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Polícia suspeita de decisão judicial em favor de agiota…

Liberação de postos de combustíveis de Josival Cavalcanti da Silva, o Pacovan, foi decidida pelo desembargador Tyrone Silva, que, segundo a polícia, tem relações próximas com a advogada do agiota

 

Pacovan: beneficiário de decisões judiciais

Uma decisão do desembargador Tyrone José Silva em favor do agiota Josival Cavalcanti Silva, o Pacovan, preso diversas vezes por crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro, chamou a atenção da polícia na última quinta-feira, 24.

O magistrado determinou o desbloqueio de todos os postos de combustíveis controlados pelo agiota.

Na avaliação da Polícia e do Ministério Público, os postos são usados por Pacovan para lavar dinheiro de operações ilícitas.

Mas o que chama a atenção na decisão, segundo revelou o blog de Gilberto Léda, é o fato de Tyrone Silva ter como amigo íntimo o oficial de gabinete do TJ Marcelo Mota, que é casado com a advogada que defende o empresário. (Leia aqui)

O Ministério Público pretende recorrer da decisão do desembargador…

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Deputados são arrolados em processo contra Pedro Meireles…

Rogério Cafeteira e Josimar de Maranhãozinho foram incluídos como testemunhas no processo da Justiça Federal que apura achaques do ex-delegado a políticos e agiotas

 

Cafeteira e Josimar: testemunhas contra delegado da PF

Os deputados estaduais Rogério Cafeteira (PSB) e Josimar de Maranhãozinho compõem o rol de 16 testemunhas de acusação arroladas pelo Ministério Público contra o ex-delegado da Polícia Federal, Pedro Meireles.

O juiz da 2ª Vara Criminal Federal, Magno Linhares, marcou para o dia 19 de setembro a oitiva das testemunhas, no caso que apura envolvimento de Meireles com quadrilha de achaques a prefeitos e agiotas. (Relembre aqui e aqui)

Segundo consta nos autos, Cafeteira – hoje líder do governo Flávio Dino (PCdoB) na Assembleia Legislativa – chegou a ser procurado pelo delegado, para tratar de exclusão do seu nome em uma operação no Incra, então comandado por seus aliados.

Cafeteira garante não ter cedido ao achaque de Meireles, mas, segundo apurou o blog, prestou depoimento à Polícia Federal confirmando a conversa com o delegado e comparsas.

Meireles: do céu ao inferno em carreira meteórica na PF

Josimar de Maranhãozinho era prefeito na época em que Pedro Meireles agia no Maranhão, mas não há detalhes dos motivos que levaram o Ministério Público a arrolá-lo como testemunha.

Também constam do rol de testemunhas; os ex-prefeitos de Penalva, Maria Jposé Gama Alhadef, e de Primeira Cruz, João Neto; os advogados Inácio Braga Filho, Arlindo Barbosa Nascimento Júnior, Benevenuto Marques Serejo Neto e Elayne Cristina Galleti; o empresário Hilquias Araújo Caldas; o agiota Josival Cavalcante da Silva, o Pacovan e mais Andréa Gomes de Aguiar; Ruan Pablo de Araújo Correa; José Carlos Garcia Ribeiro; Carlos Augusto Morais; Ailton Dias Abreu; Hélcio Meneses Batista Bezerra.

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Histórias de agiotagem…

Prisão do maior operador deste tipo de atividade no Maranhão reabre o debate sobre a relação entre a classe política e os emprestadores de dinheiro nos bastidores do poder; e ele tem muito a contar à polícia

 

ARQUIVO VIVO
Pacovan, esposa e alguns de seus devedores em uma de suas várias prisões: ele tem muito a falar, mas é preciso interesse

O agiota Josival Cavalcanti, o Pacovan, começou com uma venda de banana na Ceasa; hoje, é um dos homens mais ricos do Maranhão.

Aprendeu a ganhar a vida emprestando dinheiro a juros – primeiro para os colegas feirantes; depois, para quem aceitasse se submeter aos juros escorchantes e ameaças várias.

A prisão de Pacovan – a enésima nos últimos 10 anos – reabriu o debate sobre o financiamento clandestino de campanhas no Maranhão.

E o agiota pode contribuir muito se a polícia e o Ministério Público quiserem.

