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Classe política de Brasília já desconfia que Flávio Dino usa a PF contra adversários do governo

Responsabilizando o ministro da Justiça pela relação ruim com o Governo Lula, presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, chegou a conversar com o próprio Dino sobre a “coincidência de datas” entre a votação da Medida Provisória da estruturação dos ministérios e uma operação policial em Alagoas, base eleitoral do parlamentar

 

Arthur Lira está desconfiado que Flávio Dino use a Polícia Federal para forçá-lo a apoiar medidas do governo Lula na Câmara

Análise da notícia

O que o Maranhão inteiro já tinha conhecimento desde 2018 – a suspeita de que o agora ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) usa estruturas de segurança a seu dispor contra adversários – começa a ganhar corpo entre a classe política de Brasília.

Setores da imprensa nacional apontam, nesta sexta-feira, 2, que Dino seria o pivô da crise de relacionamento entre o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP-AL), e o governo Lula (PT).

Lira acusa Dino de usar a estrutura da Polícia Federal para pressioná-lo a agir em favor do governo na Câmara.

Segundo a mídia nacional, Lira chegou a questionar ao próprio Dino da coincidência de datas da votação da Medida Provisória da reestruturação dos ministérios e uma operação da Polícia Federal em Alagoas, no início da semana.  (Entenda aqui)

O presidente da Câmara não é a primeira liderança política de Brasília a suspeitar que Dino espione adversários – e até aliados – do Governo Federal; em março, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) acusou o ministro da Justiça de ter sido nomeado para o cargo só “após fazer chantagem contra Lula e o PT”. (Leia aqui)

A fama de que Flávio Dino usa o aparelho estatal para espionar aliados e adversários começou logo após o início de seu primeiro mandato, em 2015.

Mas a prova mais consistente desta operação surgiu em 2018, quando o blog Marco Aurélio d’Eça revelou, em, primeira mão, documento do comando da Polícia Militar determinando que os quarteis no interior monitorassem “lideranças não alinhadas ao governo Flávio Dino”.

O caso chegou a ganhar repercussão nacional mas foi abafado no Maranhão pela força estrutural que Dino mantém não apenas no setor político, mas no Judiciário e no Ministério Público.

A desconfiança de que ele mantenha aparato de arapongagem em benefício próprio, no entanto, começa a tornar-se cada vez mais público em Brasília, diante da exposição midiática a que o maranhense está submetido.

E espera-se que, finalmente, tire-se essa suspeita de espionagem a limpo.

De uma vez por todas…

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Maranhão perde R$ 2,6 bilhões que chegam ao estado mensalmente…

Dinheiro repassado pelo Governo Federal em forma de benefícios sociais representa anualmente mais de um PIB adicional, mas acaba fortalecendo a economia de outros estados por falta de uma produção agrícola local e políticas de incentivos para atração de indústrias

 

Wagner Matos mostra na TV Mirante quanto chega ao Maranhão com os programas sociais

Editorial

O Maranhão perde, mensalmente, cerca de R$ 2,6 bilhões que circulam na economia de estado por intermédio dos benefícios sociais do Governo Federal.

Este valor representa nada menos que R$ 31,2 bilhões por ano, ou R$ 5,5 bilhões a mais que o PIB maranhense estimado para 2023.

O dinheiro, que vem em forma de programas como o Bolsa Família e o Vale-Gás, é usado pela famílias, basicamente, na compra de alimentos e no pagamento de dívidas.

Os juros bancários, que enriquecem uma dúzias de famílias de banqueiros nacionais e internacionais, comem boa parte destes recursos.

Mas a maior parte, que poderia permanecer por mais tempo na economia maranhense, acaba beneficiando outros estados por que o Maranhão não produz alimentos suficientes para abastecer a própria população e nem indústria de beneficiamento.

O estudo foi apresentado nesta terça-feira pelo economista Wagner Matos, colunista do programa Bom Dia Mirante.

O povo recebe o Bolsa Família, mas o dinheiro vai todo para empresas de outros estados

Louvada por boa parte da elite maranhense e pela parte da população menos informada, a indústria da soja é uma dessas pragas da evasão de divisas do Maranhão.

