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Vídeo do dia: Álvaro Pires lamenta indicativo de greve de ônibus na sexta-feira…

Vereador diz que cansou de alertar a prefeitura e o sindicato das empresas para a data-base dos trabalhadores, que sem atenção dos demais atores decidiram pelo estado de greve, que pode culminar coma  paralisação no fim de semana

 

O vereador Álvaro Pires (PSDB) participou nesta terça-feira, 30, de duas reuniões com representantes do Sindicato dos Motorista de Ônibus de São Luís; e alerta para o risco de greve já na próxima sexta-feira, 2.

– infelizmente, por falta de diálogo e de acordo, São Luís viverá novamente o fantasmas da greve de ônibus. Não foi por falta de aviso; eu venho desde novembro avisando que o período da data base estava se encerrando sem diálogo – lamentou o parlamentar.

Álvaro Pires esteve presente em todas as reuniões dos motoristas para tentar evitar a greve

Álvaro Pires tem sido o principal representante da Câmara Municipal nas discussões sobre a relação entre patrões, empregados e prefeitura de São Luís no Transporte Coletivo de São Luís.

Os motoristas decidiram entrar em estado de greve já a partir desta terça-feira, 30.

E podem para na sexta-feira, 2…

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SMTT e SSP firmaram desde agosto compromisso para interligar ônibus ao Ciops

Por iniciativa do vereador Álvaro Pires, o secretário de Transporte Diego Rodrigues e o secretário de Segurança Maurício Ribeiro assinaram documento se comprometendo a interligar as câmeras com reconhecimento facial do sistema de bilhetagem eletrônica – dos ônibus e dos terminais – ao sistema integrado da Segurança Pública; cinco meses depois, mais um motorista morreu sem que tivesse monitoramento no veículo que dirigia

 

Documento assinado por Diego Rodrigues e Maurício Ribeiro teve Álvaro Pires como testemunha, mas nunca saiu das gavetas da SMTT ou da Sejusp

 

Análise da Notícia

Este blog Marco Aurélio d’Eça publicou em 8 de agosto de 2023 o post “Por indicação de Álvaro Pires, SMTT vai integrar sistema de bilhetagem eletrônica ao Ciops…”.

Tratava-se de uma iniciativa do vereador tucano para garantir mais segurança aos usuários e profissionais que atuam no transporte coletivo de São Luís, aproveitando a implantação do sistema de bilhetagem eletrônica, que ocorreria já naquela época, em todo o sistema controlado pela Prefeitura de São Luís.

 Uma vez que o Novo Sistema de Bilhetagem, que dispõe de câmeras com biometria facial, esteja interligado ao CIOPS, eu não tenho dúvidas que iremos coibir assaltos e demais crimes cometidos dentro do nosso transporte coletivo”, empolgou-se o vereador, à época, durante a reunião entre os dois secretários.

Ônibus e terminais de integração podem até dispor de câmeras internas de segurança; o problema é que elas não funcionam

Álvaro Pires tinha razão do entusiasmo; ele chegou a sugerir, inclusive, que os ônibus fossem numerados no teto, para facilitar a localização pelas câmeras do sistema de segurança; a imagem que ilustrou o post de agosto mostra claramente Diego Rodrigues e Maurício Ribeiro segurando o papel em que firmaram o compromisso.

Mas o tempo passou e nada foi efetivado pela gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD) ou pelo governo Carlos Brandão (PSB).

O ônibus usado nesta segunda-feira, 22, pelo motorista Francisco Vale da Silva, 48, assassinado na Avenida dos Franceses, pertencia ao Transporte Metropolitano,  controlado pela Agência de Mobilidade Urbana do governo Brandão; estava com as câmeras sem funcionar, embora elas estivessem instaladas no veículo. (Leia aqui)

É mais uma prova de que , na maioria das vezes, durante as tragédias, só o que há é muito blablablá de autoridades…

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Fábio Câmara lamenta morte de motorista de ônibus e cobra mais segurança no transporte coletivo

Pré-candidato do PDT a prefeito – que já foi vereador de São Luís – tem propostas para o setor do transporte que inclui câmeras com reconhecimento facial, capacitação dos trabalhadores do setor para prevenção de conflitos e criação de uma área especializada na Guarda Municipal para atuar no transporte urbano

 

Familiar chora a morte de mais um motorista de ônibus em São Luís, diante da falta de políticas públicas pra o setor

O pré-candidato a prefeito de São Luís pelo PDT, Fábio Câmara, manifestou sua indignação e solidariedade à família do motorista de ônibus que foi assassinado na noite desta segunda-feira, 22, após um assalto em um coletivo na Avenida dos Franceses. Esse foi mais um caso de violência que vitimou um trabalhador do transporte público, que já sofre com as péssimas condições de trabalho e remuneração.

