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Com queda na audiência, Rede Globo e afiliadas iniciam campanha em busca de espectadores…

Em guerra com os serviços de streaming e com as redes sociais de internet – que vêm tomando o grosso do seu público sucessivamente há anos – emissora carioca iniciou esta semana a campanha “É de Graça” para ampliar o número de assinantes do seu serviço Globoplay e fomentar o acesso às suas filiais nos estados nas várias plataformas disponíveis

 

Campanha da TV Mirante com a bela Heloisa Batalha segue orientação da Rede Globo pelo resgate da audiência perdida para a internet

Análise da Notícia

A Rede Globo e suas afiliadas nos estados – incluindo a TV Mirante no Maranhão – iniciaram neste domingo, 13, a campanha “É de Graça”, que tem o objetivo de mostrar que a população não precisa pagar pelo aplicativo GloboPlay para ter acesso à programação das suas emissoras regionais.

A campanha institucional da Globo explica didaticamente o que o espectador precisa fazer para ter acesso – via SmarTV, computador, Notebook, tablet ou smartfone – à programação de suas afiliadas nos estados; a Mirante também uma peça publicitária igual em divulgação no Maranhão.

Desde 2010, a Globo vem perdendo audiência ano após ano, sucessivamente; primeiro para as redes sociais (Facebook, Instagram, Youtube, Twitter, TicTok…), depois para os serviços de streaming, como a Netflix, Prime Vídeo, StarPlay, DisneyPlus e até para o Youtube, que passou a abrigar canais de transmissões esportivas. (Saiba mais aqui)

Essa guerra da Globo contra o digital foi exposta em maio no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Pauta das fake news é guerra da Globo contra plataformas digitais…”; a tática não intimidou os concorrentes, razão pela qual a Vênus Platinada decidiu guerrear no mesmo campo de batalha; o próprio Globoplay é uma arma neste segmento.

Embora ainda mantenha o grosso da audiência em relação às concorrentes da TV aberta – Record, Band, SBT, RedeTV! – a Globo já perde para serviços de streaming quando a análise apura não apenas números de aparelhos ligados, mas o que a audiência está assistindo. (Entenda aqui e aqui)

No Maranhão, quem enfrentou recentemente os efeitos desta situação foi o governo Carlos Brandão (PSB).

Com o grosso de seu investimento publicitário focado exatamente na TV aberta, sobretudo na afiliada Globo – Brandão viu a aprovação de sua gestão beirar os 50%, o mais baixo de um governador em anos.

Na pesquisa Veritá mostrou que, embora os aparelhos fiquem ainda ligados na TV o dia todo – por força do hábito – a repercussão não é a mesma de uma propaganda nas redes sociais, blogs e portais de notícia na internet.

Na comparação com o prefeito Eduardo Braide (PSD), que investe pesado nas redes socais, por exemplo – a derrota do governador foi de lavada.

A Rede Globo e suas afiliadas ainda têm lenha para queimar, sobretudo pelos resultados de seus investimentos lucrativos em outros setores de mídia e entretenimento.

Mas a movimentação que se iniciou esta semana reforça a ideia de que sua fórmula tradicional de comunicação já esgotou e não oferece mais os resultados prometidos aos clientes.

E quem não vê isso – a exemplo do governo Brandão – tende a fracassar na publicidade…

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Baixa aprovação acende luz amarela na gestão de Brandão…

Palácio dos Leões considerou ruim o índice positivo de apenas 55,9% registrado na pesquisa Veritá, mas erra ao insistir numa política antiquada de publicização das ações do governo, com foco unicamente na mídia tradicional e investimento de milhões em jornais ainda impressos e TV aberta

 

Os canais tradicionais e a TV aberta ainda ficam ligados, mas a audiência já não percebe o conteúdo passado 24 horas

Análise da notícia

Um assunto com pouca divulgação na mídia política, mas com forte repercussão interna no Palácio dos Leões foi a baixa aprovação do governo Carlos Brandão (PSB), registrado na pesquisa Veritá divulgada esta semana.

Brandão apareceu com apenas 55,9% de aprovação, bem abaixo do prefeito Eduardo Braide (PSD), que superou os 70%; significa dizer que metade da população maranhense não se agrada do governo do sucessor de Flávio Dino (PSB).

O blog do jornalista Isaias Rocha abordou o assunto ressaltando que o próprio governo aponta culpados por esta baixa aprovação. (Leia aqui)

Este blog Marco Aurélio d’Eça também ouviu aliados, membros do governo, políticos e jornalistas sobre o tema. E a opinião é unanime: Brandão erra ao apostar suas fichas em um único modal de comunicação para publicizar as ações de sua gestão.

