Atual ministro do STF assumiu em 2015, com a promessa de tirar os municípios maranhenses da lista dos 100 mais pobres e o estado das últimas posições no ranking do IDH, o que não aconteceu

A MUDANÇA QUE NÃO VEIO. Flávio Dino passou oito anos no governo e entregou o Maranhão igual ou pior do que era em 2014
Análise da notícia
Este blog Marco Aurélio d’Eça publicou em 22 de março de 2022 – às vésperas da mudança de governo no Maranhão – a “Análise de Conjuntura” intitulada “Flávio Dino fracassou em sua principal promessa: tirar o Maranhão da miséria…”.
- naquela época a renda per capta do Maranhão era a metade da média brasileira;
- o estado continuava a ter 100 municípios entre os mais pobres de todo o país;
- 20% da população maranhense vivia, à época, com renda mensal de R$ 145,00.
“Governador encerra no dia 31 os quase oito anos de mandato com o estado em situação ainda pior do que se encontrava em 2015, quando ele foi para a sacada do Palácio dos Leões dizer que, após o seu governo, nenhum município estaria no mapa dos 100 mais pobres do país”, apontava o texto de 2022.
À época do post, os dinistas contrapunham a análise deste blog com o argumento de que os números usados eram de antes de 2020, o que não representava a realidade; uma falsa argumentação, por que este blog Marco Aurélio d’Eça já apontava desde 2018 – na metade do seu mandato – que o fracasso das promessas de 2015 era iminente.
- mas os números atuais saíram neste fim de semana, e o Maranhão está lá na rabeira, como sempre;
- o site Poder360 mostra que a renda per capta maranhense é quase três vezes menor que a de Brasília;
- o Maranhão está em penúltimo lugar na linha de pobreza, com 7,84% de seus domicílios entre os miseráveis.

VERGONHA ALHEIA. Flávio Dino teve que desmentir a própria promessa de tirar municípios maranhenses da lista dos 100 mias pobres
Os dados usados pela imprensa neste feriadão de Páscoa são do IBGE e de órgãos independentes, como o Centro de Liderança Pública; eles refletem os últimos quatro anos, 2021 a 2024, exatamente os dois últimos anos de Flávio Dino e os primeiros de Carlos Brandão (PSB). (Leia a íntegra aqui)
Aliás, o próprio Brandão já havia lamentado a situação em que recebeu o Maranhão de Flávio, o que foi registrado neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “A gastrite de Brandão, a gastura de Othelino e a miséria do Maranhão…”.
“Quando eu assumi o governo, eu vi os indicadores do Maranhão! Gente, aquilo me dava agonia, uma gastura, dava até gastrite. Sempre o Maranhão lá embaixo. É o estado mais pobre, é o estado que tem maior numero de pessoas analfabetas, blablabá… Eu disse ‘não é possível! Tenho que tirar o Maranhão desses dados ruins’”, falou Brandão.
A fala, como sempre, provocou forte reação de dinistas, como era de se esperar, o que levou o governador a recuar.
Mas ele próprio sabe ser impossível passar pano no fracasso de Flávio Dino.
Os números não deixam…