Radicais ligados ao ex-presidente vêm perdendo espaço nas principais para conservadores menos interessados na guerra com a esquerda e com o lulismo no estado

QUAL CAMINHO ESCOLHER?!? Bolsonaristas como Felipe Arnon, Allan Garcês e Flávia Berthier podem ter que se espremer em palanques lulistas no Maranhão
As principais figuras do bolsonarismo no Maranhão – que emergiram nos embates radicais a partir de 2018 – vivem no Maranhão uma espécie de esvaziamento, com a ascensão de conservadores menos radicais.
Nenhuma das duas chapas que mais representam a direita no Maranhão – a do prefeito Eduardo Braide (PSD) e a do ex-candidato a governador Lahésio Bonfim (Novo) – contempla qualquer expoente do bolsonarismo, hoje filiados a partidos que devem estar em palanques lulistas nas eleições e 2026.
- a vereadora Flávia Berthier e o suplente Felipe Arnon, por exemplo, estão no PL, de Josimar Maranhãozinho;
- o deputado federal em, Allan Garcês, é do PP, controlado no Maranhão pelo ministro do Esporte André Fufuca;
- mesmo o deputado estadual Dr. Yglésio, do PRTB, deverá ter que se contentar com um palanque lulista em 2026.
Tanto Braide quanto Lahésio optam por nomes mais consistentes do ponto de vista político – como no ex-senador Roberto Rocha, a suplente de deputada Mariana Carvalho e o ex-deputado estadual César Pires; embora de direita, essas lideranças são menos dispostas ao enfrentamento radical.
O radicalismo da direita bolsonarista leva à guerra fratricida entre eles mesmos.
Arnon-não-suporta-Flávia-que detesta-Garcês-que-não-se-relaciona-com-Yglésio, como já mostrado por este blog Marco Aurélio d’Eça, no Ensaio “Na direita maranhense ninguém segura a mão de ninguém…”.
- O PL de Josimar Maranhãozinho deve figurar em eventual chapa encabeçada por Felipe Camarão (PT);
- o PP, de Fufuca, em federação com o União Brasil, deve estar no palanque do governador Carlos Brandão (PSB);
- ainda que PL e PP opte pela aliança com Braide, o prefeito de São Luís terá postura mais neutra na disputa nacional.
Alguns ainda acham que o bolsonarismo tem força popular para o embate nacional em 2026.
Mas, no Maranhão, talvez eles não tenham sequer palanque para chamar de seu…