Com investimentos de milhões na chamada mídia tradicional – TV, rádio e até jornais – o governador está quase 24 horas por dia em evidência nesses canais; o problema é que o grosso da audiência já não está 24 horas nesses canais.

– A audiência migrou há tempos para o digital; a internet é hoje o principal meio de busca à informação. Em um estado como o Maranhão, a TV ainda registra audiência de quase 90%, é verdade, mas isso ocorre mais por hábito. Significa que a TV pode até estar ligada na sala, mas sem a atenção devida do telespectador – analisou um dos publicitários ouvidos pelo blog Marco Aurélio d’Eça.

A TV divulga, é fato, mas não forma opinião, não cria imagem de governo, que só é feita por formadores de opinião, analistas que expõem feitos e efeitos, causas e consequências das políticas públicas. 

A mídia migrou para os canais digitais; os profissionais precisam acompanhar esta evolução na formulação de políticas de mídia

Na avaliação dos profissionais de mídia – inclusive os que atuam diretamente no governo –  o grosso da audiência hoje se forma em torno de canais digitais, como as redes sociais, blogs, portais de notícia, canais de youtube e nos serviços de streamings.

– Mesmo os que estão à frente da TV, estão nos serviços de streamimg; a publicidade pode até ser maciça em canais como jornais, por exemplo, mas ninguém vê. É como colocar um outdoor gigante numa avenida por onde ninguém passa – comparou um jornalista que já atuou na comunicação de governos anteriores.

Segundo apurou o blog Marco Aurélio d’Eça, a política de Comunicação do governo Brandão é balizada por pesquisas que analisam a audiência de todos os canais disponíveis; mas há também uma forte influência política na destinação dos recursos, que favorecem grupos de mídia tradicionais.

Essa ideia confusa de fazer mídia – calçada em conceitos tradicionais e antiquados, focada em veículos já superados – foi tema do blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Fim de escolas cívico-militares gera desinformação generalizada no MA…”.

Brandão tem um governo baseado no diálogo, uma imagem limpa para ser trabalhada; mas erra ao priorizar conceitos de quem não evoluiu na formação de políticas de comunicação.

– Sem os blogs, não existe. Pode passar na TV, entupir ouvinte e sair em capa de impresso todo dia. Não adianta – opinou um dos jornalistas no debate sobre o tema. 

Simples assim…

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Roberto Costa acerta ao tratar Barbie de forma correta; outros, nem tanto…

Políticos brasileiros de todos os níveis aproveitaram a onda da live action da boneca mais famosa do mundo para tentar alcançar acessos nas redes sociais, mas muitos pesaram a mão; no Maranhão, o deputado emedebista foi exemplo de acerto ao usar na medida certa a popularidade do filme – sem afetação – para mostrar seu trabalho pelas mulheres

 

O post de Roberto Costa foi simples, porém contundente, sem a afetação de gente que tentou ganhar cliques com a onda Barbie

Ensaio

O deputado estadual Roberto Costa (MDB) foi o exemplo mais contundente de como se deve usar a popularidade de um ícone da cultura pop para mostrar ações sérias, sem afetação e sem entrar no ridículo da autopromoção.

Enquanto gente como o ex-presidente Michel Temer passou ridículo em ações afetadas, posando em caixas, tentando aparecer com um boneco – em equívocos de marketing dignos de crítica – Costa acertou a mão e fez, na medida certa, a promoção de um de seus projetos na Assembleia Legislativa, aproveitando de forma certeira a onda do lançamento do filme Barbie, protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling.

De forma simples, mas contundente, o deputado emedebista aproveitou o dia do lançamento do filme – ainda na quinta-feira, 20 – para falar de um projeto de sua autoria, que virou a Lei 11.067/2019.

– Com a nossa lei da equidade salarial no Maranhão, a Barbie ganha o mesmo salário que o Ken – destacou o parlamentar, em um post em tons de rosa e azul, com a foto da boneca.

Simples, direto, sem necessidade de excessos como o de Temer, que acabou sendo apagado pelo ex-presidente. (Entenda aqui)

Muitos outros políticos, personalidades, celebridades e subcelebridades também entraram na brincadeira, fisicamente ou nas redes sociais, desde o dia 20, quando o filme foi lançado no Brasil. 

Mas nenhum deles – que navegaram entre o ridículo e o lugar comum – acertou a mão como Roberto Costa…

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Fim de escolas cívico-militares gera desinformação generalizada no Maranhão…

Dados desencontrados da própria secretaria de Comunicação nas páginas oficiais do Governo do Estado, interpretadas também equivocadamente por setores da imprensa, confundem o programa criado pelo governo Jair Bolsonaro – e encerrado pelo governo Lula – com os colégios militares da Polícia e dos Bombeiros, que são anteriores ao ex-presidente

 

Os colégios Militares do Corpo de Bombeiros e da PMMA nada têm a ver com as escolas cívico-militares criadas por Bolsonaro

Análise da Notícia

O anúncio do fim do Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares criado no governo Jair Bolsonaro (PL) – e encerrado nesta quinta-feira, 13, pelo presidente Lula (PT) – tem gerado uma intensa onda de desinformação generalizada no Maranhão.