O estado é um dos grandes produtores de soja, mas as famílias que atuam nesta produção – geralmente originárias do Sul do país, onde mantém raízes – preferem vender o produto in natura, para indústrias de outros estados e de fora do país, onde o valor tem variação diária, de acordo com o dólar.

Por outro lado, não há incentivo institucional para atração de indústrias de beneficiamento da soja e outras commodities, que poderiam produzir aqui produtos como óleo, manteiga e outros processados.

O resultado é aquele mostrado na TV Mirante por Wagner Matos: o Maranhão recebe mais de R$ 30 bilhões anuais – mais do que um PIB adicional – mas o dinheiro acaba saindo rapidamente.

E a miséria é a única que continua a circular no estado.

Ano após ano…

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São João da Thay desvirtua festa junina maranhense

O que começou como uma oportunidade de divulgação dos valores culturais do estado transformou-se em um evento de mera audiência, com artistas que nada têm a ver com o período

 

Em 2023 São João da Thay terá decoração de São João com shows de carnaval

Ensaio

A presença de artistas como Ivete Sangalo, Léo Santana e Matheus Fernandes no São João da Thay 2023 consolida o desvirtuamento da festa promovida pela digital influencer Thaynara OG.

O que começou como uma oportunidade de divulgação dos valores culturais do Maranhão – aproveitando-se da popularidade crescente da celebridade maranhense – virou apenas evento de audiência, um mero show, focado nos cliques de redes sociais e na disputa de prestígio que movimenta o mercado digital no país.

Ivete Sangalo é uma baita artista brasileira, uma das mais importantes de sua geração no segmento que escolheu para atuar.

Mas ela nada tem a ver com o São João maranhense.

O que falar, então, de Léo Santana e Matheus Fernandes?!?

Que bom que a renda do São João da Thay – ou parte dela – seja revertida a causas sociais, menos mal.

Mas, além disso, a mídia que gira em torno da digital influencer deveria ser usada por ela e por seus parceiros  para priorizar o Tambor de Crioula, o Bumba-Meu-Boi, o Cacuriá e outras expressões do São João maranhense.

E se puder ser em um evento exclusivo, em rede nacional, melhor ainda.

Era assim no início, mas deixou de ser.

Thaynara OG poderia aproveitar seu prestígio artístico e sua força popular para voltar a fortalecer essa cultura.

E se quiser mostrar força pessoal para atrair fenômenos como Ivete Sangalo e Léo Santana – que arrastam multidões Brasil a fora – que tal pensar também no Carnaval da Thay?!?

Fica a dica…

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A importância histórica de Sônia Guajajara no ministério…

Ao assumir a pasta dos Povos Originários, indígena maranhense começou a aplicar ações de afirmação – algumas até óbvias, mas historicamente ignoradas – e começa a mudar o conceito das relações de raça no Brasil

 

Militares do 50Bis entre indígenas da terra Urucu Juruá; um deles agora serve ao Exército Brasileiro

Editorial

Dois fatos de importância histórica marcaram a presença da ministra dos Povos Originários Sônia Guajajara neste fim de semana no Maranhão.

Um indígena da etnia da ministra, agora Soldado Guajajara, recebeu neste sábado, 13, a boina rajada no 50° Batalhão de Infantaria de Selva, o 50Bis, em Imperatriz.

O outro fato histórico é a posse do primeiro coordenador indígena da Funai para a região que abrange o Maranhão, Pedro Paulo Xerente.

Nesse caso, chega até a ser óbvio que um representante dos povos originários assuma um órgão que trate das questões dos povos originários. 

Mas “nunca antes neste país” isso havia acontecido.

As políticas de afirmação de Sônia Guajajara fazem reparo histórico aos povos originários

Ações de afirmação e integração de raça, gênero, orientação e identidade sexual são geralmente práticas dos governos progressistas, chamados de esquerda; a direita acredita, ideologicamente, que todas estas questões se regulam automaticamente pela própria prática diária, incluindo a lei da oferta e da procura.

Sem entrar no mérito de quem está certo ou errado em seus conceitos, o blog Marco Aurélio d’Eça apenas reconhece a importância histórica de ter Sônia Guajajara à frente de um Ministério.

E também reconhece que casos como este – e outros – só poderiam ocorrer em um governo de esquerda.