Fábio Câmara, que é ex-vereador da capital e pretende ser o primeiro prefeito negro da cidade, afirmou que a segurança pública é uma das prioridades de seu plano de governo e que vai adotar medidas efetivas para combater a criminalidade e proteger os usuários e os profissionais do transporte coletivo.

É inadmissível que as pessoas que dependem do transporte público para se locomoverem sejam expostas a essa situação de medo e insegurança. E é revoltante que os motoristas, cobradores e fiscais, que prestam um serviço essencial à população, sejam alvos de assaltos, agressões e até assassinatos. Isso tem que acabar. Nós vamos investir em tecnologia, inteligência e integração das forças de segurança para coibir a ação dos criminosos e garantir a paz e a ordem no transporte coletivo”, declarou Fábio Câmara.

Entre as propostas do pré-candidato do PDT para a segurança no transporte coletivo, estão:

  • Instalação de câmeras de monitoramento e biometria facial nos ônibus, que permitem a identificação e a captura dos criminosos, além de inibir eventuais ações violentas;

 

  • Criação de uma guarda municipal especializada no transporte público, que atuará em parceria com a polícia militar e civil, realizando rondas, abordagens e fiscalizações nos ônibus e nos terminais;

 

  • Oferta de cursos de capacitação e reciclagem para os trabalhadores do transporte coletivo, que abordem temas como prevenção de conflitos, defesa pessoal e primeiros socorros.

Ônibus estão parados em fila dupla em vários pontos de São Luís desde as primeiras horas da manhã desta terça-feira, 23

Fábio Câmara ressaltou que essas medidas visam não apenas aumentar a segurança no transporte coletivo, mas também melhorar a qualidade do serviço prestado à população.

Ele lembrou que o PDT tem uma história de protagonismo nas eleições municipais de São Luís e que está preparado para retomar a gestão da cidade com competência, responsabilidade e compromisso social.

O transporte público é um direito do cidadão e um dever do poder público. Nós vamos fazer uma gestão que valorize os trabalhadores do transporte coletivo, que respeite os usuários e que ofereça um serviço digno, eficiente e seguro. Nós temos experiência, propostas e apoio para fazer de São Luís uma cidade melhor para se viver. Contamos com a confiança e o apoio de todos que querem uma mudança de verdade na nossa capital”, concluiu Fábio Câmara.

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Imagens do dia: Viaduto da Litorânea avança…

Secretaria de Infraestrutura inicia instalação da última parte da alça que segue o prolongamento da Avenida dos Holandeses e passa por cima da entrada da avenida que dá acesso à praia, dando uma ideia de como ficará o equipamento urbano na região do bairro São Marcos

 

A primeira parte da alça suspensa e a cobertura do vão de acesso à praia já foram instalados, faltando apenas o outro lado, no sentido que vem da região do Calhau

O Governo do Estado divulgou esta semana um vídeo em que mostra atual fase da construção do Viaduto da Litorânea, estrutura que vai garantir fluxo de trânsito livre na região da Ponta d’Areia e do São Marcos, no Calhau.

A obra chega à sua fase final, com a montagem da parte anterior da alça suspensa, que cobre o vão de acesso à Avenida Litorânea; o novo equipamento garantirá o fluxo integral e sem paralisações tanto no sentido Calhau-Ponta d’Areia quanto no sentido Ponta d’Areia-Calhau, com acesso livre também à avenida que margeia as praias.

Pelo que se percebe do atual estágio da obra, há uma injustiça nas críticas ao governo dos que pregam sua desnecessidade.