A Secretaria de Comunicação do próprio Governo do Estado não consegue diferenciar Escolas Cívico-Militares dos Colégios Militares – que nada têm a ver com o programa de Bolsonaro – e passa informações desencontradas à imprensa, que acaba espalhando equívocos à população.

Para começo de conversa, não existe na rede estadual de ensino nenhuma Escola Cívico-Militares.

Todas as escolas deste tipo, embora conveniadas com o Corpo de Bombeiros, são gerenciadas pelas prefeituras municipais; o que existe em âmbito estadual é uma proposta do Plano de Governo do então candidato Carlos Brandão (PSB) de implantar este tipo de escola na agenda da Secretaria de Educação, o que ainda não foi efetivado.

O site Educação Integral explica, em linhas gerais, as diferenças entre escolas públicas, militares e cívico-militares.

Dito isso, é preciso esclarecer, também, que o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar mantém oito Colégios Militares espalhados pelo Maranhão; estes colégios seguem a doutrina definida pelo CBMMA e PMMA, com apoio da Seduc, e nada têm a ver com o programa de Escolas Cívico-Militares do governo Bolsonaro.

Mas o erro começa pela Secom do próprio governo.

São as páginas oficiais do governo maranhense que trazem a informação equivocada de 72 escolas cívico-militares no Maranhão, fruto de reportagens mal apuradas e que só agora são percebidas, diante da polêmica pelo fim do programa bolsonarista.

A determinação do presidente Lula não obriga que estados e municípios encerrem suas escolas cívico-militares; o que vai acontecer é que o Governo Federal não dará mais subsídios para este tipo de educação, por que vai priorizar os incentivos às Escolas de  Tempo Integral.

Mas as prefeituras, se quiserem, podem manter os convênios com os bombeiros para manter suas escolas nos moldes “bolsonaristas”; e o governador Carlos Brandão, também se quiser, pode cumprir sua promessa de campanha e implantar as Escolas Cívico-Militares previstas em seu plano de governo.

Mas tanto prefeituras quanto Governo do Estado arcarão com os seus próprios custos.

É simples assim…

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Desembargadores resistem à presença de Flávio Costa em lista da OAB-MA para o TJ-MA

Processo de escolha do novo desembargador pelo Quinto Constitucional está atrasado – como previu o blog Marco Aurélio d’Eça ainda em abril – por que os membros do tribunal ainda tentam convencer o Palácio dos Leões a abrir mão do apoio ao advogado, que não atende aos pré-requisitos exigidos para o cargo

 

Presidente do TJ-MA Paulo Velten ainda tenta convencer o governador Carlos Brandão do desgaste que transformar seu advogado Flávio Costa em desembargador

Análise da Notícia

Em 27 de abril, este blog Marco Aurélio d’Eça mostrou que a escolha do novo desembargador do Tribunal de Justiça pelo Quinto Constitucional – a ser indicado pela OAB-MA – seria transferida para o segundo semestre por problemas com a lista sêxtupla encaminhada pela Ordem.

Esta previsão foi contada no post “Escolha de desembargador pela OAB-MA deve ficar para o segundo semestre…”.

O segundo semestre chegou sem que o Tribunal de Justiça tenha se reunido para escolher os três advogados que serão encaminhados para o governador Carlos Brandão decidir qual será feito desembargador.

E o atraso se dá pela presença do advogado Flávio Costa na lista sêxtupla, mesmo sem atender aos pré-requisitos exigidos pelo tribunal.

Há uma guerra de bastidores entre os membros do TJ-MA e o Palácio dos Leões, como mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Sabatina com candidatos a desembargador abre primeira crise entre Brandão e o TJ-MA…”.

– Convencido pelos aliados que querem a vaga no TJ-MA para o advogado Flávio Costa, Carlos Brandão vinha negociando diretamente com Paulo Velten para evitar a discussão de uma sabatina, o que exporia a fragilidade intelectual do seu candidato – 0 revelou o post.

Brandão conseguiu que o tribunal cancelasse a sabatina, que foi substituída por uma entrevista com os candidatos; e a pressão do governador abriu frestas maiores ainda com os desembargadores.

Mas a presença de Flávio Costa na lista da OAB-MA foi envolta em polêmica desde o início do processo.