Pacovan tem nas mãos políticos de todos o cacifes – dos mais altos aos mais baixos escalões eleitorais – e movimenta milhões e milhões de reais todos os anos.

Nos corredores da Assembleia Legislativa são comuns relatos de visitas dele e de outros “financiadores” a gabinetes estrelados.

A maioria paga o financiamento com dinheiro público, como ficou revelado nas primeiras investigações da agiotagem após a morte do jornalista Décio Sá – e que o governo Flávio Dino (PCdoB), estranhamente, decidiu manter nas gavetas. (Saiba mais aqui)

E foi aí que Pacovan se perdeu.

Leia também:

O organograma da agiotagem…

Quem são os sócios da agiotagem?!?

Polícia Federal estima três, quadrilhas de agiotas no MA…

 

DINHEIRO PÚBLICO
Gláucio e seu pai, Miranda; eles também se seduziram pelo retorno dos financiamentos de campanha

Dono de postos de combustíveis, lojas, prédios, casas e salas comerciais amealhados em confiscos por falta de pagamento de seus “empréstimos”, o agiota, assim como outros de sua estirpe, foi seduzido pelo dinheiro fácil das prefeituras.

E a partir do controle de talões de cheques inteiros de alguns municípios, atraiu a atenção da polícia.

Mas acontece que não é só a Política que sobrevive ás custas do dinheiro fácil de Pacovan.

Talvez por isso seja melhor ele ficar calado…

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Denúncias põem sorteios do Maracap novamente sob suspeita…

Vencedores denunciam que são obrigados a dividir valor dos prêmios com outros supostos ganhadores, que só são apresentados no momento do recebimento; caso será levado ao Ministério Público

 

Propaganda do Maracap com suposto ganhador; participantes denunciam possível fraude nos sorteios

Uma denúncia grave, documentada e registrada põe em xeque a credibilidade dos sorteios do programa Maracap, transmitido semanalmente na televisão.

De acordo com os documentos encaminhados ao ex-vereador Fábio Câmara (PMDB), à Polícia Federal e ao Ministério Público  – são mais de 100 páginas, as quais este blog teve acesso integral – o Maracap pode estar criando ganhadores-fake para forçar os verdadeiros ganhadores a dividir o prêmio.

Ganhador não anunciado

A primeira denúncia diz respeito à 5ª edição do sorteio, realizado no dia 18 de setembro de 2016.

O programa anunciou um vencedor do 4º prêmio (uma S10 Advant), mas não deu o nome, como deveria acontecer obrigatoriamente.

Ocorre que J.R.S.C (o nome está mantido em sigilo, mas o Maracap também tem os dados) estava acompanhando o sorteio e constatou ter batido no mesmo prêmio.  No dia seguinte, em 19 de setembro – mesmo sem ter recebido a ligação da empresa, como ela anuncia que faz – J.R. foi à sede do Maracap, de posse do Certificado nº 064105, comprovando ter batido.

Recibo assinado por J.R., que recebeu em espécie apenas 1/3 do prêmio merecido

Os gerentes identificados por Sidney e Valdemar constataram que o certificado havia batido, de fato, mas comunicaram a ele que outros dois apostadores – G. C. Jr. e R.V.P. –  também haviam batido no mesmo prêmio. Seu J.R. foi obrigado a dividir por três o valor de R$ 82 mil, recebendo em espécie o valor e R$ 27,3 mil, no financeiro da empresa, conforme recibo timbrado pelo Maracap, em poder deste blog.

– Esta é a suspeita de que a empresa pode estar forjando ganhadores para forçar os verdadeiros a ter que dividir o prêmio. Isso é um crime grave – afirmou Fábio Câmara.

E aí surge o mais grave.

Os dois vencedores apresentados pelo Maracap em seu site, em vez de dividir o prêmio por três, dividiram apenas por dois, recebendo cada um R$ 42 mil. O dois nem tomaram conhecimento de que J.R. havia ganhado junto com eles, e receberam o dinheiro em cheque assinado pela Invest Capitalização, segundo Ata do sorteio.

Essa divisão leva à suspeita de que seu J.R.S.C. pode ter sido enganado para receber apenas 1/3 do prêmio que merecia, um excelente lucro para a empresa.

Não é a primeira vez que Fábio Câmara chama atenção para as atividades do Maracap.