Além de viabilizar melhor trânsito na área – que congestiona na conversão de saída da avenida da praia para voltar ao Calhau – o viaduto evitará os acidentes causados pela conversão cruzada de retornos, expondo os veículos a batidas.

Ao contrário do que pregam adversários da obra, o viaduto não esconderá a região de São Marcos, mas criará um cartão postal na entrada da Litorânea

Outra injustiça diz respeito à beleza do empreendimento.

Não é verdade que o novo viaduto esconderá as belezas naturais da região; pelo contrário, com a urbanização de toda a área do entorno, São Luís ganhará um novo cartão postal na entrada de uma das mais belas avenidas da capital maranhense.

A obra do viaduto começou em julho do ano passado.

E deve ser concluída ainda no primeiro semestre de 2024…

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Álvaro Pires alerta para risco de nova greve de ônibus…

Vereador alertou os colegas durante sessão desta sexta-feira, 12, que votaria a LDO do município, e conclamou a Casa a buscar o diálogo que o Sindicato dos Motoristas alega não existir com a prefeitura e com os empresários; e lembrou que esse mesmo procedimento ocorreu em 2023, quando o aumento de passagem se deu em pleno carnaval

 

Álvaro Pires já alertou aos colegas na Câmara Municipal sobre os procedimentos do setor de transportes que podem levar a aumento de passagens em pleno carnaval de São Luís

O vereador Álvaro Pires (PSDB) fez um alerta aos colegas de plenário, nesta sexta-feira, 12, sobre o risco de uma nova greve de motoristas do transporte público de São Luís; o parlamentar mostrou um vídeo em que o presidente do sindicato da categoria, Marcelo Brito, reclama da falta de diálogo com os empresários e com a própria prefeitura como justificativa da paralisação.

Álvaro Pires alerta para o risco de um aumento de passagens em pleno carnaval, como ocorreu em 2023.

– Não vamos permitir, que por falta de diálogo entre as categorias e a Prefeitura de São Luís, seja aumentado o Preço das Passagens, como foi no Carnaval passado, pegando os usuários de surpresa – alertou o vereador do PSDB.

O esquema de aumento de passagens de ônibus na capital maranhense é histórico; foi detalhado pelo blog Marco Aurélio d’Eça pela primeira vez ainda em 2012, no post “O mesmo esquema outra vez…”

Começa com o Sindicato de Motoristas ameaçando paralisar por falta de reajuste salarial e de outros benefícios. O Sindicato das Empresas alega falta de recursos por causa das baixas tarifas; e a encenação continua com a prefeitura dando afirmações de que não haverá aumento.

No meio de tudo a Justiça do Trabalho finge que se preocupa.

O jogo volta a ser jogado neste ano eleitoral de 2024, seguindo o mesmo teatro de mais de 30 anos.

Álvaro Pires afirmou aos vereadores que vai tomar todas as providências para evitar a falta de ônibus em São Luís…

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Ministério das Cidades tem R$ 380 milhões para ciclovias, mas não há projeto de São Luís…

Nem o prefeito Eduardo Braide, nem a bancada maranhense no Congresso Nacional – muito menos o deputado federal Duarte Júnior, que concorre à prefeitura – apresentou qualquer proposta para construção de espaços que garantam segurança e mobilidade a pedestres e a quem utiliza a bicicleta como meio de transporte na capital maranhense

 

Em setembro morreu o médico Edson Soares e a classe política mostrou o mesmo blablablá de sempre na imprensa, mas nada saiu do papel

O Ministério das Cidades tem disponível anualmente nada menos que R$ 380 milhões para aplicação no “Projeto de Mobilidade Viva”, recursos para investimentos em propostas que garantam a segurança de pedestres e de quem utiliza a bicicleta como meio de transporte.

Mas não há no ministério nenhum projeto de São Luís.

Nem o prefeito Eduardo Braide (PSB), muito menos seu principal adversário, deputado federal Duarte Júnior (PSB) – e nenhum outro membro da bancada – apresentou qualquer projeto para construção de calçadas, ciclovias ou ciclofaixas na capital maranhense em 2023.