Apoiado pelo próprio Carlos Brandão – de quem foi advogado na campanha eleitoral – Costa sequer foi escolhido na primeira votação dos advogados, que escolheram 12 nomes.

Para resolver o problema, surgiu um processo pela anulação da votação, oportunidade para a direção da Ordem decidir fazer outra eleição, como foi mostrado no post “OAB-MA tenta refazer fracassada escolha de desembargador…”.

Na nova eleição, Costa ficou em segundo lugar geral; mesmo alertado sobre a falta de pré-requisitos do candidato do Palácio – que enfrenta ação no próprio TJ-MA sobre o assunto – o Conselho de Ordem decidiu inclui-lo entre os seis encaminhados ao tribunal.

Desde então, os desembargadores e o Palácio dos Leões vivem uma espécie de queda-de-braço que já influencia, inclusive, o processo sucessório no Poder Judiciário, como também mostrou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Vaga da OAB-MA pode antecipar disputa pela presidência do TJ-MA…”.

Mas o fato é que o Palácio dos Leões não aceita abrir mão da indicação de Flávio Costa.

Cuja indicação o Judiciário vê como um estupro institucional…

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Flávio Dino agora briga até com a Inteligência Artificial…

Como uma espécie de Don Quixote da modernidade, ministro da Justiça botou na cabeça que os sistemas de algoritmos usados pelas redes sociais e serviços de internet podem tornar toda a humanidade “escrava da imposição de gostos, da formação de pensamento, do consumismo exacerbado e do controle de ideias”; e desenvolve uma guerra pelo controle da atividade digital, que pode transformá-lo em mero caçador de Pokémons

 

FLÁVIO DINO NO FÓRUM DE LISBOA. Poder do governo Lula para controlar a internet: “não podemos abrir mão da Regulação”, diz o ministro

Análise da Notícia

Ensaio

Depois de perseguir locutores de rádio que ironizaram seu excesso de peso, de bater boca com oposicionistas em tumultuadas sessões do Congresso Nacional e de quase sair no tapa com um transeunte que o chamou de ladrão em Brasília, o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) resolveu entrar em uma nova praça de guerra. 

Ele botou na cabeça que as redes sociais, os algoritmos que fazem funcionar as ferramentas digitais e, sobretudos, a Inteligência Artificial podem escravizar toda a humanidade.

Em palestras esta semana no Fórum Jurídico de Lisboa, o comunista maranhense desfiou sua verborragia intelectual erudita para defender abertamente o controle, pelo Estado, de tudo o que diz respeito à Internet, sob pena de se ter uma sociedade de escravos dos “seres digitais” que comandam as redes.

Fazendo uma comparação com as praças públicas da antiga Grécia, onde as elites iam para discutir os assuntos político-sociais – mas deixavam de fora escravos e os mais pobres – Dino vê nos olgaritmos e na IA um de risco de, ao contrário da antiga Ágora, tornar escrava toda a sociedade mundial.

– Será que as redes trazem emancipação, libertação, ou, em certa medida podem produzir uma praça tão defeituosa, em que o problema não se cuida da exclusão dos escravos, tal qual a ágora antiga, e sim a tentativa de transformar todos em larga medida em escravos? – perguntou Dino, em uma viagem conceitual pouco acessível aos não-iniciados.

Flávio Dino fez uma viagem retórica em Portugal para pregar o medo contra a Inteligência Artificial

A cultura e a erudição de Flávio Dino são inquestionáveis; mas o poder dado a ele pelo Ministério da Justiça pode estar exacerbando seu autoritarismo natural, fruto da juizite de seus anos como magistrado.

Esta postura foi revelada pela primeira vez no blog Marco Aurélio d’Eça, ainda durante as eleições de 2014, no post “Autoritário, Flávio Dinbo judicializa campanha eleitoral”.

– Na concepção de estado do chefão comunista, é proibido pensar diferente dele. Jornalistas, intelectuais e até políticos são obrigados a seguir sua cartilha, ordenada como numa mesa de júri; e até pesquisas eleitorais que não o agradam são proibidas por seus tentáculos judiciais. A imagem de ditador começa a ganhar corpo em sua personalidade – já dizia o blog, à época.

E essa sanha de censura e controle de tudo o que pode questioná-lo – tal qual um Don Quixote da modernidade – deixa sua erudição no nível, por exemplo, de personagens folclóricos de romances e tramas novelescas, que saem às praças para gritar profecias que tendem a nunca se cumprir.

O próprio Dino reconhece o viés de autoritarismo e censura de suas pregações; tanto que, em outro trecho de sua palestra em Lisboa, chegou a tentar justificar a ação do estado como necessária diante da velocidade do avanço tecnológico.