Em outubro de 2015, ele denunciou o Título de Capitalização ao Ministério Público por suspeitas de lesão aos ganhadores. A empresa passou quase dois anos fechada até se readequar. (Relembre aqui e aqui)

Sorteio errado

No mesmo sorteio de 18 de setembro, a Maracap anunciou como vencedores do segundo prêmio (uma Moto Honda CG 150 Start) R. N. L. S. e E. N. S. J. Mas, após a documentação dos ganhadores chegar à Invest Capitalização, “constatou-se” que o título de R.N.L.S. (nº 215778) não era o vencedor, mas o título de número 215780, pertencente a J. M. A.

Mesmo assim, o concurso pagou R$ 3.750,00  a R.N.L.S, em um cheque assinado pela F & M Promoções & Serviços, como se dividisse o prêmio. Mas apenas dois dos vencedores apareceram no site da empresa.

O cheque recebido por R.N.L por um prêmio que a Maracap diz que ela não foi sorteada

– Fica evidente que há manipulação nas premiações e algumas pessoas são pagas em espécie para n~çao levantar suspeitas. A Polícia Federal precisa investigar a fundo este dossiê. E é isso que vou encaminhar às instituições responsáveis – afirmou Fábio Câmara.

O ex-vereador cita ainda várias outras irregularidades no funcionamento do Maracap, como favorecimento a regionais, sorteio antecipado de ganhadores da rodada da sorte e até a realização de sorteios sem a chancela de um título de capitalização, o que seria ilegal.

Mas esta é uma outra história…

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Federação da PF também já alertou para nulidade de ações comandadas por Pedro Meireles…

Site da Associação Nacional dos Policiais Federais ponderou, ainda durante as investigações do caso Décio, que o envolvimento do delegado com quadrilha de agiotas contaminou pelo menos duas de suas operações contra prefeitos

 

Pedro Meireles na chegada pra depor á Seic, em agosto de 2012

O envolvimento do delegado da Polícia Federal Pedro Meireles com agiotas do Maranhão e do Piauí preocupou a própria Federação dos Policiais Federais, entidade que congrega os representantes da instituição em todo o país.

No dia 6 d agosto de 2012, dias após a descoberta da quadrilha que, segundo a polícia, havia mandado matar o jornalista Décio Sá, o site da Fenapef publicou o post “Suspeitas sobre delegado pode comprometer ações da PF”, uma compilação de várias matérias sobre as acusações que começavam a surgir contra o delegado. (Leia aqui)

Meireles coordenou as operações Rapinas 1, 2, 3, 4, 5 e 6, Orthoptera 1 e 2, Donatários e Usura, que prenderam um total de 14 prefeitos, um vice e 6 ex-gestores, de dezembro de 2007 a maio de 2011.

– A polícia maranhense e a própria Polícia Federal – que no dia 26 [de julho de 2012] abriu uma sindicância para apurar “notícias veiculadas na imprensa” sobre Pedro Meireles – investigam se o delegado, em algumas das operações da PF nas quais esteve à frente, agiu em benefício da quadrilha que seria chefiada por Gláucio e Miranda. Meireles não negou, no depoimento de quarta, manter um vínculo de amizade com Gláucio – reproduziu o site da Fenapef.

Na mesma época, outra entidade vinculada a PF saiu em defesa de Pedro Meireles.

Em nota publicada neste blog em 19 de agosto de 2012, a Associação Nacional de Delegados de Polícia Federal contestou as notícias contra o associado.

– A Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) esclarece que o associado vem desenvolvendo seu trabalho com seriedade e profissionalismo, com relevantes serviços prestados à sociedade maranhense e ao País – afirmou  anota, que chancelou as ações de Meireles pela participação também da Controladoria-Geral da União nas operações.  (Releia aqui)

Mas na nota da outra Associação da PF é ressaltada também as declarações da então delegada-geral de Polícia Civil do Maranhão, Cristina Menezes, logo após depoimento do delegado federal à Superintendência de Investigações Criminais (Seic)

– Há indícios da participação dele [Pedro Meireles] na quadrilha. Se houver necessidade, ele pode ser chamado – disse a delegada. (Relembre aqui)

E são exatamente estas questões todas envolvendo o delegado que estão sendo analisadas para embasar uma enxurrada de pedidos de anulação dos processos que resultaram das operações comandadas por ele.

