprimoram o processo eleitoral…

Titular da 10ª Zona Eleitoral de São Luís, José Ribamar D’Oliveira Costa Júnior frisou que os questionamentos ao resultado do pleito são “desdobramentos” naturais das eleições

 

Diplomação dos eleitos foi realizada no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana

O juiz da 10ª Zona Eleitoral de São Luís, José Ribamar D’Oliveira Costa júnior ressaltou, durante solenidade de diplomação dos eleitos em São Luís, que o Tribunal Regional Eleitoral fez sua parte para que a vontade do eleitor fosse respeitada.

– É verdade que vivemos tempos difíceis com o país atravessando uma das piores crises econômica, política e social, como certa instabilidade entre os poderes da República, mas, apesar de tudo, inclusive com contingenciamento de recursos, conseguimos atravessar esse mar revolto com a normalidade necessária para assegurar que a legítima vontade popular dentro do devido processo legal fosse respeitada – declarou, em discurso.

Costa Júnior frisou, porém que o desdobramento natural desse processo eleitoral são os questionamentos do resultado, “através das representações e ações judiciais que também servem para aprimorá-lo”.

Edivaldo Júnior usou a máquina para comprar votos,s segundo provas apresentadas por Braide

O deputado Eduardo Braide (PMN), segundo colocado na disputa em São Luís, apresentou no início da semana ação de cassação do prefeito reeleito Edivaldo Júnior (PDT), exatamente por entender que o pedetista manipulou a vontade popular.

A ação de Braide elenca uma série de provas de que Holandinha comprou votos e usou a máquina administrativa para influenciar a vontade do eleitor. (Releia aqui, aqui e aqui)

Além da ação do deputado contra o prefeito, o próprio TRE ainda vai ter que analisar a situação dos vereadores Aldir Júnior (PR), Nato Júnior (PP) e Beto Castro (PROS), cujas prestações de contas foram rejeitadas pela Justiça Eleitoral.

O juiz Costa Júnior presidiu a solenidade de diplomação dos eleitos, representando a Corte Eleitoral maranhense…

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Nem Zé Vieira, nem Roberto Costa… Bacabal terá prefeito “tampão”

Zé Vieira teve mais votos, mas Cota acha que será o prefeito

O ex-prefeito José Vieira,  do PP, teve a maioria dos votos do município de Bacabal na eleição de outubro.

Mas sua candidatura está sub judice.

O deputado estadual Roberto Costa, do PMDB, ficou em segundo lugar, mas acredita estar eleito por que os votos do adversário serão anulados.

Enquanto não resolve a questão, a Justiça Eleitoral encontrou uma solução paliativa em Bacabal.

E decidiu que o presidente da Câmara eleito em 1º de janeiro responderá pelo município…

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Eduardo Braide vai pedir a cassação do mandato de Holandinha…

Deputado anuncia ação judicial contra a eleição do prefeito Edivaldo Júnior, por abuso de poder econômico e compra de votos e diz que a eleição de 2016 “foi a mais viciada da história do Maranhão”

 

Edivaldo Júnior com Cleyton Nolketo e vereadores nos bairros: flagrante de uso da máquina

Edivaldo Júnior com Clayton Noleto e vereadores nos bairros: flagrante de uso da máquina

O deputado Eduardo Braide (PMN) já catalogou todas as provas e documentações para uma ação de cassação do mandato do prefeito Edivaldo Júnior (PDT).

E deve apresentá-la à Justiça ainda este ano.

– Não há dúvidas que houve abuso político e abuso de poder econômico na eleição de São Luís – afirmou o ex-candidato a prefeito, em entrevista à rádio Capital, no último sábado.

Embora não tenha ainda dado detalhes de sua ação, Eduardo Braide se baseia em um tripé para formatar a denúncia contra Holandinha.

1 – as denúncias de compra de votos que marcaram todo o segundo turno, com publicações, inclusive, deste blog; (Saiba mais aqui, aqui e aqui)

2 – a ostensiva ação da prefeitura em asfaltamento em bairros, com a  presença de políticos pedindo votos; e sumiço dessas obras logo após o fim do segundo turno; (Relembre aqui e aqui)

3 – a revelação de que o governador Flávio Dino (PCdoB) retirou o “Mais Asfalto” do orçamento de 2017, caracterizando que este programa foi usado apenas com fins eleitoreiros, em São Luís e no interior. (Releia aqui)

Braide eresistiu até o final contra a ação de duas máquinas operando contra ele...

Eduardo Braide resistiu até o final contra a ação de duas máquinas operando contra ele…

– Há muito não se assistia no Maranhão uma eleição tão viciada quanto esta de 2016, em que os governos do estado e a prefeitura municipal, despudoradamente, usaram todas as suas estruturas para derrotar um adversário – declarou Eduardo Braide.

As ações do ex-candidato serão protocoladas não só no TRE maranhense, mas também diretamente no TSE.