É Simples assim…

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Pauta das fake news é guerra da Globo contra plataformas digitais…

Após tentar por anos imputar a ideia de que apenas na internet existem notícias falsas – e se vender, sem sucesso, como única capaz de impedir isso – emissora carioca tenta agora usar o governo Lula e manipular o Congresso Nacional a encurralar empresas que vêm sistematicamente tirando seus espaços de audiência

 

Com o advento das redes sociais, o que era exclusividade da TV agora chega antes, e em massa, aos eleitores

Editorial

A Rede Globo decidiu mostrar abertamente a sua guerra pessoal contra as plataformas digitais que operam na rede mundial de computadores; sua campanha de difamação contra o Google e o Telegram tem muito mais a ver com guerra por audiência e público do que com supostos “ataques à democracia”.

Há anos, a Rede Globo vem perdendo audiência para plataformas que operam na Internet em todos os seus segmentos – Instagram, YouTube, Facebook, por exemplo; contra estas redes, ela mantém uma campanha diária, tentando vender a ideia de que apenas na internet ocorrem as fake news, o que não é verdade.

Aproveitando-se do uso indiscriminado da internet pelo governo Bolsonaro (PL) e seus seguidores, a Globo manipulou a opinião pública e tentou ganhar credibilidade através dos seus portais e repetidoras, vendendo-se como “caçadora de fake news”, única no país capaz de mostrar “o que é fato e o que é mentira”.

Mesmo assim, perdeu ainda mais espaços com a chegada dos serviços mundiais de streaming, tipo Netflix, Prime Vídeo, StarPlay, DisneyPlus e diversos outros, que tomaram a audiência da TV aberta em todos os setores, dos filmes às novelas, do futebol às séries. 

Por mais ideológico que seja os analistas de mídia, não há um só que consiga negar que o projeto do governo Lula (PT) supostamente usado para o combate a fake news é, na verdade, um tentativa de controlar os meios de comunicação e a internet.

E foi exatamente isso que mostraram com suas ações o Google, semana passada, e o Telegram, nesta semana, fazendo a Rede Globo usar abertamente agentes do governo – como o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) – em sua tentativa de manipular o Congresso Nacional para encurralar a internet, as redes sociais e as plataformas digitais, que lhe tiram o sono.

O ataque à Democracia que a Globo imputa ao Google e ao Telegram, parte, na verdade, dela própria.

Os meios de comunicação tradicional – geralmente controlados pelas elites sociais e famílias de políticos – tinham o controle absoluto da informação até pelo menos 10 anos atrás; este monopólio foi quebrado pela internet com a chegada das redes sociais, que só tornaram os espaços públicos verdadeiramente democráticos para discussão dos mais variados assuntos.

Com a tentativa de encurralar a internet, esses veículos tradicionais, Rede Globo à frente, usam um governo também historicamente desejoso deste controle, para tentar voltar ao protagonismo, manipulando a opinião pública.

Isto, sim, um verdadeiro ataque à democracia…

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Polícia Federal continua a transformar operações em espetáculos midiáticos

Ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados seus envolvidos em uma suposta organização criminosa comete os me mos abusos de outrora, quando PT, Lula e, no Maranhão, adversários do agora ministro da Justiça Flávio Dino, eram os alvos preferenciais

 

Policiais cercam condomínio no Rio de janeiro para prender aliados de Bolsonaro; repórteres acompanham tudo em tempo real

 

Ensaio

Não há dúvida que os assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – estando ele ou não envolvido diretamente – cometeram crime grave na fraude dos cartões de vacinação, o que pode caracterizar organização criminosa.

Mas não há dúvida também que a operação da Polícia Federal contra os envolvidos – fortemente aparatada, não apenas por armamentos, mas por câmeras e equipamentos de vídeo e equipes de repórteres – está tão irregular quanto a vacinação de Bolsonaro contra a CoVID-19.

Este blog Marco Aurélio d’Eça critica desde sempre as operações espetaculosas da PF.

Sempre se recusou a dar holofotes a delegados e procuradores em coletivas de imprensa montadas como circo, denunciava sistematicamente o espetáculo das operações; e tinha apoio nesta crítica de gente do PT, aliados de Lula e muitos adversários do agora minsitro da Justiça Flávio Dino, que hoje batem palmas para o que ocorreu nesta quarta-feira, 3.