É aguardar e conferir..

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“Vítimas” querem anular operações do delegado Pedro Meireles…

Advogados, prefeitos e ex-prefeitos envolvidos nas ações do delegado – demitido da Polícia Federal sob acusação de envolvimento em extorsão e agiotagem – já questionam a legalidade dos procedimentos e podem pedir a nulidade dos processos

 

Alguns dos prefeitos presos por Meireles: para eles, tudo não passou de uma farsa

A demissão do delegado da Polícia Federal Pedro Meireles, determinada pelo Ministério da Justiça, iniciou um debate nos bastidores envolvendo advogados, prefeitos e ex-prefeitos que foram alvo das ações comandadas pelo policial.

Para eles, a demissão de Meireles comprovou as acusações  de que suas operações não passavam de armação de uma quadrilha chefiada pelo agiota Gláucio Alencar, preso em 2012, sob acusação de ser o mandante da morte do jornalista Décio Sá.

Pedro Meireles comandou pelo menos uma operação de peso envolvendo prefeitos no Maranhão. Na Operação Rapina, prendeu 102 pessoas, entre elas, diversos prefeitos.

Os acusados acusaram o delegado de manipular provas para forjar a prisão e de tentar extorqui-los.

A partir da Operação Rapina, outras ações comandadas por Pedro Meireles foram disseminadas no Maranhão, sempre com acusações de que ele manipulava para achacar prefeitos.

O delegado no auge: queridinho da mídia e exemplo na Polícia Federal

Mas foi só a partir da morte do jornalista Décio Sá que o delegado – tido por muitos como um exemplo da Polícia Federal – começou a cair em desgraça.

A partir da revelação do envolvimento de Meireles com o agiota Gláucio Alencar – e com o notório advogado Ronaldo Ribeiroos prefeitos tomaram coragem para denunciar como o delegado agia nos bastidores.

O mais contundente foi Vagno Pereira, o Banga, ex-prefeito de Serrano do Maranhão, que foi à mídia para revelar extorsão praticada pelo grupo. (Relembre aqui e aqui)

Vagno Pereira, o Banga: suas denúncias mostraram o delegado que a sociedade não conhecia

Foi a partir das denúncias de Banga que Meireles passou a ser investigado pela própria Polícia Federal; e foi afastado das ações até ser demitido pelo ministro Alexandre de Morais.

Mas os processos montados a partir de inquéritos comandados pelo delegado continuam a povoar o Judiciário – tanto na Justiça Federal quanto na Justiça estadual.

E são essas peças que os prefeitos entendem estarem nula de pleno direito.

Simples assim…

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Pedro Meireles é demitido da Polícia Federal…

Delegado que surgiu como esperança de combate à criminalidade no Maranhão e se perdeu nas teias do envolvimento com agiotagem – descoberto a partir da morte do jornalista Décio Sá – estava afastado das funções desde 2012, e agora perde o cargo, por decisão do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes

 

Meireles com Ronaldo Ribeiro no velório de Décio: amigos de infância, revelou o delegado

Foi publicada no Diário Oficial da União do dia 9 de dezembro a Portaria nº 1.353/2016, assinada pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que determina a demissão do delegado de Polícia Federal Pedro Meireles.

Meireles foi enquadrado nas penas da infrações disciplinares previstas no Artigo 43 da lei 4.878/65 e do Artigo 132 da Lei 8.112/90, com seus respectivos parágrafos.

Estrela das operações da PF a partir de 2007, Meireles era visto como o terror dos prefeitos maranhenses, pelas prisões que efetuava em conjunto com a Controladoria-Geral da União.

Leia também:

A gravidade das declarações de Pedro Meireles…

Porquê Ronaldo Ribeiro ligaria para Pedro Meireles?!?

O tripé da agiotagem no Maranhão…

Amigos de infância…

A relação de Décio Sá e Pedro Meireles…

Décio Sá com Pedro Meireles: de adversários a amigos íntimos em pouco tempo

Mas, a partir de 2012, com a morte do jornalista Décio Sá, descobriu-se – a partir de investigação da polícia maranhense e da própria PF – que Meireles selecionava as vítimas de suas ações de acordo com os interesses um grupo, que tinha o agiota Gláucio Alencar e o advogado Ronaldo Ribeiro como membros.