É aguardar e conferir…

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Reeleito, Edivaldo enfrenta 11 ações por crime eleitoral…

Prefeito pedetista vai ter que se defender, agora, de várias acusações por crime eleitoral, abuso do poder econômico e compra de votos, em ações que tramitam desde o primeiro turno; nenhuma delas sequer foi ainda analisada pelo TRE

 

doresPara este blog, não há dúvidas de que Edivaldo Júnior (PDT) comprou a eleição de São Luís – de forma velada, disfarçada ou escancarada.

E foram várias as provas de crimes eleitorais de Holandinha publicadas neste blog. (Releia aqui, aqui e aqui)

No Tribunal Regional Eleitoral tramitam nada menos que 11 ações contra Edivaldo Júnior, que vão desde denúncia de compra de votos, passando por abuso de poder econômico e abuso da máquina pública.

E tudo nas barbas da Justiça Eleitoral, que sequer chegou a analisar qualquer uma destas ações.

Leia também:

E a compra de votos se espalha por São Luís…

Eleitores denunciam compra de votos em SL…

Você vai pagar a conta, eleitor…

É robusto o catatau de documentos apresentados pelos adversários contra a campanha de Holandinha – no primeiro e no segundo turnos.

E o próprio resultado das eleições mostra que Edivaldo precisou mesmo estuprar o processo eleitoral para conseguir no novo mandato. (Saiba aqui)

As ações contra Edivaldo ainda estão em fase incipiente  devem tramitar até o TSE.

O prefeito conta com auxílio de aliados importantes para frear as ações nos bastidores da leniente Justiça Eleitoral.

Mas que terá dor de cabeça, não há dúvida de que terá…

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Agora lascou!!! Edivaldo tenta no TRE cancelar o debate da TV Guará…

Em ato de desespero na reta final de campanha o candidato do PDT quer, inclusive, impedir que se noticie que o programa foi cancelado; O próprio pedetista passou a semana chamando para o “confronto cara a cara” com Eduardo Braide

 

Edivaldo não segurou o desespero e a cara de macho

Edivaldo não segurou o desespero e a cara de macho

O prefeito Edivaldo Júnior (PDT) está desde o final da tarde desta quinta-feira, 20, tentando impedir a realização do debate da TV Guará, marcado para a noite desta quinbta-feira, 20.

O pedetista entrou com pedido de cancelamento na 90ª Zona Eleitoral, presidida pelo juiz Adinaldo Cavalcante.

A ideia é impedir, inclusive, que se noticie o cancelamento do programa a pedido do prefeito.

Ainda não há decisão.

A direção da TV Guará mantém a programação até segunda ordem.

O candidato Eduardo Braide (PMN) também confirmou que vai ao local marcado, esperar pelo prefeito, que passou a semana desafiano-lhe para “o debate cara a cara.

Mas ao que tudo indica, não haverá debate…

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Multa para quem publicou pesquisa proibida pode chegar a R$ 106 mil…

Vários blogs e aliados do prefeito Edivaldo Júnior, em redes sociais, divulgaram pesquisa Econométrica que havia sido proibida pelo juiz da 90ª Eleitoral por suspeita de fraude; todos incorreram no artigo 33 da Lei nº 9.54/97

 

John Cutrim desrespeitou a Justiça Eleitoral e publicou pesquisa proibida

Cutrim desrespeitou a Justiça e publicou pesquisa proibida para favorecer Edivaldo Júnior

Varia entre 50 mil UFIR e 100 mil UFIR (algo como R$ 53 mil e R$ 106 mil) a multa para quem publicou, nesta sexta-feira, 14, o resultado da pesquisa Econométrica, que havia sido proibida ontem pelo juiz Adinaldo Ataídes Cavalcante, da 90ª Zona Eleitoral.

O artigo prever detenção de seis meses a um ano.

A pesquisa, contratada pelo jornalista John Cutrim – que é assessor da Secretaria de Comunicação do próprio prefeito Edivaldo Júnior (PDT) – foi proibida porque seus dados haviam vazados desde a última quarta-feira, 12. (Entenda o caso aqui)

Aliás, há informação de que os números já eram conhecidos dos grupos de Whatsapp desde a semana passada.

Os que publicaram os números incorreram no Parágrafo 4º do Artigo 33, da Lei 9.504/97, que diz textualmente:

Print que levou à proibição da divulgação da pesquisa

Print que levou à proibição da divulgação da pesquisa, ainda na quarta-feira, 12

– A divulgação de pesquisa fraudulenta constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa no valor de cinqüenta mil a cem mil UFIR.  (Leia a íntegra do artigo da lei aqui)

Em, sua decisão, o juiz deixa claro o alcance da proibição:

– Defiro o pedido para proibir que a coligação “Pra Seguir em Frente” e o candidato Edivaldo Júnior, utilizem os números dos dados da pesquisa (…) em especial nos programas eleitorais, devendo estes se abster de dar qualquer publicidade a tal pesquisa.

Curiosamente, apenas blogs ligados ao prefeito Edivaldo divulgaram os números.

O Partido da Mobilização Nacional (PMN) já informou que vai denunciar à Justiça Eleitoral todos os que publicaram o levantamento proibido.