Em 22 de março de 2017 este blog Marco Aurélçio d’Eça escreveu o post “Cheiro de Farsa com nuances estatais…”.

Era uma denúncia contra operação da PF que levou coercitivamente jornalistas e blogueiros que faziam críticas ao governo Flávio Dino (então no PCdoB).

– O recado foi dado. E de hoje em diante qualquer um pode ser arrancado de suas bancadas ou redações apenas pelo fato de ser crítico do governo comunista. É assim que se vive no Maranhão vermelho… – escreveu o blog, à época.

Bem mais lá atrás, em novembro de 2015, o blog Marco Auirélio d’Eça deu voz ao então deputado federal Hildo Rocha – hoje número 2 do Ministério  as Cidades de Lula – que classifiocu de “teatro operação da PF contra Ricardo Murad…”.

O próprio ministro Flávio Dino já criticou esta espetacularização usada contra Bolsonaro.

Em 2017, ao questionar a “Operação Pegadores”, que investigou seu governo, ele chegou a jogar suspeição sobre a conduta dos policiais que agiram no Maranhão.

Alvo de uma operação da PF em abril de 2007, o ex-desembargador José Eduardo Carreira Alvim escreveu o livro “Operação Hurricane: um juiz no olho do furacão”, em que condena esta exposição midiática das investigações federais.

– Fui preso desnecessariamente e submetido a um escárnio igualmente desnecessário da mídia, que me julgou e me condenou por antecipação, antes mesmo de apurados os fatos, sendo libertado nove dias depois de encarcerado, sem que nenhuma nova diligência se mostrasse necessária, mas depois de ter sido um ator involuntário dos shows da Rede Globo e da mídia nacional por semanas inteiras – na página 116 do livro. (Conheça aqui)

Todas essas operações resultavam, antes do governo Bolsonaro e da transformação do STF em ator principal no país, em anulaçoes nas instâncias superiores e em indenizações  às “vítimas”, gerando prejuízos milionários aos cofres públicos. (Saiba mais aqui)

Como praxe dessas operações espetaculosas, a condução coercitiva – prática que só deveria ser usada legalmente em caso de o intimado se recusar por três vezes à ir depor – era o caminho para a espetacularização midiática da PF.

Em 2018, o Supremo Tribunal Federal tornou inconstitucional as conduções coercitivas, proibindo que um investigado fosse levado apenas para depor. Era a época da Operação Lava Jato, que tinha como alvo, sobretudo, o agora novamente presidente Lula e o seu partido, o PT.

Essa decisão ajudou na diminuição dos espetáculos globais produzidos por policiais federais, muitos dos quais acabavam até virando estrelas de programas como Fantástico.

Mas o alvo agora é outro.

Bolsonaro caiu em desgraça com os setores que o apoiaram em 2018 – muito por sua própria culpa – e deve mesmo ser condenado por uma série de crimes que cometeu ao longo do mandato.

Este blog Marco Aurélio d’Eça continua entendendo que ele é culpado em todas as investigações que o cercam; mas continua a criticar o espetáculo desnecessário da PF.

Seja contra ele, seja contra Lula, Flávio Dino ou qualquer outro cidadão bnrasileiro.

É simples assim…

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Posição de Lula pró-Rússia prejudica imagem do Brasil…

Nem o presidente, nem o seu governo conseguem esconder a preferência pelo ditador Vladimir Putin, sobretudo após viagem à China, principal aliada dos invasores na guerra contra a Ucrânia

 

Lula com Vladimir Putin em imagem de 2010: 13 anos depois, a mesma preferência do petista

Análise da Notícia

Desde a sua passagem pela China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não conseguiu mais esconder sua preferência pela Rússia, em guerra com a Ucrânia há nais de um ano.

Ao estabelecer que a ajuda dos Estados Unidos e de parte da Europa estimula a continuidade da guera, o presidente brasileiro expôs sua preferência pelo invasor Vladimir Putin, aliado da China.

Essa manifestação pública de preferência de Lula tem repercutido na imprensa nacional e internacional.

Pior: os agentes diplomáticos brasileiros também demonstram simpatia pela armada russa, como se posicionou nesta segunda-feira, 17, o ministro Mauro Vieira.