Extrato da portaria publicada no DOU do dia 9 de dezembro: demissão

Este blog foi o primeiro a levantar suspeitas sobre a atuação do delegado Meireles, quando a mídia maranhense inteira ainda aplaudia suas ações.

Pela ousadia, o titular do blog chegou a ser processado pelo delegado, em representação que acabou sobrestada à própria investigação contra ele.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes deve encerrar a carreira de Meireles na Polícia Federal, mas não encerra a história da agiotagem no Maranhão.

Por que ainda faltam os outros elementos do tripé…

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Povo faz festa para retorno de Malrinete em Bom Jardim…

Vice-prefeita reassume nesta sexta-feira, 12, o comando do município, após novo afastamento da “prefeita ostentação” Lidiane Leite e de parte da quadrilha, segundo o Ministério Público, responsável pelo desvio de recursos da prefeitura

 

Malrinete foi acompanhada de populares em retorno à Prefeitura...

Malrinete foi acompanhada de populares em festa pelo afastamento de “ostentação”…

Populares de Bom Jardim acompanharam a vice-prefeita Malrinete Gralhada (PMDB), na tarde desta quinta-feira, 11, após novo afastamento da “prefeita ostentação” Lidiane Leite (DEM).

“Ostentação” foi afastada por decisão da juíza Leoneide Marinho, da 2ª Vara da Comarca de Zé Doca, menos de 24 horas depois de ter sido empossada por decisão da Câmara Municipal.

Malrinete reassume a prefeitura nesta sexta-feira, 12.

Junto com Lidiane a juíza afastou também o presidente da Câmara, vereador Arão Silva, tido como um dos braços da quadrilha chefiada pelo empresário Beto Rocha, ex-marido da “prefeita ostentação”, mas ainda controlador do grupo.

Sônia Brandão e Arão Silova, membros do grupo de "ostentação"; mas o MP quer saber a influência do homem atrás, ligado ao notório Ronaldo Ribeiro

Sônia e Arão, do grupo de “ostentação”; mas o MP investiga a influência do homem atrás, ligado a Ronaldo Ribeiro

Para o Ministério Público, a quadrilha de Lidiane desviou cerca de R$ 15 milhões dos cofres de Bom Jardim nos três anos de mandado dela.

O promotor que acompanha o caso investiga agora um novo membro do grupo, conhecido por Acionildo, que seria agiota ligado ao notório advogado Ronaldo Ribeiro.

Mas esta é uma outra história…

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“Campanha de Dino foi de caixa 2”, diz Andrea Murad…

Andrea na tribuna

Andrea na tribuna

Em seu discurso na Assembleia Legislativa do Maranhão, a deputada Andrea Murad repercutiu o fato de o governador Flávio Dino ser citado em delação do ex-presidente da ODEBRECHT na Lava Jato, como beneficiado de caixa dois na campanha pra governador em 2010.

Neste domingo o Maranhão assistiu ao escândalo que envolve o governador Flávio Dino na operação Lava Jato que possivelmente recebeu R$ 200 mil reais em caixa dois da Odebrecht para a campanha eleitoral de 2010. Ano passado, Flávio Dino já havia sido citado por se beneficiar de doações das empresas CONSTRAN-UTC e OAS, investigadas na Lava Jato. É divulgado pela imprensa que a delação do ex-presidente da OAS relata situações gravíssimas que nunca antes haviam sido reveladas. A OAS é a maior doadora de Flávio Dino. Até agora, o que apareceu, o que está declarado lá para justiça eleitoral, só a OAS doou mais de R$ 3 milhões de reais”, disse Andrea que ainda destacou a expectativa quanto à delação do ex-presidente da OAS.

Andrea Murad disse que o possível envolvimento de Flávio Dino não é novidade para os maranhenses que aguardam o desenrolar das investigações. A falta de declaração também foi citada pela parlamentar que cobrou um posicionamento do governador.