– Não foi apresentado nenhum projeto, nenhuma proposta de emenda parlamentar, nem individual e nem de bancada, para esta rubrica, cuja disponibilidade de recursos é de cerca de R$ 380 milhões – garantiu ao blog Marco Aurélio d’Eça o secretário-executivo do Ministério das Cidades, ex-deputado Hildo Rocha (MDB); segundo Hildo, o único projeto neste aspecto foi apresentado ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) pelo Governo do Estado, mas sem atender aos critérios para a aprovação.

Entre a morte dos ciclistas Edson Soares, em setembro, e Claudiomar Silva, na semana passada, militantes do segmento e da corrida de rua em São Luís percorreram Assembleia Legislativa, Governo do Estado, Prefeitura de São Luís, Agência de Mobilidade Urbana e vários outros órgãos em busca de soluções para o problema envolvendo este segmento.

Nenhuma das ações prometidas pelo poder público e pela classe política foi efetivamente implantada até agora.

…quatro meses depois quem morreu foi Claudiomar Silva e de novo classe política – a mesma de sempre – com seu eterno blablablá

Após a morte de Claudiomar, descobriu-se, inclusive, que no projeto da prefeitura para a Avenida dos Holandeses há a previsão de uma ciclovia, ignorada pelo prefeito Eduardo Braide na execução da obra.

De acordo com o secretário-executivo do Ministério das Cidades, o sistema para recebimento de projeto abre sempre no mês de fevereiro.

– A partir daí, as prefeituras podem apresentar seus projetos. Deputados federais e senadores também têm prerrogativas para fazer propostas, através de emendas parlamentares, de bancada ou individual; para os governos estaduais, é necessário que o projeto abranja regiões metropolitanas ou mais de um município – explicou Hildo Rocha.

Como 2024 é ano eleitoral, deverá aparecer diversos pais de projetos de ciclovias para São Luís.

Muitos dos quais nem lembraram disso nos últimos quatro anos…

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Fábio Câmara retoma debate sobre ciclistas e visita primeira e única ciclovia de São Luís

Faixa exclusiva para usuários de bicicletas como meio de transporte – dentro dos padrões exigidos pela norma técnica – foi construída há mais de 20 anos pelo então prefeito Jackson Lago, do PDT, no bairro São Raimundo; e lá pra cá, apenas arremedos de ciclovia foram implantadas na capital, sem maior segurança para ciclistas e pedestres

 

O pré-candidato pedetista Fábio Câmara percorreu trechos da ciclovia do São Raimundo

O pré-candidato do PDT a prefeito de São Luís publicou nesta segunda-feira, 8, em suas redes socias vídeo de sua visita à região do bairro São Raimundo, onde existe a primeira – e única – ciclovia construída em São Luís dentro das normas técnicas; o equipamento foi inaugurado há mais de 20 anos pelo então prefeito Jackson Lago (PDT).

– Desde então, pouco se avançou na mobilidade urbana sustentável da nossa capital, que hoje tem a quarta menor malha de ciclovias do país. Isso é inaceitável! – disse Fábio Câmara, que representa o partido de Jackson nestas eleições municipais.

A ciclovia entregue por Jackson atende a todos os critérios técnicos de um equipamento deste tipo; tem largura adequada para ida e vinda de bicicleta, proteção por guard-rail de concreto e corta o bairro de uma ponta a outra, no centro da avenida São Raimundo, numa extensão de mais de 3 quilômetros.

Foi também do ex-prefeito do PDT quem iniciou o debate sobre a segurança de bicicletas em São Luís, com a primeira ciclofaixa criada na capital, na Avenida São Luís Rei de França, ainda nos anos 90.

Mesmo abandonada pelo poder público, a ciclovia do São Raimundo ainda garante mobilidade com segurança aos moradores da região

Todos os projetos sobre o tema em São Luís – tanto do Governo do Estado quanto das diversas gestões da prefeitura – são apenas ciclofaixas, espécie de marcação pintada no asfalto ou na calçada, sem nenhum tipo de proteção.

– Nós precisamos de mais espaços seguros e adequados para os ciclistas; um alternativa ecológica, econômica e saudável de transporte. Por isso, eu defendo a ampliação e a integração das ciclovias em São Luís, para garantir o direito de ir e vir de todos os cidadãos. Vamos juntos construir uma cidade mais humana e verde! – pregou Fábio Câmara.