Seja qual for sua justificativa, Putin é um invasor do povo ucraniano, que tem milhares de descendentes no Brasil.

E a postura pró-ditadores demonstrada por Lula só prejudica a imagem internacional do Brasil.

E para um país que passou quatro anos sendo motivo de vergonha mundial, tudo o que o Brasil não precisa é entrar no rol dos párias internacionais.

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Weverton ocupa espaços no governo Lula enquanto Dino disputa com Brandão e os Sarney

Enquanto vai, ele próprio, ocupando com tranquilidade espaços importantes na esfera federal, senador pedetista – que em 2022 tentou convencer, sem sucesso, o agora ministro Flávio Dino, a uma aliança de centro-esquerda no Maranhão – acompanha à distância a “guerra fria” que o ex-comunista trava contra seu afilhado por espaços no governo estadual, além da batalha quase sangrenta entre o mesmo Dino e seus ex-adversários por espaços no Governo Federal

 

O próprio Flávio Dino avalizou a aliança de Brandão com os Sarney, que agora disputam espaços de poder com ele no Maranhão

Ensaio

Em 12 de maio de 2021, o blog Marco Aurélio d’Eça publicou a Análise de Conjuntura intitulada “Pauta de centro-esquerda tende a aproximar agendas de Flávio Dino e Weverton Rocha…”.

À época, Weverton ainda mantinha a expectativa de ter o apoio de Flávio Dino na disputa pelo governo, pela proximidade histórica de suas lutas, sempre no mesmo campo ideológico.

– Tanto Dino quanto Rocha têm trajetórias na esquerda desde o movimento estudantil, quando ambos pregavam contra as forças liberais, neo-liberais e de direita, representadas desde sempre por PSDB, DEM e outras legendas hoje alinhadas ao projeto de Jair Bolsonaro – apontava o texto do blog.

A história se fez diferente.

Dino confirmou o apoio ao seu então vice-governador, Carlos Brandão (à época ainda no PSDB) e implementou uma pressão política contra Weverton que resultou no esvaziamento político do senador e garantiu a vitória de Carlos Brandão.

Ainda na campanha, tanto Brandão quanto Flávio Dino fizeram um outro movimento político de peso histórico.

A aproximação com o grupo Sarney, que ambos haviam derrotado em 2014, levou para o palanque brandonista ninguém menos que a agora deputada federal Roseana Sarney (MDB).

Derrotado, Weverton recolheu-se e manteve sua articulação de bastidores, sobretudo após a vitória de Lula (PT), de quem sempre foi aliado histórico.

E agora vê, à distância, o resultado das articulações de Flávio Dino em favor de Brandão.

As notícias apontam que o atual governador tem limitado drasticamente os espaços de poder do ex-comunista em seu governo, construindo uma estrutura própria, sem tutela do ministro da Justiça e reforçando a aliança com os Sarney. (Releia aqui, aqui, aqui e aqui)

Além da guerra fria contra Brandão, Dino ainda é obrigado a se movimentar também em outra frente: uma disputa intensa com agora aliado Grupo Sarney pelos espaços do governo Lula no Maranhão. (Entenda aqui)

Enquanto a aliança furta-cor que Flávio Dino construiu em 2022 – reunindo partidos de direita, de esquerda e de centro – começa a dar sinais precoces de fadiga, Weverton Rocha vai construindo sua própria agenda no governo Lula e no Maranhão.

Além do presidente de sua legenda e amigo pessoal, Carlos Lupi, no Ministério do Trabalho, o senador maranhense conseguiu ver emplacado o compadre Juscelino Filho (União Brasil) no Ministério das Comunicações.

Além disso, acaba de indicar o Superintendente da Codevasf no Maranhão, uma das principais estruturas de obras e serviços do Governo Federal.

Como se vê, a política é dinâmica em todas as suas etapas, constrói realidades e destrói com a mesma velocidade.