Nós já sabemos como foi feita a campanha do governador, através da agiotagem e agora através de caixa dois. O rei da moralidade, aquele que se diz o correto, o justo, que pede legalidade em tudo, como sempre disse, está também envolvido na maior sujeira da historia do Brasil. Cadê o governador que ainda não foi para o twitter se defender? Cadê as explicações ali cara a cara com o povo que o elegeu? Ou então, para nós que somos representantes do povo. Uma acusação tão grave de um jornal de circulação nacional. Quem não deve não teme. Nós podemos até admitir que isso não passa de calúnia, de acusações sem fundamento. Agora, precisa nos convencer disso. Convencer o povo disso. Espero que ele continue com o mesmo discurso apoiando o trabalho do Ministério Público, apoiando o trabalho da justiça, apoiando o trabalho da polícia como fazia antes de ser mencionado nessa operação onde vai vir ainda muita sujeira”, concluiu a deputada.

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Quatro anos depois, Polícia Federal mantém silêncio sobre inquérito contra Pedro Meireles…

Delegado foi acusado de participar de suposto esquema de achaques a prefeitos e agiotas – ao lado do advogado Ronaldo Ribeiro – e a PF passou a investigá-lo em julho de 2012, mas nunca apresentou qualquer resultado da investigação

 

Décio Sá em uma das entrevistas com Pedro Meireles; da antipatia à amizade em pouco tempo...

Décio Sá em uma das entrevistas com Pedro Meireles; da antipatia à amizade em pouco tempo…

seloUm inquérito de investigação da Superintendência da Polícia Federal no Maranhão vai completar quatro anos, daqui a exatos 30 dias, sem qualquer resultado anunciado pela instituição.

Trata-se de uma investigação contra o delegado Pedro Meireles, que foi aberto em 26 de julho de 2012, segundo nota da própria PF maranhense. (Relembre aqui)

À época, Meireles era o bam-bam-bam da Polícia Federal no Maranhão, tido como desarticulador de esquemas de corrupção envolvendo diversas prefeituras. Até surgir a suspeita de que ele comandava, na verdade, um esquema de corrupção e achaques a prefeitos e agiotas, envolvendo o agiota Gláucio Alencar e ainda o advogado Ronaldo Ribeiro, seu amigo de infância.

As suspeitas contra o delegado vieram à tona durante as investigações do assassinato do jornalista Décio Sá.

As investigações da Polícia Civil maranhense deram de cara com um esquema – denunciado pelos próprios prefeitos – envolvendo Gláucio, Ronaldo e Meireles, que consistia em livrar a cara de suspeitos de corrupção nas prefeituras, em troca de pagamento de propinas.

A delegada-geral de Polícia Civil, à época, Cristina Menezes, chegou a afirmar ver indícios de ligação de Meireles com agiotagem.

Leia também:

Porque Ronaldo Ribeiro ligaria para Pedro Meireles?!?

A relação de Décio Sá e Pedro Meireles…

A demorada investigação da PF contra Pedro Meireles…

Ronaldo com Meireles no velório de Décio: "amigos de infância"

Ronaldo com Meireles no velório de Décio: “amigos de infância”

O próprio Ronaldo Ribeiro passou a ser investigado no caso Décio, sob suspeita de que as negociações para pagamento do executor tivessem sido feitas em seu escritório. (Relembre aqui)

Um ano depois da investigação, em 2013, a PF ainda tergiversava quando questionada sobre a investigação contra o seu delegado.

– A Polícia Federal tem uma preocupação muito grande em não levantar falsas hipóteses; então a Polícia Federal busca apurar e comprovar. O que está sendo feito hoje é buscar comprovar tudo aquilo que foi dito. Se algo do que foi dito que implicar em responsabilidade for característica para justificar, o afastamento do cargo haverá sem dúvida. Agora, a Polícia Federal tem uma preocupação muito grande de trabalhar em cima de fatos e não em cima de possibilidades – ponderou, em 3 de maio de 2013 o então o superintendente da PF no Maranhão, Cristiano Sampaio. (Releia aqui)

O próprio titular deste blog foi ouvido em um inquérito sobrestado ao de Pedro Meireles, mas a Polícia Federal jamais deu qualquer notícia a respeito da investigação contra o delegado.

E o caso já completou quatro anos, expirando prazo legal até para eventual ação judicial contra os envolvidos.

Meireles segue na Polícia Federal, Gláucio continua preso, Ribeiro continua a atuar como advogado e o crime contra Décio continua a tramitar.

Sem previsão de julgamento…