– Nós precisamos de processo decisório estatal – e  aqui me refiro aso três poderes do estado – que seja capaz de, mais ou menos, contrastar com esta velocidade alucinante desta fase da revolução científico-tecnológica – afirmou o ministro brasileiro, para deixar claro:

– Não podemos abrir mão da ideia de regulação.

Dino tenta parar a revolução tecnológica e o acesso cada vez mais democrático à informação por que está no topo da cadeia de poder no Brasil, ao lado das elites do Poder Judiciário, de megaempresários internacionais e barões da Comunicação, que veem o acesso cada vez maior das classes sociais mais baixas à informação de todos os níveis, um risco para manutenção do próprio status quo.

São estas elites que tentam manter o controle da mídia, do acesso à informação e a hegemonia social das castas.

Mas esta revolução é imparável; e é ela quem vai fazer estados miseráveis como Maranhão – que já teve o próprio Dino no poder – desenvolver-se na marra, como previu o ex-senador Roberto Rocha em post do blog Marco Aurélio d’Eça, intitulado “Tecnologia está mudando o Maranhão na marra…”.

Diante deste avanço, o comunista maranhense pode continuar lutando contra seus moinhos de vento, a La Don Quixote de La Mancha, clássico personagem literário.

Ou pode ir à praça, caçar Pokémons, para ficar num termo mais apropriado à revolução tecnológica…

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Apenas mais um teatro de vampiros…

Cassação dos direitos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro é apenas mais uma farsa montada nos mesmos moldes das que tiraram o mandato da ex-presidente Dilma Rousseff e afastaram o atual presidente Lula das eleições de 2018; e reflete o modo  como o sistema de castas – que separa a elite econômica e política da burguesia e da plebe – ainda prevalece no Brasil

 

Com os direitos políticos arrancados nesta sexta-feira, 30, pelo STF, Bolsonaro é mais um que sucumbe ao jogo de interesses do “sistema” no Brasil

Editorial

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não é, nunca foi e jamais será alguém plenamente confiável; é um arroto da história, como este blog Marco Aurélio d’Eça já mostrou inúmeras vezes desde antes mesmo de ele apresentar-se como candidato a presidente.

Mas sua declaração de inelegibilidade, dada na tarde desta sexta-feira, 30, é mais uma farsa deste momento histórico pelo qual o Brasil vem passando dede 2013.

O blog Marco Aurélio d’Eça registrou esta fase da história em 2020, no post “Os passos do golpe que resultaram em Jair Bolsonaro…”

A cassação dos direitos políticos do ex-presidente é mais uma tentativa das elites, do sistema, de se recolocar no eixo da história, perdido desde que decidiram atentar contra as ações que o PT vinha implementando ao longo dos mandatos de Lula e que eram odiadas por eles.

O sistema detesta Bolsonaro na mesma medida que odeia Lula.

E usa, ora um, ora outro para satisfazer os desejos de momento e impedir o avanço de quem não está inserido no establishment.

Tirar Bolsonaro do jogo político foi tão assustadoramente covarde, reacionário, vingativo e farsesco quanto punir Dilma por pedaladas fiscais e dizer que Lula tinha que ser preso por ter um triplex sem documentos em Atibaia (SP).

O blog Marco Aurélio d’Eça também registrou isso, ainda em 2019, no post “A mãe de todos os golpes…”

A elite monta suas farsas de acordo com as próprias conveniências; e se iludem aqueles que acham que podem se inserir em seu contexto teatral.

Ali só há espaços para os grupos econômicos, políticos e judiciais do eixo Rio-São Paulo, com variantes em Brasília, lugar que eles entendem pertencer-lhes.

Bolsonaro não deveria ter os direitos políticos cassados, mas estar na cadeia por outros crimes praticados antes, durante e até após o seu mandato presidencial.

Mas o sistema prefere fazer teatro a fazer Justiça.

Simples assim…

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Embora ainda tímido, Weverton quebra o silêncio…

Exatamente 15 dias depois de este blog Marco Aurélio d’Eça apontar a apatia da oposição maranhense neste início do governo Brandão, senador pedetista vem ao Maranhão e dá entrevista crítica com forte repercussão, sinal de que há um setor da sociedade que grita contra a hegemonia no poder

 

Carla Lima com Weverton: primeira voz dissonante ao absolutismo no Maranhão, ainda que tímida, encontra eco em parte da sociedade

Análise da notícia

No dia 6 de junho, este blog Marco Aurélio d’Eça publicou o Ensaio “O Silêncio da oposição maranhense…”.

Trata-se de uma exortação às lideranças que disputaram o Governo do Estado em 2022 e esão apáticas diante da dominação de espaços de poder pelo governo Carlos Brandão (PSB).