Ainda sobre o tema: o prefeito Eduardo Braide nunca explicou por que ignorou a ciclovia (ou mesmo ciclofaixa) no projeto “Transito Livre”, de reforma da Avenida dos Holandeses.

Foi lá o palco da última morte de ciclista – Claudiomar Silva – na semana passada…

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Sobre ciclismo e ciclovia…

Morte de mais um praticante de esportes sobre rodas em São Luís despertou novamente o oportunismo da classe política e o blablablá sobre ciclovias na capital maranhense, mas pouca gente se importa em estudar as diferenças entre a prática desportiva com bicicletas e o uso da magrela para trabalhar

 

Maquete eletrônica mostra como deveria ser a obra do prefeito Eduardo Braide no Calhau; mas no caso de Claudiomar, ciclovia não resolve

Editorial

O próprio significado das palavras já estabelece as diferenças entre as duas coisas:

  • Ciclismo é tudo aquilo que compreende o uso de bicicletas para lazer ou para práticas desportivas, que podem ser nas ruas e avenidas ou em áreas de terreno ou montanha;
  • Ciclovia é um espaço destinado apenas ao fluxo de bicicletas ou ciclistas, geralmente protegidas por barreiras; elas se subdividem em ciclofaixas e ciclorrotas.

A morte do ciclista Claudiomar Silva, 43, nesta quarta-feira, 3, trouxe de volta a velha cantilena de oportunistas da classe política tentando tirar proveito eleitoral da situação, como apontou este blog Marco Aurélio d’Eça no post  “E mais uma vez o blablablá dos políticos sobre ciclistas…”.

A discussão é nociva ao debate sobre o tema por que se interessa apenas em apontar quem faz e quem não faz pela população que usa a bicicleta; e o debate – que acaba envolvendo a imprensa no mesmo equívoco – é sempre pela construção de ciclovias.

Mas é preciso diferenciar as coisas.

Claudiomar Silva e o médico Edson Soares foram mortos enquanto estavam em prática desportiva com a bicicleta. Eram atletas de ciclismo, fosse competitivo ou recreativo, como ensina o portal bikeregistrada.com.br. (Conheça aqui)

Nesses casos as ciclovias não resolvem.

Estado da bicicleta usada por Caludiomar Silva, morto enquanto pedalava na Holandeses, no Calhau

Para atletas que usam as avenidas para treinar é preciso que a autoridade pública estabeleça pontos e horários próprios, para evitar acidentes como os que mataram Claudiomar e Edson. Não existe treino de ciclismo em ciclovias.

As ciclovias são espaços no trânsito destinado ao fluxo apenas de bicicletas e ciclistas; elas precisam ser isoladas do resto da pista, inclusive com barreiras; levando esta regra em conta, não existem ciclovias em São Luís.

Na capital maranhense o que há são ciclofaixas, que consistem em uma mera faixa pintada no chão, para definir por onde devem circular as bicicletas; essas faixas são usadas para o transporte com bicicletas, ou seja, por entregadores e pessoas que se deslocam de bike ao trabalho.

Cobrar ciclovias em São Luís usando a morte dos dois desportistas como motivo é, além de oportunismo, burrice e despreparo.

E para os que fazem isso, como se viu na imprensa de ontem para hoje, o desprezo público é o melhor remédio…

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E mais uma vez o blablablá dos políticos sobre ciclistas…

Só nos momentos de comoção os detentores do poder – alguns abalados e outros apenas para tirar proveito da triste situação – voltam a discutir, propor, apresentar, falar, pregar, expor, cobrar e questionar sobre políticas públicas que contemplem esta categoria de transporte; mas o tempo passa e nada sai do papel

 

Mais um corpo vítima das ruas e avenidas sem ciclovia, sem sinalização e sem controle da velocidade de carros e motos

Desabafo

Morreu nesta quarta-feira, 3, mais um ciclista nas avenidas principais de São Luís; Claudiomar Santos tinha 43 anos.

E mais uma vez vem gente da classe política com o eterno blablablá sobre a inclusão desta modalidade de transporte nas políticas dos poderes; só balela

Alguns tentam, inclusive, se aproveitar politicamente do momento para ter ganhos políticos, sem se preocupar com a dor da família enlutada.