Basta esperar o dia atrás do outro…

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Moro deve agradecer ao governo Lula por fazer o contrário do que ele próprio queria

Senador ligado à política bolsonarista defendeu em discurso que o estado deve usar a força bruta no combate ao crime – exatamente como pregava Bolsonaro – esquecendo que a Polícia Federal salvou sua vida – desbaratando um plano para executá-lo – por usar a inteligência e a parceria no lugar do confronto aberto

 

Sérgio Moro em discurso no Senado: Truculência como conceito de estado

Editorial

Se a Polícia Federal usasse a estratégia pregada pelo senador Sérgio Moro (Podemos-PR) para confrontar os criminosos que tramavam contra usa vida, talvez ele já estivesse morto nesta data, e o Brasil transformado num caos.

Para o senador, que foi ministro da Justiça no governo Bolsonaro – para quem a truculência, a virulência e o armamentismo são conceitos de vida – o estado deve usar a força bruta contra o crime organizado no Brasil.

– Se eles vêm para cima com uma faca, a gente tem que usar um revólver. Se eles usam um revólver, nós temos que ter uma metralhadora. Se eles têm metralhadora, nós temos que ter um tanque – disse Moro, ao agradecer pela destruição do plano para executá-lo.

Em seu primeiro discurso como parlamentar, Moro mostrou-se absolutamente o que é: despreparado, truculento e reacionário, tudo o que o governo Lula, o Ministério da Justiça e, principalmente, a Polícia Federal não foram para destruir o plano de matá-lo.

Se Flávio Dino usasse o discurso de Moro como método de ataque aos criminosos, o caos estaria feito; e Moro poderia já estar debaixo da terra.

No desbaratamento da trama do PCC, a Polícia Federal usou exatamente o que Moro não tem e não busca: inteligência e parceria. Inteligência para montar a ação contra a trama e parceria que envolveu outros órgãos de segurança, federais e estaduais.

Moro serviu a um governo que tem ligações nítidas e públicas com milicianos; chegou ao Senado com a bandeira de anti-Lula, exatamente aquele que, agora no governo, salvou a sua vida.

Como parlamentar, em seu primeiro discurso de repercussão, o agora senador parece ter as mesmas ações e pregações que teve como juiz federal.

Ações e pregações que se mostram absolutamente inúteis…

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Teria Sérgio Moro agido para impedir atentado contra Flávio Dino?!?

Atual ministro da Justiça anunciou nesta quarta-feira, 22, o impedimento de um plano para matar o ex-juiz federal, o que gerou acusação à própria esquerda brasileira. Mas a pergunta que deve ser feita é: o possível alvo, que também foi ministro da Justiça, teria agido da mesma forma – durante o governo Bolsonaro, abertamente virulento – caso o alvo fosse o colega senador do PSB?!?

 

Sérgio Dino e Moro durante passe de ambos no Senado; colega ajudou a desbaratar plano de morte contra o outro

Ensaio

A direita brasileira, com seus tentáculos na imprensa, tentou criminalizar a esquerda, nesta quarta-feira, 22, após anúncio de que a Polícia Federal desbaratou um plano para sequestrar e matar o ex-juiz e atual senador Sérgio Moro (Podemos-PR).

A operação da PF foi confirmada pelo próprio ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), desafeto de Moro.

Moro foi juiz da Lava Jato e responsável por levar para a cadeia o agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); logo após as eleições de 2018, deixou a magistratura para se tornar ministro da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PL).

A sanha radical da direita brasileira tenta de todas as formas satanizar a esquerda, até mesmo em uma visita do ministro a uma favela do Rio de Janeiro.

Mas a pergunta que se deve fazer nesta quarta-feira é: teria Moro, como ministro da Justiça, agido para evitar o atentado, caso o alvo fosse o colega Flávio Dino?!?

A história mostra claramente o perfil beligerante, virulento e genocida do governo Bolsonaro, período em que, para além das mortes pela Covid-19, assassinatos foram registrados de várias formas, envolvendo, inclusive, agentes públicos, com o silêncio sepulcral do presidente.

Para se ter uma ideia do perfil bolsonarista – que Moro encarnou durante o período de governo e agora, estreando na política – páginas de internet ligada ao ex-presidente passaram a divulgar, desde a terça-feira, 21, entrevistas do presidente Lula dizendo que, à época da perseguição que sofreu da Lava Jato, queria “f…. com Moro”.

Estariam já sabendo os planos contra o senador paranaense e preparando o terreno para culpabilizar a esquerda?

São perguntas que a Polícia Federal deverá responder nas investigações…