– Teoricamente alçados à condição de contrapontos ao atual governo, os ex-candidatos Dr. Lahésio Bonfim e Weverton Rocha mostram-se alheios ao debate político maranhense, deixando os questionamentos apenas com Simplício Araújo, único que se mantém vigilante em relação ao governador Carlos Brandão – afirmou o post, em seu subtítulo.

Exatamente 15 dias depois, na última quinta-feira, 22, o senador Weverton Rocha (PDT) deu sua primeira entrevista – à jornalista Carla Lima, do portal Imirante.com – assumindo este papel de contraponto.

– O estado está parado! – é o resumo do que disse o senador pedetista.

A declaração de Weverton teve forte repercussão midiática nas horas e dias que se seguiram à entrevista, sinal de que o blog Marco Aurélio d’Eça tinha razão ao alertar para os riscos de uma hegemonia política no estado.

Aliás, esse alerta começou bem antes, ainda em fevereiro, no post “Sem oposição não há democracia…”.

Sem entrar no mérito do certo ou errado na fala do senador, a repercussão de sua entrevista mostra que a sociedade anseia por este contraponto, pela quebra de hegemonia; ou, pelo menos, de esperança que se possa respirar sem os grilhões do absolutismo.

É claro que a postura do senador pedetista ainda é tímida, e se reflete exatamente no momento vivido pelo seu partido, o PDT, cujos parlamentares – deputados e vereadores – não encontraram ainda um caminho que reforce a identidade do partido. 

A oposição maranhense – da qual o PDT é o símbolo maior no estado desde os tempos de Jackson Lago – ressentiu-se por quase 50 anos da hegemonia política do chamado grupo Sarney, que dominava mídia e empresariado; Ministério Público e Poder Judiciário. 

A história da oposição em São Luís também foi retratada no blog Marco Aurélio d’Eça, em 2015, em uma série de posts, republicados todos juntos em 2017 no post “30 anos de oposição em São Luís…”.

Muitos destes oposicionistas estão hoje – ao lado do que restou do próprio grupo Sarney – fortalecendo a hegemonia dos novos inquilinos do Palácio dos Leões.

A grita ainda que claudicante de Weverton Rocha é, sem dúvida, uma luz no fim do túnel para o equilíbrio no debate político no Maranhão.

Por que, como se sabe, é o debate que gera o conhecimento…

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Lacrador nas redes sociais, Flávio Dino tem pouca ação efetiva no Ministério da Justiça

Ministro maranhense do governo Lula passa o dia em postagens no Instagram, Twitter e outras ferramentas de internet em bate-boca com bolsonaristas, gente de extrema direita e adversários políticos de todos os tipos, que reagem no mesmo tom, ridicularizando não apenas o titular, mas também um dos ministérios mais importantes da República; e, nessas brigas, faz promessas que nunca se cumpriram em seis meses à frente da pasta

 

A imagem da drag queen Kaká de Polly foi usada como sendo de Flávio Dino, o que provocou mais uma reação emotiva do ministro da Justiça nas redes socais

Análise da notícia

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) é o mais popular auxiliar do presidente Lula (PT) neste seis meses de governo petista; mas sua popularidade, muito medida nas redes sociais, não se reflete em ações efetivas em sua pasta. 

Segundo levantamento do jornal O Estado de S. Paulo, em seis meses de governo, Flávio Dino chegou a 2, 2 milhões de seguidores no Twitter e no Instagram, resultado direto de seus bate-bocas diários com bolsonaristas e extrema direita.

No mesmo período, porém, seu ministério apresentou apenas um Projeto de Lei – sobre o combate ao ouro ilegal – que chegou ao Congresso Nacional apenas no último dia 13 de junho.

Nenhuma das promessas feitas na superexposição nas redes sociais – que o transformam em lacrador de internet – foram cumpridas por Flávio Dino.

Logo que assumiu o posto no Ministério da Justiça, o comunista maranhense prometeu o chamado “Pacote Antigolpe”, um conjunto de quatro medidas para preservar o Estado Democrático de Direito.

Nenhuma destas ações saiu do papel.

Em seis meses à frente do ministério, nenhuma medida na área de Segurança Pública foi apresentada pela pasta de Dino, cujo excesso de lacração nas redes sociais incomoda até mesmo os membros do próprio governo Lula.

No bate-boca, troca de insultos e ameaças diárias que faz nas redes sociais, o ex-governador do Maranhão chega a ser ridicularizado por seguidores, que o provocam na mesma medida em que são ameaçados.

A última ridicularização foi apontá-lo como drag queen vestida de borboleta azul na Parada LGBTQIA+ de São Paulo, o que irritou fortemente o ministro; e como sempre, ele foi à mesma internet para mais uma reação emotiva.