E o blablablá não envolve apenas deputados estaduais e vereadores – que, no final das contas, nada podem fazer para resolver o problema na prática; a discussão inócua parte também da imprensa, que só abre os intermináveis debates nos momentos críticos, obviamente em busca da audiência.

O que precisa, de fato, é que a própria categoria se mobilize, movimente-se, aponte, cobre, exija, faça qualquer coisa que estiver ao alcance – inclusive medidas mais efetivas nas ruas – para que as autoridades entendam a necessidade de estabelecer caminhos necessários para a convivência segura entre todos os tipos de veículos nas ruas de São Luís.

É lamentável a morte do ciclista nesta quarta-feira, 3, na Avenida dos Holandeses.

Lamentável também que se use do poder político para tirar onda com ciclistas…

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Treze governos depois, Avenida Litorânea chega aos 30 anos ainda em obras

Projeto iniciado no governo Luiz Rocha foi ignorado por Cafeteira, teve a primeira etapa no governo Lobão, passou por ajustes no governo Roseana, ficou parada sob José Reinaldo e Jackson Lago – ganhou prolongamento feito, curiosamente, pelo prefeito João Castelo – e teve dois novos trechos sob Flávio Dino, chegando, finalmente, ao Olho d’Água, palco da festa de revèillon popular neste domingo, 31

 

Imagem de 40 anos do local onde hoje funciona o parquinho e praça de alimentação da Litorânea (fonte: imirante.com)

 

História

Poucas das milhares de pessoas que estarão festejando este revèillon dariam importância se soubessem que exatamente neste domingo, 31, a Avenida Litorânea, que corta as principais praias de São Luís, está completando 30 anos de inauguração; a mais cosmopolita das avenidas da capital é um símbolo da sua força turística nunca aproveitada efetivamente.

Entregue pelo governador Edson Lobão exatamente no dia 31 de dezembro de 1993, a avenida teve o plano de obras iniciado 10 anos antes, em 1983, no governo Luiz Rocha (que durou até 1987).

No governo de Epitácio Cafeteira (1987-1990) a obra foi completamente ignorada, sendo retomada, ainda que timidamente, apenas no governo João Alberto (1990/91). E sua primeira etapa, de 5,5 quilômetros, foi feita por Lobão (1991-1994).

Roseana teve quatro mandatos de governadora (1995-2002 e 2009-2014), e contribuiu com a ampliação de  sua extensão, concluída por Flávio Dino (2015-2022); Sob José Reinaldo Tavares (2002-2006) a obra ficou parada, assim como no governo Jackson Lago (2007-2009).

Curiosamente, foi um prefeito e não um governador – João Castelo (2009 e 2012) – quem retomou a obra, ampliando um trecho de menos de 1 quilômetro, levando a avenida até o limite entre Calhau e Olho d’Água, lugar conhecido por Caolho.

O mais novo trecho da Litorânea é este, que vai até à avenida do Sesc, no Olho d’Água, local das comemorações de revèillon neste domingo, 31

A obra só voltaria a ganhar importância de fato no terceiro mandato de Roseana, que iniciou a segunda etapa, entre o Caolho e o Olho d’Agua. Flávio Dino recebeu a obra e a ampliou até a entrada do Sesc Olho d’Água, inaugurada em 2022, já por Carlos Brandão (2022-2026), que acaba de implementar uma reforma em vários trechos.

O projeto original pensado ainda na década de 80 prévia a Litorânea ligando as praias da Ponta d’Areia ao Araçagy. São exatamente os dois trechos mais difíceis de executar.

O trecho da Ponta da Areia se inicia onde é hoje a Praça do Pescador, mas tem a antiga casa de veraneio do governo bem no meio do caminho, além da maré, que chega no asfalto em toda a extensão da praia.

Já o trecho do Araçagy tem como maior desafio o gigantesco paredão natural que se debruça na beira do mar, tornando quase impossível cortar uma avenida no meio da montanha de calcário, barro e piçarra.

Mas ainda há quem sonhe não apenas com estes dois trechos, mas seguir avante coma Litorânea dos dois lados.

Criando, finalmente, o verdadeiro anel viário à beira-mar, circulando toda a Ilha de São Luís…