– Estou pronto para enfrentar essa gente na floresta, no asfalto, nas redes e onde mais quiserem. Sou fiel aos meus princípios, à democracia e ao governo que eu tenho a honra de integrar. E friso o óbvio: respeito a liberdade de cada um ser e se vestir como quiser. O erro está na mentira como ferramenta de “luta política” – rebateu.

A foto usada para atacar o ministro é da drag Kaká de Polly, que morreu em janeiro, segundo mostrou o site da revista Fórum. (Leia aqui)

Antes disso, Dino reagiu também ao youtuber Monark, que o chamou de “bosta” e “Gordola”. (Entenda aqui)

Esta é a tônica do posicionamento de Flávio Dino nas redes socias: ameaça ao músico Roger Waters, do Pink Floid, por suposta apologia ao racismo; ameaça de uso da força contra os que atacaram o jogador Vinícius Jr.; ameaça de uso da Polícia Federal contra esquemas de apostas no futebol.

Ameaças e mais ameaças.

Curiosamente, na resposta ao youtuber Monark, Dino chegou a afirmar nas redes sociais: “raramente respondo a agressores e criminosos aqui. Estou sempre muito ocupado concretizando propostas e medidas, todos os dias, como presto contas nas redes sociais. Só não enxerga quem não quer.”

O Estadão não enxergou.

Com as ameaças e as reações nas redes sociais, o comunista vai se mesmerizando em Brasília, virando uma figura folclórica e sendo ridicularizado dia após dia.

Diminuindo o tamanho – com perdão do trocadilho – da própria pasta que comanda…

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Hegemonia de Brandão pode ser péssima para o estado, analisa Joaquim Haickel…

Em artigo divulgado neste fim de semana, ex-deputado analisa que a força política do atual governador – construída “em cima de escombros de grupos políticos outrora poderosos” – traz sérios e graves problemas de manutenção, inclusive a curto e médio prazos; no texto, o escritor reserva farpas também para o grupo Sarney, Flávio Dino e até para o prefeito Eduardo Braide

 

Joaquim Haickel analisou a política atual de cima abaixo, apontando situações e construindo cenários

O ex-deputado federal, estadual e ex-secretário de Cultura, Esporte e Comunicação Joaquim Haickel analisou neste sábado, 3, o poderio político adquirido pelo governador Carlos Brandão (PSB) em apenas cinco meses de mandato.

E acha que esta hegemonia pode ser péssimo para a política maranhense.

Para Haickel, a construção da hegemonia de Brandão – em cima de escombros do que outrora foram grupos poderosos – terá problemas de manutenção, normalmente ligados ao aspecto financeiro de um grupo gigantesco, onde cada uma de suas partes reivindica um cadinho.

– No caso desse tipo de hegemonia, o que ocorre é que quem perdeu o protagonismo só aguarda a dissolução dela, só espera que o tempo passe para voltar ao centro das atenções como salvador da pátria – diz ele, numa clara referência ao ministro da Justiça Flávio Dino (PSB), embora não cite o seu nome em nenhum trecho do artigo.

Em seu artigo, que analisa também a política nacional, vê o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como um arremedo senil do que fora em seus dois primeiros mandatos, e ministros desequilibrados  e destemperados, mesmo querendo vender-se como líderes, “faróis na noite escura da política brasileira”.

Haickel reserva um capítulo dos eu artigo para o prefeito Eduardo Braide (PSD), a quem vê como político relevante, mas sem grupo.

– Ele [Braide] sozinho configura-se como uma equação politicamente inexequível, mesmo que tenha boa perspectiva eleitoral a curto prazo – analisa Joaquim Haickel.

O ex-parlamentar louva a articulação do deputado federal Cleber Verde, que deseja candidatar Braide pelo MDB, mas ressalta que, hoje pertencente à base do governo Brandão, o partido ainda tem na deputada federal Roseana Sarney a sua principal força.

– Apesar de ter perdido o poder, por vários e vários motivos, juntamente com seu agora reduzido grupo, [Roseana] ainda é uma força que não pode ser descartada – frisou.

Consciente da força de suas palavras, Haickel faz, ele próprio, uma ressalva às suas reminiscências, mostrando-se atento ao que pode ser interpretado a partir delas.

– Como disse antes, pessoas como eu normalmente desagradam a todos, não por simplesmente estarem erradas, pois quem está errado nem é levado em consideração, mas por dizerem verdades, coisas que normalmente incomodam – concluiu o membro da Academia Maranhense de Letras.

Abaixo, a íntegra do artigo:

Sobre verdade e política, a pedidos

Alguns amigos meus, frequentemente, têm me pedido que volte a escrever sobre política, assunto que tenho evitado pelo imenso grau de radicalização que esse setor sofreu nos últimos tempos e pelo fato de eu dizer coisas que acabam desagradando a todos, característica peculiar das pessoas que falam verdades, e verdades geralmente não são coisas agradáveis de serem ouvidas, e que transformam quem as dizem em personas non gratas, coisa que eu não desejo ser.

Nos últimos tempos tenho me dedicado exclusivamente aos meus projetos cinematográficos que estão em andamento, uma vez que os negócios de minha família estão sendo tocados, e muito bem, diga-se de passagem, por meu irmão e minha esposa. Mas como meus filmes me deram uma folguinha nos últimos dias, até porque essa atividade, de tempos em tempos, exige certo distanciamento, para que se possa ver as coisas em perspectiva, resolvi parar para analisar alguns poucos aspectos da política, assunto que como todos sabem, muito me agrada, principalmente em seu aspecto estratégico e filosófico, uma vez que, já faz algum tempo, sou completamente refratário à prática diária da política, o tal corpo a corpo.

A política nacional está uma verdadeira loucura. Lula que era um craque da política, no bom e no mau sentido, dá claros sinais de senilidade, falando e fazendo coisas que nem ele mesmo aceitaria, mesmo em seu piores momentos.

Alguns de seus ministros, ouviram o sino tocar, mas não conseguem encontrar a igreja, enquanto outros, estes competentes e bem-preparados, tropeçam em suas idiossincrasias mais atávicas e acabam por demonstrar desequilíbrio e destempero, características que não podem estar presentes no perfil daqueles que desejam ser verdadeiros líderes, faróis na noite escura da política brasileira.

O poder legislativo no âmbito federal, mais do que nunca é um balcão de negócios. Seus comandantes ou são covardes oportunistas ou são ávidos negocistas. É triste esse panorama.

No âmbito estadual, nunca se viu uma situação de tamanha hegemonia. Não que eu me lembre. Mas isso que pode ser muito bom por um lado, pode ser péssimo por outro. Eu explico, ou pelo menos vou tentar.

Quando se atinge a hegemonia através de uma luta renhida, uma disputa “sangrenta”, quando ela é resultado de uma conquista monumental, ela normalmente é boa e as partes, as facções, as pessoas que compõem esse grupo, sabem o que as levaram até ali e têm um compromisso maior.

Quando a hegemonia é decorrente da dissolução dos grupos políticos anteriormente constituídos, quando ela é construída nos escombros do que havia antes, mesmo que ela tenha a frente um líder experiente, cauteloso e bem-intencionado, como é o caso de Carlos Brandão, ela é na verdade uma hegemonia frágil, que até aparenta ser forte, mas que traz sérios e graves problemas de manutenção, normalmente ligados ao aspecto financeiro de um grupo gigantesco, onde cada uma de suas partes reivindica um cadinho, deixando por conta do seu comandante a solução de problemas gigantescos e quase insolúveis a curto e médio prazo.

No caso desse tipo de hegemonia, o que ocorre é que quem perdeu o protagonismo só aguarda a dissolução dela, só espera que o tempo passe para voltar ao centro das atenções como salvador da pátria.

Comentei esse fato com um amigo e ele me perguntou qual seria a solução para esse problema e eu disse que a solução, em primeiro lugar é reconhecer que há um problema, pois muitos não conseguem perceber e outros, os que percebem, tiram proveito disso e, portanto, não se importam.
A segunda coisa que deve ser feita nesses casos é a escolha de seu efetivo, não falo de amigos ou parentes, falo de um exército capaz de enfrentar o por vir, pois numa hegemonia pouca gente se preocupa com isso.

A eleição de prefeitos do ano que vem é a primeira trincheira e será mais do que nunca decisiva para o futuro da política local, e veja que isso não é uma questão de semântica! É uma questão de prática, tanto que acredito que quem melhor esteja pensando nisso seja o deputado Kleber Verde, que deseja candidatar o prefeito Eduardo Braide, pelo MDB.

Braide é um político relevante, mas não tem um grupo em torno de si, não tem uma base sólida, que o apoie. Ele sozinho configura-se como uma equação politicamente inexequível, mesmo que tenha boa perspectiva eleitoral a curto prazo.

Nesse cenário, lembro que o MDB hoje pertence a base mais bem alicerçada do governo. Partido que já foi comandado pela então governadora Roseana Sarney, que apesar de ter perdido o poder, por vários e vários motivos, juntamente com seu agora reduzido grupo, ainda é uma força que não pode ser descartada.

Como disse antes, pessoas como eu normalmente desagradam a todos, não por simplesmente estarem erradas, pois quem está errado nem é levado em consideração, mas por dizerem verdades, coisas que normalmente incomodam.

Mas vá lá! Seja o que Deus quiser, se é que ele se mete nessas coisas.

Joaquim Haickel

Cineasta e membro da Academia Maranhense de Letras